11 de setembro de 2011

Ultimas novidades do Metal ! [2]

Depois de muito tempo sem falar a respeito das novidades do ramo do Metal e falar de tanto jogo a ponto de fazer as pessoas injuarem, eu resolvi falar de novo de músicas que foram lançadas agora no meio do ano, seguindo a lógica da postagem anterior do Branco sobre os filmes do meio do ano. Com isso em mente e com uma incrível vontade de falar dos lançamentos. Aqui estou eu de novo.

Torchbearer - Death Meditations


Antes de falar de Torchbearer, é bom lembrar, que anteriormente, a banda lançou dois cds (Yersinia Pestis e Warnaments) seguindo uma mistura bem legal de Black Metal, Death Metal e Thrash Metal que apesar de historicamente serem parecidos, são bem distantes musicalmente, e eles conseguiram fazer tudo isso de forma impressionante.

Como se não fosse bom o bastante, a banda simplesmente deu um upgrade no som e fez um som totalmente novo em Death Meditations, que não necessariamente tem uma identificação, mas aos que gostam de gêneros bem específicos, trata-se de uma mistura aproximada de Melodic Black Metal com Brutal Death Metal. Deu pra sacar a porrada ?

É simplesmente sensacional. O álbum abre com a abertura "Portals" que não é nada além de uma música clássica. E toda a calmaria da abertura se quebra com "The Momentum", que segue uma linha bem agressiva, mostrando o novo som da banda, com uma leve queda de peso no refrão dando um charme e tanto pra música, na sequência vem "Coffin-Shaped Heart", que tem um início bem leve e breve, logo quebrado pelo instrumental da banda, que também está impecável aqui, muita porrada, com melodia e Pär cantando demais. Depois de duas músicas sensacionais vem "At Takao River", que é super monótona, chata e altamente sem sentido pra prosta do álbum, eu realmente não gostei dessa música simplesmente por que ela tem vocais guturais e instrumental que parece música eletrônica, sei que parece loucura só lendo, mas podem conferir. O solo dela é bom, pelo menos.

Voltando com uma boa dose de pancadaria, vem "Severings", que apesar de muito boa, não chega ao nível das duas anteriores, mas essa música não deve ser menosprezada por tal feito. Depois de tudo, pra suavizar os ouvidos depois de tanta pancadaria, mais uma introdução, que é "In The Shadows Of Leaves" que é bem suave, com violão e depois simplesmente vem a música com mais melodia do disco e nem por isso mais leve, que é a que carrega o nome do album, "Death Meditations", essa vem com uma dose única de velocidade apesar da sua melodia. Christian Älvestam, já conhecido por seus trabalhos como Scar Symmetry ou Solution .45, demonstra ser um ótimo guitarrista nessa música, e com um segundo vocal gutural sensacional. Digno de viciar e ficar repetindo o refrão por meses.

Após melodias vem a música mais rápida do disco, que é "Penumbra", que pra se entender melhor, basta lembrar daquela música de Death Metal que você sempre escuta e que nunca fica mais lenta, o ritmo só parece aumentar, mesmo no refrão. Então, basicamente isso, porém com uma breve pausa antes no refrão, e te surpreender com ainda mais pancadaria, essa música é simplesmente genial.

Logo em seguida vem o destaque absoluto do álbum. Simplesmente a música mais incrível que essa banda criou até então, que é "Dying Codex", que tem início breve e simples, sem muitos artifícios e logo em seguida vem com um riff muito forte, e uma melodia genial, onde todos os instrumentos parecem se encaixar de forma tão precisa que chega a impressionar ainda mais que o restante do álbum, isso sem contar o refrão e o solo, são simplesmente perfeitos, difícil explicar o que se passa nessa música. E pra fechar o disco com mais pancadaria vem "The Aphotic Depths", que é toda instrumental, uma canção que começa e finaliza com energia e peso de sobra.

A banda composta por Pär Johansson nos vocais, Tomas "Plec" Johansson no baixo, Rolf "Stuka" Pilve na bateria, Patrik Gardberg e Christian Älvestam nas guitarras, esse último, que já ajuda a banda com respeito a fama, afinal ele é membro do Solution .45 e de muitos outros projetos e bandas além de ex-vocalista do Scar Symmetry, mas de fato, a banda como um todo evoluiu muito e merece o sucesso que vem adquirindo com o tempo. Facilmente indicado pros melhores do ano de 2011, e isso se não for o melhor.
  
Nota: 9,5

TrackList:

01. "Portals"
02. "The Momentum"
03. "Coffin-Shaped Heart"
04. "At Takao River"
05. "Severings"
06. "In the Shadows of Leaves"
07. "Death Meditations"
08. "Penumbra"
09. "Dying Codex"
10. "The Aphotic Depths"

Torchbearer

ChthoniC - Takasago Army 


ChthoniC pra quem não conhece, é uma das bandas de black metal melódico que mais cresce e surpreende no metal, primeiro por serem tailandeses e segundo por tocar black metal de uma forma bem peculiar.


Pra quem duvida do que eu digo, vamos aos membros da banda. Jesse Liu na guitarra, Dani Wang segurando as baquetas, Alexia no teclado, Doris "Thunder" Yeh, a baixista lindíssima que leva os muchachos a loucura e Freddy Lim que simplesmente canta e toca Erhu. Esse ultimo instrumento é algo usado nas músicas tradicionais chineses, e aplica-lo no metal é uma tarefa que duvido muito que seja fácil.

Agora falando do álbum, que começa com "The Island" que é uma lindissima introdução, é até covardia deixar de ouvir um som de flauta linpo e belo como esse, e depois "Legacy Of The Seediq" chega com muita porrada do início ao final, com um refrão que aumenta a velocidade do pedal duplo e empolga pra caramba. E depois com início tipicamente oriental vem "Takao", muito boa, com refrão bem forte,  é nela que da pra notar que o vocalista nesse álbum faz menos uso de vocais rasgados e opta pelo uso mais frequentes de gutural, mas não só nessa música como no álbum inteiro, diga-se de passagem.

Logo após, com início relativamente explosivo vem "Oceanquake", com passagens instrumentais excelentes, deixando os mais perfeccionistas impressionados. Depois com outra maré de pancadarias vem "Southern Cross", com um refrão lindo, lembrando os tempos de Seediq Bale (2005).

O álbum é altamente competente com outras músicas também como "Broken Jade" e "Mahakala", realiza todas as suas propostas com maestria e mantém o nível que a banda sempre teve de forma surpreendente, de fato não é melhor que seu antecessor "Mirror Of Retribuition" mas chega bem próximo, porém uma música em especial tem um destaque muito grande que é "Kaoru", que é tão assustadora e com atmosfera tão densa como "Forty-Nine Theurgy Chains" que é de longe o maior clássico da banda, "Kaoru" chega a impressionar, assustar e deixar empolgado com as melodias e o refrão empolgante. Dúvido muito que ao ouvir não vai ficar com o refrão agarrado na cabeça por dias. Isso sem falar no destaque que o Erhu tem nessa música, aparecendo mais que de costume.

ChthoniC é de fato a banda mais surpreendente do black metal, de fato. "Takasago Army" mostra com clareza o motivo disso. E sem esquecer de mencionar a capa do álbum que como sempre tem uma arte gráfica bonita e completamente diferente do que é visto normalmente.

Nota: 10

TrackList:

01 - "The Island"
02 - "Legacy Of The Seediq"
03 - "Takao"
04 - "Oceanquake
05 - "Southern Cross"
06 - "KAORU"
07 - "Broken Jade"
08 - "Root Regeneration"
09 - "MAHAKALA"
10 - "Quell The Souls In Sing Ling Temple" 

ChthoniC

Scar Symmetry - The Unseen Empire


Falar de Scar Symmetry é sempre um prazer, uma das melhores bandas do Death Melódico da atualidade. Levando em conta o problema que a banda teve com a saída repentina de Christian Älvestam dos vocais, as coisas ficaram complicadas e no seu último álbum vemos um resultado não muito feliz que é o álbum Dark Matter Dimensions (2009), que é mediano demais, e muitas pessoas se sentiram incomodadas por agora dois vocais assumirem o posto que antes era feito por um só homem.

Então, eis que muitos estavam sem muitas expectativas, quando de repente saiu o single com a música "Illuminoid Dream Sequence", música boa, com qualidade e apesar do alto nível, o que mais surpreendeu foi a evolução de Lars Palmqvist que melhorou e muito nos vocais limpos, o que antes incomodou alguns fãs, agora é motivo de orgulho pra banda e pros fãs, que agora não precisam se reclamar, Lars está afinadíssimo e mandando bem ao lado do também vocalista Roberth Karlsson, que agora faz os guturais da banda, tão bem quanto seu antecessor.

O álbum em si só peca com "Domination Agenda", que é a faixa chatinha e repetitiva da banda, algo que a banda sempre fez em seus álbuns, com excessão de "Pitch Black Progress" (2005) que não é o melhor da banda atoa.

Mas outras músicas ótimas do disco são "Astronomicon", "Rise of the Reptilian Regime"  e "Extinction Mantra", essa última bem pesada e diferente do comum, algo realmente surpreendente. Uma bem rápida e emocionante é "Seers of the Eschaton", que chama atenção pelo seu solo veloz logo de cara. Outra característica da banda é o fato de haver uma música que puxe mais ao lado progressivo, e "The Draconian Arrival" faz esse papel de forma eficaz. Vale lembrar da estranha porém muito boa "Alpha and Omega" que fecha o álbum com chave de ouro.

E sei que deixei por último, mas a primeira música do disco é o destaque absoluto do álbum. "The Anomaly" é realmente uma das melhores músicas que a banda já fez em muitos anos, ao lado de músicas como "Holographic Universe" ou "The Illusionist", ela tem a mesma energia que sempre contagiou os fãs antigos.

De forma altamente competente, Scar Symmetry volta ao lugar em que sempre esteve, com a mesma competência de antes, os fãs mais obcecados pelo antigo vocalista, devem acompanhar suas bandas atuais como Solution .45 ou Miseration, os de mente mais aberta, podem agradecer pois a banda está tão boa que Christian sequer fez falta. Se duvida de mim, procure ouvir. Eu garanto.

Nota: 10

TrackList:

01 - "The Anomaly"
02 - "Illuminoid Dream Sequence"
03 - "Extinction Mantra"
04 - "Seers of the Eschaton"
05 - "Domination Agenda"
06 - "Astronomicon"
07 - "Rise of the Reptilian Regime"  
08 - "The Draconian Arrival"
09 - "Alpha and Omega"

Scar Symmetry
Omnium Gatherum - New World Shadows


Omnium Gatherum, atualmente formado por Jukka Pelkonenno posto de vocalista, Markus Vanhala na guitarra, Aapo Koivisto no teclado, Toni Mäki na bateria e Jarmo Pikka no baixo, é uma banda um tanto comentada no cenário do metal na Finlândia, principalmente após a entrada do atual vocalista e seus dois álbuns da banda gravado com ele (Stuck Here On Snakes Way de 2007 e The Red Shift de 2009), a banda acabou ficando conhecida por seu Melodic Death Metal pesado, com velocidade e bem alinhados à voz de Jukka, e quando o novo álbum foi lançado muitos estavam ansiosos.

O álbum inicia com "Everfields", tendo uma base bem progressiva, não só pelo tamanho da música mas também pela perfeição e a suavidade na qual os instrumentos são tocados. Na sequência vem "Ego", buscando algo mais ou menos do passado, porém nem de longe passa perto das canções mais pesadas feitas pela banda no passado, não que isso necessariamente a torne ruim. A faixa título do cd, "New World Shadows" vem com um groove um tanto progressivo também e com algumas variações no ritmo, principalmente na bateria. Outra que chama atenção é "Nova Flame", com seu início estranho, porém diferenciado e chamativo, além da bela melodia, assim como "The Distance" que possui uma melodia fora do comum, técnica e um ótimo refrão.

Apesar das mudanças um tanto bruscas, a banda amadureceu bastante, mas perdeu o fator "peso" que antes tinha de sobra em suas músicas, e agora parece que falta isso e de certa forma incomoda, afinal, por melhor que seja a mudança, não justifica o fato de terem mudado tanto a ponto de perder parte da sua essência. Quando se olha por esse lado é realmente decepcionante.

Nota:7,5

TrackList:

01. Everfields
02. Ego
03. New World Shadows
04. Soul Journeys
05. Nova Flame
06. An Infinite Mind
07. Watcher Of The Skies
08. The Distance
09. Deep Cold

Omnium Gatherum