26 de julho de 2012

Lost Planet: Extreme Condition


E ae galera, resolvi abordar um jogo um pouco diferente do meu próprio costume, e eis que temos aqui Lost Planet: Extreme Condition, criado pela Capcom e pela Spark Unlimited em 2006 pra Xbox 360, e posteriormente lançado pra Windows e PlayStation 3.

Eu pra ser sincero, aprendi a gostar mais de jogos de tiro em terceira pessoa graças a esse jogo mas tudo começou com uma simples compra, eu tava comprando Resident Evil 5 e comprei o Gold Edition, e nisso eu tava com pouco de grana sobrando e comprei essa belezinha por uma miséria quantia de R$ 49,90.


Olha, pra ser bem sincero, eu fiquei com medo, o gameplay dos vídeos sempre parece legal mas pegar e jogar é outra coisa, sempre muda a ideia do jogo pra melhor ou pior quando você ta com a manete na mão.

Agora, eu quando comprei, tive medo, pensei que pelo preço e pelo tempo já lançado seria um desses jogos que estão fazendo milhões de pilhas em estoques e o preço é quase de graça por ser uma grande diarréia em jato.

Mas eu me enganei, eu dei um baita tiro no escuro e acertei em cheio.

Sinceramente, o jogo não é a melhor coisa que a vida pode te oferecer, mas ele é um jogo ótimo mesmo assim.


Começando com o gameplay, que é muito bacana, ver o personagem em terceira pessoa, movimentação bem legal pra época, e mesmo hoje em dia por temos gráficos superiores mas levando em conta a época foi feito com enorme capricho.

Os controles são simples e eficientes, um botão pula, outro atira o gancho que vai te levar pros lugares mais altos, outro troca as armas, e os botões superiores atiram e movimentam a câmera.

Vai fluir supimpa no seu joystick, eu garanto, e se for teclado e mouse, não preciso nem me pronunciar.


E os aspectos mais fodas do jogo, de fato mais da metade da graça é com certeza o fato dos monstros gigantes, os robôs que os personagens usam na história, que são conhecidos aqui como Vital Suit e o fato de estar em outro planeta totalmente coberto de neve.

Sinceramente, robôs são sempre fodas, não importa o tamanho deles. Agora quando o cara entra nele e usa ae sim fica muito mais foda.

E o mais interessante é que na história as pessoas usam robôs pra quase tudo mas o jogador só usa em combate... mas a parte realmente interessante disso é que existem MUITOS modelos de Vital Suits. Um que corre melhor, outro que bate melhor, outros equilibrados, até mesmo existem uns que são mais especializados em saltos e alguns que podem ser transformados em veículos. Uma ideia muito foda, e usada com maestria.


E outro aspecto bacana, é a presença da T-ENG, a energia que aquece as pessoas nesse planeta, uma espécie de dispositivo, e o seu personagem precisa se aquecer usando ele pra não morrer de hipotermia num planeta super gelado, confesso que isso dificuldade ainda mais o jogo, levando em conta que ele já não é fãcil, mas os monstros nem sempre são derrotados com tiros, grande partes deles tem pontos com concentração de calor em seu corpo, basta atirar la, eles congelam e morrem.

E como tática de gameplay, é possível pegar parte desse calor jogado no chão pra não morrer.

Mas é divertido e realmente uma novidade bacana.

Agora sobre o roteiro do jogo...

Bem, se a Capcom está no meio da produção e o jogo não é RPG, fica difícil esperar um bom roteiro de um jogo dela e principalmente se for de tiro.


Que me perdoem os fãs do gênero mas jogo de tiro nunca tem um roteiro admirável a ponto de ser chamado de excelente ou clássico. O máximo que vemos por aí, são adaptações de guerras bem feitas e tudo, mas nada criado do zero e repleto de novidades.

Mas enfim, o roteiro é basicamente, a Terra encontra-se bem estourada, ferrada, fudida e quase inabitável, e os motivos pra isso ficam a seu critério, o jogo não explora essa parte, mas encontraram um planeta onde há muita coisa semelhante com a Terra conhecido como EDEN III que tem atmosfera e oxigênio, porém há MUITA neve.

Então acreditaram que poderiam habitar o planeta e eis que eles descobrem que ele já tinham seus próprios habitantes, que são os Akrid.


Que por sinal são enormes e nada amigáveis.

E então descobrimos que NEVEC, uma organização que foi a primeira a pisar no planeta pretende usar um vulcão adormecido pra liberar toda a lava no planeta, derretendo a neve e destruindo os animais e sua geografia pra depois contruir pra depois liberar moradia somente aos que atendessem aos seus propósitos.

O nosso herói, Wayne (nome forte, não preciso falar por que) é nada mais que um filho de um dos cientistas que morre num ataque de uma das feras do planeta. Então, ele depois de uma surra, e ficar jogado, é encontrado por um grupo que é nada além de rebeldes contra a NEVEC, conhecidos como piratas da neve.

Sim, nome idiota, mas continuando...

Wayne, o herói do jogo.

A história se desenrola a partir desse ponto, e no seu grupo tem três personagens principais iniciais e outros que aparecem com o tempo. E infelizmente são todos clichês, com personalidades clichês, e desenrolar da história TOTALMENTE clichê.

Luka, a garotinha que não compreende e depois aceita o herói, Rick o nerd hacker, Yuri, o chefe que trai o grupo e depois prova estar protegendo eles da NEVEC, Gale, o pai do herói morto no início e Basil, a mulher durona, que parece ser mais forte que o herói e depois morre protegendo ele.

Simplesmente uma bosta... a história principal tinha potencial apesar de clichê, mas quando o chlichê é TUDO presente no roteiro, fica complicado...

Se os personagens fossem no mínimo menos clichês, acho que a história correria de uma forma mais eficiente. Só vi dois aspectos que não eram clichês mas prefiro que os jogadores descubram quais são, por que já tem tanta coisa clichê, não vou contar as poucas novidades que são legais.


E o próposito desse grupo de Wayne é usar um método mais lento e eficaz pra descongelar o planeta, de forma que não cause erosões. Possibilitando assim um método mais seguro.

Gostei do personagem principal, mas tenho que admitir que muita coisa nesse jogo é clichê e acaba perdendo a graça por roteiro, jogadores que sentem falta de história não devem passar perto desse jogo, principalmente levando em conta o final horrível, mas a jogabilidade é fantástica, realmente compensa comprar esse jogo na expectativa de ter boa jogabilidade.

Um jogo bom, com trilha sonora boa nos momentos presentes, por que alguns momentos vai ficar sem música só com som ambiente de vento e neve pra te fazer entrar no clima da parada, e costuma funcionar, mas acho que a presença de músicas mesmo que suaves, faria uma diferença positiva.


Jogadores hardcore tem um prato cheio aqui, jogo difícil, principalmente em canários fechados com muitos inimigos e nos chefes, pois vai ser necessário uma GRANDE estratégia em alguns momentos, principalmente da metade do jogo pra frente, a dificuldade aumenta consideravelmente, a pontos estressantes em alguns casos.

Caso não tenha jogado e você leitor possua Xbox 360, está em grande vantagem, pois existe uma versão exclusiva que a Microsoft fez pro console com muita coisa adicional, conhecida como Lost Planet: Extreme Condition - Colonies.

Vale a pena conferir, esse jogo pode te surpreender apesar dos clichês.


Enjoy!

13 de julho de 2012

Virtua Fighter 5 - Final Showdown

 
Eis que estou de volta novamente, fazendo um retorno.

Sim, foi redundante, mas é nada além de sinal de estresse que essa merda vem me causado...

Enfim, agora começando a postagem de forma decente.

Eu resolvi postar sobre um jogo bem diferente do meu próprio padrão de jogos de luta.
 
Eu basicamente amo e prefiro jogos de luta em 2D como Street Fighter, Guilty Gear e The King Of Fighters do que jogos 3D no modo geral, mas eu não desgosto deles, é apenas uma preferência.


Na verdade, dificilmente eles me prendem, por que sei lá, falta alguma coisa, mas alguns em compensação, me prenderam até demais, e hoje irei retratar sobre um desses.

Trata-se do maior jogo de luta da produtora do ouriço azul, a Sega.

Na verdade, os jogos da franquia fizeram sucesso mas nada absurdo como muitas outras franquias, e eu tive acesso a poucos deles na verdade, porém o único que joguei antes desse foi o 4, e confesso que não é grande coisa. É um bom jogo, mas seco demais, parece que falta algo a todo instante do jogo.

E isso muda totalmente no quinto jogo da série.

Apesar de que irei retratar somente a terceira versão do quinto jogo.


Pois a primeira intitulada Virtua Fighter 5 lançada primeiramente nos arcades e depois pra PlayStation 3, já com 18 personagens e dois novatos que são Eileen e El Blaze, e a chefe Dural, que é só um boneco 3D com golpes da Vanessa, se você considerar isso uma coisa nova, ok, serão três.

Porém, a versão do PlayStation 3 foi lançada digamos que cedo demais, e com isso acabou não recebendo patch de partidas online. Coisa que a versão do Xbox 360 recebeu, no seu lançamento seis meses mais tarde.

Depois a Sega atualizou o jogo, somente nas versões de arcade e com isso foi chamado de Virtua Fighter 5 R, que tinha como diferenças os cenários, nova trilha sonora, retorno de Taka Arashi, e estréia de Jean Kujo.

Logo depois, em 2010, a Sega atualizou novamente as versões de arcade com o título de Virtua Fighter 5 Final Showdown, dessa vez totalmente revisada com outra trilha sonora, e lançadas para consoles igualmente em 5 de Junho de 2012.


Agora se tratando de roteiro. Virtua Fighter tem a mesma profundidade porca de Street Fighter, porém ainda pior.

Sério. Muito pior.

Trata-se de uma organização chamada J6 (Judgement 6) tentando dominar o mundo através de uma andróide chamada de Dural. Que nada nada, foi feito com os dados de Vanessa Lewis, personagem que foi sequestratada em qualquer momento do quarto jogo da série, e ela conseguiu escapar mas não antes de ter todos os dados registrados em Dural, que na história do jogo se chama V-Dural.

O que mais me intriga, é que dentro do jogo, ESSA HISTÓRIA NÃO É CONTADA. E sim está tudo no manual do jogo.

Sinceramente, poucos jogos de luta tem história decente o bastante pra se montar um Story Mode, e eu gosto muito de usar Blazblue e Guilty Gear como exemplo. Mas poxa vida, o que custava colocar um final que desse pra entender a ideia de cada personagem no Arcade mesmo ?


TÃO DIFÍCIL ASSIM SEGA ? SÉRIO MESMO ?

Poxa, criar um prólogo simples, e com um final mesmo que em falas ou escrito na tela o que aconteceu e o porque de cada personagem lutar, seus sonhos, objetivos, vinganças e ideais.

Street Fighter Alpha 3 tem uma história simples e bem bacana, poderia criar algo desse nível, não seria complicado. Jogo de luta normalmente é bem falho em roteiro mesmo, então a base de tudo, ou seja simplicidade, seria mais que o necessário pra satisfazer.

Mas eu perdoo a Sega, mas só por um motivo.

O jogo tem um capricho absurdo no restante.


Se tratando do Final Showdown, claro. Eu joguei muito pouco a primeira versão do quinto jogo, e foi na casa de conhecidos, então acesso é o que eu menos tive em relação à esse jogo, e a segunda versão que somente ficou nos arcades, não tive acesso algum, afinal de contas, meu PC é lixo pra jogo moderno demais e na minha cidade não tem mais fliperamas. O que é uma coisa que eu lamento até hoje...

Mas saindo do meu triste desabafo sobre arcades e voltando ao capricho do jogo, realmente é notável o capricho da Sega em relação à versão definitiva para consoles.

Primeiro de tudo, o jogo possui sete trilhas sonoras.

SIM, SETE OST's. NÃO TEM DESCULPA DAS MÚSICAS ENCHEREM O SACO.


Mas falando delas, basicamente é a trilha sonora dos 4 primeiros jogos, refeitas de forma à se lembrar as originais porém sem perder a identidade delas. E uma ou outra música incluída para os personagens que não estiverem dentro do contexto dessas músicas, por que nem todos os personagens do jogo estiveram em todos os jogos, então foi feito de forma a adaptar para cada situação de forma muito bem calculada.

E as outras 3 são das três versões do quinto jogo. Diga-se de passagem que a primeira versão tem músicas muito comuns e nada marcantes, assim como as outras 4 já citadas acima. Porém as OST's do Virtua Fighter 5 R e do Final Showdown são excelentes.

Em especial do Final Showdown que transmite um clima de batalha muito foda. Poucas músicas de jogos de luta te passam tanto clima de combate como essas.


Agora a jogabilidade é simples como sempre, e ao mesmo tempo muito complexa. Parece paradoxo, eu sei, mas vou explicar.

Primeiro de tudo, o jogo consiste em 3 botões basicamente.

Grab, que defende mas também bate se usado em combos, Punch, e Kick.

E a mecânica é bem simples, o Tutorial se encarregará de ensinar tudo que precisa, e ainda tem as Licenças que ensina as coisas mais estratégicas do jogo.


Todos os personagens funcionam de forma diferente e balanceada de forma que torna o jogo super dinâmico e com um fator replay enorme, sem contar que são golpes realistas, além da imensa variedade de combos, golpes e arremessos.

Isso faz com que mesmo a quantia pequena de míseros 20 personagens seja algo super divertido. Dá pra se brincar horas e horas com todos os personagens e dificilmente você verá todos os seus possíveis combos e movimentos.

Eis aqui todos os personagens presentes no jogo e suas respectivas artes marciais:

Akira Yuki - Bajiquan (Hakkyoku-ken)


Kage Maru - Hagakure-ryu Ju-Jutsu


Sarah Bryant - Artes Marciais Mistas


Shun Di - Zui Quan (Drunken Fist conhecido como Punho Bêbado)


Goh Hinogami - Judô


Lau Chan - Koen-ken


Pai Chan - Ensei-Ken (Mizongquan)


Lei Fei - Shaolin Kung Fu


Brad Burns - Kickboxing

 
Wolf Hawkfield - Pro-Wrestling

Jacky Bryant - Jeet Kune Do


Aoi Umenokouji - Aikijutsu


Jeffry McWild - Pankration

 


Lion Rafale - Mantis Kung Fu


 
Vanessa Lewis - Vale-Tudo



El Blaze - Lucha Libre




Eileen - Monkey Kung Fu



 
Jean Kujo - Karate


Taka Arashi - Sumô


Dural - Combinação de artes marciais



E a respeito da dificuldade do jogo, ela é divertida, não é fácil demais e nem estressante demais, ajuda muito esse equilíbrio pois aumenta o fator replay de forma que zera-lo com personagens diferentes sempre será divertido. Mesmo sem roteiro algum.

Isso sem contar o modo online, que funciona muito bem, mas tão bem, que até a minha precária internet foi boa o bastante pra segurar várias partidas online com pouquíssimos slowdowns ou nenhum.

Arcade Stick do jogo. Muito foda. Queria um :(

E assim essa é a atualização definitiva do quinto jogo da série, apesar de manter um padrão com falta de história e todo o possível roteiro preso em manuais (ainda não me conformo com isso), excelentes músicas e um gameplay viciante, junto de cenários lindos e movimentações impecáveis dos personagens.

O único problema dessa versão é que só foi lançada como conteúdo de download, ou seja, terá que pagar na PSN ou na Xbox Live para te-lo. Apesar de mais barato que um jogo comum seria, é sempre melhor ter o disco físico para ver a arte da capa, encarte e tudo mais. Mas nesse caso é melhor em download mesmo por se tratar de um jogo bem antigo que somente recebe atualizações.

Quem me dera se a Capcom fosse assim. Mas sonhar não custa nada.


Enjoy

4 de julho de 2012

Megaman X8


Bom, depois de tempos e tempos falando de todos da série, aqui estou no fechamento do especial Megaman X que eu prometi no blog.

E nada como a Capcom pra enterrar a série com chave de ouro pelo menos. Já que até então ele é o último jogo de plataforma da franquia.

Digo isso por que também tem Megaman X Command Mission, jogo que ainda nem sequer peguei pra começar, mas quando eu o jogar e terminar prometo postar sobre.

Mas enfim, primeiramente, depois de tempos e tempos fazendo jogos da série com leves e sutis mudanças. A Capcom na doce ilusão do 3D resolveu fazer uma jogada nova com Megaman X7, e como podem ver, foi um completo fiasco.


E depois disso, a Capcom aprendeu a seguinte coisa: "Megaman sempre será 2D. Sempre"

Com isso em mente, e com lindos gráficos que o PlayStation 2 e os PC's poderiam oferecer em 2008, a empresa simplesmente resolveu voltar com a jogabilidade side-scroller. Porém com gráficos 3D.

OBRIGADO CAPCOM. SENTIMOS FALTA DISSO NO X7.

E eu me lembro bem de ter jogado o X7 na época que chegou na cidade, nessas lojas que se paga pra jogar, e eu fiquei bem decepcionado, e quando o X8 saiu, aqui na cidade nem apareceu, e eu comprei meu PlayStation 2 e com isso um amigo me disse pra pegar e jogar o X8. Minha primeira pergunta:

"Ele é sequer parecido com X7 ?"


E ele na hora: "Nunca, muito melhor, um dos melhores da série pra falar a verdade"

Me senti aliviado e confesso que achei exagero...

E nisso eu joguei, e sinceramente, achei muito MUITO bom, mas antes de entrar em aspectos de mecânica, irei abrangir o roteiro do jogo.

Basicamente, agora o trio, X, Zero e Axl, foi investigar a torre Jakob, um Maverick que teria aparecido causando estragos, e nisso ao derrotar o Maverick, Ville (sim, ele  mesmo, revivido de novo e agora verde) sequestra o líder do projeto Jakob, Lumine. O projeto incialmente era pra povoar a Lua com reploids.

E simplesmente aparecem novos Mavericks sem muita explicação, e depois com o tempo, Lumine se pronuncia autor da situação e que os reploids como Axl capazes de copiar os outros são uma nova geração na qual Axl seria apenas o protótipo e Lumine seria uma versão perfeita.


E no caso, existiriam muitas versões desses novos reploids e todos eles seriam extremamente programados para NUNCA se tornarem Mavericks, mas Sigma estava por trás de tudo (de novo), e simplesmente instalou sua própria programação nesses "copy chips". Ou seja, se antes eles se tornavam Mavericks por causa de Sigma, agora era questão de tempo até eles se tornarem Mavericks por vontade própria.

E com isso em mente, passando o jogo, derrotando Sigma, que dessa vez não é o último chefe e sim penúltimo, Lumine se revela ter usado Sigma para seus planos de forma onde somente os reploids perfeitos existiriam.

E eu novamente adorei a ideia dos chefes voltarem a ser mais maduros, eles tem pensamentos e objetivos próprios e a maioria deles concorda com Lumine e por ae vai, não é algo retardado como o X7 tinha feito de novo.

Bom, vale citar antes de tudo que X8 foi o jogo escolhido pela Capcom pra REALMENTE MATAR SIGMA. A Capcom deixou bem claro que ele foi um bom vilão e o tempo de vida dele deveria chegar ao fim, e eu honestamente gosto do fim dele.

Apesar de que Sigma nem de longe se compara com Dr. Weil da série Megaman Zero, ele foi um bom antagonista e um dos meus vilões favoritos apesar de sua simplicidade.


E agora, em aspectos de gameplay, como eu havia dito, tudo voltou a ser side-scroller, e 6 das 8 fases seguem esse padrão, as outras duas são diferentes, uma delas com o retorno das Ride Chaser, mas não necessariamente em forma de moto, e sim um veículo de neve, e essa fase apesar de difícil é bem divertida, agora a outra, é um modelo voador na qual atravessamos a cidade dando tiros de leve no chefe antes de enfrenta-lo.

Essa fase sim é chata pra caralho. Acho que é a única coisa chata do jogo.

E esse jogo apesar de voltar ao padrão, tem muitas novidades, irei explorar todas.


Começando com o sistema de vidas, agora são 3 vidas, e se perder todas tem que voltar no começo da fase e não em checkpoints ou na cara dos chefes como de costumes, outra novidade é o sistema de comprar, no meio do jogo há algo que funciona como dinheiro e se compra vidas, E-tanks e até mesmo upgrades pros personagens, como uma extensão do combo para Zero, mais resistência e energia para personagens e golpes que quebram a defesa de inimigos.

Sim, alguns se defendem e é mostrado um escudo na frente deles. Ideia interessante muito bem usada por sinal.

Outras das novidades são as novas comunicadoras que te ajudam, Alia, a mais antiga de todas te dá descrição da fase, Pallete que mostra localização de coisas secretas e partes da armadura e Layer que dá descrição dos chefes e o que se deve usar para melhor enfrenta-los.


E sem contar que depois que se termna o jogo, se abre uma forma apelativa de cada um, Zero ganha a versão Nightmare, conhecida como Black Zero, X ganha a Ultimate Armor, que dessa vez é diferente, após 3 jogos usando a mesma com cores diferentes, e Axl ganha uma versão branca com dash mais longo e agora flutua no ar infinitamente.

Uma coisa divertida no jogo é que se joga em dupla, e entre os 3 há muitas diferenças que podem ser muito bem exploradas. Zero continua com dois pulos porém, agora ele usa várias armas, e elas são Z-saber, lança, luva, leque e por último a Sigma Blade, que causa um dano absurdo e pode até mesmo tirar a graça do jogo usando ela, ainda bem que se só obtém ela terminando o jogo com ele.

X continua o mesmo de sempre, mas agora você precisa achar a armadura neutra, pra depois achar 8 peças que somente colorem a armadura, ela toda vermelha é a Icarus Armor e a azul é a Hermes. Ambas com suas diferenças e o legal é que se pode alternar as peças podendo usar partes das duas ao mesmo tempo.


E Axl, continua com a ideia do X7 porém muito melhor executada, ele flutua por algum tempo, atira sem carregar e tem menos energia que o resto, exige um pouco mais de cuidado e malícia pra se jogar com esse personagem.

Outra característica do jogo é que os personagens novamente não abaixam mas dessa vez completamente proposital para que aumente ainda mais a dificuldade do jogo e te obrigue a esquivar usando dash.

E acho que a novidade mais interessante é sem dúvidas o ataque em dupla, sendo ela com qualquer um dos 3 personagens sem necessidade de ordem ou qualquer complicação. A única coisa paia é que sempre fazem o mesmo ataque, X solta um mega canhão, Zero faz a espada aumentar e sapeca ela sem dó e Axl atira com duas armas. Acho que poderia haver algo mais... como X com Zero ser uma coisa e X e Axl ser outra. Mudar tudo pra motivar mais as pessoas a jogarem mais e mais.

Sem contar que as músicas novamente voltaram a ter aquela cara de Megaman X, coisa que havia sumido no jogo anterior, dessa vez as músicas são mais tensas, tem um clima diferente, e algumas voltadas pro metal, mas só de ter de novo aquela pegada das anteriores já me deixou muito mais motivado de jogar, algumas músicas dá vontade de jogar com volume bem alto. Como por exemplo essa.


E a dificuldade é bem alta, nos chefes nem tanto, mas nas fases de modo geral sim. A dificuldade é algo comparado ao Megaman X6. Ou seja, os recursos existem, mas absolutamente nada é de graça nesse jogo.

Tudo isso, aliado a um roteiro mediano como sempre, gera a chave de ouro da série Megaman X, simplesmente um dos meus favoritos, acredito que seja o que eu mais gosto depois do X6, pelos fatores desafio e jogabilidade empolgante.

Até por que, se dependesse dos finais...

Bom, como sempre né, mas vamos repetir.

Os finais são 3, um pra cada personagem que se termina, e somente o de Zero é decente, o de X é meia boca e de Axl é completamente inútil.


Quem quiser ver pode conferir aqui. Achei dublado em inglês. Foi o máximo que eu consegui. Mas de toda forma vou conta-los por que não vai mudar em nada.

O de Axl, Lumine dá um golpe nele bem na cabeça, onde podemos ver o cristal que é provavelmente além do chip a única diferença dos reploids avançados pros modelos anteriores, o de X ele questiona a possível evolução na qual Lumine acreditava e de Zero ele pensa em abandonar os combates, afinal de contas a única ameaça a nível dele (Sigma) havia definitivamente batido as latarias, e diz pra X que apesar de toda a evolução, se acontecer algo eles vão precisar lutar e que isso não mudaria nunca.

Com tudo isso temos um jogo super empolgante, emocionante, com história meia boca mas mesmo assim legalzinha, músicas novamente decentes e nova mecânica, Capcom realmente fechou a série X com um jogo supremo, digno e realmente inesquecível.

Isso tudo sem contar que é possível abrir as 3 comunicadoras do jogo, cada uma com gameplay de um personagem já jogável e é SUPER foda ver Zero gritando Shoryuken e Sempuu Kyakuu.


É uma pena que até então seja o último jogo da série, apesar de que Inafune saiu da Capcom, esse jogo não foi produzido nem por ele e nem pela equipe original, somente o desenhista oficial que manteve na equipe, todo o resto era novo por que o jogo é 3D com mecânica 2D e no caso foi necessária uma equipe totalmente diferente pra isso.

E agora que Keiji Inafune está oficialmente fora da Capcom, não entendo o motivo pelo qual a série está abandonada.

Já que X6 e X8 que são excelentes jogos não foram feitos por ele. Qual motivo impede a criação de um jogo da série ?