30 de agosto de 2012

Versão Americana: A Tragédia Feita em Street Fighter II

Enfim, depois de um tempinho sem nada pra postar, um especial inteiro de Megaman X e uma postagem feita por um amigo...

AQUI ESTOU!!!

*Aplausos*


Aproveitando que exatamente hoje é aniversário de 25 anos da melhor franquia de jogos de luta de todos os tempos, venho aqui fazer uma postagem diferente.


É sobre um "problema" encontrado nas versões americanas da franquia de jogos de luta que mais amo nesse mundo.

Sim, Street Fighter, e pra variar, é o II.

E toda vez que falamos de jogos japoneses que caíram nas mãos dos americanos temos a seguinte reação:


Não pra pra pensar diferente do Guile quando lembramos de estragos feitos pelos descendentes do tio Sam, o que mais me irrita é que não basta apenas traduzir.

ELES SEMPRE ALTERAM, E ISSO É UMA BOSTA!

Por que não deixar a porra do jogo do jeito que foi feita, se for pra xingar, que xinguemos quem produziu o jogo e não os malditos tradutores ocidentais.

Mas voltando à Street Fighter...

Primeiramente, quero falar que eu considero todas as versões de Street Fighter II um jogo de luta bom, claro.

Mas nada além disso....

Já devo ter falado em alguma postagem e com meus amigos eu já falei mutias vezes, mas a questão é:

SE DEPENDESSE DE STREET FIGHTER II EU JAMAIS SERIA FÃ DA SÉRIE.

E por que ??? Ora pombas.

Por que é um jogo simples. Ele é foda eu sei e tudo mas ainda assim muito simples e seco. Sem muitos personagens e por mais que as suas milhões de atualizações tenham evoluído ainda vejo como um jogo simples.

Mas vamos ao problema em questão...

As frases do Street Fighter II são muito TOSCAS, quando se joga o jogo americano, até mesmo eu e meus amigos (incluindo o Dipaula, que fez a postagem sobre os antagonistas marcantes dos games) vivíamos rindo por que nós acreditávamos que Street Fighter só aprofundou, mesmo que (muito) pouco, seus personagens na série Alpha e só manteve isso no III e no IV, mesmo que não tão bem usado. Mas manteve.

Mas eis a surpresa. Um amigo me mandou um link que tinha as frases do jogo japonês traduzido.

E acreditem... as frases não eram retardadas e completamente sem sentido.

Na verdade, algumas eram boas até demais pras suas épocas.

As americanas são tão ruins, que chegamos a pensar que os personagens são retardados...

Querem uma prova ? Pois bem, irei dar a vocês bons motivos pra concordarem comigo.

Começando com o amigo que na foto acima estava decepcionado:


Guile: "Are you man enough to fight me?"

Que traduzindo...

"Você é homem/macho o bastante pra lutar comigo?"

Sério mesmo... quem liga pro quão macho um cara que acabou de perder pode ser... ele poderia ser o mais macho de todos os tempos, isso é frase pra início de luta e não final... apesar de imbecil, no começo da luta ela poderia funcionar.

E agora pegamos uma oriental traduzida...

Guile: "Battle is a heartless thing. But I couldn’t lose just for that."

E traduzindo temos...

"Batalha é uma coisa impiedosa. Mas eu não poderia perder somente por isso"

Sentiram a diferença ?

Notavelmente, temos um cara melancólico que luta por vingança do seu amigo (Charlie/Nash), e  só sentimos isso pela primeira vez jogando com ele em Alpha 3 e depois no IV. Mas essa ideia é bem antiga.


E também temos outro exemplo MUITO clássico. E estou falando do mascote da série.


Ryu:"You must defeat my dragon punch to stand a chance!"

A tradução é:

"Você deve derrotar meu punho do dragão pra ter uma chance"

Olha, essa frase por mais doente que seja, foi até melhorada, por que a primeira lançada tinha "Sheng Long" no lugar de "Dragon Punch" e isso estragaria a frase ainda mais... mas em Alpha 2 e 3 entendemos a pequena profundidade de Ryu como lutador que luta por gostar e não pra vencer...

E então na versão japonesa do SFII temos essa como prova do início de sua ideia como lutador.

Saquem só a diferença.

"There are guys stronger than even I out in the world. You ought to toss that poor self-esteem."

E a tradução:

"Existem caras mais fortes que eu no mundo lá fora. Você deve superar essa sua baixa autoestima"

Apesar de não gostar muito do Ryu, eu simpatizo com sua ideia de lutar por gostar, e não por vitórias, e isso é claramente notável, ele mostra ao vencer que perder não é motivo de vergonha e sim de aprendizado.


Outro problama notável, foi com Chun-Li.


Vejamos:

Chun Li: "I'm the strongest woman in the world!"

E ao traduzir:

"Eu sou a mulher mais forte do mundo!"

Confesso que não gosto dessa frase, e acho ela idiota, mas a que originou essa é...

"Don’t take me lightly just because I’m a woman! It’s a shame, really, but I’m the best martial artist in the world!"

E quando traduzimos...

"Não pegue leve comigo por que sou uma mulher. É uma pena, realmente, mas eu sou a melhor artista marcial do mundo"

Ela não separa e nem fica falando coisas como "mulher mais forte". E sim que é a mais forte, ela não se divide em subcategorias. Ela diz ser a mais forte e pronto.

Isso mostra o quanto americanos vulgarizam a imagem feminina, transformando ela numa "exceção"... tentando mostrar que ela é forte e mesmo somente entre as mulheres.


Agora outro que foi terrivelmente prejudicado foi Blanka, e vejamos.


Blanka:"Seeing you in action is a joke!"

Traduzindo:

"Ver você em ação é uma piada..."

Olha só, vamos questionar isso. Primiro por ser a ÚNICA frase de Blanka em SFII...

E pra piorar tudo é uma BEM IDIOTA.

Não só por ser algo totalmente seco e sem sal mas sim por ser um cara da floresta, sem qualquer orientação falando isso, pense comigo... ele viveu na floresta. Só o fato dele FALAR já é absurdo. Imagina compreender de fato que ele entenda que a pessoa é uma vergonha como lutador ou não.

Aposto que entre as (poucas) palavras do pequeno dicionário de Blanka, aposto que "vergonha" e "piada" não estão incluídos...

Tudo bem que estamos questionando um jogo de luta onde o gameplay é mais importante que tudo, mas por favor, se o personagem tem um contexto, que ao menos ele o respeite.

E quando vemos as frases japoneses... vemos algo super legal assim:

"I let you cut my flesh so I can sever your bones. This is the law of the jungle!"

Tradução:

"Eu deixei você cortar minha carne para que eu possa dilacerar seus ossos. Essa é a lei da selva!"

Tá vendo... a diferença é óbvia. Ele não ridicularizou o perdedor, mas simplesmente mostrou o contexto no qual ele vive, que é de um cara da floresta...

E frases desse tipo no Blanka só seriam usados em Alpha 3 e SFIV... Mas elas já tinham esse princípio no SFII, que os americanos carinhosamente nos fizeram o favor de tirar.

Oh vida cruel...

E querem saber se tem mais arrombamentos anais feitos com os personagens ?????

Claro que sim... Afinal de contas, estragar pouco é bobagem.


Vejamos o que fizeram com Ken... um dos meus personagens favoritos por sinal.


Ken:"Attack me if you dare... I will crush you."

E quando traduzimos temos algo como:

"Me ataque se ousar... Eu irei esmagar você."

Se você parar pra pensar não é uma frase ruim... mas quando entendemos o propósito do personagem fica difícil ascimilar essa frase à Ken.

Principalmente levando em conta que ele é o "bobão" do jogo, o cara que faz piadas e sacaneia mesmo. E diga-se de passagem, com os conhecimentos atuais do que é Street Fighter, essa frase se encaixaria perfeitamente em M. Bison.

E quando pegamos uma de Ken japonesa olhe o que temos.

"Hey, hey, that’s still too fast to lose!!"

E vejamos a tradução:

"Ei, ei, ainda é muito cedo pra perder!!"

Tá vendo... Nunca pensei em dizer isso mas naquela época o Terry como "americano piadista" era a melhor opção.

E não me xinguem, eu gosto do Terry.

Fica complicado dar credibilidade à americanos depois disso, e pensar que eles mesmo estragaram um estereótipo feito com base neles...


Agora vamos à um dos mais prejudicados, que é o Vega.


Vega:"Handsome fighters never lose a battle."

Traduzindo:

"Lutadores belos nunca perdem batalhas."

Falando sério, por mais narcisista que ele seja...

Só isso não basta, é muito imbecil essa simples fala. Deveria haver ao menos um pouco mais de estilo...

Estilo ? Ah sim, deixa eu pegar uma frase japonesa dele.

"Victory itself is beautiful. Being torn by me is only natural!!"

E quando traduzimos temos:

"A vitória em si é bela. Ser rasgado por mim é simplesmente natural"

A diferença é tão sinistra que a primeira impressão da frase americana é de um cara que no mínimo frustrado e se esconde se achando o bonitão, enquanto na japonesa entendemos de primeira o contexto de "pessoa narcisista".

E certamente do quão habilidoso Vega pode ser, ainda mais como ninja que é.

O mesmo ocorrido de Ryu e Blanka, e todos os outros, a personalidade de Vega só fica REALMENTE clara do Alpha 3 em diante, e em alguns casos no Alpha 2.


Conluindo...

Isso mostra a prepotência dos americanos em alterar roteiros e personalidade dos personagens acreditando que existe uma espécie de "padrão" pras coisas.

E é frustrante jogar o Street Fighter II e todos os personagens na versão americana serem arrogantes e provocadores. E outro fator, é que os americanos colocaram duas frases pra cada um, sendo que a segunda demora pra aparecer e alguns personagens como Blanka só ganharam uma...

E todas são uma merda, nenhuma delas te transmite a ideia do personagem.

Mas dá certo alívio saber que desde World Warriors, passando por Champion Edition e The New Challengers, todos os personagens já tinham uma média de 4 a 5 frases e sua grandiosa maioria era completamente compreensível com a personalidade do personagem.

Dê uma olhada nessa capa horrível. Adivinhe se ela é oriental ou ocidental ?

E quando pensamos no que os americanos fizeram com Street Fighter removendo sua personalidade presente nos primeiros jogos da série era ruim...

Os fãs de série puderam testemunhar o nível de destruição dos brasileiros.

Principalmente quando me lembro que pegaram isso:


E transformaram nisso:

...

...

...

Pois é, de repente a falta de personalidade parece uma coisa melhor. Dá pra perder a fé na humanidade facilmente depois de uma dessa...

Mas é sempre uma merda ver como os americanos estragam um jogo...

E isso é irritante, por que não somente jogos de luta e suas frases de vitória assim como RPG's, jogos de ação, e muitos outros foram prejudicados.

Mas olha, RPG's são os mais sofridos... por que são jogos onde jogabilidade e história devem caminhar lado a lado.

E poucos exemplos como Final Fantasy IV e VI que no Super Nintendo tinha uma tradução de merda, Secret Of Mana também que todos os japoneses apontam dedos e dão gargalhadas daqueles que jogam a versão ocidental, e principalmente Revelations: Persona.

Afinal de contas, esse foi especialmente castigado, onde a história mudou até mesmo a localização dos eventos, personagens, personalidade...

E essa capa que o Sagat parece que comeu lanche do Bob's estragado. Feita por quem mesmo ?

Isso quando também não alteram a dificuldade do jogo, normalmente aumentando ela, por considerarem americanos "melhores jogadores", alegando claramente que eles estão níveis acima de jogadores de outros países.

O melhor exemplo disso é Streets Of Rage 3 de Mega Drive que é frustrantemente difícil, enquanto Bare Knucle III (a versão original japonesa) tem lá sua dificuldade mas não é aquele jogo que te desanima pela dificuldade. E Street Fighter como sempre também recebeu esse "presentinho" dos americanos.

Mas isso é assunto pra outro dia...

Zangief ao ler as frases dos amigos e descobrir que elas em japonês tem sentido.

E todas as frases traduzidas das versões de Street Fighter II japonesas foram tiradas nesse site.

Basta clicar no link pra ver o site com todas já traduzidas pro inglês.

O que me entristece nesse aspecto é que toda vez que jogo um jogo em inglês, eu fico com pé atrás ainda mais se a história em algum aspecto não fizer sentido...

Mas fazer o que, no ocidente essa semente foi plantada. O jeito é lidar com isso...

15 de agosto de 2012

Antagonistas Marcantes dos Games



E aí, leitores do Lugar de Nerd? Quem fala não é o Juninho, dono do blog e autor usual dos textos, mas sim Dipaula (se quiserem ver minha página no DeviantArt cliquem aqui). Sou amigo do cara e ele gentilmente me cedeu espaço para uma postagem, pelo qual eu agradeço. Sou tão fã de games quanto ele, embora mais exigente (ou birrento, como ele costuma reclamar), e gostaria de falar sobre certos personagens presentes em seus enredos.

Vou falar sobre antagonistas. Não, nada de vilões aqui, pois o termo me remete a personagens do (estereó)tipo: “Huahahahaha! Sou poderoso, mau e quero dominar o mundo, porque sim!”. Tais personagens funcionam bem em certos contextos e eu até gosto muito de alguns. De fato meu favorito em Street Fighter é um deles: M. Bison, mas não entremos em detalhes.

Chamo de antagonista (que é aquele que se opõe a alguém ou a uma causa, adversário) personagens que não só saem por aí espalhando medo e morte, mas tem razões plausíveis para isso, razões que, quando reveladas, fazem o jogador se sentir culpado por combatê-lo, ou ao menos compreender seus motivos. Bem, pelo menos os jogadores mais inteligentes e maduros...

Eu amo quando, em um game, eu me pego torcendo pelo vilão (que passo, então, a chamar de antagonista, hehehe...) e inimigos com essa capacidade são os melhores, em minha opinião. Por isso reuni os que mais me causaram tal efeito para apresentá-los a vocês e falar sobre eles.
           
Por favor, notem que alguns deles vêm de games não muito famosos (o que pode ser bom, se você é curioso) e meu critério de seleção é unicamente seus feitos e motivações. Pois bem, sem mais demora, vamos a eles!

Doll Master – Threads of Fate/Dew Prism


Threads of Fate (ou Dew Prism no Japão) é um game de aventura fantástico para PS1 que, como alguns outros, infelizmente não se tornou tão popular a ponto de gerar seqüências.

Na história do jogo houve, em tempos antigos, um mago chamado Valen que criou um artefato mágico com poderes além da imaginação chamado Dew Prism (Prisma do Orvalho). Embora esse artefato lhe conferisse poderes além dos de um deus, ele não era imortal (ninguém é perfeito, eu acho). Temendo que seus inimigos o destruíssem e tomassem seu tesouro, ele selou a relíquia com seu espírito dentro, juntamente com sua fortaleza e ordenou que seus servos adormecessem até que seus inimigos tivessem desaparecido do mundo, para então despertarem e ressuscitar seu mestre, num mundo onde ninguém pudesse atrapalhar sua ambição de tornar-se o senhor de tudo.

Esses tais servos eram seres mágicos artificiais chamados de “Bonecos de Valen”. Todos eles possuíam em sua testa uma “Pedra da Vida” que lhes proporcionava vastos poderes e que era a única coisa capaz de ressuscitar Valen. Doll Master foi o primeiro dos Bonecos a despertar, porém sua Pedra da Vida havia perdido os poderes, deixando-o no mesmo nível de um homem comum e impossibilitado de executar sua missão.

Doll Master foi criado com o propósito de ressuscitar Valen e acreditava que esse era o único significado de sua existência. Quando percebeu a ausência de seus poderes sentiu-se desesperado. Como cumpriria seu dever, sua razão de estar vivo?

É aí que se vê a diferença entre um protagonista e um antagonista. Protagonistas normalmente são ajudados pelas circunstâncias ou por outros personagens a “seguir o caminho certo”, geralmente lutando por valores pré-estabelecidos. Antagonistas, por sua vez, superam tudo sozinhos, com sua vontade e determinação, lutando por aquilo em que acreditam, independentemente da aprovação de outros. Tudo bem que eles arrasam cidades no processo, mas isso só prova o quanto eles tem coragem para bancar as próprias idéias.
           
Doll Master não se entregou ao desespero, imagine! Caso contrário não teria sido citado aqui. Ele buscou por poder sozinho, tornando-se um arquimago top de linha por conta própria e ascendendo ao posto de Conselheiro Real de uma nação super poderosa.

Como não poderia ressuscitar Valen sozinho, Doll Master manipulou a tal nação, usando seus recursos para encontrar outro Boneco de Valen que havia despertado: Rue, um dos protagonistas. Rue havia conservado sua Pedra da Vida, mas não sua memória, não se lembrando de seu dever. Por isso Doll Master assassinou a pessoa mais querida de Rue, Claire, deixando-o sozinho no mundo e o impelindo a procurar pelo Dew Prism, na esperança de usá-lo para ressuscitá-la. Assim, ao se deparar com a relíquia, o arquimago manipularia Rue para ressuscitar seu mestre.

No final, após uma ferrenha batalha entre os dois Bonecos de Valen, Doll Master é derrotado, amaldiçoando a si mesmo por ter falhado em sua missão e perdendo, portanto, a razão de viver. Rue explica ao irmão (criados pelo mesmo cara, lembram?) que a razão que o fazia lutar não era nenhum senso de dever, mas sim sua vontade. Doll Master então compreende que era livre desde o início para escolher seu destino, assim como seu irmão Rue. Colocando o aprendizado em prática, ele se sacrifica para salvar Rue de ser possuído pelo espírito de Valen, tendo um fim heróico e glorioso.

Durante sua trajetória, Doll Master comanda três servos fiéis, que o seguem cegamente, mas não por medo de seus poderes e sim por pura lealdade, pois eles foram salvos por ele, devem tudo a ele. Isso mostra o quanto o personagem está distante do maniqueísmo. Ele não é simplesmente mau, age de acordo com seus objetivos, sendo implacável para com os adversários, mas também generoso para com os seus.

Por tudo isso Doll Master ficará para sempre em minha memória como sendo muito mais que um arquétipo obrigatório numa história. Ele é um antagonista em um oceano de vilões.

Dahlia Gillespie – Silent Hill


Silent Hill é simplesmente a melhor série de games de horror já lançada. O primeiro título é meu favorito, pois foi o primeiro jogo com enredo realmente adulto com o qual tive contato e é de sua antagonista que vou falar.

Silent Hill é uma pequena cidade turística no interior dos Estados Unidos, onde existe um culto religioso chamado simplesmente de A Ordem. Tal culto é formado pelo sincretismo de crenças dos indígenas da região com as dos colonizadores, resultando numa religião de magia, xamanismo, alquimia, tudo com uma atmosfera católica. A Ordem deixou de ser a religião oficial de Silent Hill quando a cidade começou a crescer e se desenvolver, obrigando o culto a se tornar secreto e a se financiar com a venda de drogas para turistas.

Dahlia Gillespie era um dos membros mais fervorosos dessa seita, considerada fanática por muitos de seus companheiros de culto. Era uma mulher reclusa e misteriosa que pouco falava com pessoas da cidade que não partilhavam de sua fé. De fato, era conhecida na cidade como “A Louca Gillespie”. É... Andar por aí vestida de freira e usando gravata não faz maravilhas pela reputação de alguém... Ter traços faciais que sugerem estar um passo atrás na evolução não ajuda também.

Dahlia não era levada muito a sério, porém tudo isso mudou quando sua filha Alessa nasceu. A garota era detentora de poderes psíquicos que fariam M. Bison e Charles Xavier tão inseguros que teriam de fazer terapia. Entre outras coisas, ela era capaz de moldar a realidade! Dahlia, em seu fanatismo, não teve dúvidas de que a menina era um ser divino que teria sido enviado ao mundo para salvar a humanidade e restaurar o paraíso.

A fim de alcançar seu objetivo, ela manipulou outros membros da Ordem, fazendo-os pensar que os rituais que ela faria os permitiriam controlar os poderes de Alessa, quando, na realidade, ela queria fazer com que a filha desse a luz a Deus, trazendo o paraíso à Terra. Desejando o poder de Alessa, os tais membros ajudaram Dahlia em tudo o que ela precisou.

Colocando sua fé obsessiva à frente de seus instintos maternos, Dahlia ultrapassou todos os limites, chegando ao extremo de incendiar a própria casa com sua filha dentro, num ritual de purificação, numa tentativa de torná-la imaculada, preparando-a para gerar Deus.

Em meio a desespero e dor inconcebíveis, a garota usou seus poderes para dividir sua consciência em duas: sua parte inocente se materializou na forma de um bebê à beira de uma rodovia, sendo encontrada pelo protagonista, Harry, e criada como sua filha. Sua parte ressentida manteve-se na cidade a salvo de sua mãe, preparando uma vingança mais nefasta do que o pior dos pesadelos...

Anos depois sua metade inocente (agora sob o nome Cheryl) sentiu, inconscientemente, a necessidade de se reintegrar com sua contraparte em Silent Hill, pedindo a seu pai adotivo que a levasse para passar as férias na cidade. Ao chegar, Cheryl se perde do pai reunindo-se com sua outra metade. Em meio ao pesadelo vivo, que a cidade se tornara pela vingança de Alessa, Harry tenta desesperadamente encontrar sua filha.

Dahlia manipula o pai desesperado, mentindo sobre Alessa, dizendo que ela era o demônio na forma de uma inocente que queria sacrificar Cheryl para envolver a cidade nas trevas do submundo.

Harry inadvertidamente ajuda a cultista a capturar Alessa, permitindo a ela completar o ritual iniciado há anos atrás, porém Dahlia não contava que um de seus antigos aliados da Ordem, desejando vingança por ter sido enganado, surgiria e atrapalharia o ritual. Ao invés de Deus, a garota dá a luz a uma grotesca criatura, personificação de seus pesadelos, que impiedosamente mata Dahlia, enfim vingando os horrores que ela infligira à filha.

Em seu diálogo final, Dahlia explica a Harry suas motivações com uma voz emocionada e cheia de esperança, dizendo que, com o sucesso de seus planos, todos os pecados e tristezas seriam expurgados dos corações dos homens. Isso demonstra que Dahlia era uma pessoa desequilibrada, consumida pelo sofrimento e que se apegou às promessas quiméricas da religião, abandonando toda a razão.

Agora pergunto: quem de nós, se a possibilidade fosse dada, não tentaria moldar o mundo a seu gosto?

Irwin – Legend of Mana


Para quem não conhece, Legend of Mana é um maravilhoso RPG Ação, ou seja lá como chamem hoje em dia, para PS1. Ele tem visual de história infantil, mas com enredos bem maduros, alguns recheados de tanta tragédia que Édipo daria tapinha nas costas de seus protagonistas e diria: “Isso, desabafa... eu sei que é difícil...”.

Irwin é um dos antagonistas e também um dos que receberia um lencinho do Édipo.

Como? Não conhece Édipo? Aproveite a oportunidade e pesquise. Viu como essa postagem também contribui para seu enriquecimento intelectual? De nada.

Bom, tudo começa ainda na infância de Irwin, que é um meio-demônio e, por isso, sofre certo preconceito. Ele só sofre preconceito mesmo, nada de ser perseguido com tochas ou algo do tipo, não no mundo de Legend of Mana. Quem jogou sabe que nesse mundo existe uma enorme “diversidade étnica” por assim dizer (desde homens quebra-cabeça donos de tavernas a lobos antropomórficos matadores de dragões...), logo um meio-demônio não é nada lá muito especial.

O problema é que ele se apaixonou por Matilda, uma garota que era destinada a ser uma sacerdotisa e, portanto, deveria manter sua castidade. Outro problema é que ela tinha como guarda-costas um aprendiz de paladino mimado e arrogante, Escad, que odiava Irwin por ele ser o objeto do amor de Matilda. No meio disso tudo havia Daena, uma aprendiz de monja (palavrinha feia...), melhor amiga de Matilda e que queria apenas a felicidade da amiga, não tomando partido na rivalidade Escad x Irwin.

Irwin era, desde pequeno, detentor de grandes poderes mágicos oriundos de seu sangue demoníaco, por isso, estava acostumado a enfrentar o mundo sozinho e não responder a ninguém. Isso deslumbrava Matilda, que vivia uma vida cheia de regras e nenhuma liberdade. O destino imposto a ela, causava-lhe grande angústia.

Irwin oferece à amada uma chance de se libertar das correntes do sacerdócio, sugerindo que ela fugisse com ele para longe. Porém o invejoso Escad sai em seu encalço para impedir a fuga. No meio do trajeto eles encontram dificuldades e a frágil Matilda se acovarda, odiando-se por detestar sua vida e ainda assim não ter a coragem de mudar.

Ouvindo as lamentações de sua amada, o meio-demônio decide acabar com o mundo que a fazia sofrer tanto, dando início a um plano. Como primeiro passo ele rouba os poderes mágicos naturais de Matilda, numa tentativa de desqualificá-la como sacerdotisa, poupando-a de tal destino.

Ela termina por cair inconsciente no exato momento em que Escad aparece. Ele, acreditando que Irwin havia matado a garota, decide matar o meio-demônio! Com espada em punho e vontade férrea ele...

Perde miseravelmente e vai parar no mundo dos mortos... Sempre que chego nessa parte do jogo não contenho meu sorriso de satisfação, mais ou menos assim:


Vinte e poucos anos depois Matilda (que se tornou sacerdotisa mesmo sem poderes), já uma anciã, está perto de falecer, pois o roubo de seus poderes afetou sua vitalidade, a fazendo envelhecer muito mais rápido.

Irwin foi para o mundo das fadas e tornou-se seu governante, pois elas simpatizam com sua causa de transformar a humanidade em fertilizante para adubar a Árvore de Mana.

Escad retorna do Mundo Inferior, agora um mestre espadachim que, além de invejoso, está ressentido por sua derrota anterior.

Daena se torna a protetora de Matilda e tenta desesperadamente encontrar uma cura para a amiga.

Irwin executa o próximo passo de seu plano e seqüestra Matilda, planejando levá-la ao mundo das fadas para que ela fique segura e recupere sua vitalidade perdida, para então viver ao lado de Irwin no novo mundo criado por ele. Só que, bem... Ela recusa! O cara move mundos e fundos para agradá-la e ela simplesmente resolve que não está a fim! Nas palavras de alguns de meus amigos: “Mulher é um bicho desgraçado!”.

O que ele não contava é que os anos que passaram afastados mudaram Matilda drasticamente, tornando-a sábia o suficiente para entender que não havia mal ou pecados no mundo, todos eram livres para viver suas vidas da maneira que quisessem. Ela não mais odiava o mundo, mas tampouco reprovava as ações de seu ainda amado Irwin.

Ele, revoltado, resolve continuar o plano, que consistia em ressuscitar uma besta lendária da antiguidade para destruir, nas palavras do próprio Irwin: "as sementes feias chamadas “humanos”.

Nessa parte Daena e Escad chegam a um impasse, que resulta num duelo mortal: ela quer convencer Matilda a aceitar a proposta de Irwin de ir ao mundo das fadas e se salvar, ele quer matar Irwin por razões que já expliquei, mas escondendo-se por trás de um discurso hipócrita de “lutar pelo bem e a justiça”.

O jogador pode escolher entre ajudar um ou outro, mas creio que a maioria escolhe Daena, pois só alguém com o nível intelectual de uma esponja do mar ou que se identifique com Escad (o que é muito pior) faria diferente. Aquele escolhido pelo jogador sobrevive para enfrentar Irwin, mas no duelo final, Escad acaba morto novamente nas mãos do meio-demônio, de qualquer forma.

Após a batalha épica na cabeça da besta lendária, Irwin é destruído e a ressurreição do monstro é interrompida. Enquanto isso, Matilda falece por conta de sua velhice e os dois se encontram no Mundo Inferior. A sacerdotisa diz ao amado que finalmente eles poderiam ficar juntos. Ele a rejeita, ressentido por ela ter recusado sua proposta anteriormente, dizendo que ela foi um espinho em sua trajetória e, mentindo, diz que fez tudo aquilo por ser um demônio e não por amá-la. Ao ser abandonada, Matilda se desmancha em prantos, encerrando a trágica história.

Aqui Édipo, tome um lenço... Eu sei que é difícil...

Kraft – Megaman Zero 4


Megaman Zero é uma série da franquia Megaman feita para o Gameboy Advance, que rendeu quatro fantásticos jogos. É a única com enredo decente e personagens que podem ser, minimamente, levados a sério. Vou falar de um dos antagonistas do quarto jogo, que, assim como o último de quem falei, teve um final trágico.

Na história da série, o mundo está devastado e os recursos naturais se esgotaram quase por completo. Alheios à situação crítica da Terra, os humanos vivem em absoluto conforto e tranqüilidade em sua nação paradisíaca: Neo Arcadia. No quarto jogo, no entanto, Neo Arcadia deixa de ser um paraíso, pois está sob o total controle de um genocida megalomaníaco imortal, Dr. Weil. Esse tirano (que poderia ser descrito como uma combinação de Hitler e Lex Luthor com um toque da canalhice de Freddy Krueger) quer simplesmente fazer a vida humana pior do que a morte... Para sempre!

Kraft é um reploid (robô com inteligência e emoções humanas) encarregado de proteger a humanidade, mas ao invés de tentar combater o tirano, ele aceita servi-lo. Quero deixar bem claro que Kraft é um guerreiro poderosíssimo, não devendo muito ao protagonista, o lendário Zero, em combate. Sabendo disso é natural perguntar: por que cargas d’água ele serviria ao “Führer Lex Krueger” sem nem ao menos tentar detê-lo? Simples. Lembram-se do motivo de Irwin, de quem falei há pouco, ter quase destruído o mundo? Pois é, Kraft era apaixonado por uma humana também, Neige. Aparentemente nem mesmo robôs estão livres de terem a cabeça virada...

Kraft, a princípio, dá a entender que, como Dr. Weil era onipotente, a única chance de sobrevivência dos humanos era curvar-se ante seu poder, pois ele destruiria qualquer um que se opusesse ou tentasse escapar. Kraft atacava os desobedientes para que isso desencorajasse novas tentativas.

A repórter Neige, no entanto, era determinada demais para desistir. Unindo-se a uma caravana ela escapa, sendo implacavelmente perseguida pelas forças de Weil. A caravana é salva por Zero, o que permite aos humanos montarem acampamento no último local da Terra onde o meio-ambiente ainda resiste.

Kraft e seu time de robôs poderosos e não muito bem-intencionados são enviados ao local para exterminar o resquício de natureza restante, obrigando os fugitivos a retornarem a Neo Arcadia. Claro, eles encontram a oposição de Zero e isso, como quem conhece a série Megaman X sabe, não gera boas perspectivas para o futuro.
           
Enquanto seus asseclas caem um a um ante a irrefreável lâmina do Deus da Destruição Zero (notaram que eu gosto dele?), Kraft seqüestra Neige e tenta convencê-la a retornar com ele, pois por pior que a vida em Neo Arcadia fosse, era melhor do que a morte. Ele tentava protegê-la, mantê-la viva, afinal ele a amava. A moça, por sua vez, diz que o Kraft que ela conhecia e amava não aceitaria ver a humanidade, que ele jurou proteger, ser dominada daquela forma e que era preferível morrer a viver uma vida de medo.

Não suportando o fato de ser visto como um covarde por sua amada, Kraft volta-se contra Dr. Weil e, usando um canhão em órbita destinado a destruir o acampamento dos fugitivos, ele atira contra Neo Arcadia visando destruir o vilão, mesmo sacrificando todas as pessoas inocentes que lá habitam. Kraft é punido por seu ato desesperado de coragem através de uma batalha contra Zero, culminando em sua morte pela lâmina do protagonista.

O pior de tudo é que Dr. Weil sobrevive com um sorriso sacana no rosto, afinal ele tem a canalhice de Freddy Krueger, lembram-se?

Hum... Irwin encontra um fim trágico ao tentar atender aos desejos de uma mulher, Kraft mata toda uma população apenas para provar seu valor para outra... Isso faz a gente pensar...

Nyarlathotep – Persona 2


Bem, o que dizer a respeito de Persona 2? É um inesquecível RPG para PS1 dividido em duas partes: Innocent Sin e Eternal Punishment, simplesmente dono do melhor enredo que já vi em um RPG eletrônico. Para mais detalhes leia a postagem do Juninho clicando aqui e aqui.

O antagonista dessa história pode, à primeira vista, parecer um vilão, pois é imensamente poderoso e parece só querer se divertir com as desgraças que causa, mas há um fator que muda tudo e que explicarei agora.

Existe uma realidade formada pela interseção de todas as mentes humanas, o Inconsciente Coletivo. Lá os pensamentos e emoções ganham forma: as Personas, as diversas “faces” das personalidades dos homens na forma de seres metafísicos poderosos.

Da mesma forma, as ondas de pensamento coletivo também ganham forma: dois seres imensamente poderosos: Philemon e Nyarlathotep. O primeiro representa o aspecto mais produtivo da humanidade: curiosidade, coragem, sentimento desbravador, evolução. O segundo personifica o lado auto-destrutivo da espécie: ignorância, apatia, autopunição.

Num dado momento da história humana, já no século vinte, é chegada a hora de a raça humana ser testada: através da adversidade a mesma evoluiria (desejo de Philemon) ou seria extinta (desejo de Nyarlathotep). Ambas as entidades apertam as mãos em acordo e movem suas peças que são as pessoas, no tabuleiro que é o mundo.

Philemon dá a algumas pessoas a possibilidade trazer suas Personas para o plano físico, usando seus poderes para lutar. Ele também escolhe seus campeões e os guia na empreitada de salvar a civilização.

Nyarlathotep aparenta ser mais poderoso do que o “irmão”, podendo agir diretamente na realidade. Ele estreita os limites entre o mundo material e o Inconsciente Coletivo, permitindo que a onda de pensamento das massas molde o mundo real. Manipulando pessoas que controlam os veículos de comunicação para espalhar rumores, ele usa a credulidade e ignorância das pessoas para moldar a realidade a fim de se favorecer.

Usando essa tática na primeira parte da história (Innocent Sin), o antagonista chega até mesmo a trazer ao mundo um exército nazista liderado pelo próprio Hitler! Não fazem idéia de como foi surpreendente e empolgante assistir a cena em que os nazistas invadem a cidade!

No fim de Innocent Sin, a civilização está prestes a ser destruída por aquela famosa profecia maia do fim do mundo e os protagonistas (os tais escolhidos por Philemon) enfrentam Nyarlathotep em uma difícil batalha para impedi-lo. Difícil para eles, pois Nyarlathotep estava apenas se divertindo. Quando eles pensam que venceram, o “Caos Rastejante”, como é também chamado, caçoa dos coitados, mata a pessoa mais querida deles e destrói a humanidade bem embaixo de seus narizes! Ele é meu herói!!!

Sentindo-se culpado (e derrotado) Philemon tenta compensar a dor de seus escolhidos oferecendo a eles a possibilidade de reverter toda aquela tragédia eliminando aquela linha cronológica, fazendo o tempo regredir até o ponto onde tudo começa, com a condição de que eles esquecessem de tudo que havia ocorrido, inclusive de sua amizade. Porém um deles comete o pecado inocente (daí o nome do jogo) de se recusar a esquecer, contrariando a vontade de todos.

Esse “pecado” faz com que o mundo continue arrasado e a nova linha temporal que seria criada torna-se uma realidade alternativa. Claro que o “Caos Rastejante” viaja para o novo mundo, afinal ele adora seu trabalho.

Na nova realidade (Eternal Punishment), ele usa a mesma tática e espalha mais tragédia, mas no final ele é finalmente derrotado pelos novos escolhidos de Philemon. Entretanto não é destruído, pois por ser a personificação de uma face da humanidade, enquanto a mesma existir ele também o fará. Nas palavras do próprio: “Enquanto houver sombras nos corações dos homens eu sempre existirei!”.

Nyarlathotep, assim como os outros aqui mostrados, não é um simples vilão. Ele representa um desejo inconsciente da humanidade. Isso significa que o sujeito espalha a desgraça por dois mundos e, no fim, a culpa é nossa... E isso, meus caros é BRILHANTE!

------------------------------------

Bem, acredito que os personagens aqui mencionados ilustram bem o que classifico como antagonista. Nenhum deles é simplesmente mau, todos perseguem seus objetivos e mesmo que discordemos de suas idéias eles apenas exercem sua liberdade, bem como aqueles que os combatem, afinal eles são livres até para destruir este mundo, mas nós somos livres para detê-los!

Bem, essa é a primeira vez que publico um texto em um blog, espero que tenha ficado pelo menos decente. Quaisquer críticas (respeitosas, por favor) e dicas serão muito bem-vindas.

Até mais!

14 de agosto de 2012

100 Mil Visitas.

 
É...


Quem diria, um blog criado sem fins lucrativos ou sequer dentro de padrões chegando à 100 mil visitas.

Nesse 1 ano e pouco, eu postei de todos os variados tipos de coisas, incluindo religião, animes, metal, tirinhas de humor e jogos, muitos jogos...

E mesmo se tratando de um blog nada sério e sem nenhum tipo de imparcialidade, pois aqui posto minha opinião independente de qualquer coisa. Ainda assim cheguei a 100 mil visitas.

Gostaria de agradecer a todos nessa caminhada e que continuem aqui...

AFINAL ESSA PORRA NUM PODE PARAR.

E tenho dito.

5 de agosto de 2012

Top 20 - Melhores Jogos do Super Nintendo

Demorou muito pra eu fazer uma postagem dessas.

E se demorou, puta merda.

A verdade é que eu sou um incrível fã de jogos no geral, e quem acompanha o blog sabe muito bem disso, e eu como muitas crianças nascidas nos anos 90, fui presenteado com a glória do Super Nintendo.

Que no meu humilde ponto de vista é O MELHOR console de todos os tempos.

Mas antes de tentarem me apredejar, quero deixar bem claro, que videogames são brinquedos que podem ser usados por pessoas de qualquer idade, e como qualquer brinquedo, seu foco é a diversão.

E eu no decorrer da minha vida, conheci muitos jogos de diversas formas.


Primeiro de tudo, moro no interior, cidade minúscula, e só tive acesso a jogos muito famosos, e poucos underground de fato, mas eu comprei muitos, aluguei muitos e pegava emprestado com os amigos.

Isso ajudava muito, mas alugar fitas no final de semana sempre foi uma tarefa muito interessante, levando em conta que eu alugava uma ou duas de cada vez, jogava feito louco no final de semana e na segunda-feira tinha que devolver com lágrimas nos olhos...

Enfim.

Vale lembrar que jogo desde os 4 anos de idade, tudo no SNES que eu precisava conhecer, digamos que eu conheci, e quando não conheci, acabei conhecendo pelos emuladores.

Esse top foi criado somente usando como base a minha opinião, não procurei listas de melhores e nem me baseei em opiniões de outras pessoas ou blogueiros.

Então, caso falte algum jogo, eu posso até gostar dele, mas não o considero bom o bastante pra por na lista, ok ?

Começando...

20° lugar - Rock'n' Roll Racing


Eu era um garoto muito novo, nem sabia o que era metal, e nem tinha essa paixão que tenho hoje pelo som, mas digamos que tudo começou aqui, algumas músicas que fui ouvindo nesse jogo acabei reconhecendo quando ouvi as originais, e foi simplesmente muito foda.

Convenhamos, um jogo que pra época era inovador, cheio de músicas de metal, tinha mais que dar certo e se tornar um clássico imortal do Super Nintendo.

E isso tudo aliado a uma mecânica que é simples e com possibilidade de upgrades nos carros, que tinham os mais diversos planetes disputando.

Simplesmente sensacional. Não poderia estar de fora mesmo.

E eu sei que na abertura você cantava junto: "ta nã nã nã nã nãããã..."

19° Lugar - Contra III - The Alien Wars


Esse jogo é outro visto como clássico da série e do console.

E não é por menos.

Gráficos lindos pra sua época, trilha sonora marcante, jogabilidade impecável.

Só a dificuldade é coisa de alienígena mesmo....

Contra é o típico jogo super simples, com história da profundidade de uma dose de vodka.

Jogos nesse ramo deram certo na época dos 16 bits, mas poucos foram tão eficientes quanto esse xodózinho da Konami.

Se você se considera um macho machão e não jogou Contra.

Te falta algo e eu digo o que lhe falta:

TESTOSTERONA!!!

18° Lugar - Killer Instinct


Como já devem ter notado, no meu blog, ou redes sociais e por ae vai.

Eu AMO jogos de luta, gosto mesmo. Mas não é por gostar do gênero que saio jogando qualquer aberração também né.

E esse jogo está entre os clássicos da minha infância. Muita gente o detesta, muita gente o ama mas que se dane, eu joguei, e ainda o jogo sempre que posso. É um clássico dos jogos de luta antigos.

Apesar de que sua mecânica é meio quadrada se compararmos com os outros, ainda assim é um puta jogo, e o por que ?

Olha, Killer Instintc tinha capricho com seus cenários, eram lindos demais, a trilha sonora sempre foi forte da extinta Rare que nos presenteou com uma impecável de acordo com cada personagem, cenário e etc.

A jogabilidade era variada, e altamente plagiada de Street Fighter, mas isso é comum, apesar de não ter a mesma efiência ainda sim funciona bem, de forma que os personagens não eram impossíveis de se jogar.

E sem contar os Ultras, combos no geral e as finalizações que foram inspiradas em Fatalities. E normalmente jogos com esse elemento sanguinário acabam dando muito certo em relação a público, eu mesmo não me surpreendo muito mas gosto.

E Jago fez muita alegria na minha infância, me fudi muito pra aprender a jogar com ele. E depois com Fulgore...

Afinal de contas, chegou num ponto onde o Cinder já não era mais permitido.

Afinal de contas roubalheira tem limite.

17° Lugar - Maui Mallard: Cold Shadow


Esse jogo é simplesmente INCRÍVEL.

Muitas pessoas desistiram dele por causa da dificuldade, e eu mesmo não suportei a ponto de termina-lo.

Mas ainda pretendo, eu juro.

E é bem bacana, e tudo começa com Maui Mallards (Donald), detetive que foi chamado pra descobrir o que está acontecendo numa ilha tropical e descobre que o ídolo Shabum Shabum desapareceu e sem ele a ilha vai explodir.

E assim tudo começa, e só fica REALMENTE interessante quando um mago ancião o concede poderes ninjas e se trandorma em Cold Shadow.

E por ae vai, o jogo se desenrola num jogo de plataforma muito engraçado onde se joga com Maui e Cold simultaneamente, e com Maui temos alguns tipos de tiros diferentes em sua arma e com Cold os combos de Ninja aumentam de acordo com a faixa dele, que vai até a cor preta.

Também conhecido por sua dificuldade que vai se elevando com o passar do jogo de forma muito sinistra, é um excelente título da Disney, provavelmente o melhor deles.

Na verdade, não me lembro de ter gostado de nenhum outro jogo da Disney mais do que esse. Nem mesmo os jogos do Mickey são tão fodas.

E tenho dito.

16° Lugar - Super Mario All-Stars + Super Mario World


Olha, eu poderia muito bem falar Super Mario World, mas eu considero Super Mario Bros. 3 tão bom quanto ele, então fica complicado escolher entre ambos.

Mas se o destino fez os dois juntos num jogo só, quem sou eu pra discutir.

Destino... credo, acho que usei uma péssima forma de me expressar, vou reformular.

Bom, mas já que a Nintendo, fez os dois juntos num jogo só de forma pra vender ainda mais pros fãs putinhas da série, quem sou eu pra discutir.

Agora parece melhor...

Mas a real é que eu adoro os jogos do Mario da série Bros, e principalmente 2 e o 3. Mas Super Mario World, tem todo um charme, primeiro jogo que joguei em casa, com meu videogame, e tals, veio tudo junto.

Então além da competência, tenho um carinho muito de nostalgia para com esse jogo.

Mas Mario é Mario, isso é fato, seus jogos em sua grande maioria são muito bons, e como prova disso dentro do próprio Super Nintendo temos Mario Kart e Super Mario World 2: Yoshi's Island.

Então acho que explicar por que Mario é bom é irrelevante, com exceção de um jogo dele que está aqui em baixo.... logo logo você vai ver.

15° Lugar - Chrono Trigger


Bom, quero deixar bem claro que comecei a jogar RPG's numa época melhor que dos 16 bits.

Comecei no PS1, onde os gráficos eram ruins e tudo mas o pessoal focava mais em história, do que em tudo.

Mas vejamos bem, Chrono Trigger pra sua época tem lá sua boa história mas nem se compara com sua continuação Chrono Cross...

Mas o que mais alegra os jogadores de Chrono Trigger é sua jogabilidade incrível e que ainda pode ser escolhida entre tempo real ou turnos, o que deixa o jogo com fator replay bem grande.

Sem contar que os personagens são carismáticatos tanto que meu favorito é eternamente o Frog.

E outro fator positivo é a presença de vários finais, coisa comum na série "Chrono", também presente em sua continuação.

E apesar de que ainda não o terminei, joguei muito tempo e só desanimei por que perdi o save junto com meu HD na época...

Santo desastre aquele.

Mas Chrono Trigger é sem dúvidas um dos melhores jogos do Super Nintendo. E isso é um fato inegável.

14° Lugar - Final Fight 2


Final Fight, grande franquia presente no Super Nintendo, como joguei isso na infância...

Muito, mas muito mesmo.

E Final Fight foi uma série muito sofrida no Super Nintendo a princípio, o primeiro jogo que por sinal é muito bom no Arcade, lançado pra CPSI, foi um sucesso, enquanto a versão de Super Nintendo sofreu muito.

Gráficos ruins, jogabilidade alterada pra pior, trilha sonora jogada de qualquer forma no SNES e com isso acabou alterando pra muito pior o som do jogo.

Isso sem contar o pior fator, que é a falta de um personagem, o original de Arcade vinha com Guy, Cody e Haggar, e no SNES removeram Guy e quando Capcom atualizou o jogo no SNES, aposto que muitos comemoraram por causa que vinha o mesmo jogo de novo, só que dessa vez com Guy no lugar de Cody.

Poxa Capcom... era só piorar os gráficos ainda mais e jogar mais um sprite selecionável lá dentro. Difícil ein???

E vale citar que num sou fã do primeiro mas o segundo veio com tudo.

Gráficos lindos, trilha sonora bem feita, jogabilidade excelente, três personagens, Haggar, Carlos e a mais legal de todas, a Maki.

Final Fight 3 também foi e ainda é incrível, mas acho que a super facilidade do jogo desanima depois de uns tempos, jogos difíceis demais podem cansar mas fáceis demais também cansam...

Nesse ponto Final Fight 2 é no ponto perfeito. Dificuldade do jogo não é de graça e também não é impossível.

Só que se o personagem corresse ainda sim seria perfeito, mas fazer o que né...

13° Lugar - Ultimate Mortal Kombat 3


Definitivamente, um excepcional título da Midway, talvez o melhor, acompanhei a série, e vi o primeiro nos arcades e super nintendo, e todos os outros posteriores.

Honestamente, gosto de todos do Super Nintendo, e fui achando o máximo cada um a sua forma.

E quando o 3 surgiu, eis que fiquei boquiaberto.

Gráficos lindos, movimentação bacana, cenários interligados, música ambiente muito épica, e sem contar que os personagens antigos ganharam novas roupas e surgiram alguns novos.

Como os robôs Sektor, Cyrax e por ae vai.

E como se não bastasse, eis que veio Ultimate Mortal Kombat 3.

Sério, eu gelei quando vi aquele monte de personagens selecionaveis, vários golpes novos, combos, e o mais legal de tudo:

OS FATALITIES.

Sempre foram parte da graça do Mortal Kombat. Sempre sempre sempre...

E depois vieram os Brutalities.

Sinceramente, adorei muito mesmo, sempre curti a ideia de espancar o cara até ele explodir.

É idiota, mas bizarrice comigo é só um detalhe a parte. Só acho triste por que tiraram  uma das coisas que eu mais gostava no 3 que são os Animalities...

Sem dúvidas, foi um dos maiores jogos da minha infância, o tempo que eu joguei ele é algo digamos...

Incalculável.

E lembre-se, você só é viciado o bastante nesse jogo quando decora todos os fatalities e brutalities, e eu era assim...

Algo meio sem vida social mesmo, mas vamos ao próximo.

12° Lugar - Super BomberMan 3


BomberMan é uma série de jogos COMPLETAMENTE sem noção.

Mas como lógica em videogames é completamente dispensável, então que se foda.

Mas vamos combinar, é muito louco ver um robô cagando bombas por aí. Realmente muito louco mesmo. Mas vai me falar que você nunca perdeu horas da sua vida jogando o jogo que impulsion a Hudson Soft nos anos 90 feito louco, vai me falar com essa cara hipócrita que não jogava ?

O primeiro da série era morno, e um tanto comum, o segundo já era melhor, e no terceiro que o povo inovou e mudou, colocou elementos novos e o caralho a quatro.

O 4 e o 5 só foram na onda. Siiiiiiiiiiim, só isso.

Poucas novidades vieram depois do 3, o que não os torna ruins, mas eu particularmente prefiro o 3 como um todo. Os outros não perdem em nada, mas ainda acho o 3 superior tanto por nostalgia quanto por competência, acho o nível de diversão dele maior.

E só isso. Não tem onde BomberMan ser melhor, afinal de contas é um jogo pra brincar jogando sozinho ou com amigos. Esse é o tipo de jogo que vai direto ao ponto que interessa, e te diverte por horas e horas e horas...

11° Lugar - Kirby Super Star


Se você conhece Kirby e me fala que prefere o Mario você deve ter sérios problemas...

Na boa, Kirby é MUITO melhor que o Mario, mas MUITO MELHOR MESMO.

Não há comparações pra mim, jogos de plataforma, Mario é bom e Kirby é FODA.

Simplesmente mais divertido, engraçado, dinâmico, músicas animadoras, e sem contar a melhor coisa do jogo.

O Kirby absorve poder dos inimigos.

Só com isso pra mim já é o bastante, e Kirby teve muito mais capricho em seus jogos, principalmente nesse de Super Nintendo onde são 8 jogos em 1. Onde 5 deles são plataforma e os 3 restante são mini-games.

E normalmente esses mini-games dentro de jogos são umas bostas, mas os do Kirby seguem essa regra ?

NÃO.

Os do Kirby são muito divertidos. Realmente superior.

E os jogos comuns de plataforma tem dos mais variados tipos, dos mais simples até os mais exploradores.

Dá até gosto...

E por isso uma bolinha rosa é mais legal que um encanador bigodudo.

Que venham os fãs putinhas do Mario chutar meu traseiro.

10° Lugar - Wild Guns


Novamente as capas japonesas deram as caras por aqui.


Afinal de contas, capas americanas são sempre profundo desgosto. Caso duvidem de mim... podem ver o link aqui.

Não disse...

Mas enfim, Wild Guns é o típico jogo de velho oeste que todo console tem.

E esse é muito melhor que o Sunset Riders no meu humilde ponto de vista.

Antes que venham as pedras, quero deixar claro que AMO Sunset Riders, principalmente o do Arcade, que é infinitamente superior à versão do Super Nintendo e principalmente superior à versão do Mega Drive.

Mas o lance é que Wild Guns é muito mais foda, e por que ?

Sunset Riders é um filme de velho oeste, na prática. E Wild Guns é essa coisa de velho oeste misturado com universo tecnológico.

E honestamente, muito mais foda robôs no velho oeste do que esse velho oeste seco que se vê por ae, só com tiros e pessoas normais.

Nada como uma adorável atiradora em busca de vingança pela morte de sua família do lado de um caçador de recompensas. Sinceramente, muito melhor que Sunset Riders.

Me xinguem!

9° Lugar - Biker Mice From Mars


Esse jogo pra mim tem história, muita importância em minha infância.

Afinal de contas, foi o PRIMEIRO jogo que comprei na vida, e eu alugava ele direto e tudo mas quando você compra a sensação é totalmente diferente.

Saber que o jogo é seu e vai jogar ele o máximo possível.

Talvez seja por isso que eu zerei em todas as dificuldades e de todas as formas possíveis e imagináveis.

Mas sinceramente, esse é um puta título da Konami, e eu realmente lamento não ver mais jogos da série e que sejam bons.

Afinal de contas, eis outro jogo bom dos consoles que deveria ganhar uma continuação boa e o que temos são dois fracassos lançados pra DS e PS2...

Mas ainda assim um excelente título, um dos melhores jogos pra se jogar sozinho já feitos nesse planeta.

E só quem liberou e terminou esse jogo no Very Hard sabe a sensação que é terminar um jogo ABSURDAMENTE apelão e depois que terminar falar pra si mesmo:

"NUNCA MAIS VOU JOGAR ISSO!!!"

Mas se você jogou e o terminou no Veeeeeeery Hard, claro que você vai jogar ele depois, independente disso.

E todo mundo que joga esse jogo se cativa e não resiste. Acaba abrindo emulador ou ligando o SNES um dia de chuva no domingo pra jogar ele por muitas horas.

E eu sei que você fez isso, ou vai fazer!

8° Lugar - Gundam Wing: Endless Duel


Não sei se já perberam, mas eu sou um gamer chato.

Sim, eu reparo em TUDO.

E digo que se fosse pra escolher um jogo absolutamente completo em tudo no Super Nintendo, Gundam Wing seria um deles.

Música, cenário, ambiente jogabilidade, interface, personagens, robôs e por ae vai...

Calma. Para tudo. Robôs ???

SIM, ROBÔS, POR TODOS OS LADOS, CAINDO NA PORRADA NAS CIDADES!!!

ISSO É MUITO FODA.

MUITO MUITO MUITO FODA.

Nessa minha cidade minúscula, haviam duas lojas pra se jogar, uma onde era tudo mais arrumadinho e cheio de jogos super famosos, e outra onde tudo era mais digamos...

Questionável.

E nessas duas haviam games pra jogar e alugar mais essa "questionável" havia um ponto forte.

Havia muitos jogos obscuros, muitas vezes nem procurados e totalmente em japonês e este era um deles.

Eu me recordo de ter visto alguém jogando, esperei, joguei e me apaixonei por esse jogo da série.

E eu ainda fui insistente, joguei os de luta de PS1 e PS2, e um Gundam Seed pra PS2.

Adivinhem ?

Nem se comparam a esse título em NENHUM aspecto citado acima. Os gráficos melhores eram mais que obrigações, convenhamos.

Mas esse sim é um dos melhores exemplos de capricho dentro de um jogo.

Só de curiosidade, nesse jogo já havia um sistema de gastar parte da barra de especial com um golpe mais forte. Algo como os ES do Darkstalkers e o EX do Street Fighter...

Mais será possível Capcom ?

7° Lugar - Super Street Fighter II - The New Challenger


Aaaaaah Street Fighter.

O melhor jogo de luta de todos os tempos, e disso não tenho dúvidas.

Eu vi o nascimento da série no Super Nintendo e Arcade da minha humilde e fudida cidade com World Warriors, Champion Edition e depois quando a Capcom pensou em mudar alguma coisinha que seja.

Ela colocou novos personagens e músicas refeitas.

E assim veio Super Street Fighter II - The New Challengers, que nada mais era uma de suas bilhões de versões diferentes lançadas.

E no Super Nintendo essa é melhor de todas, e isso não há sombra de dúvidas.

Apesar de que não tinham alguns golpes do Arcade ainda era assim um jogo excepcional.

Apesar da total falta de roteiro presente na série, o jogo sempre teve uma jogabilidade alucinante que sempre fez com que fosse um dos melhores jogos de todos os tempos.

Ainda lembro da época onde havia rivalidade de Mortal Kombat com Street Fighter...

E também lembro da época onde todo mundo só jogava com Ryu e Ken.

Ainda bem que estamos em tempos diferentes. Ainda bem mil vezes.

6° Lugar - Super Mario RPG


Lembram que eu falei acima de um jogo do Mario que precisava de um bom motivo pra ser bom ?

Bom, o nome fala por mim, é um jogo de RPG.

E só nisso já ajuda muito, e o mais legal de tudo é, o seu sistema e sua história.

Sistema super dinâmico pra um RPG onde os botões fazem tudo de forma diferente do habitual, provavelmente a Square pensou muito pra simplificar e atingir os fãs da Nintendo juntamente com os seus.

E história que por sinal começa do jeito de sempre, Peach sendo sequestrada, Bowser o malvado por trás de tudo, e no meio do desenrolar da porra toda, algo realmente sério acontece.

Uma espada mágica gigante cai no castelo e expulsa Mario e os presentes de lá.

E ainda quebra o caminho que dava até o reino do dinossauro reclamão.

Ou seja, Mario terá que dar uma incrível volta pra chegar lá e resolver a parada.

E ele dessa vez não vai sozinho, apesar que ele está sempre com seu irmão Luigi.

Que por sinal nesse jogo é como se nunca tivesse existido, nem sequer há menções dele. Mas pelo menos temos, Princesa e Bowser no grupo, além de Mallow e Geno.

O jogo retrata sua história com humor, MUITO humor. E eu achei o máximo, ainda mais que o Mario é o personagem mudo de sempre, presente em todos os RPG's antigos ou clássicos, mas ele se expressa com mímicas o que faz com que algumas situações sem graça se tornem estupidamente engraçadas.

Boa jogada da Nintendo ligada com a Square. Por que fazer um RPG com história totalmente voltada pro humor dar certo não é pra qualquer um.

5° Lugar - Donkey Kong Country 2: Diddy's Kong Quest


Donkey Kong é outro jogo da Nintendo (como sua grande maioria) que apesar de divertido tem a história com a profundidade de uma poça d'água.

Mas convenhamos, Nintendo sempre foi mestra em divertimento, e Donkey Kong é a grande prova disso.

Gosto muito do Mario, mais ainda do Kirby.

Mas me perdoem, não existe nada mais carismático que macacos passando numa fase batendo em jacarés.

Honestamente, eu tenho alguns anos como jogador nas costas, e me recordo claramente de Donkey Kong ser o primeiro jogo a me impressionar com trilha sonora quando eu ainda era um moleque que alugava fitas.

Eu cheguei a entrar nas fases e ficar parado no começo delas ouvindo e admirando o som e o ambiente do jogo. É um capricho fora do comum os três jogos da série lançados no Super Nintendo.

Os três jogos são maravilhosos, e eu gosto muito dos dois últimos com praticamente a mesma intensidade, mas acho que o fato de Diddy e Dixie juntos e o ambiente como um todo no 2 me chamaram mais atenção de forma que ele é o citado da lista.

Donkey Kong sempre foi maravilhoso por tudo, e incluindo fases bônus, os amigos animais que usamos durantes as fases, as coisas secretas, a jogabilidade diferenciada e etc...

Mas convenhamos a melhor coisa do 2 é ver a Dixie tocando guitarra no final da fase. E não há homo sapiens que discorde do que eu acabei de falar.

4° Lugar - Top Gear 3000


Só pra constar não sou um fã de jogos de corrida no geral.

Principalmente se forem jogos comuns, e nesses casos eu desanimo MESMO.

Maaaaaaaaaaas no Super Nintendo, Top Gear foi uma febre, e eu acompanhei um por um da série.

O primeiro ainda tenho, meu pai amava esse jogo e ele comprou e fizemos muitíssimo proveito dele.

E eu sempre curti, e ae veio o 2, que não tinha a mesma graça do primeiro mas já tinha seus upgrades, mais cores pro carro, e etc... No geral era muito bom mas ainda longe do primeiro.

E ae a sua continuação foi lançada. E Top Gear 3000 foi um incríve fenômeno.

Sei que muitos preferem o primeiro mas o 3000 tem absolutamente tudo melhor.

Primeiro de tudo, ele não usa carros normais, e sim carros que correm em outros planetas e são totalmente diferentes de carros comuns que víamos nos jogos.

Além de upgrades melhores, cores mais vivas e bonitas, sistema de direção do carro MUITO superior aos outros dois jogos e as fases em alguns casos tinham bifurcações, ou seja, dois caminhos que davam ao mesmo lugar.

E quando você pensa "só ir no mais perto", você se fode, por que os caminhos mais longos eram onde tinham gasolina, dinheiro e por ae vai.

E abastecer o carro e concertar ele em tapetes é algo super legal, nada como um tapete vermelho que abastece gasolina e um azul que faz os reparos do carro.

Eu sei que é irreal, e totalmente non-sense mas é muito foda apesar de tudo.

E sem dúvidas, as melhores coisas do jogo são os upgrades além dos normais disponíveis. Claro que equipar motor e nitro melhores é algo divertido mas equipar um carro com warps (desmolecularizadores), imãs magnéticos e sistema de salto é MUITO MAIS FODA.

Por isso que digo que jogos de corrida irreais são muito melhores e por mais que Nascar Rumble do PS1 seja maravilhoso também, e de fato o segundo melhor jogo de corrida pra mim, eu considero Top Gear 3000 O MELHOR JOGO DE CORRIDA JÁ FEITO ATÉ HOJE.

O mais triste de tudo é que com gráficos lindos de novas gerações, os jogos de corrida tendem a ser cada vez mais realistas. E mais sem graças.

Seria o máximo ver jogos de corrida super non-sense como os que já citei na geração atual, mas sonhar ainda não é cobrado nos impostos mesmo.

Por isso acho difícil Top Gear 3000 no meu ponto de vista perder esse posto.

3° Lugar - Final Fantasy VI


Outro RPG... 

Eu sei que eu falei acima que RPG's do 16 bits não são o meu forte, eu sei...

Mas Final Fantasy VI pra mim é tudo que o Chrono Trigger deveria ser.

Tá certo que as reviravoltas da série Chrono normalmente impressionam mais mas eu particularmente gostei mais do roteiro desse jogo.

E fico abismado por ver a Square sempre repetindo as mesmas ideias a tanto tempo...

Um grupo, um vilão que toma o lugar do cara que é o líder e que ameaça o mundo destruindo ele e o grupinho vai lá salvar o planeta.

Com exceção de Final Fantasy VII, todos os outros são assim, mas eu quero deixar claro que só conheço do I ao XII, o XIII passei longe quando descobri o quanto é linear, mas qualquer dia eu vou tentar joga-lo...

Mas a história começa com humanos e deuses interagindo naturalmente quando os deuses perceberam que os humanos faziam estragos demais (e como deuses não pensaram nisso antes, claro), e com isso libertam os Espers que entrataram em guerra com humanos e chutaram seus traseiros.

Com isso, os Espers se trancaram num mundo próprio e removeram a magia do mundo.

Sem dúvidas a história de Final Fantasy VI só é interessante também devido a Kefka, um vilão meio doido, que me fez rir bastante, mas ele funciona muito bem como vilão e isso já ajuda muito.

Mas visto o VI, a fórmula foi usada de forma diferente, primeiro pela personagem principal, Terra, ser uma mulher sem suas memórias e depois ela descobre que é um Esper (Summons, Aeons, Espers, tudo a mesma coisa) que foi manipulada por Gestahl, e com isso depois de um tempo ela se liberta.

Nesse ponto que Final Fantasy VI se torna realmente superior aos outros RPG's de Super Nintendo.

Pois bem, cada personagem tem sua habiliadde e é MUITO foda jogar usando elas. E irei explicar...

Terra, a principal como Esper que é, pode se transformar em Esper. Celes foi modificada geneticamente e tem uma habilidade chamada Runic que suga MP, Locke tem habilidades furtivas, Edgar tem habilidades com máquinas e seu irmão Sabin é um artista marcial com seus golpes feitos com comandos (sim, igual Street Fighter, SIIIIIIIIIIIM), Shadow é um ninja com habilidades de arremessar armas (ou shurikens, que são baratas), Cyan é um samurai e seus golpes são de acordo com o tempo que você demora pra desenbanhiar a espada, Gau é o garoto com habilidade de aprender técnicas dos inimigos, Mog pode dançar (blergh) e cada dança causa um efeito diferente, Strago é um velhote que usa magia (um dos últimos dos magos da terra) e sua neta Relm é uma pintora com habilidades de reproduzir ataques inimigos com pinturas (blergh), outro interessante é Setzer, um jogador mulherengo dono da aeronave e sua habilidade é Caça-Níquel, que é bem interessante por que ela pode tanto ajudar quanto atrapalhar.

E também tem duas merdas (chamadas de personagens) que são Gogo (com habilidades de imitação) e Umaro (um pé grande que você não controla mas que tem uma força bruta absurda). São secretos e não fazem diferença.

E outro fator interessante é que equipando os Espers, você pode aprender magias deles com os personagens, e isso é muito foda, porém existem os que aprendem magias melhor e mais rápido e outros mais lentos, dificultando seu aprendizado.

Honestamente, jogar ele no emulador foi uma experiência bem agradável, o gameplay com a história funcionou perfeitamente e por isso considero ele o melhor RPG do Super Nintendo.

E não adianta, não prefiro Chrono Trigger por mais argumentos que tenham. 


2° Lugar - Street Fighter Alpha 2


Eu sei que eu já citei Street Fighter acima, mas calma.

O fato é que a série Alpha eu considero totalmente diferente, por isso costumo separa-la.

Os personagens começaram a ter mais de um especial, e nesse jogo mesmo já havia modo com um ou todos os especiais depois que se escolhia o personagem.

Além de defesa aérea originalmente usada em Darkstalkers e aproveitada na série e os custom combos.

Sem contar que aqui os personagens ganharam um novo traço, jogabilidade diferentes e por aí vai.

E história também, claaaaaaaaro, mesmo que MUITO pouca, aqui que a série começou a ter finais decentes, ou no mínimo menos porcos.

Afinal de contas, a Capcom não se importa com roteiro e por que fez Alpha 3 com um tão bom é um dos mistérios da humanidade que ainda precisa de resposta.

E quem jogou no Arcade sabe quanto esse jogo é bonito mas mesmo no Super Nintendo com gráficos inferiores, ao contrário da grande maioria dos ports de jogos de Arcade pra consoles caseiros com placas inferiores, esse jogo não se alterou tanto.

Com exceção do gráfico o jogo tem O MESMO GAMEPLAY.

Exatamente o mesmo.

Só o loading que dava quando aparecia Round que era chato mas fora isso o jogo é tão bonito, tão impressionante que anima muito. 

E uma coisa inevitável, mesmo que você jogue TODAS as versões desse jogo, não tem como não se curvar a superioridade da versão Arcade...

Mas em Alpha 2 alguns personagens voltaram a série, e redesenhados e isso fez um bem danado pra eles, santa mãe viu.

E como eu já disse na postagem dos melhores personagens de Street Fighter, quando eu vi Rolento no Alpha 2 eu na hora gritei:

"CARALHO, O ROLENTO TA NO STREET FIGHTER. QUE FODA."

E ainda mais eu, que como toda criança da época dos 16 bits, zerou Final Fight 2 milhões de vezes e conheceu Rolento da pior forma possível.

Com todos esses fatores, e por ser o melhor jogo de luta do Super Nintendo, Street Fighter Alpha 2 fica aqui...

Mas a Capcom no meu top não se conteve em ter o segundo lugar e também o primeiro por que o melhor jogo de todos no 16 bits sem dúvidas é...

1° Lugar - Megaman X


Sem dúvidas, o melhor jogo dos 16 bits.

E por que ?

Pense comigo.

Jogo de plaforma, músicas fodas, personagem carismático pra caralho, presença de Zero, vilão decente (Sigma é muito melhor que Dr. Willy, me perdoem os fãs da série clássica), chefes MUITO melhores, e jogabilidade excepcional sem contar que agora tinha história. Muito fraca mas tinha e não era algo imbecil como um cientista malvado querendo dominar o mundo porque sim.

Honestamente, não tem como Megaman X não ser o melhor jogo do Super Nintendo.

Disparado, um dos que eu mais joguei no console, apesar de que provavelmente joguei mais Street Fighter que qualquer outro, mas jogo de luta é diferente de plataforma, por que o fator replay de jogos de luta é de fato muito maior.

Megaman X foi um avanço pro robô azul.

A SÉRIE CLÁSSICA É UMA BOSTA. E TENHO DITO.

Foi um afanço danado a série X, primeiramente por deslizar nas laterais em lugares que normalmente na série clássica o personagem morreria.

Sem contar que o jogo te dá recursos, como armadura, poderes de chefes carregáveis e etc.

Uma coisa que mudou também foi o fato de remover a dificuldade absurda dos antigos por que eles transformavam um jogo de plataforma em algo absolutamente movido a cálculos pra tudo.

O que deixava o jogo monótono, cansativo, chato ou qualquer outra coisa do tipo.

Sem contar que não faz muito tempo que eu fiz review dos oito jogos da série X. Pra quem quiser ler todos, basta clicar aqui.

E quando o jogo é foda, ele ganha remake ou é relançado muitas e muitas vezes. E o remake do PSP é excepcional, igualmente ao original.

O melhor jogo de plataforma estar no topo dos melhores do Super Nintendo não é novidade.


Menções Honrosas.


Teenage Mutant Ninja Turtles IV: Turtles In Time


Ah, o jogo das Tartarugas Ninjas.

Pra ser sincero, eu gostava delas quando eu era BEM pequeno e depois já num via mais tanta graça.

Mas o jogo é excepcional, e apesar de tudo não teve tanto impacto pra mim, provavelmente por que num fui tão fã da série...

Mas eis um dos poucos casos onde um jogo portado do Arcade fica melhor em um console.

E ainda mais em gêneros como Beat'm Up's, normalmente os melhores ficam no arcade, mas esse ficou bem melhor no Super Nintendo.

E sempre será legal jogar os caras na tela e ver eles se esborrachando. Muito legal mesmo.

Super Metroid


Por mais que eu adore jogos de exploração, Super Metroid não causou o mesmo impacto em mim como os Castlevanias de RPG como Symphony Of The Night e Aria Of Sorrow.

Mas convenhamos que Metroid é um clássico eterno e simplesmente formidável e jamais poderia deixar de ser citado.

E Samus é mais carismática que muito personagem por aí.

Seus recursos na jogabilidade marcaram história nos 16 bits.

International Superstar Soccer Deluxe


Ei, por que ta me olhando assim ?

Se teve uma geração que eu curti futebol foi essa. Mas só jogar também.

Assistir na TV nunca rolou pra mim. Copa do Mundo vi algumas e olhe lá...

Mas sempre foi SUPER foda jogar esse jogo, era tudo mais cômico do que sério.

Goleiros com pulo de gato, juiz cachorro e por aí vai.

Joguei muito e apesar de tudo merece um lugarzinho de honra.

E já falei, abaixem essas facas.

Side Pocket

Eis outro jogo de esportes.

Mas na real, ele e Backstreet Billards do PS1 são as melhores coisas que um jogador de sinuca vai encontrar nos consoles caseiros.

Provavelmente tem algum simulador melhor pra PC mas foda-se.

E Side Pocket foi outro clássico ao lado de meu pai.

Ele e eu tentamos zerar essa bosta mas nunca conseguíamos, o jogo pra zerar era necessário algo além de passar as fases, que era ter certo número de pontos.

Ou seja, mesmo que vencesse o adversário, só isso não bastava.

E pra alcançar os pontos necessários você não poderia ser um jogador e sim O JOGADOR.

Sentiu a diferença ?

E uma das minhas frustrações dos 16 bits é não ter terminado essa merda...

Mas particularmente não me sinto capaz pra tal feito.

Shit!