16 de dezembro de 2013

MeMe 2013 - Juninho e Dipaula Na Jogatina Até Os Dedos Caírem!


Olá pessoas.

Em termos práticos minha vida em 2013 foi uma merda.

Mas isso não é tecnicamente uma novidade no cotidiano de um assalariado que trabalha em rodoviária, mas no tocante aos games. Porra, foi do caralho pra caralho!

Sim, pra caralho!

Mas enfim, aqui vos apresento o MeMe 2013 do Lugar de Nerd.

Pra quem não sabe, o MeMe é um post que sai todos os anos já faz algum tempo, nele os game bloggers postam livremente sobre o que mais jogaram no respectivo ano e eu gentilmente fui convidado pelo meu grande amigo João Carlos (do blog Nostallgia Brasil) e com isso eu e meu também amigo e membro esporádico Dipaula vamos falar sobre o que mais jogamos em 2013.

Esse projeto é feito pelo blog Marvox e pelo Videogame e Etc e conta com parceria do Fórum Retro Games.

Eu também convidei o Pedro Vida Loka, muito fã do MC Daleste, do blog The Angry Videogame Blogger e vamos logo começar esse troço.



Troféu: Surpresa Divertida Que Eu Ignorei Por Tempos - Lollipop Chainsaw

Eis um jogo que eu honestamente dei a mínima.

Mas a mínima mesmo, uma gostosa loira, líder de torcida, semi-nua andando por aí com uma motosserra em meio à um apocalipse zumbi mais sem noção de todos os tempos.

Eu tava sem um pingo de vontade de joga-lo até que um amigo me disse que tinha visto uma análise do Zangado falando que era legal. E eu: "Por que não ver?"

No que eu vi, achei legal. Mas o cara por melhor que tivesse feito o review num podia falar tudo. E eu até ali me manti na posição de "quem sabe um dia eu jogo essa porra".

Mas apareceu a chance de compra-lo por preço de banana, eu tinha essa grana livre, estava sem jogos pra comprar e os poucos que eu queria não haviam em sites pra compra e eu cheguei naquele estado: "Por que não?"

Resolvido. Comprei a porra do jogo e eu ME DIVERTI PRA CARALHO!

Pra começar, o jogo tem um senso de humor super foda, muito humor negro no ponto certo, quase morri de rir e por vários momentos tive que pausar o jogo pra rir de Juliet e Nick, tempos que eu não ria com tanta intensidade num jogo.

Depois, o jogo é meio que mais aproveitado por quem vive esse mundo da cena rock/metal porque assim como Brutal Legend, ele é lotado de referências, do começo ao fim brincando com os estilos musicais, como por exemplo o "mundo zumbi" ter invado o dos humanos por meio do ritual de um gótico.

Juliet numa posição muito sensu... desconcertante...

Os personagens são totalmente estereotipados e tudo propositalmente, o que incrivelmente dá mais carisma ainda pro jogo e seus poucos personagens, coisa que poucos como Suda 51 conseguem fazer.

Tudo isso ligado à uma família muito maluca onde o pai é praticamente um Chuck Norris, a irmã mais nova é uma versão jovem do Louco da Turma da Mônica e a irmã mais velha de Juliet é o mais próximo do Batman que uma pessoa armada pode chegar. Não pela arma, só vendo pra crer mesmo.

Lollipop Chainsaw como se não bastasse tem músicas de muitas bandas variando de coisas dos anos 70 indo até as maiores pancadarias da atualidade, tudo muito bem usado em suas devidas situações e ainda tem músicas feitas por Akira Yamaoka.

Sim, o cara que fez a trilha sonora de Silent Hill. Difícil de acreditar, eu sei.

Mais difícil ainda é acreditar que você que jogou nunca quis que Juliet ou alguma garota similar existisse e fosse te visitar, morar contigo, entre outras mil coisas mais. E não olha pra mim com essa cara, sou puro e ingênuo e eu jamais desejaria que uma personagem semi-nua, super gostosa e com peitos enormes existisse e fosse me visitar... Eu tenho cara de um pervertido que desejaria isso?

Cuidado com sua resposta.



Troféu: Dificuldade Não Faz Qualidade - Demon's Souls

Muitos vão ficar chocados com o que eu vou falar aqui...

Mas achei a série Souls no geral UMA BOSTA!

Primeiro de tudo, universo seco de fantasia medieval não me atrai tanto, apesar que eu gosto. Mas normalmente gosto mais de ver os outros jogando do que eu mesmo pegar pra jogar, curto explosões, magias exageradas e por aí vai quando se trata de um universo assim.

Basicamente, curto medieval em 3D&T, entenderam?

O jogo é seco, sem graça, com personagens e classes mega genéricos, e um sistema de upgrade tão lento que desanima qualquer um, além de uma dificuldade tão gigante que deixa o jogo praticamente uma versão HD com gráficos lindos de morrer dos jogos 8 bits.

Comprei o jogo, achando que a crítica negativa da dificuldade era exagero e que as críticas positivas poderiam ter razão no enredo, mas não. O enredo é simples e seco demais, mas não ruim pelo menos. E a dificuldade do jogo é absolutamente frustrante.

And again and again and again...

Podem falar o que quiser, troquei ele num Bionic Commando e fiquei muito satisfeito!

Não precisa me olhar com essa cara, que um jogo que sequer tem botão de pause tem moral o bastante pra isso. Queria ver se você tivesse a dor de cabeça do século na hora que está quase vencendo o chefe que tenta matar faz 3  meses ou então desse aquela vontade monstra de cagar no meio de um desempenho tão bom que faria os viciados de YouTube chorar sangue ou principalmente se estivesse no meio da fase e achasse aquele item FUCKING raro mas tivesse que sair pra comprar uma coisa simples pra voltar em 5 minutos.

Você desligaria o videgame nessas 3 situações? E olha que eu só usei 3. E são meramente hipotéticas, porém possíveis. Vamos lá, seria machão o bastante pra desligar sabendo que dificilmente tal situação se repetiria?

Eu acho que não.

E não se esqueçam que o autosave do jogo, salva os itens usados ou não. MESMO QUE VOCÊ NÃO PASSE A FASE. Ou seja, conforme for, você vai ter que enfrentar aquele chefe pela oitava vez sem uma puta erva de cura. E não existe Load, somente autosave. Quem termina esse jogo é o que? Um cara que pode se exibir pela capacidade ou meramente um sociopata masoquista metido à macho?



Troféu: Reboot do Caralho - Tomb Raider

Tomb Raider... Tomb Raider...

Olha, eu mais uma vez provavelmente chocarei os presentes com uma opinião minha. E não, eu não gostava de Tomb Raider.

Os primeiros tinham uma pegada mais interessante, com Lara sendo quase um Batman, intocável, fria e cruel apesar dos movimentos in-game que mais pareciam uma estátua que tinha acabado de ganhar vida... Depois no PS2 quando a nossa musa dos games ganhou manobras acrobáticas que deixariam Daiane dos Santos com inveja, simplesmente a transformaram numa pseudo-retardada.

Com esses demais fatores, incluindo o jogo em si que nunca me chamou atenção. Lara era só um personagem legal. E ponto final.

Pobre Larinha...

Os jogos não andavam sozinhos, o enredo era geralmente meio "meh" e a mecânica dos primeiros tirava a paciência de todos os jogadores mais casuais. Levando somente fãs alucinados da série à continuar comprando.

E vão me desculpar, mas por mais carisma que ela tivesse, Lara só vendia por ser uma mulher sedutora, não havia enredo ou gameplay o bastante. Não era como jogar Silent Hill pelo enredo ou comprar Street Fighter pelo gameplay alucinante. Entendem mais ou menos onde eu quero chegar?

Porém, Square-Enix comprou a Eidos e o futuro da nossa aventureira estava nas mãos daquela que usa personagens com cara de porcelana nos seus RPG's... Isso poderia ser um problema. Confesso que mesmo sem curtir a série, tive um frio na espinha cabuloso por isso. Coitada da Lara se ela caísse nas mãos dos desenhistas de Final Fantasy.

Seria quase uma princesa da Disney.

Larinha no País das Maravilhas. Um futuro que felizmente (ainda) não aconteceu.

Felizmente isso não aconteceu, deram um reboot super digno, com enredo cativante (mesmo que os momentos finais do jogo não sejam lááá grande coisa) e pegaram a Lara e a mudaram totalmente. Começando pela plástica, ela agora deixou de ser um amontoado de sex appeal e se tornou um ser humano normal.

Ela agora estava mais bonita, mais jovem, com corpo proporcional, e mais linda, e mais aventureira, e mais e mais linda. Sério, que antes era o objeto sexual dos punheteiros agora havia se tornado uma mulher dignamente linda.

Aquela que antes nunca se machucava, agora se machuca até demais. E é triste ver isso...

O enredo agora tinha uma Lara inexperiente, que sofria com suas precipitadas decisões e se feria mortalmente muitas vezes, além de à obrigar a caçar, lutar, atirar e até começar a matar com sangue frio pela própria sobrevivência. Muitas vezes eu quis de verdade SALVAR a Lara, ver a cutscenes dela se machucando, a expressão dela de dor e entre outras demais situações são torturantes aos olhos, ainda mais agora que ela tem tanto carisma.

Muitas vezes eu quis tirar ela da minha tela HD da sala, dar um grande abraço nela e falar "eu num vou te deixar morrer nunca mais".

E depois chutar ela pra dentro da TV de volta.


Troféu: NÓS VAMOS AO ENCONTRO DO MAIS FORTE! - Super Street Fighter IV Arcade Edition (2012 version)

Como assim, você não entendeu o nome do troféu?

Se você não sabe do que me refiro, eis aqui de onde a ideia foi tirada.


Se você mesmo assim não sabe. Olha, eu sinto muito. Saia desse blog, procure assistir Street Fighter II Victory e depois que terminar de assistir todos os episódios volte aqui. Estamos entendidos?

Mas Street Fighter é e sempre será o melhor jogo de luta de sua geração. Isso é uma coisa tão certo, mas tão certo. Que quando um Street Fighter sai, as outras empresas ficam loucas, lançam jogos com muito mais conteúdo pra tentar suprir tal necessidade de um gameplay tão absolutamente impecável.

E não é o bastante...

Vamos combinar, o Street Fighter IV como um todo tem o enredo mais retardado desde Street Fighter II. Nada de modos extras (no IV tinha, eu sei, mas eu me referia à modos bons) e a CPU no Super é ridiculamente fácil mesmo no Hardest.

E mesmo assim, quando chega anos após ano, no torneio mundial (Evolution) é Street Fighter a atração principal, a galera reclama mas é como sempre o jogo de luta mais jogado. The King of Fighters XIII, BlazBlue, Mortal Kombat e Injustice foram jogos lançados que fizeram um alvoroço danado, muitos modos extras e etc, mas todos foram apagando sua chama pouco à pouco, de forma que MK foi o jogo um dos menos jogado da Evo 2013, se muito não me engano O menos jogado.

E comigo não foi diferente, eu jogo online, offline, com amigos, e mesmo não tendo nada melhor em termos de modos extras, Street Fighter é sempre a prioridade. O que nunca enjoa, o que nunca cansa.

Street Fighter é realmente eterno. Cada jogo lançado tenho mais certeza disso. A prova é que ainda jogo Alpha 2, Alpha 3 (e muito), 3 Third Strike, EX2 e o Super 4 AE.

Enquanto os outros tem momentos e mais momentos, esses eu nunca parei de jogar. E acho que vai ser assim pra sempre...

Honestamente, não entendo a birra que os mais extremistas tem contra o 4. Juro que não.



Troféu: Tortura Psicológica Por Meramente Jogar - Final Fantasy VIII

A foto acima é um aviso do Squall sobre o jogo. Ou sobre o que penso do jogo... But... Whatever.

Bom, quem acompanha o blog sabe que nem eu e nem o Dipaula somos os maiores fãs da série Final Fantasy...

E a série simplesmente não colabora com isso. Tanto é que eu fiz um review super delicado e carinhoso sobre esse jogo enquanto Dipaula elaborou parte da fórmula que a série tem desde... SEMPRE.

Pois é... Isso porque eu já tinha zombado de uma cena do Final Fantasy VIII. Era o começo do games, primeiras horas e achei que era só uma cena ruim... Como eu estava enganado... Aquilo era só a ponta do iceberg.

Se eu soubesse teria parado de jogar ali. Puta que me pariu!

Mas enfim, joguei Final Fantasy VIII o suficiente pra ter tanto ódio, que novamente estou aqui falando dele. E mal. Muito mal.

O enredo é medíocre, com personagens terríveis, secundários idiotas, um cientista com roupa de palhaço, um sistema de batalhas e de status completamente confuso e quando ele deixa de ser confuso se torna imbecil.

Squall, pela primeira vez concordo com você, talvez a única.

Tudo isso girando em torno de uma história que tem 4 discos e 4 momentos diferentes, eu já deixei isso bem claro no meu post à respeito mas seria algo como intriga estilo Malhação no primeiro CD, um pouco de ação no segundo, o terceiro com informações absurdas, totalmente escrotas e sem noção que quebram a própria lógica do jogo como possessão de corpos por uma entidade em OUTRA REALIDADE, uma sacerdotisa aprisionada no ESPAÇO (lembrando que sacerdotes aqui são MAGOS de cura com outro nome, e ela ta presa numa PRISÃO HIGH TECH) e a melhor parte...

QUE ISSO NÃO É PIADA!

E só pra constar, a quarta parte seria o final do jogo. Igualmente medíocre.

Mais absurdo que isso só o fato de 5 dos 6 membros do grupo perderem a memória por invocarem Summons... Lembrando que eles ficam ALOJADOS NA ZONA DE MEMÓRIA DOS CÉREBROS DE CADA UM.

É muito idiota. Eu realmente não tenho palavras pra definir a estupidez dessa ideia.

Nada do que eu disse está além do limite.

"Poxa Juninho, ao menos os personagens são legais."

E eu te digo:

"NÃO, ELES NÃO SÃO!"

Os personagens desse jogo tem tanta profundidade que Super Mario RPG: The Legend of Seven Stars tem mais enredo e os personagens tem mais profundidade...

Prova do que vou falar logo abaixo...

Onde já se viu um emo enrustido metido a foda que na verdade é um chorão, uma professora que age como mãe e confunde o sentimento materno com xoxota piscante, uma fugitiva da APAE, o cara mais zoado pelo UNIVERSO, a patricinha mais retardada de todos os tempos e um mero cowboy num universo futurista serem legais?

Sim, falei de Squall, Quistis, Selphie, Zell, Rinoa e Irvine. Nessa respectiva ordem. Eu só os resumi.

Se quer um conselho. Não jogue essa abominação, muita gente joga RPG por mero gameplay. E nem isso eu recomendo pra você fazer com essa bosta de jogo. Nada nele é bom.

Caso você tenha um amigo que gosta desse jogo, olhe pra ele e faça essa cara com essa pose:

If you like Final Fantasy 8. You're a clean mad.

Mas o Diablos é legal. Eita summon bacana. Mas o resto se pode jogar na descarga. Se bem que qualquer pessoa cagando no vaso faz algo melhor que Final Fantasy 8. Ainda mais que se trata de um romance pior que 50 Tons de Cinza e Crepúsculo JUNTOS e um Summon é a ÚNICA COISA LEGAL DO JOGO.

Faça um favor pra sua sanidade, finja que esse jogo é o Coringa explodindo tudo e saia correndo dele quando ve-lo. Não baixe, não jogue e não tenha contato. Pode ser contagioso.


Parece grandioso. Parece.

Troféu: Potencial Descendo Pela Descarga - Lost Planet 2

Honestamente, conheci Lost Planet por acaso.

Estava eu, com grana sobrando, querendo jogos pra PS3 e vi Resident Evil 5: Gold Edition pra comprar num preço mais do que amigável, e me havia 50 lisos reais pra gastar. E eu vi Lost Planet, o primeiro.

Joguei e curti, no ponto certo. Achei um bom jogo de ação, um enredo tipicamente cretino (afinal é da Capcom...) porém, com um personagem levemente carismático, eventos que vão acontecendo e te deixando ali, concentrado, se preocupando com o desafio do jogo que é tolerável em partes e ridiculamente fácil em outras e por aí vai.

Enfim, gostei do jogo, apesar de não ser uma das maravilhas da humanidade, e apesar de tudo, um jogo que você pode morrer sem jogar. Mas ainda assim eu indico ele.

Porém, não da pra desconsiderar que a jogabilidade era boa. Mas não muito além do bom. E no 2 quando anunciado, pessoas vibraram, imaginaram uma história ainda melhor, multiplayer melhor e jogabilidade melhor.

Sabe o que esses personagens significam no enredo? Nada. Sério!

E eis que tivemos um jogo com multiplayer quase idêntico, jogabilidade milhões de vezes melhor, mais fluída, com mais recursos, trabalho em conjunto com membros NPC's.

Além da total falta de enredo.

"Como assim falta de enredo?"

Eu te digo como é:

"Alô, esquadrão Chuta-Bundas, temos uma missão pra você, vá no lugar indicado pelo mapa, encontre o monstro e enfie um caminhão de Coca-Cola no cu dele."

E vai assim capítulo por capítulo até acabar.

Não existe trama, não tem um personagem com motivo pra ta ali e sim pequenos grupos militarizados genéricos e totalmente sem o menor começo, meio ou fim. Tudo começa e acaba do jeito que começou. Com sensação de vazio.

O gameplay melhorou, o online na campanha melhorou, multiplayer ficou na mesma, mas o que adianta se não tem NADA de enredo.

E tudo é tão idiota, que o seu personagem controlável e os do grupo não tem nomes e sim subnicks de jogadores online, MESMO JOGANDO OFFLINE você controla uns caras com nomes tipo "dark_summer" ou "fucking_your_ass_all_day_long".

Era melhor que fizessem o jogo no estilo Combat Arms, um online gratuito. Seria sucesso certeiro.

Tomara que o LP3 recém lançado não seja tão medíocre.



Troféu: O Jogo de Luta Mais Completo da Geração - Mortal Kombat: Komplete Edition

Mortal Kombat, série sofrida!

Aquela que nos anos 90 reinou pelo gore, e nos anos 2 mil foi motivo de piada por duas gerações de games.

E eu mesmo injusticei parte dela, começando pelo 4 que descobri anos e anos depois que era um jogaço, com finais bem feitinhos e minimamente significativos, mas depois veio Deadly Alliance e Deception e foderam a porra toda.

Passando por Mythologies Sub Zero que é ridiculamente difícil e Special Forces que nem me atrevi a jogar depois da imensa crítica gamer destruir o jogo e eu particularmente nunca conheci um ser vivo que tivesse me dito:

"Eu gostei do Special Forces".

Se me dissesse, acho que eu pessoalmente o internaria na APAE, ele provavelmente não é normal.

E nem preciso me pronunciar sobre Mortal Kombat Armageddon e MK vs DC. Certo?

Terá muita alegria aqui. E possivelmente uma manete quebrada no processo.

Mas no geral, depois de ver o sucesso de Super Street Fighter IV, Ed Boon disse que abandonaria o 3D e voltaria pra onde MK jamais deveria ter saído. O 2D. A jogabilidade é a mesma usada nos jogos 3D porém agora ela é boa, precisa, com bons elementos como golpes com EX, Breaker (melhor coisa da jogabilidade 3D, talvez a única) e o X-Ray, que de começo eu torci o nariz mas depois gostei bastante.

Urros de felicidade dos retrogamers foram ouvidos da Malásia, da Polônia e até mesmo do Acre.

E MK veio simplesmente fantástico, o Story Mode foi bem aclamado, apesar que um molde de enredo fixo seria um problema por favorecer meia dúzia de personagens, porém ao meu ver isso foi corrigido no Ladder (que seria o Arcade) e 90% dos finais eu adorei, gostei muito mesmo. Mas teve uns que simplesmente deu vergonha de ter zerado com o personagem... Como os de Jax e Kano. O que é aquilo?

Demonstração de carinho ao máximo.

E como se não bastasse, o jogo é super completo. A Krypta te espera na hora de gastar pontos pra desbloquear músicas, roupas alternativas, ilustrações, cenários e fatalities. E além dos modos extras simples e divertidos, um tag battle muito bom e ainda a Torre dos Desafios com lindos 300 andares. Não é fácil terminar, e vai te dar muuuito trabalho.

Não vai demorar muito até que você xingue todo mundo à sua volta em determinados desafios.

Mas o mais legal é que normalmente as lutas tem meio que um pequeno enredo:

"Quan Chi está manipulando Sub Zero e você terá de dete-lo."

E por aí vai, coisas assim, são simples e sutis mas fazem toda uma diferença. E como fazem.


Troféu: Brilhantismo Além do Maniqueísmo - Legend of Mana

Se você já jogou Legend of Mana e ainda acha Final Fantasy uma das melhores coisas que você jogou.

Eu sinto muito, por você! De verdade! Legend of Mana e Persona 2 são dois tipos de games raros hoje em dia, que vão além da lutinha besta do "politicamente correto do bem" contra o "politicamente errado do MAAAAAAUUUUU".

Final Fantasy, todo mundo já sabe o que penso, 6 e 7 são fodas e o resto eu preferia um jantar à luz de velas com a Regina Casé do que ter que joga-los. Especialmente o 8.

O 8 eu prefiro a Regina Casé pelada do que jogar ele de novo e se tudo que me disseram do XIII for verdade ele fica no mesmo patamar.

Mas a real é que Legend of Mana tem vários enredos, e infelizmente eu só explorei os 4 principais. Falta de tempo é foda.

Mas trata-se de um universo amplo, vasto de cores e músicas assustadoramente fantásticas, e os personagens mesmo sendo absolutamente caricatos, é impossível não simpatizar com eles, é muito carisma pra pouco frame de animação.

Capella é um exemplo de vida dentro do jogo. Acredite em mim.

A coisa mais legal é sentir o lado mais humano dos personagens, eles tem dilemas, problemas, pensamentos e convicções de pessoas normais, mas transpassaram essa ideia de forma genial que eles te convencem, você como jogador acaba por acreditar neles. É realmente difícil passar essa ideia com personagens de visual humano, imagina pra um com visual animado?

A trilha sonora é maravilhosa, no nível de Chrono Cross ou The Legend of Dragoon. Realmente Yoko Shimomura é uma deusa na arte de criar músicas.

O gameplay do jogo é muito bom, com variações tremendas de magias, armas, técnicas, habilidades usadas em dois botões (triângulo e bolinha), isso sem mencionar a criação de pets, golens e a infinita possibilidade na arte de forjar armas.

Mas o que importa num RPG é o enredo, e aqui temos 4 principais são: árvore de mana, saga de Elazul, saga de Draconis e saga de Irwin.

São sagas longas e bem interessantes, inteligentes e com detalhes que podem ser facilmente perdidos caso você não jogue com a devida atenção. É um jogo minucioso onde cada detalhe perdido pode ser fundamental pro entendimento de uma parte do enredo ou determinado personagem.

Como o Dipaula já disse aqui, é fácil achar que Irwin é um cara do MAAAUUU e ficar do lado do Escad por acreditar que ele é um guerreiro da justiça, e que Irwin é puramente maligno por ser meio demônio.

Só um idiota entenderia dessa forma, Daena não fica do lado de Irwin sem uma razão. E que me perdoem os fãs do Escad mas ele é só um bostinha invejoso e mesquinho. Caso você seja fã da personalidade dele. Procure um médico, com urgência.

Só Legend of Mana pode fazer um monstro gigante parecer tão fofinho.

E o mesmo vale se você na saga de Elazul ainda acredita que Sandra é uma personagem DO MAAAAAU super malvada e que sai matando os seres da própria raça por pura maldade.

Falando sério, é MUITO difícil combater Irwin, Sandra e demais personagens quando se entende o que ocorre com eles. Eu posso garantir, mas por se tratar de um RPG, spoilar seria quase um pecado. Siga minha dica iluminada: JOGUE!

Caso tenha mais tempo do que eu tive, faça todas as side quests que puder. Vale à pena!


Troféu: Franquia Que Eu Tinha MUITO Preconceito -  Grand Theft Auto

Eu confesso, quando era mais jovem jogava GTA pra aloprar e etc...

Achava que o jogo só tinha isso. E tudo vai piorando quando você cresce e pensa assim:

"Caralho, eu jogava isso?"

Muito pessimista, ainda vê somente crianças e adolescentes jogando pra aloprar, da mesma forma que você e pensa:

"É, essa é uma franquia de bosta mesmo."

Com isso, a franquia passou ignorada por mim durante anos e anos. Até acontecer duas coisas.


A primeira, eu estava lendo uma postagem do Blog do Amer (recomendadíssimo) que falava de um determinado evento de GTA IV e eu li e achei interessante, e me perguntava como algo tão legal, profundo e bem feito poderia estar presente num jogo daqueles, e a segunda coisa foi um PSP lotado de jogos já terminados e um GTA lá que eu coloquei pra ver como era, que por tempos ficou ignorado. Coisa de meses...

Testei o jogo e quando eu vi já tinha boas horas de jogo... Continuei jogando e quando eu vi já tinha parado de jogar TUDO pra jogar  o Liberty City Stories e estava totalmente preso no enredo do game, apesar que normalmente eu não ligo muito pra essa trama de máfia, crimes e etc. Mas com GTA isso me capturou de tal forma que eu fiquei surpreso.


Nesse game, Toni Cipriani é um personagem fantástico e os coadjuvantes nem tanto, e depois que comecei Vice City Stories (ainda não concluído, no momento que escrevo essa postagem, mas estou longe) eu fiquei abismado, o sandbox tava ainda maior, mais bonito, Vic não era tão carismático quanto Toni mas TUDO à sua volta era absurdamente melhor, mais bem feito, os coadjuvantes com certa profundidade à ponto de te fazer gostar muito deles.

Os enredos do game não são lá a maior novidade do mundo, porém a forma que acontece é envolvente demais, andei lendo e vendo sobre todos e do III em diante eu curti absolutamente todos. É muito bem feito e o mais legal é que nunca se repete, mesmo sendo aquela coisa de crime e etc, cada jogo tem sua pegada, sua maneira da história ser contada e etc.

E com isso, acabei comprando o IV que ainda não comecei à jogar mas irei pro meu PS3, e ainda falarei dele por aqui, eu li sobre todos os enredos da série e simplesmente adorei tudo que li. E sim, eu comprarei o V com toda certeza.

E olha que eu não jogo pra completar mapa, pegar troféu ou mesmo fazer 100%, jogo GTA só pelo enredo muitíssimo bem contado da série.

Quando alguém te falar "Rockstar tem bolas de adamantium"... ACREDITE! Pois é verdade.


Troféu: Joguei de 2012 Até 2013 - Virtua Fighter 5: Final Showdown

Bom, Virtua Fighter é uma franquia muito MUITO foda. E muito honesta também.

Basicamente, Virtua Fighter é o primeiro jogo de luta 3D, e o jogo tem um enredo... quase que inexistente. Porque só está nos manuais e olhe lá. O resto do jogo não é nada além de ir até o último chefe, dar um belo K.O. na fuça dele e subir os créditos.

Mas você provavelmente ta assim:

"Mas o que diabos tanto segurou esse sujeito jogando tanto esse jogo?"

Jogabilidade... Simples assim!

Em jogo de luta é isso o mais importante, e não tem como, dos jogos 3D nada supera Virtua Fighter. Nem Tekken, nem Dead Or Alive, nem Soul Calibur, nem nada.

Talvez o Dead Or Alive pelos peitos mas...


Ops... Ei, não olha pra mim com essa cara de nojo. Eu por acaso tenho cara de quem vive em Xvideos?

Novamente, cuidado com sua resposta.

Enfim, nada supera Virtua Fighter. Comprei na PSN por acaso, foi o primeiro jogo digital que eu comprei e provavelmente o que eu mais joguei e mais jogarei. Afinal de contas, os jogos normais tem uma OST, KOF XIII tem duas e as pessoas já babaram e ficaram alucinadas e etc...

Mas a Sega simplesmente fez Virtua Fighter 5 Final Showdown com SETE TRILHAS SONORAS.

Sim, você não leu errado.

Virtua Fighter por ter só um botão pra soco, outro pra chute e outro pra defender, todos imaginam um jogo simples mas quem pega pra jogar sabe a diferença tática entre VF e qualquer outro jogo de luta 3D.

Com exceção de Soul Calibur, que é quase tão complexto quanto, TODOS os outros não tem metade de sua complexidade e dinamismo. Virtua Fighter tem simplesmente os balões mais incríveis de um jogo de luta 3D e sem contar que ele faz muito bem o papel de jogo realista que ainda é um "jogo". Ele não perde aquele espírito de que estamos curtindo um jogo e não um filme.

Isso não é pra qualquer um. Procurem mais jogos como ele, verão que existem poucos. Muito poucos!

Se você não jogou Virtua Fighter 5 ainda, Jean Kujo te dá um recado:

Mude essa situação, até lá, esse recado ainda ta valendo!


Jurisdição do Dipaula

Ok, Juninho. Você já falou demais! Já é hora de você fechar essa Caixa de Pandora no meio da sua cara...

Quem assume daqui para frente sou eu: Dipaula. Por favor notem que, diferente do Juninho, quase não falo de jogos da 7ª geração. Sim, sou bastante eclético, jogo desde games 16 bit até os atuais, independente da época. Contudo, a maioria dos jogos que descrevo são para PS2, pois neste ano encontrei muitos tesouros antes desconhecidos por mim nesse console.

Agora comecemos com a maior decepção que tive:



Achievement - O Abominável: Street Fighter X Tekken

            
           “FRUTA QUE CAIU!!! O CROSSOVER QUE SEMPRE SONHEI VAI SER FEITO!!! WOOAAHH!!! VAI SER DO CARVALHO!!!”
  
            Essa foi minha exaltada reação ao saber do lançamento de Street Fighter X Tekken para PS3. Como pôde ser notado, meu entusiasmo foi tamanho que meus berros superaram os da igrejinha evangélica da minha rua, convertendo muitos dos fiéis ao ateísmo, afinal se existisse um Deus, um nerd não proferiria tantas blasfêmias e sairia impune...

            Entretanto, maior que meu entusiasmo foi minha gigantesca desilusão ao me deparar com um jogo medíocre, mal feito, sem o menor capricho por parte seus desenvolvedores.

            Os gráficos são estranhos, com uma textura que deixa os personagens excessivamente brilhantes como se fossem feitos de plástico. Sem falar nas lutadoras de Tekken, especialmente Lili, que possuem uma anatomia bizarra com mãos enormes de pedreiro...

            Os cenários são exagerados e com um excesso de personagens no fundo, todos muito mal animados. Destaque para aquele cenário onde se vê personagens de Final Fight com roupas tradicionais do Japão (?!) os quais se movimentam como se estivessem sofrendo um derrame... As músicas desses estágios são tão genéricas que é difícil diferenciar umas das outras, com pouquíssimas exceções.

            O gameplay é uma bagunça, com recursos desnecessários que só estragam a experiência, como aquelas gemas vindas de Marvel Superheroes e aquele Modo Pandora onde os personagens ganham um visual vindo do filme Tron...

Modo Pandora: uma má idéia tanto em gameplay quanto em visual...
            O mais terrível, para mim, é o - BLEAAAARGH!!! – enredo. Desculpem pela onomatopéia repentina, mas não consigo pensar no storyline dessa... coisa... sem devolver meu almoço. Não bastava a história ser ruim, os finais tinham que ser um tributo à imbecilidade? Eles não só são péssimos, mas, muitas vezes, ridicularizam os personagens de ambas as franquias...

Um dos finais do game: Abel babando por bando de ursinhos espaciais... Guile cansado de ser babá de um demente...

            O pior de tudo é que o responsável pelo jogo, o tal Ono, fez tudo isso achando que ia ser o máximo. Ele disse não levava a idéia a sério e que só queria agradar aos fãs de ambos os lados com uma “grande festa com personagens diversos”. Ele queria nos agradar humilhando nossos personagens favoritos... Nunca senti tanta vontade de enfiar a cabeça de alguém no reto de um elefante...

Essa imagem bonitinha não descreve minha revolta, mas dá para se ter uma idéia...
              Alguns podem dizer que estou sendo extremista e que o jogo não é o máximo, mas é jogável. Porém, basta imaginar o que ele poderia ter sido e comparar essa imagem com o que ele é de fato. Aposto que vão querer meu elefante emprestado...



Achievement - Surpresa Mais que Agradável: Série Atelier Iris e Mana Khemia
 
A galera de Atelier Iris 1 e 2!
            Sabe quando nos deparamos com games que nem sabíamos que existiam e decidimos experimentar, com aquele pensamento “Por que não? Pode ser divertido, afinal.”? Pois é, comigo foi assim ao me deparar com a série de RPGs para PS2 da empresa Gust, formada por três títulos: Atelier Iris: Eternal Mana, Atelier Iris: Azoth of Destiny e Atelier Iris: Grand Phantasm.

            Imaginem minha empolgação ao descobrir quão fantástica a série é. Fiquei muito fã! Compensa experimentar jogos pouco conhecidos; podemos encontrar muitas coisas incríveis por aí sem a marca “Capcom” ou “Square Enix”.

            A série possui algumas características presentes nos três jogos, tais como: enredos simples e diretos com doses agradáveis de humor, personagens extremamente carismáticos, ótimas trilhas sonoras e um gameplay que prende a atenção (ele não se resume à exploração e batalhas, você também precisa se dedicar à criação de novos itens). Entretanto, mesmo com pontos em comum, cada jogo tem atributos que o faz único. Vejamos:

Atelier Iris: Eternal Mana e seus carismáticos personagens!

            O primeiro título, Eternal Mana, possui o mais simples enredo entre os três. No entanto, ele carrega algo inovador: você se relaciona com vendedores, ajudando-os a criar novas mercadorias para suas lojas. Isso pode aumentar a popularidade do estabelecimento, fazendo com que a amizade entre eles e seu grupo cresça, gerando novos diálogos que revelam toda a história desses personagens. Elas são tão boas que você se verá torcendo para que eles entrem para seu grupo. Muito legal!

Os protagonistas de Atelier Iris: Azoth of Destiny. O guerreiro e a intelectual.
             O segundo jogo, Azoth of Destiny, é dono do melhor enredo da série, sem dever nada aos grandes RPGs da era 32 bit. O maior diferencial aqui é que você alterna entre os dois protagonistas com diferentes gameplays: com o espadachim Felt você viaja com o grupo explorando masmorras, enfrentando monstros e etc. Com a alquimista Viese você fica em seu laboratório estudando formas de ajudar Felt em sua busca, além de criar novos itens e enviá-los para o grupo. Claro, eventualmente ambos se encontram e o grupo se completa, levando ao clímax da história. Um dos formatos mais criativos que já vi!

Edge e Iris, os protagonistas de Atelier Iris: Grand Phantasm. Desta vez o guerreiro e a intelectual lutam juntos desde o começo!
            O terceiro e último, Grand Phantasm, carrega um formato bem mais simples: você tem uma cidade como base de operações e, a partir dela, segue direto para as masmorras a serem exploradas. Nada de world maps aqui. O jogo é dividido em quests que você vai aceitando e a história vai se desenrolando à medida em que você as completa. Como nos jogos anteriores, há muitos personagens secundários interessantes, com suas próprias histórias a serem descobertas e até chefes secretos. Grand Phantasm tem o melhor sistema de batalha da série, empolgante e dinâmico, sem falar de algumas músicas de batalha que estão entre as melhores já feitas num RPG!

            Os três jogos me deixaram muito satisfeito, cada um a seu modo. Foi então que tive o inevitável pensamento: “Caraca, já pensou se juntassem o melhor de cada um num jogo só? Mataria a pau, seria dooooooido demais, véi!”.

            Foi aí que eu descobri que a Gust pensou nisso e presenteou a humanidade com INESQUECÍVEL Mana Khemia!!! Louvada seja a Gust que trouxe a esperança a nossos sofridos corações! Rejubilem-se homens de boa-vontade!!!

*Oh happy day!!! Ooh happy Daaay!!!*

            Esse foi um presságio tão bom que Jesus e Buda desceram à Terra de braços dados para dançar “The Woody Woodpecker Polka”. É verdade! Passou até no Jornal Nacional, eu juro!

            Ok! Voltando à sanidade.

O elenco inesquecível de Mana Khemia!
            Mana Khemia: Alchemists of Al Revis reúne os pontos mais fortes dos três jogos da série Atelier Iris, mas refinando-os e acrescentando novas idéias, o que torna esse jogo um dos melhores que já joguei.

            O sistema de batalha é O MELHOR já feito, onde você joga alternando entre seis personagens, fazendo combos e golpes especiais sem dever nada a jogos de luta crossover! As músicas são inesquecíveis, indo do metal ao folk, com destaque na música da batalha final, que é cantada, lembrando muito os trabalhos da banda de Heavy Metal japonesa Onmyo-za!

            Algo que também merece ser citado são as character quests, eventos que o protagonista faz com cada membro do grupo, individualmente, revelando detalhes de suas histórias que não podem ser vistos no curso normal do jogo. E aquele cujo todas as character quests você concluir, terá um epílogo específico após os créditos finais. Cada personagem tem o seu, assim você terá de terminar o jogo várias vezes para ver todos.

            Mana Khemia é um jogo verdadeiramente completo, é difícil reclamar dele. Uma das melhores experiências que tive com um joystick em mãos, de verdade!

            Existe Mana Khemia 2, mas eu ainda não tive tempo de jogá-lo, infelizmente. Ele promete o impensável: ser ainda melhor que o primeiro! Mal posso esperar...

            Por fim, se tivesse de resumir os três Atelier Iris e Mana Khemia em uma só palavra, esta seria, sem dúvida:

            “Cativante”.
 


Achievement - Game que Me Prendeu por Quase Duzentas Horas: Tales of the Abyss
 
Ah... Que saudade desse jogo!
            Ah... A série “Tales of”. Imaginem o quanto é difícil manter uma franquia de RPGs com “trocentos” títulos sem perder a qualidade ou a identidade. Pois é, a Namco conseguiu. A série existe desde o Super Nintendo e perdura até hoje no PS3 e no XBox 360... Sem perder o espírito JRPG! Mesmo cercada de Skyrins e Fallouts por todos os lados a Namco teve entranhas de caminhoneiro e lançou Tales of Xiilia, Tales of Grace e Tales of Vesperia no ocidente!

            Os games da série possuem certo ar de anime shonen (como Naruto, One Piece, etc.), com personagens divertidos e coloridos, com personalidades interessantes e que nos deixam ansiosos para descobrir suas histórias e motivações. A profundidade aqui é usada na medida certa, só o bastante para nos apegarmos aos personagens e acreditarmos em suas causas, afinal, algo psicológico ou emocional demais simplesmente não combinaria com a série.

            O gameplay é do tipo que nos prende na frente da tela a ponto de nem vermos o tempo passar; quando nos damos conta, estamos barbados e cheirando a morte... 

            Certo, agora que já apresentei a série a todos, deixem-me falar sobre um de seus mais célebres títulos, lançado para PS2: Tales of the Abyss!

            Este é, sem sombra de dúvida, detentor um dos melhores storylines já escritos. É daquelas histórias que nunca esfriam, mantendo o hype do jogo o tempo todo. Sempre que uma trama se conclui outras se abrem, ainda mais intrigantes!

            A história fala de temas que, em minha opinião, são fascinantes. Entre eles: amadurecimento, redenção, auto-aceitação e, principalmente, a libertação da humanidade da cegueira da ignorância.

            Sim, aqui o grupo luta para abrir os olhos das nações do mundo, que há eras são dependentes das escrituras sagradas deixadas por uma antiga profetisa. Um dos principais inimigos que eles têm de enfrentar é uma ordem religiosa que existe para garantir que as escrituras nunca sejam desobedecidas. Para tanto, essa ordem sussurra intrigas nos ouvidos dos governantes fazendo com que sangrentas guerras irrompam, ceifando milhares de vidas...

                        Certo, agora chega de falar do enredo senão não paro mais, de tão bom que é. Falemos agora de outros aspectos, sim?

            Bem, como é de praxe nesta série, não há do que se reclamar no tocante ao gameplay. O sistema de batalha é capaz de viciá-lo facilmente, há também inúmeras side quests que podem até mesmo habilitar novas roupas para os personagens, sem falar de chefes, habilidades secretas e muito mais.

            A trilha sonora é de ótima qualidade; é fácil se pegar cantarolando as músicas de batalha ao longo do dia. Destaque para a música de abertura, que é de cair o queixo.

            Os personagens esbanjam carisma, principalmente o coronel Jade Curtiss. Ele é a desconcertante mistura de Roy Mustang (Full Metal Alchemist), Zero (Megaman X) e Batman (Dãããã..). Inesquecível, esse sujeito...

Acreditem, quem jogou não esquece Jade Curtiss!
            Não foi à toa que o jogo me entreteve por cento e setenta e tantas horas... E eu nem vi tudo que o jogo tem!

            Ainda há muitos jogos da série que ainda não joguei, mas afirmo sem medo: será difícil superar Tales of the Abyss!

Achievement - Me Sentindo um General no Game Boy Advance: Fire Emblem

Os heróis de Fire Emblem!
            Alimentação, ar puro, academia, família... Não se distraia com esses detalhes pouco importantes! O mundo precisa de um tático militar para guiar um grupo de heróis e salvá-lo de uma terrível conspiração! E esse tático é você, honorável gamer habitante de sofá movido a refrigerante...

            É verdade, Fire Emblem é um RPG tático tão trabalhoso que você terá de abrir mão de boa parte de sua vida para terminá-lo. Não que o sistema em si seja complicado, mas cada ordem dada a suas tropas deve ser beeeem calculada, caso contrário você pode se ferrar de verde e amarelo...

            Um bom exemplo é o fato de os personagens coadjuvantes, caso sejam derrotados, simplesmente morrerem... Não, eles não voltam depois da batalha. É até nunca mais! Para piorar, alguns deles são muito difíceis de usar por conta de sua fragilidade. Destaque para a personagem Florina, que é frágil como um peixe de aquário; basta uma leve mudança de temperatura e ela desfalece...

            Claro, você pode vencer as batalhas com algumas baixas, mas se continuar perdendo soldados a torto e a direito logo não terá ninguém para lutar além dos protagonistas. E esses quando são derrotados é GAME OVER. Pah! Na sua cara!

            Apesar da dificuldade esse é mais um daqueles jogos simples e desafiadores capazes de manter o jogador grudado na tela por horas a fio.

            Os gráficos são muito simples, mas as animações de batalha impressionam, principalmente considerando o tamanho minúsculo dos sprites. Confira neste link: http://www.youtube.com/watch?v=tibhK8tjLyI

As animações de batalha são alucinantes!
            As músicas não são nada memoráveis, mas garante o clima “capa e espada” do jogo.

            O enredo não vai além de “heróis de coração nobre contra conspiradores ardilosos do mal”. Mas, de fato, poucos RPGs táticos vão além disso...

            Por fim, se você gosta de jogos de estratégia, assim como eu, não vai se desapontar. É um prato cheio para os nerds cabeçudos!
 
Achievement - Finalmente Voltando a ser Terror: Silent Hill Downpour

Pobre Murphy. Sozinho e cercado pelos próprio demônios...
            Por muito, muito tempo os entusiastas do terror ficaram na seca, já que o indiscutível senhor dos games de horror andava mal das pernas... Naturalmente, falo de Silent Hill.

            Qualquer um que aprecie o verdadeiro horror; doentio, macabro e psicológico, sabe que a série foi um divisor de águas. Antes de Silent Hill, praticamente não havia espaço para o tema no mundo dos games; com raras exceções, tudo se resumia a metralhar monstros durante cinco ou seis horas de jogo. Mas aí veio o primeiro título da série lançado para PS1 e tudo mudou...

            Silent Hill jogou por terra idéias batidas como o herói/heroína intocável para colocar o jogador na pele de uma pessoa comum e mortal, tendo que desvendar os mistérios da cidadezinha mais famosa dos games; que ora é uma cidade fantasma com seres estranhos à espreita, ora é um pesadelo vivo: a imagem mais fiel do inferno que você jamais verá!

            Os três títulos seguintes deram continuidade ao legado de horror maduro e profundo, cada um a seu modo e, embora haja algumas reclamações com relação ao terceiro e quarto títulos, eu sou fanático por todos eles.

            Só que, para desespero dos fãs, a Konami decidiu afastar a equipe original do desenvolvimento da série, alegando que temiam que a série se tornasse previsível.

            Não sou purista a ponto de achar que uma mesma fórmula funciona eternamente, mas mudanças devem ser feitas para melhor e não o contrário! Com exceção do game Silent Hill Shattered Memories (esse sim, muito bom!), as novas equipes eliminaram tudo o que havia de profundo na série para transformá-la justamente naquilo que havia antes da criação da mesma: um “mata-mata” de monstros genérico com protagonistas intocáveis...

            Olha o que eu desejo para vocês responsáveis por Silent Hill Origins e Silemt Hill Homecoming:


            Contudo não há mal que dure para sempre e a Konami, provavelmente cansada de ter a fachada alvejada por cocô, resolveu lançar para a 7ª geração um novo título que, embora não siga os moldes dos quatro primeiros, resgata um pouco da maturidade e sutileza dos bons tempos da série: Silent Hill Downpour.

            Não que Downpour seja perfeito, ele não se iguala a Silent Hill 1 ou 2, mas consegue ser bem sucedido em ser diferente dos originais e ainda manter o espírito da série. E como ele é diferente.

            Downpour segue a linha do horror americano com tudo que possa ter de bom e ruim. De fato, existem muitos clichês que me incomodaram um pouco, mas que provavelmente passaram batidos pela maioria dos jogadores, esses menos atentos.
           
            Algo que o jogo não conseguiu fazer bem é ser macabro. Nos quatro primeiros, o jogador caminha em uma realidade criada pelos delírios insanos de alguém, literalmente; e isso se reflete nos ambientes: escuros, imundos e opressivos. Em Downpour a pegada é outra, prevalece a sensação de “realidade enlouquecendo” com cômodos que giram, corredores que se estendem à medida que você se aproxima de seu final, salas inteiras de cabeça para baixo. Tudo capaz de te deixar com os sentidos confusos. Embora não seja sinistro como os clássicos, é muito impressionante!

Murphy caminha pelo pesadelo gerado por sua própria mente em Silent Hill
            Os gráficos são medianos, com algumas “porqueiras”, como alguns coadjuvantes que chegam a parecer bonecos de tão mal-feitos. Apesar disso, não chegam a ser um problema.

            Os monstros não são, nem de longe, comparáveis aos clássicos. Enquanto as criaturas dos quatro primeiros títulos nos faziam questionar a sanidade de seus desenhistas, os de Downpour são bem genéricos, com uma ou outra exceção. Mas não chegam a atrapalhar a experiência.

Alguns dos monstros de Downpour. Meh...
            As músicas, apesar de não terem sido feitas pelo gênio (Supremo! Incomparável!) Akira Yamaoka são excelentes e, assim com as antigas, farão seu sangue gelar...

            Quanto ao gameplay, não tenho ressalvas. Houve uma boa mistura entre a necessidade atual de inserir um pouco mais de ação nos combates, com a vulnerabilidade necessária nos bons títulos de horror. Há muitas side quests espalhadas pela cidade, algumas muito interessantes, estendendo bastante a vida útil do jogo. Alguns gamers reclamaram que elas quebram o ritmo do enredo, mas vale lembrar que elas não são obrigatórias; você pode simplesmente ignorá-las e seguir a história normalmente. Questão de gosto.

            O enredo é muito competente, mas não me fez grudar a cara na TV como acontecia com Silent Hill 1, 2, 3 e 4, mesmo assim é muito divertido ir descobrindo os podres do protagonista no curso do jogo. Há também escolhas durante o jogo que levam a diferentes finais, algo que considero indispensável.

            Por fim, se você é um fã da boa época da série não tenha medo de experimentar Silent Hill Downpour, mas tenha em mente que ele não tenta se parecer com os clássicos. É um jogo totalmente diferente, porém digno de carregar o nome Silent Hill. Uma ótima pedida para os antes desanimados apreciadores do bom horror.

            Parabéns Konami, por renovar minhas esperanças com relação à série. Você está perdoada pelos insultos chamados Origins e Homecoming. Só espero que continue assim...
           
Achievement - Melhor Uso da Palavra “Útero”: Haunting Ground

Fiona sendo protegida por seu fiel amigo Hewie
             Um castelo gótico isolado da civilização, um enorme retrato através do qual a heroína é vigiada, um servo grandalhão corcunda, uma governanta fria e fantasmagórica... Como resumir tudo isso em uma única palavra? É fácil: “CLICHÊ”.

            Sério, não se pode causar medo em alguém em pleno século 21 com essa baboseira gótica de castelos e tal. E mesmo assim, sem esperar grandes coisas, quis experimentar Haunting Ground, um survivor horror para PS2, pois poderia até me divertir com ele.

            E olha só, me surpreendi e muito! Não que tenha mudado de idéia sobre a atmosfera ser clichê. Tampouco o enredo me surpreendeu (na verdade é tão tolo que nem me darei o trabalho de falar dele). O que me cativou completamente foi seu excelente gameplay!

            Esse game possui um sistema semelhante ao de Clock Tower, ou seja, a protagonista Fiona não é sempre capaz de enfrentar seus algozes, sendo obrigada a fugir, se esconder e, por vezes, usar objetos do cenário para despistar os inimigos... Por um tempo.

            Quanto à fuga, tenho que salientar duas grandes sacadas desse jogo: o sistema de resistência e o de pânico.

            O primeiro consiste na idéia de que Fiona é uma moça frágil, não uma corredora olímpica. Depois de correr por algum tempo ela mostrará sinais de esgotamento, tornado mais e mais difícil fugir dos agressores. Quanto mais cansada a coitada estiver, mais fácil será ela tropeçar e às vezes até cair no chão, aumentando ainda mais a tensão sobre o jogador, pois os perseguidores saberão se aproveitar de seus deslizes. Você vai se sentir num filme de terror de verdade, onde a mocinha corre desesperada tropeçando nas próprias pernas. Genial!

            O segundo, o sistema de pânico, é a cereja do bolo. Na medida em que os inimigos surpreendem Fiona ou a atacam ela fica mais e mais aterrorizada e isso se reflete no controle da personagem; ela se torna cada vez mais difícil de controlar, a imagem vai se tornando embaçada. Por fim, quando ela entra em estado de pânico total, a imagem fica totalmente borrada e a moça fica incontrolável, correndo aleatoriamente pela tela, como se tivesse perdido o juízo de vez, de tanto terror. Incrível!

Corra Fiona! Proteja seu útero!
            Embora esses sistemas não tenham sido criados nesse game, a combinação de ambos torna o jogo uma das experiências mais empolgantes para os amantes do terror. Nunca vi outro jogo que fizesse algo semelhante de forma tão competente.

            Outro aspecto, esse sim inédito, do gameplay é o personagem Hewie. Ele é um pastor alemão branco... Um cachorro, não um criador de ovelhas albino que vive na Alemanha. Ora, que idéia!

            O fiel cão segue Fiona alertando-a do perigo, mostrando locais suspeitos a serem checados, encontrando itens ocultos no cenário e até atacando os inimigos, lhe dando tempo para fugir. Claro, os inimigos também atacam Hewie podendo nocauteá-lo e até mesmo matá-lo... E claro - surpresa! - é game over, caso aconteça.

            O toque de mestre nesse lance do cachorro é que você pode adestrá-lo ao seu gosto, graças a um sistema de “castigo e recompensa” que permite que você o castigue com um sonoro “No!” ou o recompense com um fofo “Good boy...” e um carinho... Aahhhh... Cute-cute... Enfim! A forma como você usa esses comandos influencia no comportamento do bicho a médio e longo prazo. Show de bola!

            Agora, você pode estar se perguntando o motivo de o título do tópico falar do melhor uso da palavra “útero”. E caso não esteja, dane-se, falarei assim mesmo! Alguém me segure!
           
            Acompanhe esta rápida descrição sobre os perseguidores de Fiona no jogo e tudo ficará claro:

            Debilitas: o grandalhão corcunda e demente. Tem a mente de uma criança, mas o corpo e as necessidades físicas de um adulto. Persegue a heroína chamando-a de “minha bonequinha”, mas apalpa sua protuberante genitália para ela enquanto geme psicoticamente... Quando você é morto por ele, a tela escurece e podem-se ouvir sons terríveis que sugerem que ele está esquartejando a moça ou violentando-a... Possivelmente ambos.

            Daniella: a governanta fria e psicótica, que na verdade foi criada através de alquimia para ser a mulher perfeita: bela e totalmente submissa. Como não tem capacidade de sentir dor ou prazer, sente-se terrivelmente vazia e infeliz. Deseja abrir o ventre de Fiona com um caco de vidro para retirar de seu ÚTERO o componente alquímico da vida “Azoth”, tornando-se uma mulher completa. Frase notável: “Criatura vil! Atrai o homem para dentro de seu corpo imundo de novo e do novo...”. Interpretações por sua conta...

            Riccardo: um clone do grande alquimista Lorenzo Belli. Pelo fato de Fiona possuir o componente alquímico “Azoth” em seu ÚTERO, ele pretende engravidá-la para renascer no filho que ela teria. De fato, na tela de game over, pode-se ouvir a respiração pesada e os gemidos de, digamos, contentamento de Riccardo enquanto ele “executa” seu plano... Frase notável: “Deixe-me entrar em seu ÚTERO!”.
           
            Lorenzo: Alquimista secular e criador de Riccardo e Daniella. Quer estrair o Azoth da protagonista, sugando-o. O Azoth está contido no ÚTERO da moça... Ele quer sugá-lo... Com a boca mesmo... Mais uma vez, conclusões por sua conta.

Fiona encara Debilitas... e foge griatndo.
            Sim, Haunting Ground é um game onde gente psicótica quer a todo custo um pedacinho do útero da protagonista. Me surpreendo por ele ter saído no ocidente.

            Para terminar, Haunting Ground pode ser assustador por seu gameplay genial e seus temas BEM sugestivos, apesar de um enredo ignóbil e uma atmosfera clichê. Se você é um fã de survivor horror não pode deixar de jogar!

Achievement - O Renascer de Um Clássico do PS1: Twisted Metal Head On


Quer andar de carro velho, amor... Desculpem, não resisti!
            Eu nunca dei bola para jogos de carros, de corrida ou não. De fato, carros nunca me fascinaram, nem quando criança, diferente da maioria dos garotos. Sempre preferi fantasia a esportes e veículos. Foi então que conheci Twisted Metal 2 para PS1. Como resistir a veículos que vão desde carros de fórmula 1 até carros de funerária, todos alvejando uns aos outros com mísseis, napalm e bombas em uma batalha até a morte!

            É isso mesmo, eu havia encontrado um jogo de carros cheio de fantasia, que enfim satisfaria minha imaginação selvagem e, claro, foi amor à primeira jogada. Me diverti alucinadamente jogando sozinho ou com amigos, fazendo com que TM2 se tornasse um dos jogos mais marcantes de minha vida.

            Sempre senti muita saudade daquele jogo e, apesar de terem sido lançados diversos outros títulos da série Twisted Metal (alguns muito bons), nenhum deles me satisfez como TM2.

            Até que, das chamas do hades, surgiu Twisted Metal Head On, lançado para PSP e depois para PS2. Sim! Uma espécie de “continuação espiritual” daquele jogo que tanto amei!

            Ele possui a mesma estética colorida de história em quadrinhos, um gameplay tão incrível quanto (embora um pouco mais trabalhoso), o mesmo enredo bacana (sim, um jogo de batalha de carros com enredo!), porém com muito mais carros a serem escolhidos, muito mais armas para explodir os oponentes, ainda mais arenas a serem arrasadas e muito, muito mais!

O carro de sorvete Sweet Tooth e o boogie Grasshopper: encontro de titãs!
            Head On possui um enorme conteúdo single player: terminar o jogo normalmente leva algum tempo, tanto para se adaptar à dificuldade (que assusta um pouco a princípio) quanto pela enorme quantidade de locais secretos contidos nas fases.

            Esses locais levam a muitos minigames, variados e muitíssimo desafiadores. Quando concluídos com sucesso, eles desbloqueiam novos carros, cenários e modos de jogo. Leva muito tempo para ver tudo que o jogo tem a oferecer.

            Quanto ao enredo que citei a pouco, não é nada digno de um RPG, mas ainda assim é interessante por conta dois finais extremamente criativos, de dar inveja à maioria dos jogos de luta! Esses finais consistem no momento em que o vencedor das batalhas reclama seu prêmio, quase sempre sendo brilhantemente enganado pelo vilão. Veja só:

            O organizador das batalhas e vilão da série, Calypso, possui um anel místico capaz de realizar qualquer desejo e é por isso que os pilotos se matam ao redor do globo. Só que ele se aproveita de deslizes verbais dos vencedores enquanto formulam seus desejos; qualquer ambiguidade é suficiente para ele distorcer o pedido e arruinar a vida do pobre coitado, muitas vezes levando-o a uma morte horrível...

Calypso. Não ouse perguntar pela Joelma...
            Outro ponto forte do jogo é sua trilha sonora, simplesmente excelente! Diferente do Twisted Metal 2 que tanto amo, que praticamente não possui trilha sonora... Nada é perfeito, afinal...

            As músicas vão do muito competente, criando o clima perfeito para o jogo, ao brilhante; e nesse caso falo de algumas músicas que vão além do jogo, sendo dignas de serem baixadas para serem ouvidas a qualquer momento do dia.

            Pois bem, Twisted Metal Head On não só satisfaz os saudosos fãs de Twisted Metal 2 como proporciona uma experiência ainda mais divertida, sendo capaz de conquistar um público totalmente novo. Se você é um apreciador de destruição sem sentido por motivos torpes e um gameplay completo e alucinante, esse é o seu jogo!



Achievement - Gráficos de PS1, Espírito de PS3: The Suffering – Prison is Hell
 
Parece capa de banda de heavy metal...
            Você aí que curte games de horror, imagine um game do gênero para PS2 que se passa em uma prisão, que por si só já é um ambiente perfeito para histórias de horror. Agora saiba que essa prisão fica em uma ilha amaldiçoada por consecutivos derramamentos de sangue através dos tempos. Parece uma boa idéia, não?

            Pois é, teria sido se não fossem tantos estereótipos e clichês de filmes americanos de presídio, como facções rivais, conflitos raciais e policiais que abusam de sua autoridade.

            Tudo bem que tais coisas acontecem mesmo em penitenciárias, mas grande parte dos diálogos do jogo são dispensáveis e vazios, cheios de “Yo!” e “Motherfucker!”. Parece uma tentativa desesperada de convencer o jogador de que os personagens são mesmo detentos. Talvez soe bem aos ouvidos de um jogador americano, mas para mim foi risível...

            MAS! PORÉM! TODAVIA! CONTUDO!

            The Suffering não é nem de longe um jogo ruim, não mesmo! Seu enredo tem muito potencial, embora simples. Você joga como Torque, um homem que sofre de arroubos de fúria, sendo totalmente dominado por seus instintos violentos. Por conta desses surtos, ele se envolveu em muitos problemas com a polícia.

            Eventualmente, sua família inteira é brutalmente assassinada e, claro, a culpa cai sobre seus ombros. Ele é enviado ao temido presídio da Ilha Carnate, onde ele se depara com eventos sobrenaturais e seres monstruosos matando todos na ilha.

            Durante o jogo você pode bancar o “durão, porém honrado” massacrando apenas seus inimigos ou o “coisa ruim supremo” matando até mesmo os NPCs inofensivos pelo caminho. Sendo piedoso, você alcança um final bom, onde é revelado que você não matou sua mulher e filhos; contudo, sendo sanguinário você chegará a um final ruim onde você descobrirá que Torque matou sim sua família, revelando-se um insaciável psicopata.

Um banho de sangue. Literalmente.
            Além disso, há a história da ilha, que desde a época da caça às bruxas é palco de execuções cruéis, tornando a ilha um poço de energia negativa, que faz com que seus habitantes tendam à violência e desespero extremos, cometendo assassinatos e suicídios a torto e a direito.

            Acho que essas são boas ideias que poderiam resultar em um excelente jogo de horror, não fossem os clichês já citados, os vilões terrivelmente canastrões e o protagonista silencioso, destemido e intocável que mais parece um Chuck Norris negro (todos sabem personagens assim estragam a experiência do horror).
           
             Como disse antes, o enredo não é ruim, apenas mal usado.

            Agora explicarei o título que diz “gráficos de PS1 e espírito de PS3”. Vejamos:

            O “espírito de PS1” fala dos gráficos, que são bem pobres. Chegam ao ponto de afugentar os mais exigentes nesse quesito. A bem da verdade, costumava dizer que o jogo possui gráficos “Playstation 1 e meio”, sendo apenas um pouco melhores que a qualidade média dos gráficos de PS1.

Como eu disse, gráficos de PS1...
            O “espírito de PS3” refere-se à jogabilidade, que lembra muito os jogos de ação em terceira pessoa do dito console, com câmera e controles bastante semelhantes, que favorecem os combates frenéticos contra hordas de inimigos e manobras cinematográficas tão comuns em jogos de ação da sétima geração.

            Apesar dos pesares, The Suffering me divertiu muito. Só não se pode levá-lo a sério, pois não passa de um envolvente “mata-mata” com estética de terror, com monstros e sangue por todo o lado.

            Se você não quer sentir medo de verdade em um game, mas apenas muito sangue na sua tela, vai adorar este jogo. Agora se você aprecia terror de verdade, não encontrará aqui. Porém, ainda assim, achará algo leve e divertido para passar o tempo entre um Silent Hill e outro...


Achievement - Deixando o Incrível Ainda Melhor: Super Mario Advance 2 – Super Mario World
 

            O Gameboy Advance é, sem dúvida, detentor da maior coleção de remakes que já vi em um console. E isso é ótimo. Não que o console não possua bons títulos originais, muito pelo contrário, há grandes títulos aqui como a série Megaman Zero, a série Fire Emblem, o RPG Mario e Luigi Super Star Saga, A série Sonic Advance, sem falar de Pokémon... 

            Entretanto, um dos pontos fortes do GBA são seus remakes. Sim, grandes clássicos perdidos em consoles antigos foram relançados aqui com um senhor banho de loja! Bons exemplos disso são Sword of Mana (remake de Seiken Densetsu do Game Boy), Final Fantasy Dawn of Souls (remake de FF1 e FF2 de nintendinho), entre tantos outros.

            Claro, os mais impressionantes dentre todos eles são os da própria Nintendo. A “Big N” relançou os três Donkey Kongs, Legend of Zelda: a Link to the Past e, entre muitos mais, os melhores games dos Irmãos Mario. Foi lançada uma série de remakes chamada Super Mario Advance na qual saíram Super Mario Bros 2 e 3, Yoshi’s Island e o clássico Super Mario World!

            Pois é, quem não se lembra da era Super Nintendo quando o dito console vinha com esse jogo como brinde? Todo mundo que teve um Super Nintendo se divertiu a rodo saltando sobre tartarugas de bota e chutando seus cascos. Pois bem, a Nintendo conseguiu deixar o que já era bom ainda melhor.

            O remake chamado Super Mario Advance 2: Super Mario World recebeu algumas melhorias como uma apresentação mostrando que princesa Peach/Toadstool foi seqüestrada durante um piquenique, enquanto Mario e Luigi voavam distraídos com suas capas mágicas. Antes só tinha uma caixa de diálogo escrita: “Bem-Vindo à Terra dos Dinossauros, Princesa Toadstool sumiu de novo. Parece que Bowser está de volta!”.

Ué? Onde eu deixei a princesa?
            Claro, isso é um detalhe de menor importância. Mas as mudanças não param por aí; o jogo, assim como Super Mario Bros 2 e 3, recebeu dublagem! Agora Mario e Luigi encantam nossos ouvidos com seu deliciosamente forçado sotaque italiano... Mama mia!

            Agora falemos da melhor melhoria (hehehehehe...) presente nesse remake: o gameplay. Antes Luigi nada mais era do que um Mario verde controlado pelo controle 2, que não mudava em nada o gameplay. Desta vez o irmão caseiro do Mario possui uma jogabilidade totalmente diferente de seu irmão com nanismo.

Agora ele não é mais um Mario verde!
            Luigi é mais lento, porém salta mais alto e mais longe sendo capaz de planar, como em Super Mario Bros 2. Ele é perfeito para fases onde é necessário saltar para plataformas distantes sem espaço para correr, enquanto Mario é mais rápido e ágil, mas com pulos mais curtos que o fazem dependente de correr para saltar longas distâncias.

            O genial aqui é que você deve alternar entre os dois encanadores para salvar a passiva princesa, que jamais reage a um rapto.

            Enfim, Super Mario Advance 2: Super Mario World é uma ótima pedida para quem quer conhecer este clássico e também indispensável para quem já é fã.

            Selo Nintendo de qualidade!
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Bem, isso encerra minhas considerações sobre o ano de 2013! Feliz Natal (passado inteiro jogando, claro) e Feliz Ano Novo (nada de réveillon, jogue mais)! 

E já que falei do Mario agorinha, vou pedir a galera dele para me ajudar a expressar minha gratidão a vocês que me aguentaram neste ano:


Até o ano que vem!