27 de fevereiro de 2014

Shin Megami Tensei: Persona 4


E aí personas!

This fucking bad joke returns!

Vocês devem estar pensando que sou muito fã da série Persona.

E de fato, não estão errados, já falei de Persona 2 Innocent Sin, Persona 2 Eternal Punishment, e Persona 3 de forma geral.

Algum dia falarei sobre Persona 2 de modo geral e explicarei o motivo pelo qual defendo dele ser melhor que os outros de forma geral, mas agora não! Agora é a hora da análise do 4.

Eu já falei sobre Persona aqui no ocidente e todos os problemas encontrados na postagem do 3, não vou repetir aqui porque senão fica chato!

Shin Megami Tensei: Persona 4 é simplesmente o quinto jogo da franquia, afinal o 2 são duas partes e até os cachorros de rua já sabem disso à essa altura de campeonato.

Os outros não é garantido que já tenha ouvido falar mas do 4 você já ouviu falar, certo? Eu sei que sim!


Persona 4 hoje em dia se tornou uma franquia, temos um JRPG que virou até mesmo anime, um remake portado pro PS Vita, um jogo de luta, e mais dois games da franquia anunciados entre eles um JRPG misturando a galera do 4 e 3 e um jogo DE DANÇA. Sério! Não, não é zueragem minha, pode pesquisar...

Provando que caça-níqueis estão em toda parte, se alastrando como ervas daninhas ou como uma infestação zumbi à nível de Raccon City!

Mas Persona 4 supera seu jogo anterior? Ou é um (outro) passo pra trás se tratando dessa franquia?

Vamos descobrir!

O que antes era uma aventura na cidade grande, agora é uma aventura numa cidade rural do Japão, aqui você controla o personagem sem nome de sempre, batizando ele como bem entender e que teve algum problema sem importância que faz com que ele precise se mudar pro interior e com isso passe a conviver com seu tio e prima.

Essa é a ponta do iceberg, somente o começo de tudo!

Dojima, seu tio, é um cara que trabalha na polícia e tem uma vida atarefada e difícil, e Nanako sua priminha de 7 anos é a filha que apesar de bem madura pra sua idade, sofre relativamente pela "ausência" do pai mas entende tudo e até mesmo faz os serviços domésticos e etc.

Essa garota é realmente a personagem fofinha mais foda que eu já vi num game. Sério, eu detesto essas garotinhas kawaiis sem noção que todo jogo tem, mas aqui ela não é puramente kawaii.


Trata-se de Persona, isso aqui não é um RPG comum. Nanako é uma criança, seu carisma e doçura ultrapassam todos os limites da compreensão, se você vê Nanako durante o game e acha ela chata ou irritante você no mínimo está morto por dentro!

MORTO POR DENTRO! LEU BEM? MORTO POR DENTRO! QUANTAS MOSCAS FICAM RODEANDO SEU CORPO PÚTRIDO DURANTE O DIA? HEIN? ME DIZ?

*Caham*

Tudo começa indo à escola, vendo os dias passarem até que do nada você descobre a existência de um "outro mundo "dentro da televisão. Parece bobo e retardado, mas é muito foda. Eu torci o nariz à princípio mas depois adorei a ideia como um todo! Acreditem em mim, é muito MUITO foda essa parada da televisão quando você entende como ela funciona e o que ela é.

Mas repetindo o mesmo problema do jogo anterior, aqui o seu personagem controlado é "especial" e graças à isso somente ele pode usar mais de uma persona (manifestações da sua personalidade), enquanto o restante de seu grupo só se tem um.

Porém, os personagens do seu grupo aqui tem mais profundidade que a galera do 3 (já que no 3 era só esperar o evento de cada um), tanto é que pra se ter o Persona de cada um é necessário fazer com que eles vejam tudo que eles tem de ruim e aceitar que aquilo é parte deles, não é algo fácil, se imagine olhando tudo que você tem de ruim e sendo obrigado à engolir que aquilo é parte de você!?!?!?!


Parece ruim, eu sei! Mas aceitar a si mesmo é o primeiro passo pra se ter um Persona, e isso é executado de maneira sensacional!

Tudo isso misturado ao mistério de um assassino que "executa" suas vítimas de forma absurdamente confusa, nunca as vítimas estão meramente machucadas ou com digitais, somente aparecem mortas nas antenas de TV da cidade. Penduradas ou jogadas e etc...

Isso é só o começo do enredo de Persona 4, e na verdade tudo dele gira em torno de resolver tudo isso, ajudar seus amigos e viver uma vida normal. Mas "viver" a vida normal é o começo do problema.

Antes de me xingar nos comentários dizendo que sou fanboy de Persona 2 (o que não chega a ser mentira) e que odeio o 3 e o 4 (isso sim seria mentira)... Leia com MUITA atenção tudo que eu direi e irão entender (ao menos é o que eu espero) que eu GOSTO do jogo, e pra caralho! Mas não dá pra negar que o jogo tem problemas só porque ele é bom, o fato dele ser bom não o torna perfeito!

Primeiro de tudo, o jogo te "obriga" a duas coisas.

Viver normalmente e pegar batalhas feito um maluco desenfreado.

"Mas Juninho, seu tosco, o 3 era assim e num te vi reclamando."

Já falei pra guardar essa faca! Abaixou? Ah sim, agora vamos continuar!

O problema está em coisas que se interligam.


Genialmente, esse jogo, sem ironias, trouxe uma parada muito interessante, que é a ligação do clima da cidade com os eventos, aqui a chuva e a névoa tem TOTAL importância pro enredo do jogo, e a ligação deles seria um pequeno spoiler, mas não vou fazer isso com quem não jogou!

O problema está no "limite" de tempo que se tem pra salvar cada pessoa jogada na televisão e que corre risco de vida, mas essa ideia era pra ser boa, o problema está no fato de que você como jogador, como quem controla o personagem é muitas vezes OBRIGADO à ir pra casa dormir e somente voltar na dungeon no outro dia...

Itens de SP aqui são raros, e é mais fácil achar gente que veja a Regina Casé como atraete e gostosa do que encontrar um item desse no jogo, e não estão à venda. NUNCA ESTÃO À VENDA! E quando o seu SP acaba, você tem que pagar a maldita raposa que te cobra MUITO caro pra te recuperar somente o SP ou ir pra casa dormir...

O motivo disso ser um problema é que existem os Social Links, e os dias da semana vão passando e o jogo tem data pra tudo, e se você não salvar a pessoa até determinada data, ela morre, e o jogo dá game over e te faz dar Load no ultimo evento.

Você vai ter que consultar o clima constantemente, faz parte do enredo saber desse detalhe.

Isso acaba transformando o jogo em uma campanha gigante dividida em dois grandes momentos que sempre se repetem, ou seja:

Pegar MUITA batalha, evitando que se passem muitos dias pra não perder Social Link's e com isso evoluir, chegar ao chefe da masmorra e desvendar o evento, e depois disso esperar o próximo evento vendo horas e mais horas de SOMENTE Social Links, aulas, trabalhando pra juntar dinheiro, realizando atividades pra aumentar status e etc...

Visitar o Igor e fazer fusão é parte da experiência do game.

Social Links como no jogo anterior, te faz fortalecer as personas e etc, e é necessário mais do que nunca aqui ter o máximo possível, principalmente com os personagens do seu grupo, já que essa é a única maneira de fazer a personas deles evoluir. No 3 tinha eventos do enredo que faziam isso, e no 4 não, é necessário ir manualmente vendo cada detalhe de seu personagem e entender o amadurecimento deles de pouco à pouco. E isso é GENIAL!

Mas também tem outro problema...

Chie, Yukiko e Yosuke, os primeiros personagens do seu grupo, todos esses tem eventos de Social Link "automáticos" ou seja, o jogo eventualmente faz o deles aparecer, enquanto de Kanji, Naoto e Rise não, você tem que engatilha-los e o jogo não te orienta à isso, e sequer existe algo te falando a partir de quando isso é possível.

O jogo informa onde eles ficarão e os dias da semana. Ponto final! Sem uma devida orientação, fica complicado adivinhar que eu deveria engatilha-los já que o jogo me deu ao menos o engatilhamento de três personagens anteriores.

Eu mesmo sou um exemplo, meu personagem favorito é Kanji, eu fiquei esperando o evento dele acontecer e enquanto isso colocava a Chie no máximo, e depois vi que demorou demais e demais da conta mesmo... Até olhar na internet que o dele eu deveria engatilhar. E assim com todos os outros que eu citei.

Não vejo problema de eu mesmo engatilhar eles, uma vez que eu SAIBA disso. O jogo não orienta nesse aspecto, e isso é um tanto broxante, se eu ao menos soubesse, não haveria motivos pra reclamar.

Justamente por você conhece-los de dentro pra fora e entender ainda mais como eles são, todos os Social Links do jogo são bons mas os dos personagens são ainda melhores, justamente por eles aprofundarem ao extremo e você se sentir apegado de verdade à todos eles.



Outro ponto que me incomodou bastante é que no 3 os personagens eram mais "fracos" no geral e precisavam da arma pra invocar os Personas, aqui depois que os personagens os ganham, eles ganham a carta junto do seu devido arcana.

Sinceramente, eu acho besta o cara usar LITERALMENTE a carta do arcana dele pra invocar o Persona... Custava só fazer como no 2? Onde os caras liberavam pela própria força de vontade...?????

Isso é meio bobo, Persona é uma atmosfera mais madura e o jogo te convence disso, mas no 3 eles eram mais fracos porque precisavam de armas artificiais e agora no 4 eles ganham a carta que eles usam de forma literal pra invocar suas facetas interiores. E sinceramente, nem da pra escolher um dos dois, eu realmente desgosto de ambas as ideias. 

Mas esses problemas são pequenos perto do maior problema do jogo!

Calma, eu vou falar das qualidades.

O grande e maior problema do jogo, como um todo é sua atmosfera...

Em Persona 3, o problema a ser enfrentado não era tão próximo dos personagens jogáveis, lá haviam pessoas virando caixões e gente sendo afetada pela síndrome da apatia, mas no geral, havia um sentido, tudo aquilo acontecia com gente muito mais distante de você...

... enquanto aqui tem gente da sua sala, do seu convívio, que você vê constantemente sendo ameaçada de morte, e você simplesmente enfrenta isso nas horas vagas depois da escola e antes de dormir.


No 3 já era meio forçado, mas pela distância do problema com os personagens de forma geral, isso até era razoavelmente compreensível, mas no 4 não. No 4 é uma cidade pequena, onde TODO MUNDO se conhece, onde a fofoca rola solta e todos os problemas de uma cidade pequena existem aqui, logo, é muito mais "forçado" e empurrado o fato de enfrentar esse problema nas horas vagas. É algo tão próximo dos personagens que fica difícil imaginar alguém sabendo de tudo isso e simplesmente lutar contra nas horas vagas e indo ao mesmo tempo indo pra escola, fazendo provas e etc...

São detalhes como esse que quebram o clima mais sério e adulto do jogo! Em partes, chega a ser um potencial jogado fora. Mas não totalmente pelo menos.

Mesmo a história sendo fantástica e você podendo levar ela à sério, você acaba não levando o tempo inteiro por vários motivos, e a atmosfera do jogo é sem dúvida o maior desses problemas.

Aliado à uma música de batalha terrível de chata e tão mas tão feliz e pululante que chega a dar diabetes só de ouvir!!! Reach Out To The Truth é MUITO chata, ela não é necessariamente ruim mas como música de batalha... Ela é UM TREMENDO PORRE! Mas fico feliz de saber que quem jogar no PS Vita pela primeira vez terá uma música de batalha não muito boa no lugar, porém deveras melhor. E como ela é melhor.

Desce o cacete nele, Kanji!

Vale citar, que ela não é ruim, apenas DESTOA TOTALMENTE do clima de uma batalha, ainda mais de uma batalha com seres sobrenaturais e que poderiam te matar à qualquer vacilo (praxe de Shin Megami Tensei: vacilou, dançou), então ela acaba sendo ficando absolutamente fora de sintonia com um clima que era pra ser mais sombrio.

Cheguei a procurar um hack (pro PS2) só com qualquer outra música no lugar, ou Mass Destruction (saudades dela, viu...) sei lá, por que não músicas como de Pesona 2 ou Digital Devil Saga? POR QUE?

No geral a OST do 3 é melhor, mas a do 4 é tão competente quanto, porém músicas de batalha como essa e algumas de cenários chegam a irritar de tão felizes visto que estão num jogo onde deveria haver foco no seu enredo sobre assassinatos, realmente a música do jogo e o enredo acabam se conflitando de certa forma. Quebrando totalmente a seriedade dele.

E a música da última dungeon, OLHA ISSO A ÚLTIMA DUNGEON, a conclusão de tudo, você espera uma música dramática, com clima de "final" e aquela coisa toda. E simplesmente tem uma música que dá mais sono que música clássica.

Mas voltando a falar da quebra de clima...

Felizmente o jogo tem um excelente humor e essa cena é muito engraçada.
Ou seja, quando o enredo focado no assassinato acontece, você leva o jogo à sério, e nisso também me refiro aos personagens do seu grupo fazendo Social Links ou mesmo os outros personagens coadjuvantes que nós ajudamos pra entender seu crescimento, porém o jogo tem ainda mais eventos de escola, provas, e coisas do tipo que tiram totalmente a seriedade e nesses momentos infelizmente não tem a menor possibilidade levar o jogo à sério!

Até no 3 isso era um problema mas aqui virou um grandioso problema. Ao menos pra mim!

Com esses eventos maçantes e todo uma atmosfera absolutamente instável, eu acabei por não conseguir jogar ele muito tempo, eu sempre tinha que dar uma pausa do game, porque ele me cansava. Os outros que eu zerei (3 FES, 2 IS e 2 EP) eu zerei num pique que dava até inveja, eles não cansavam em nenhum aspecto. Enquanto o 4 virava e mexia eu precisava distrair a cabeça jogando outra coisa, mesmo que fosse um simples jogo mais arcade pra que eu pudesse descansar do jogo, porque é só batalha e mais batalha ou vida social e mais vida social.

O enredo mesmo, é bem mais curto que o 3  de forma geral, porém muito melhor e só por isso já valeria muito à pena como um todo!

Esse professor é um saco. Vai por mim.

Os personagens aqui tem mais significado, mais profundidade e com isso nos apegamos mais à eles, mesmo que a galera do 3 tenha mais carisma (ao menos pra mim), e nem vou comparar com a galera do 2 em geral porque seria covardia, mas a galera do 4 é realmente muito boa, Yukiko pode te surpreender depois que se conhece ela melhor, Chie passa a entender o real significado do que é proteger alguém sem se sentir superior por isso, Kanji enfrenta seus problemas com sua sexualidade (que coragem da Atlus fazer isso hoje em dia), Yosuke nos mostra um cara bobo que sofre muito mais do que aparenta, Rise mostra como a vida de famosa pode ser um horror e porque quer viver de forma simples e Naoto sofre por ser madura demais (sim, ela é ao contrário dos outros) e ser tratada como criança por sua idade...

E tem a bosta do Teddie. Que é tão tosco que o jogo faz o Social Link dele TODO PRA VOCÊ DE GRAÇA, automático mesmo. É só esperar os eventos dele e zás, você completa! Mas ele funciona absolutamente bem dentro do jogo. Eu só me recusei à jogar com ele...

Naoto que por sinal, uma das personagens mais interessantes também acabou se tornando um problema porque segundo me falaram, ela entra pro grupo aos 45 minutos do segundo tempo...


Mas não, ela entra é na cobrança de Penalty mesmo. PORRA! Ela entra no grupo tão tarde que fazer o Social Link dela completo é um desafio até pra quem é fã alienado da série e joga Persona como um louco!

Eu não ficaria surpreso se tivesse um troféu pra isso no Persona 4 The Golden do Vita. 

A jogabilidade do game é fantástica, simples e eficiente como sempre foi de costume da série Shin Megami Tensei, os personagens são mais bem detalhados que do 3, usando a mesma engine gráfica porém com pouco mais de detalhes, nada exagerado porém é bem notável a diferença.

O sistema é muito mais polido que seu jogo anterior. Muito mesmo! Primeiramente por se controlar todos os personagens ao invés de somente o principal. Principalmente por cada personagem ter uma habilidade única, é necessário fazer o Social Link com cada um deles ao máximo pra abrir e ver todas as suas possibilidades, mas algumas coisas são pra todos tipo tirar um status negativo ou levantar quando é acertado com sua fraqueza.

Se você tiver a possibiliade de jogar o 3, jogue o Portable porque ele também permite jogar com todos. E particularmente controlar somente o principal é algo que eu acho bem idiota e ele morrer dentro da batalha dar game over também. E isso acontece nos dois jogos.

Eu REALMENTE não gosto disso. Acho uma forçada de barra fora de controle, não é necessário isso, as batalhas são meramente aspectos do gameplay do jogo, chega a ser totalmente retardado.

Fundir os personas como todo bom e clássico jogo da franquia Shin Megami Tensei também está presente aqui, sempre descartando os mais fracos e evoluindo-os semre que possível. Até o ponto que se deva troca-los de novo... Claro!



As músicas como eu disse, no geral são muito boas, pena que a de batalha seja absolutamente terrível, e eu senti falta das magias combinadas do 3, não sei porque tiraram aqui no 4. Era uma ideia muitíssimo boa. No 3 era apelão e tinha como ganhar batalhas inteiras com Fusion Spells, porém era só diminuir o fator overpower e não simplesmente remover esse conteúdo do game.

E o jogo tem 3 finais, sendo um deles ruim, um bom e um muito bom que seria no caso, o verdadeiro!

Eu fiquei deveras desapontado com o fator "descobrir quem é o assassino" que TODO MUNDO falava assim:

"CARALHO, QUE FODA, QUE SURPREENDENTE, QUE INCRÍVEL, QUE COISA DE OUTRO MUNDO. NUNCA VI NADA PARECIDO. UHUL!!!!!"

E vão me desculpar... Não é assim! Coisa incrível e surpreendente acontece é no final do Persona 2 Innocent Sin, pra quem acha que Kefka fez um bom desastre em Final Fantasy VI, precisam dar uma BOA OLHADA no que Nyarlathotep fez no final do Innocent Sin.

Retomando...

O jogo vai chegar num ponto onde te oferece dois possíveis criminosos (não vou dar spoiler)... E acaba sendo algo como o "óbvio" e o "cara que ninguém da a mínima".

Quando o óbvio é eliminado só resta o "cara óbvio que ninguém dá a mínima".

Sério, nem é tão difícil deduzir, difícil eu diria que é chegar até ele, já que você pode fazer alguma cagada e perder a chance de prende-lo fazendo o final ruim...

Mas se prestar atenção, irá perceber que existem "buracos" no mistério sendo resolvido, quando a parada começa a se resolver, alguns buracos ficam sem ser tapados, e é aí que você pensa: "Porra, ta faltando explicação pra isso e aquilo, será que é por aí mesmo?"

Se ficar bastante ligado no enredo, como eu fiz apesar das pausas que tive que dar, vai entender onde falta e não vai deixar o final verdadeiro passar. Até mesmo. Eu diria que pra quem lê o enredo é até difícil fazer o final ruim.

Apesar de que se tratando do final verdadeiro, tem uma coisa ou outra improvável mas acontece que mesmo depois de prender o assassino, ainda faltarão alguns poucos buracos, e é aí que você deve se manter totalmente ligado ao enredo pra não deixar passar. A sugestão de ter 2 ou 3 saves é realmente a melhor opção pra isso.

Of course Rise. We trust in you!

Apesar de todos os problemas com o clima do jogo (ironia, porque o enredo é focado em outro "clima" haha) o jogo continua fantástico e é sem dúvidas melhor que qualquer Final Fantasy sem a menor sombra de dúvidas, caso você goste MUITO dessa parte de viver o dia a dia, provas, amigos no Social Link e etc, vai ficar ultra satisfeito com o jogo, porque ele é a versão turbinada de tudo que já havia no 3, o que eu achei ruim foi justamente a falta de dosagem nas coisas e elas sempre em termos obrigatórias.

Infelizmente, não chega nem perto da sombra do que Persona 2 representa pra mim e pra todos os gamers fãs de Shin Megami Tensei, mas a aprovação geral é bem alta, muita gente que não é familiarizado com Shin Megami Tensei acabou conhecendo através desse jogo e isso é ótimo!

Qualquer dia desses, farei um mega post sobre uma comparação entre Persona 3 e 4, e outra dizendo os (muitos) motivos pelo qual Persona 2 como um todo é muito melhor!

Muita gente considera Persona 4 o melhor jogo da franquia SMT ou mesmo dos melhores jogos já lançados e eu sinceramente discordo. Ele é excelente mas jogos como Persona 2 ou mesmo Digital Devil Saga ficam um tanto quanto ofuscados por causa do sucesso comercial de outros.

Digital Devil Saga tem um dos enredos mais brilhantes e com um dos plot twists mais incríveis que eu já vi, e eu nem to jogando, somente vi e ouvi tudo do Dipaula, e eu mesmo jogando Persona 2 posso afirmar o mesmo dele em relação à Persona 3 e 4.

Personas na verdade são monstros e demônios das mais diversas mitologias, vale a pena ler sobre eles no Compendium

Um exemplo besta é sobre a questão das datas, os dias passando e existe um DIA CERTO pra enfrentar o último chefe tanto em Persona 3 como 4. E isso é muito bobo, a ameaça tem que ser real, tem que ser improvável e te pegar de surpresa (em termos de enredo), isso é muito bobo, sinceramente.

Ao menos em Persona 4, ninguém sabia de nada até acontecer e no 3 todo mundo vai se preparando dia após dias até a chegada do grande inimigo...

E não darei spoilers de como e porque mas chega a ser meio bobo porque existe um "porque sim" pras motivações da verdadeira ameaça do jogo, e que no Vita foi consertada de forma que... Continuou a mesma coisa. Por um outro lado, mas ainda assim ficou a mesma coisa.

Coisas assim, me deixaram profundamente desapontado, eu joguei Persona 3 primeiro e quando joguei o 2 meus olhos brilharam e eu simplesmente não consigo acreditar que essa mudança apesar de necessária afetaria tanto o jogo assim.

Mas com tantos problemas e tantas qualidades, ainda assim Persona 4 é dos RPG's mais fodas que eu já tive contato, principalmente pelo seu enredo base. Que é muito bom e estupidamente bem usado. O clima mais sério do jogo é totalmente foda, você fica muito preso no que ta rolando e dá muita vontade de descobrir e investigar.

Independente se você curte essa parte obrigatória, o enredo vale ouro e apesar de não ser nem de longe tão maduro como Persona 2, ainda é um excelente jogo. Eu recomendo fortemente.

Apesar da música de batalha açucarada que deixaria o jogador com diabetes...

Enjoy!

19 de fevereiro de 2014

Pepsiman (PlayStation) - Sim, Isso Existe!

"Que capa legal, esse jogo parece ser MUITO divertido" - Assim eles pensaram...
 
Todo mundo sabe que no Japão é um país de gente estudada, bem entendida de muita coisa, e lá se encontra o ápice da genialidade da robótica, microtecnologia, videogames e etc...

... mas lá também tem outra coisa que eles tem ao extremo! Muito ao extremo! A arte de ser bizarro.

No Japão ser bizarro às vezes é quase uma lei, é incrível como existem as duas coisas nesse país.

Será que existe alguma ligação sobre quanto mais bizarro mais inteligente?

Eu espero que não! E vamos em frente!

Pepsiman é um jogo retardado lançado no Japão... E eu sinceramente não consigo entender em nenhum instante porque fizeram um jogo de um homem-refrigerante.

Ceus, quando pareceu uma boa ideia?

Trata-se do maior caça-níquel de todos os tempos!

DE TODOS OS TEMPOS!

Pra quem não sabe, usa-se o termo "jogos caça-níquel" os jogos que tem o nome de uma franquia somente pra vender...

Eu tenho medo de descobrir como brotou essa ideia de sair correndo com um Homem-Pepsi.

Algo similar aos Final Fantasy X-2 ou Final Fantasy XIII parte 2, 3, 4, e como dá pra notar, chegaremos ao Final Fanatsy XIII-13 algum dia.

Assim como Street Fighter X Tekken, que infelizmente é um puta jogo meia boca, ou jogos de anime no geral porque são jogos preguiçosos e cada personagem só tem um mesmo comando e só existe um "jeito de jogar" pra todos...

Isso são jogos caça-níqueis. E Pepsiman eleva tudo isso ao limite...

Começando com ISSO, que por sinal é a abertura do game:


Essa abertura é realmente das coisas mais retardadas que eu já vi...

Cada vez que esse Majin Boo humano dá uma golada, toca uma musiquinha, que por sinal é a ÚNICA música do jogo... Guardem bem isso!

Depois disso, aparece um sujeito azul e branco correndo e a tela de Game Start e etc...

E quando o jogo começa é só isso. Você controla o incrível HOMEM-PEPSI!

Coletando latinhas de Pepsi pela cidade, correndo até uma máquina de Pepsi no final da fase pra poder pegar uma dela e tomar uma golada.

Mas porra, você pega mais de 20 bilhões de latinhas durante o jogo, por que não beber uma delas?

Por que um conceito TÃO IDIOTA do homem refrigerante beber refrigerante no final da fase se a única coisa que ele coleta durante o jogo é... justamente latas de refrigerante?

É. Não entendo! Tenho até medo de descobrir quem teve essa ideia.

De repente o jogo da Barbie do NES parece ter todo o sentido do mundo. Minha nossa, a que ponto o cara de Pepsiman chegou, à ponto de entendermos melhor um jogo da BARBIE?

Santa santíssima das santas.

As fases normais já são chatas e aí aparece essas que são ainda mais chatas...

O gráfico do jogo é medonho, e era em 1999, porra!

Em 1999 já tinha uma penca de jogos do PlayStation com um gráfico pelo menos decente, eles não pareciam um boneco de massa amontoado de quadrados montados de qualquer forma e em 3D.

Fico me peguntando o que uma empresa tem na cabeça pra fazer um jogo caça-níquel retardado sem um pingo de investimento. Eu duvido que 90% das empresas que produziam jogos naquela época tinham o dinheiro que uma empresa desse porte com toda certeza tem.

Parece que foi ideia de algum estigário que aprovou isso e ofereceram o MÍNIMO de recursos possíveis.

Andar, coletar latinhas, correr e pular... Parece TÃO DIVERTIDO...

Isso é tão verdade que o jogo só tem uma música, com leves diferenças aplicadas de fase pra fase com direito à uma delas que parece música de tokusatsu de leve e outra que lembra reggae... Mas essa única música modificada é tão ruim, que parece que vai arruinar seu cérebro e sua maneira de ver tudo!

E os programadores ao menos sabem que a música é ruim e ela simplesmente não repete, a música não tem um loop infinito, depois de uns 2 ou 3 minutos tocando, ela simplesmente... PARA!

Aí os únicos sons do jogo são os passos do personagem e o que acontece no cenário como coisas caindo pra te atrapalhar, móveis caindo do caminhão, garrafas quebradas, arbustos pra serem pulados, barras de aço que pulam mais alto que seu personagem... BARRAS DE AÇO QUE CAEM DE UMA ALTURA MÍNIMA E QUICAM NUMA ALTURA ABSURDAMENTE MAIS ALTA QUE SEU PERSONAGEM.

PELO AMOR DE ALBERT EINSTEIN, ONDE ESTÁ A FÍSICA DESSE JOGO?!?!

Cena muito comum, os comandos são péssimos e muitas vezes se cai "do nada".

O mais retardado é que cada fase acontece uma "coisa" com seu personagem, ele fica preso em lata de lixo e os comandos invertem, pega uma prancha que se usa NO CHÃO (e em linha reta algumas poucas cenas) e quando se pula mesmo que você pule mais alto que o ônibus (sim, sério) existe a possibilidade do jogo "entender" que você bateu mesmo pulando mais alto...

Coisa mal programada pra caralho mesmo!

Dignidade, cadê você?

O que mais me assusta é o fato de Pepsiman ser o mascote da Pepsi no Japão...

Japoneses e suas loucuras... Como sempre.

E ainda tem gente que reclama do Suda51.

O áudio é quase inexistente, e o pouco que tem é ruim, o gráfico é tosco, a jogabilidade é falha, a física é medonha, os comandos são simples e não tão fluídos como deveriam pra um jogo desse tipo e o conceito consegue ser pior que Final Fantasy 8 inteiro.

Minha nossa, e não é que isso realmente é possível?

Honestamente, esse vai pro hall dos Freak Games. 

"UHUL, VAMOS SURFAR NO ASFALTO GALERAAAAAA"

E eu estou pensando seriamente em falar de uns jogos de bosta assim por uns tempos, que tal? O próximo será uma surpresa um tanto...

... desconcertante.

Esse jogo não merece o "Enjoy" de cada final de jogo bom, o que posso indicar é:

PASSA LONGE DESSA PORRA!


A menos que você queira jogar pra rir. Vai depender do seu senso de humor!

9 de fevereiro de 2014

Metal Gear Solid


Olá amiguinhos, eu sou o Patati e...

Ops, personagem errado!

"CHANGE DRAGON".

Pronto, agora virei o Power Ranger japonês que todo mundo odeia por ter um gosto diferenciado em termos de jogos de Super Nintendo.

Não entendeu absolutamente nada? Leia os comentários desse meu post antigo que até hoje dá o que falar e vai entender.

Esse começo também conhecido como "introdução sem sentido pra fazer merchan de post antigo" é uma coisa à párte, ignore-o. Ok?

Agora sim, vamos começar direito!

Vou contar uma história pra vocês, baseada em fatos reais que aconteceram realmente de verdade e com fatos.

Meu deus, quanta redundância.

Mas como diria Squall em toda sua mesquinharia:


De qualquer modo, o que tenho pra dizer é que Metal Gear Solid por ANOS foi ignorado por mim.

Muitos anos!

Eu realmente não tinha tanto contato com gente que jogava, e quem jogava me fazia o favor de não falar muita coisa sobre o game de forma que pudesse despertar interesse, quando somente olhamos pras fotos, pros personagens e capas do jogo só conseguimos (infelizmente) ver um jogo que tem uma temática de espionagem e nada além.

Ao menos pra mim. Não sei pra vocês!

A "cobra" preparando o bote... Se é que me enrtende...

Eu não sou lá o maior apreciador de jogos de Stealth, nunca curti a esmagadora maioria e acho Splinter Cell uma coisa super tediosa e sem dúvidas uma das melhores terapias pra insônia que existe.

Quando comprei o PS2 do meu amigo, o Metal Gear Solid 3: Snake Eater veio com ele, e eu sinceramente não sabia jogar, a falta de inglês e de interesse em jogos desse ramo foram realmente os motivos maiores desse jogo ter pegado um nível de poeira em minha pasta que seria necessário um pouco de ácido pra limpa-la.

Mas depois de um tempo, meus amigos começaram a perguntar se eu gostava da série e eu respondia que não, que não tinha graça pra mim e que sempre seria um jogo seco apesar de muito bem feito.

Até que me falaram:

"Seco onde, ta doido? Nunca viu os elementos de fantasia? Os chefes? O background?"

E eu:

"Não uai, nem sabia que tinha isso."

E assim eu comecei a dura jornada de jogar Metal Gear Solid, mas não sabia por onde começar e eu resolvi ir pelo primeiro.

Ação no ponto certo sem cansar e se tornar repetitivo.

Primeiro? Bom... O primeiro de grande nome, assim digamos. Porque o jogo já tinha dois jogos Metal Ger pro console japonês MSX.

E no caso, esse é o terceiro jogo e primeiro da franquia com nome "Solid".

Mas foda-se. Chega de tudo isso e vamo que vamo!

Diferente do que a maioria das pessoas que joga esse tipo de jogo, eu não o joguei pelo gameplay.

Que apesar de muito bom e terrivelmente difícil de se dominar quando se é um SUPER NOOB DO CARALHO como eu fui (e ainda sou, só que menos), nos remete à um nível de diversão muito grande mesmo que fosse somente jogado pela sua incrível jogabilidade.

Provavelmente muitos não concordarão comigo, mas pra mim ao menos, a grande sacada, a grande graça de Metal Gear Solid é a imersão, a profundidade, o enredo maravilhoso e super bem construído e tudo isso com um personagem principal super badass.

Sério, Solid Snake consegue ser mais badass que muito Kratos e Dante por aí.

O mata-leão é sem dúvidas o movimento mais difícil de se dominar e executar no jogo.

Ele é o tipo de cara que se confrontasse com Drácula em Castlevania, passaria o CASTELO INTEIRO sem ser visto, e na hora da luta com o dono do lugar, enrolaria uma granada na Vampire Killer, jogaria ela desenrolando o chicote de forma que ela acertaria a boca de Drácula e explodiria, e pela explosão, abriria um buraco no teto fazendo o vampirão sofrer de dor, a luz entrar e mata-lo no instante certo.

É como se a luta final com ele fosse um CG e não mesmo uma luta ou botton smasher de QTE.

Snake é sem dúvida dos mais badass dos personagens principais que eu já vi. Mas de toda forma.

O enredo da série Metal Gear é algo digamos... genérico à princípio.

"Juninho, como me diz que é maravilhoso e depois genérico?"

Calma, eu já chego lá!

Acredite em mim, jogar na base da espionagem é muito mais fácil. Use e abuse de todos os recursos pra isso.

Vamos combinar que organizações militares brigando pra desativar uma bomba nuclear de escala dinossaurica não é lá a ideia mais original do mundo.

Porém, o modo que Metal Gear Solid explorou isso realmente se tornou genial, fazendo assim o enredo ficar maravilhoso!

Tudo começou depois dos eventos de Metal Gear 2 do MSX, seis anos exatamente. Big Boss foi morto, e uma organização briga pelos restos mortais de Big Boss enquanto você, no controle de Solid Snake tem que ir atrás do lugar e desativar tudo, porque eles usam essa arma nuclear como forma de obrigar o governo a entregar à eles o que tanto querem.

O que escrevi acima é o máximo que posso contar sem dar spoilers relativamente grandes pra interferir na experiência do jogo, a grande sacada é como eles exploram isso, o desenvolvimento do jogo é grandiosidade tremenda, é simplesmente sensacional.

Psycho Mantis tem uma das batalhas de chefes mais criativas que já vi na vida.

O mais estranho é que os chefes, todos eles, trabalham pro cara que é lider de tudo, e ainda por cima recebem pra isso mas não fazem pelo dinheiro, todos tem suas profundidades e motivações muito particulares, e isso torna esses personagens super únicos, de forma que você se apega à todos eles, caso entendido o seu motivo.

Claro que você pode discordar, não é necessariamente uma "regra" isso, mas eu me apego facilmente à um personagem que independente do que faz, apresenta um motivo muito plausível pra isso, e não me diga que os chefes são simplesmente sem motivos ou profundidade e parte do gameplay senão pensarei nas mais diversas formas de disparar uma ogiva nuclear na sua casa, infiel.

O mais interessante é a forma dos confrontos, acredite em mim, é uma surpresa atrás da outra. Os chefes desse jogo são todos muito únicos, eu realmente gostei de TODOS eles.

Outra coisa muito bacana no jogo são os diálogos, sempre sempre fodas! Saber inglês vai te ajudar e muito à aproveitar o game, e não tem desculpa pra não joga-lo prestando atenção nas conversas porque esse jogo tem versão pra PC e PROVAVELMENTE tem algum patch pra deixa-lo o jogo em PT-BR. Mesmo que não muito bem traduzido mas que seja o suficiente pra você entender a ideia.


Plot Twist é o que você mais vai ver durante o game, o tempo todo você pensa uma coisa, e do  nada tem outra, e outra, e outra, e MAIS OUTRA. É impressionante como mesmo os personagens que você só fala no rádio tem muita profundidade e você sempre acaba mudando o que pensa deles com o decorrer do jogo.

Interessante como jogos assim tem muito enredo, consistente, convincente, personagens maduros e profundos e nos fazem imergir no game de forma assombrosa, e mais assustador ainda é ver que jogos como MGS são a grande prova que jogos genéricos atuais de ação e de pouco tempo atrás não tinham desculpa pra não ter bons enredos... Incrível como MGS tem mais profundidade e enredo que Final Fantasy VIII por exemplo, que tenta ser profundo e acaba sendo só idiota.

Você é um agente infiltrado, não deixe as câmeras de segurança de pegarem!

Jogadores de RPG se sentirão familiarizados, em diversas partes desse game é necessario voltar e pegar um item que antes você não tinha acesso, seja pra abrir uma porta ou enfrentar um chefe.

Um absurdo ponto positivo são as músicas do game, minha nossa, como são boas!

Incrível como todas são marcantes e funcionam com cada ambiente, é até complicado descrever porque as músicas encaixam muito bem! Já tinha tempos que eu não via músicas funcionando tão bem com seus respectivos ambientes de forma que eu seria capaz de me imaginar lá e com essas músicas tocando! A última vez que vi isso foi em The Last of Us no PS3.

Hideo Kojima, produtor do game, e quem escreve tudo sobre os enredos e etc, simplesmente a mente por trás da franquia, é diretor de cinema e ele usa isso em todos os jogos dessa série (nos outros eu não sei), e sinceramente, fiquei boquiaberto com a forma que os personagens interagem entre si, as conversas, os diálogos e principalmente com as cutscenes. Sinceramente, quando eu vi essa cutscene aqui, achei o máximo pra época que foi feito e simplesmente pela movimentação de Snake na neve.


Vocês não podem imaginar minha reação ao ver isso, é simples mas muito bem feita, Snake desliza na neve de forma absolutamente convincente, poucos jogos daquela época tinham isso. Poucos MESMO!

Fechando com chave de ouro, temos um vilão interessante, apesar de que na minha humilde opinião Liquid Snake acaba tendo um pouco do "vilão birrento" mas lembrem-se que estou usando como base somente o primeiro jogo e não joguei os outros pra saber se tem algo além do que foi apresentado aqui.

De acordo com esse jogo, apesar de ter profundidade, razões e etc, ele ainda carrega pouco da inveja de sempre que 99,9999999% dos vilões carregam consigo. Mas ele tem carisma e isso conta muito, ô se conta.

E bom, finais de jogos nem sempre agrada, ainda mais quando o jogo é toda uma aventura, que tem mais profundidade e desenvoltura como é o caso desse game.

Thermal Goggles ajudando a enxergar os sensores à laser, mas você também pode usar o cigarro...

Mas por sorte, um evento durante o jogo nos faz ter uma dura escolha, e cada uma das duas possibilidades gera um final. Um deles sobre o amor, porém contado de forma inteligente e adulta e o outro sobre viver, sobre deixar o que ficou pra trás no passado e seguir em frente.

O final verdadeiro, dá gancho pro próximo game, enquanto o final alternativo apesar de muito bem conclusivo tem menos conteúdo e não tem esse gancho, eu honestamente não vejo problemas nos dois porque apesar disso foram muito bem construídos.

E o jogo deu tão mas tão certo...

Que ainda fizeram um remake do game pro GameCube chamado Metal Gear Solid: The Twin Snakes e eu andei vendo no YouTube e pesquisei, porque infelizmente não tenho placa de vídeo pra emular o jogo e muito menos um Nintendo Wii ou GameCube pra joga-lo. Mas o que posso dizer é que ele tem outra pegada, isso é notável!

Enquanto a versão do PS1 foca mais no enredo, na boa atuação da dublagem e tudo mais, e tudo isso com elementos cinematográficos, a versão do GameCube tem mais gameplay, mais recursos e acabou focando demais na parte das Cutscenes transformando elas em lindas cenas em CG's e não sei se foi de propósito mas acabou perdendo parte do drama em determinadas partes.


Sejamos francos, quem jogou as duas versões tem mais que admitir que a parte da Meryl possuída por Psycho Mantis é muito melhor no Gamecube mas em contrapartida a morte da Sniper Wolf que é MUITO dramática e triste no PS1 ficou totalmente sem sal no Gamecube...

Mas por sorte, essa versão não parece nada ruim, apenas diferente. E algum dia eu irei falar dela por aqui, seja com auxílio de emulador ou um Nintendo Wii que possa ter "caído do caminhão", afinal de contas não vou falar que eu roubei ele né...

Com tudo isso, eu não tenho outras palavras a não ser jogue! Jogue muito, mas não foque no gameplay de espionagem somente, abrace o jogo e absorva cada ponta de seu excelente enredo, que como eu disse tem uma ideia genérica transformada em obra de arte.

Essa franquia é a maior prova que jogos de ação e espionagem (ou ambos juntos, como é o caso desse) não tem desculpas pra ter os enredos medíocres que normalmente tem. Todos poderiam ter boas ideias e bem exploradas e nem duvido que mutias tenham, 

Jogos assim, são a mais pura e bela forma de arte nos videogames, nos fazendo mergulhar numa verdadeira experiência.

Enjoy!

3 de fevereiro de 2014

Shin Megami Tensei: Persona 3 FES e Portable.


Hello Personas!

Sentiram a piada ruim embutida no meu comentário de apresentação?

Olha, quem me conhece sabe que não sou lá o maior fã de Final Fantasy... E em contrapartida sou MUITO fã de Persona 2.


Tanto é que já falei do Innocent Sin e do Eternal Punishment com pouco período de intervalo da postagem entre ambos.

O que rola é que eu joguei direto, me prendi no PSP no remake do Innocent Sin e no PS1 aconteceu a mesma coisa no Eternal Punishment, joguei direto do console.

E foi uma época ruim, apesar do jogo, eu deixei de comer, dormir, abandonei namorada, andei com as mesmas roupas por cerca de 10 dias e só trocando tudo quando a situação estava totalmente insustentável.

Foi uma época difícil. Muito difícil. Eu tava mais feio que qualquer zumbi do The Walking Dead. Mas essa superação é assunto pra outro dia!

Mas antes de jogar Persona 2, eu conheci a série no 3. E diretamente no FES.

Pra quem não sabe, o FES é a versão atualizada, melhorada e com coisas extras em todos os aspectos em relação ao Persona 3 normal.


Quando eu tava dominando meu inglês, Persona 3 foi o jogo que eu joguei até os olhos esbugalharem porque foi ele o RPG que eu joguei com dicionário em mãos olhando coisa por coisa, uma verdadeira experiência didática que jamais me esquecerei.

Tirando a parte que as porras de expressões idiomáticas ou palavras diferentes demais não tava no dicionário e lá ia eu rodar a internet na busca por elas...

But, whatever!

Persona 3 é um jogo fantástico!

E o motivo de tudo isso? Vamos descobrir!

Persona é uma franquia com pouco de azar no ocidente...

O 1 coitado, tinha um potencial desgraçado de grande! Mesmo pra sua época, era um GIGANTESCO potencial, mas o enredo no americano foi totamente alterado pra "ocidentalizar" o jogo, deixando o jogo totalmente voltado pra "América para os americanos" e entre outros graves problemas.

Sei que tá difícil de ler, mas abram a imagem e vejam o TAMANHO da diferença.

E você achando que o Secret Of Mana do SNES mal traduzido era um problema grande? Queria ver se tivesse visto um cara branco meio barrigudinho virar um negro com boné e fala gírias do Brooklin pra saber sua reação!

A sorte do Secret of Mana é que o enredo é simples, e isso não afeta muito, mas segundo fontes, os japoneses adoram rir da nossa cara quando se trata desse jogo! Pode pesquisar!

"Molo de rir desse amelicanos que jogam Seclet of Mana"

Mas o Persona 1 ganhou um remake, e você pensa:

"CARALHO, QUE FODA, VOU JOGAR AQUELA MERDA DO JEITO QUE DEVERIA SER SEM O DEDO DOS AMERICANOS MALDITOS DO INFERNO?"

E você recebe o segundo tapa.

Primeiro, que a versão do PS1 tinha METADE dos combates removidos do jogo, ou seja, metade das batalhas aleatórias, e ele já era SUPER difícil, no PSP deixaram isso intacto mas quando você pensa que é uma questão de treino você se depara com um jogo que apesar do enredo fascinante...

Tem muita batalha, os itens são SUPER caros, o dinheiro e experiência ganho em batalha são BAIXÍSSIMOS e a pior parte além de tudo isso...

É que a trilha sonora SOBERBA (talvez a melhor da série) do original de PS1 foi removida e implantaram uma nova totalmente diferente feita pelo Shoji Meguro. Quando você pensa que isso é um sinal positivo, afinal ele fez todas as músicas da série... Assim como de todos os Shin Megami Tensei, Digital Devil Saga e etc...

Outro tapa, a trilha sonora é UMA MERDA, com J-Pop mas não tão bons como Persona 3 e 4, e sim uma coisa genérica, ruim, e ainda com toque americano.

Acreditem em mim, vou deixar o link aqui.

Essa é a música original de combate do 1 de PS1:


Viu que foda? Agora dá uma olhada na remake do PSP:


Sentiram a diferença?

Então se não achou ruim o bastante, e tiverem bastante estômago ouçam a versão da Boss Theme do PS1 e depois procurem a do PSP.

Vocês vão vomitar... PELOS POROS!

Acreditem em mim, só não enfiei um puto dum macete ou qualquer coisa semelhante no PSP (apesar de ter) pra jogar o Persona 1 por causa da PÉSSIMA trilha sonora, e a versão do PS1 eu não tenho paciência pra aturar o lixo americano inserido!

Com isso a lição do dia é, americanos só sabem fazer RPG's puramente americanos, Mass Effect, Fallout e etc... Quando americano coloca a mão em material japonês só dá merda.


E Persona 2 teve pouco mais de sorte, mas o Innocent Sin não foi lançado por aqui...

Alguns hackers desocupados nos fizeram o favor de traduzir, mas quando eu meti a mão no jogo, já tinham lançado o Remake do PSP, lindo de morrer, gráficos remodelados, nova trilha sonora que é um remix ainda melhor das originais e por aí vai.

Uma pena que demorou só quase 10 anos pro remake, mas isso é só um detalhe impertinente!

Eternal Punishment foi lançado aqui, no PS1, americano e com somente adaptações de alguns nomes mais americanizados, mas nada que atrapalhe a jogatina, e ainda assim foi o melhor RPG que eu já tive contato! E quando a felicidade de um fã como eu poderia ficar melhor com o anúncio do remake do PSP...

Ele me é lançado somente no Japão e ainda por cima lançaram a versão do PS1 na PSN como prova de que a versão do PSP NÃO VIRÁ AO OCIDENTE!!!!!

Minha reação ao ler sobre Eternal Punishment pro PSP...

Sim, e ainda alegaram "unusual reasons" pra não lançarem aqui. Ou seja, razões incomuns é a justificativa que a Atlus deu pra uma gama de fãs no ocidente. Por sorte, o 3 e 4 foram lançados aqui com leves alterações nada problemáticas e isso que vou falar agora!

Na verdade, só de Persona 3 que eu vou falar, se quiserem saber do 4 vão ter que esperar um cadinho!

Não me me venha olhar com essa cara, ainda to jogando ele. Relaxem! Agora vamos começar essa joça!

Como essa cena é marcante, melhor awakening de Persona já feito...

Persona 3 trata-se de uma repaginada na série, um novo molde de jogo foi implantado na série e eu não sei dizer ao certo mas acredito fortemente que seja pra atingir mais pessoas, causando um número de vendas ainda maior, claramente, e principalmente pra "driblar" parte da censura.

Nos 3 primeiros jogos (1 e os dois 2) enfrentávamos demônios, entidades malignas que distorciam a realidade e até contato com os pobres capirotinhos nós tinhamos que fazer com a finalidade de nos fortalecer e etc... E isso contando com um enredo profundo e nada maniqueísta.

Isso provavelmente deve ter atingido o que o Amer chamou de "Pais Desocupados da América" e isso provavelmente é parte da causa que causou parte da censura do game!

Isso que dá ser original, ta vendo Sakaguchi?


Então, com tudo isso! O formato mudou e bastante, pra algo mais colegial, mais escolar. E isso poderia ser um problema.

Não nas mãos de Shoji Meguro!

Através de um sistema genial de dias e um calendário, o jogo vai avançando de forma que eventos acontecem em dias específicos, mas nada é avisado na sua cara, é necessário um grande fator chamado loucura paciência pra ver tudo que acontece, muita gente que não entende o jogo provavelmente o acharia chato ou tedioso por ter pouca ação.


Mas a verdade é que ação e o cotidiano estão muito bem divididos de forma que um domínio bem grande do idioma americano é necessário pra se aproveitar 100% do game.

Todo RPG é necessário, na verdade mas em Persona 3 é um pouco mais porque temos eventos aqui presentes que são os Social Links!

Literalmente, os Elos Sociais, esses aumentam o poder dos personas e são ABSURDAMENTE necessários durante o game, claro que você pode ficar sem eles, segurando o botão Triângulo e avançando tudo mas perderia boa parte da graça e principalmente, não teria tanta magia ao seu dispor quando poderia.

Antes que se apavorem, cada um tem 10 níveis, e são muitos, é necessário dividir seu dia, avançar no game pouco à pouco, realizando atividades em determinados dias da semana com cada um deles tudo isso pra se aproximar deles de forma que os entende mais e mais.

Cada pessoa é um arcana e você aumenta a força dela pouco à pouco!

Chegar no nível máximo te permitirá criar a persona mais fucking roubada dessa arcana, dificilmente um persona normal se iguala com esse último que só é possível com rank máximo!


Mas não se desespere, não é necessário o máximo, mas eu recomendo aumentar ao menos de rank 5 a 7 cada um deles, e se possível, claro ao máximo! Porque ajuda muito! Eu tive vários no máximo e outros quase lá, mas os "quase lá" já eram MUITO fortes devido ao fortalecimento do Arcana. Posso assegurar por minha própria experiência que não é necessário rank máximo com todos pra ter um jogo tranquilo!

A trilha sonora é soberba, a música de batalha é a mais cativante da série de longe, eu prefiro a do Eternal Punishment pra ser sincero, mas Mass Destruction é cativante ao extremo. Difícil ouvir ela sem cantar!

E não se preocupe, o jogo inteiro é repleto de músicas fantásticas do começo ao final, o melhor do J-Pop está nesse game. Trilha sonora é muito importante pra um RPG, afinal de contas não é algo que se pode terminar com 4 ou 5 horas... É necessária muita dedicação e uma trilha sonora ruim pode matar um game e temos o remake do Persona 1 pra provar isso!

Continuando... Outra coisa legal é a combinação de personas que geram magias combinadas também. É bem bacana e o problema é que é específico demais... Eu preferia como Persona 2 como por exemplo "tal magia de fogo" + "tal magia de vento" gera uma nova magia... Mas enfim, no 3 não é ruim!


Falando em uso de Personas... Uma grande alteração foi que somente o principal usa vários Personas!

Eu sinceramente, acho um incrível passo pra trás, em Persona 2, todos os aspectos da humanidade de uma pessoa gera uma persona diferente, cada um tem o seu único mas TODOS usam vários, porque todo mundo tem várias faces, e isso faz muito sentido.

Todo mundo usar vários Personas é um aspecto de gameplay que não é citado na história mas que faz total sentido, afinal de contas, todos nós temos dias de raiva, alegria, tristeza, angústia e por aí vai. Ou seja, cada fase de nossa vida, ou cada dia poderia muito bem virar uma Persona se tratando do universo do jogo!

E em Persona 3 (e no 4 também) isso se perde, cada pessoa tem LITERALMENTE um Persona e no caso é a personalidade total da pessoa materializada, quando a pessoa "cresce", e seu coração aceita a si mesmo vamos assim dizer... O Persona dela evolui e ponto final. Só isso!

Isso remete à um maniqueísmo que agora sim é presente no jogo, é necessário ser sempre o bonzinho-camarada-good guy pra evoluir. E sinceramente, em vista do 2, não consigo ver como nada além de um grandioso passo pra trás!

E pra ser sincero, acho que Shoji Meguro foi "forçado" à fazer isso, jogos como Digital Devil Saga ou SMT: Lucifer's Call (ou Nocturne) são feitos por ele e mantém a mesma atmosfera macabra, acontece que Persona popularizou demais e acredito que isso foi o necessário pra manter a série viva!


E querendo ou não, existe a possibilidade uma hora cansarmos da "fórmula" e melhor mudar do que manter a imbecilidade que eu e o Dipaula tanto vemos em Final Fantasy! Como ele mesmo já escreveu aqui.

Falando em enredo, o desse jogo não é nada além de fantástico!

Mas é bem complicado falar sobre ele, o máximo que eu direi é que existe um lugar onde os Shadows (antes demônios, e agora suavizaram os nomes e etc...) existem e há ligação deles com esse mundo, causando nas pessoas a Síndrome da Apatia, fazendo as pessoas perderem sua vontade de se manterem vivos, elas se tornam praticamente pessoas sem "alma". Sem vontade pra nada, é como ver aquele seu amigo depressivo.

Se isso já aconteceu com vocês, sabem do que falo... E se não aconteceu com vocês eu sinto nada além de inveja, é uma coisa terrível de se ver mesmo de forma sutil em um game.

E além dos usuários em si só terem um Persona, o principal pode ter vários por motivos do enredo do jogo, falar quais são daria um leve spoiler e eu não vou dar nada além do necessário pra não estragar a surpresa!


O legal dos personagens do game é poder conhece-los de dentro pra fora, querendo ou não, Persona aborda pessoas comuns, com roupas comuns (exceto por Baofu, que não é menos legal por isso) e não há muita chance de se cativar por eles por visual, mas quando os entendemos, desenvolvemos um laço forte com eles, é bem foda essa ligação e sinceramente é o ponto mais positivo de toda a série!

Nesse jogo temos um bobão engraçado (Junpei), a garota kawaii e nem por isso menos legal (Yukari), a garota durona (Mitsuro), o cara badass que resolve tudo (Akihiko), o brigão de rua (Shinjiro), a criança que amadureu mais rápido que deveria (Ken), um cachorro com carisma transbordando (Koromaru), a garota mais meiga desse mundo (Fuuka). E o principal, que você batiza como quiser. Os nomes oficiais dele não fazem diferença, no jogo você o batiza mesmo.

E também uma robô que desperta tesão nos mais tarados (Aegis)...

Sério, se você sente tesão num ROBÔ que tem visual do sexo feminino, se interne, você tem sérios problemas!

Se você sente tesão por uma robô... Use o GPS dela pra achr um hospital pra você. Seu doente.

Se você conhece quem desenhou essa ilustração (muito bem feita por sinal) interne ele. Se você sente tesão e pretende enfiar suas genitais num monte de parafusos... Se interne junto com ele. Combinado?

Eu conheço um manicômio muito bom, fiquei lá internado uns meses depois de zerar Persona 3 e...

COF COF!

De volta ao assunto....

Caso você jogue a versão do PSP ainda terá uma garota que mudará TOTALMENTE a visão do jogo, por parte dela, porque no jogo com o garoto, você interage com homens e vive o cotidiano de um garoto, e se jogar com a garota, tudo se inverte, você passa a ter respostas e vida de uma garota. Isso acrescenta muito à versão do PSP! Muito mesmo!

Mas acredito que a maior vantagem do Persona 3 Portable seja controlar todos os personagens de novo!


No PS2 tanto no normal quanto no FES existe uma ideia idiota de só se controlar o principal, ao menos existe um sistema tático que te permite deixar os personagens mais ofensivos, mais defensivos, curando mais e etc... Ao menos a Inteligência Artificial do jogo não te deixa na mão em hora alguma!

Já pensou se fosse a mesma IA da Ashley do Resident Evil 4? PUTA MERDA! Muita gente reclama da Sheva no RE5 mas eu só tenho à reclamar da loira retardada do 4 mesmo.

Entretando o FES do PS2 tem um jogo inteiro extra, o modo The Answer que tapa todos os poucos buracos do jogo normal, quando terminarem, se prestarem BASTANTE atenção, verão que há sim, uma ou duas coisas não muito bem explicadas.

Porém, a dificuldade do The Answer parece ter sido feita pelos criadores de Siren. E isso é um péssimo sinal.

Nesse game, contamos com Aegis como principal, e temos Metis, uma nova personagem, uma robôzinha que é mais legal que Aegis visualmente e com um enredo por trás de sua existência muito massa.

Infelizmente, eu não tolerei a dificuldade do jogo, joguei totalmente sem cheats ou coisas do tipo e eu não vejo possibilidade de se terminar o game sem algo assim! É bem parecido com Persona 1...

Muito difícil, pouco dinheiro, muita batalha, e sua recompensa de batalha pra batalha é tão minúscula que te desmotiva totalmente, os chefes então... São mais frustrantes que qualquer outra coisa. Frustrante é a palavra ideal pra esse modo!

FRUSTRANTE!

Uma grande ideia aliada à uma das maiores frustrações que já vi num RPG em termos de dificuldade...

Demorei DEZ HORAS pra achar a primeira loja de itens e o meu dinheiro ganho foi suficiente pra uns 3 ou 4 itens e NENHUMA arma pra evoluir meus poucos personagens em grupo.

O que eu digo, infelizmente é absurdamente literal. A dificuldade beira a loucura de tão alta, como eu disse, tudo é muito mais caro de costume e os itens encontrados durante as dungeons são de te fazer rir de tão inúteis.

Mas eu não resisti, li a história por fora, achei simplesmente fantástico, genial, brilhante e simplesmente instigante.

O final do 3 normal dá um gancho muito bem usado no The Answer, uma pena que seja tão absurdo de difícil, o pouco que eu consegui jogar, achei incrível!

Mas agora eu sei o enredo por fora, sem jogar! Minha nossa, como sou vida loka!


No final de tudo, as duas versões valem à pena por motivos diferentes, honestamente eu não sei qual das duas acho melhor, ao mesmo tempo que acho uma nova história foda, eu também acho muito boa a ideia de ver a mesma história com outros olhos!

Vale citar que a única diferença em gameplay além de escolher todos os personagens é que no FES você pode usar todos os tipos de arma com o principal e no Portable você somente usa espada de uma mão com o garoto e lança com a garota. O motivo disso... eu não sei, mas imagino que seja limitação (gráfica) do PSP.

Hoje em dia com a oitava maravilha do mundo chamada PIRATARIA, podemos ter acesso à zilhões de jogos e com isso você jogador perverso da humanidade que tem um PS2 desbloqueado pode jogar o FES tranquilo ou baixar o Portable pra jogar no seu PSP igualmente destravado!

Além dos emuladores, que são mais óbvios que a frase: "Final Fantasy 8 é um lixo supremo e retardado".

Sei que vão ressaltar o quanto sou hater do FF8, o que não deixa de ser verdade e o quanto falo bem de Persona... Mas vejam bem que eu disse um bocado de aspectos negativos, o que acontece é que Persona tem mais positivos do que negativos...

E outra coisa que achei idiota na série, foi novamente o lance de invocar personas... Primeiro que era pra todos terem vários mas só o principal tem... Mas tem outro agravante, a dificuldade de se invocar um.

Thou art I, and I am thou...

Todos, sem exceção... São obrigados à usar evokers que são "armas falsas" que despertam o Persona porque o barulho da bala é algo que dá a "sensação de perigo" necessária pro Persona aparecer.

Isso é uma boa ideia, mas uma arma falsa... Bom, é meio broxante, se ainda fosse com balas reais e os personas antes de atacar impedissem as balas ou fosse algo mais natural ao menos dos seus personagens, seria deveras melhor...

Ainda acho que aprender a invocar naturalmente, mesmo que com o decorrer do jogo com os personagens largando os evokers de lado, como parte da "evolução" do persona, seria MUITO mais foda.

E ainda dizem que sou hater de Final Fantasy e puxa saco de Persona e olha que o 3 está entre os meus RPG's favoritos.

Enfim, o que acontece é que não podemos ignorar um aspecto negativo só porque há um positivo muito maior e vice-versa.


Com tudo isso, deixo essa recomendação "breve" sobre Persona 3, acredite, o jogo é maior que a chatice da sua tia que mora longe e pergunta "e as namoradas?", a diferença é que Persona é sempre bom, menos o 1... Mas você entendeu.

Enfim. Somente joguem!

Enjoy!