30 de março de 2014

Vanquish


Vanquish é um jogo que infelizmente nunca terá o merecido destaque. E eu te digo a razão disso!

A falta de um nome, de um grande nome!

Empresas sempre tem seus fãs fieis de cada gênero e infelizmente muita gente que gosta de jogos de ação passam despercebidos por esse game fantástico e a razão é simples, um jogo feito pela Platinum Games com Shinji Mikami (produtor de games que se consagrou em Resident Evil 4) e mesmo com duas coisas tão fortes unidas...

...ainda não foi o suficiente pra impactar a indústria dos games!

Seguinte, acontece é que Vanquish não é portador de um nome grande, quem sabe um nome como Max Payne, Call of Duty, Battlefield, Uncharted e etc seriam o suficiente pra fazer esse jogo alavancar como nunca?

Antes de me matarem falando que comprar essas franquias com Vanquish é algo inútil, vou explicar tudo que quero defender.

Acontece, que esse jogo é um dos games que a gente já ouviu falar, ou viu na loja pra comprar/alugar e nunca deu a menor bola, sem sequer imaginar como seria. Acontece muito, não é algo tão raro que ninguém no mundo dos games nunca tenha vivido.


Isso já deve ter acontecido com você de alguma forma, com alguma franquia ou jogo... Se quiser relatar sobre isso nos comentários, fique à vontade.

Mas o lance é que eu mesmo vi e tipo, vi a capa e não deduzi nada, nem imaginei como seria, tampouco procurei saber sobre sua premissa e simplesmente passou batido dos meus olhos.

Certo dia, eu comprando numa loja online, recebo o email que um dos meus jogos comprados no pedido não tinha na loja, e eu xinguei eles muito no Twitter mas eu tinha que trocar a merda do jogo, e lembrei da indicação de 3 amigos sobre um jogo futurista, com um cara de armadura high tech e entupido de ação frenética que era muito foda e etc...

Esse jogo era Vanquish. Eu já tinha visto, ouvido falar e nem dei a mínima, a galera falou e eu não fiz por maldade mas acabei ignorando, mas pelo preço que tava, comprei assim mesmo.

Chegou, abri, fiquei curioso e logo comecei a jogar.

Céus, como o gameplay do jogo é simples e prático, totalmente fluído e absolutamente funcional, eu fiquei grudado na tela da TV por horas, isso depois de sair do menu.

Não, o Menu não é complicado, mas a música que toca nele é simplesmente extraordinária e muito cativante.

Vão ouvindo ela enquanto leem a postagem *interatividade sempre*


Deu pra sentir o nível de fodeza da OST?

Essa é somente uma de milhares de músicas foda, cada chefe tem sua própria música, cada "pedaço" do jogo tem suas músicas temas, desde partes de sniper e invasão que tem músicas mais calmas e misteriosas até partes com mais e mais ação, onde o ritmo da música empolga freneticamente e com muita facilidade.

Quanto tempo eu não ouvia uma OST que permitia tamanha imersão como a desse jogo, é simplesmente foda demais, incrível como as músicas carregam toda uma identidade do jogo, você pode até sim ouvir músicas parecidas mas vai saber quando for de Vanquish ou não, mesmo após terminar sua curta campanha.

Eis um problema, a duração da campanha. Mas no final de tudo, acaba sendo vantagem.

O jogo tem uma campanha curta, coisa de no máximo 7 horas se você for muito ruim, como eu sou "quase ruim" eu gastei só 6 e pouca, sendo que o normal é 5.

Por que eu indicaria um jogo com 5 horas de campanha?

Eu lhes digo, porque a campanha é simplesmente FODA! O fator replay dela é muito alto apesar dela ser curta. E por vários motivos.

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Primeiro, ela é divertida, o jogo é bem simples e direto ao ponto, é ação com mais ação de forma criativa e bem dinâmica.

Segundo, o enredo é simples, até mesmo bobo, até chegados os momentos finais. Chega a ser parcialmente previsível, mas no final o jogo surpreende. Claro que não é um marco dos games, ou mesmo algo de cair o queixo como o final de The Last of Us. Nada disso! É um final simples e direto, porém bem ousado e criativo, diferente dos padrões de jogos de ação onde temos uma nação americana vencendo porque sim e pronto.

Aqui não é bem assim, o jogo começa com a presidente dos Estados Unidos enviando Sam e Burns ao lado de uma tropa pra estação espacial que é usada como fonte de energia, a mesma que por ordem dos russos disparou contra San Francisco e simplesmente dizimou toda a cidade.

O próximo alvo é simplesmente New York, ela não pode deixar e envia Burns como membro do exército e renomado soldado exemplar com seu batalhão e o personagem jogável, Sam, como membro da DARPA, uma organização que funciona separada do exército mas exerce mais ou menos as mesmas funções em termos de missões.

A grande sacada, é que a DARPA é uma empresa/organização ultra, mas ULTRA HIGH TECH!

Sam, o cara tem um carisma inacreditavelmente alto

Sam é o cara que usa a grande armadura, algo próximo da armadura de Isaac Clarck em Dead Space, porém com a mesma agilidade de um ninja e uma precisão na hora de atirar digna de Revolver Ocelot de Metal Gear.

Falando em Metal Gear, o jogo tem algumas coisas que lembram BASTANTE MESMO a série, algo digno de uma homenagem e não um mero plágio!

Por exemplo, as conversas pelo visor de Sam, aparecem como o velho rádio de MGS1 no canto da tela, com o rosto do personagem e até mesmo o fundo verde... Mas não pensem que isso é a única coisa.

Robôs gigantes que disparam raios gigantescamente gigantes (os Metal Gear), a dublagem de Sam lembra MUITO Solid Snake com a diferença que Sam é mais bobo, enquanto Snake é um cara mais frio e sério.

Fumar, um dos hobbies favoritos de Snake... Não, pera.

Mas sem dúvidas, a maior e mais marcante característica em comum de ambos é seu vício: os cigarros!

Cada vez que uma situação de escala grande é resolvida, Sam pega um cigarro sabe-se lá de onde (quando jogarem vão entender), um esqueiro sabe-se lá de onde também e o cara dá uma fumada pra relaxar, ainda diz o quanto ele gosta disso.

Até isso os dois carregam em sua personalidade de forma parecida, afinal, quem jogou o primeiro Metal Gear Solid sabe como Snake é um tanto viciado em cigarros e a forma absurda que ele os carrega pra sua missão no começo do game. Se é uma referência ou coinscidência eu não sei. Mas eu gostei.

E não, eu não fumo.

Agora falando do gameplay, caralho! Sério, o gameplay do jogo é de alucinar mesmo. Sem exageros.

Cada botão tem comandos e recursos simples e totalmente específicos, e isso não torna o jogo menos complexo, apesar de uma pequena variedade de armas o jogo te faz usar todas porque são todas ABSURDAMENTE diferentes, mas não só o uso delas, como as estratégias em determinados inimigos com ela, sem contar que a armadura tem um botão que permite ataques físicos, e esse ataque vai depender da arma que você tiver, por causa do seu manuseio e peso. Isso é bem bacana, ver tais diferenças aplicadas de forma coerente e totalmente lógicas.

Robôs grandes e gigantes são boa parte daquilo que deve ser eliminado. Piedade é pros fracos!

Além do sistema muito parecido com o Bullet Time do Max Payne, a diferença é que é bem menos de graça, isso gasta a "barra de energia" da armadura, fazendo com que ela aqueça demais e seja necessário passar um tempo escondido pra ela se resfriar e voltar ao funcionamento normal.

É a primeira vez que eu vejo esse sistema de "regeneração" que os jogos de ação no geral costumam ter fazer sentido, afinal de contas, Sam é um cara normal, um tiro bem dado com a energia da armadura gasta, é mais do que suficiente pra te deixar mais perto do Limbo.

Você depende da armadura, é mais do que notável, esperar ela voltar ao normal é uma tarefa que vai exigir paciência e testar seus limites.

Aqui, é deixado bem claro, é uma guerra no espaço, com armas na maioria das vezes de dano absurdo, sua armadura que tem um sistema regenerativo ao invés do personagem em si recuperar. Mas que coisa, dessa vez realmente faz sentido.


Diferente de Call of Duty ou Battlefield, onde meros soldados ficam com a visão turva e avermelhada só esperando os segundos pra tudo se regenerar milagrosamente sem a menor ajuda de equipamentos médicos ou magia.

É o milagre dos FPS's genéricos. É pra glorificar de pé!

Antes que me pergunte se esse jogo é daqueles de ação tradicional, com batalhas cheias de Quick Time Events por todos os lados. A resposta é NÃO! Mas sim, eles existem, são poucos, não são de graça e vale MUITO à pena fazer porque Sam faz cada coisa que puta que pariu, é muito foda. É dos poucos jogos que eu realmente gostaria que tivessem mais, mas não pra facilidade e sim pelas mirabolâncias mesmo. É fácil notar isso quandose enfrenta o primeiro chefe.

Isso sem falar na riqueza de detalhes de cada cenário, o gráfico do jogo é totalmente esplêndido e eu fico surpreso de não ser citado ao menos entre os melhores da sétima geração. As cutscenes são orgasmáticas de tão bonitas e vivas, o gráfico é totalmente liso e não tem queda alguma de framerate e repetindo, os cenários são absurdamente bem detalhados.

Reparem, os efeitos de luzes, o pouco de água visto, as poucas árvores, e os prédios e tudo mais, é tudo muito rico. Muito bonito MESMO, e outro ponto marcante são os elementos de ação, prédios caindo, hordas de inimigos, fugas e etc. Muita coisa foda se encontra por aqui, é ridiculamente divertido.

Poucos jogos podem fazer um ritmo de ação, sem que canse, sem que se sinta jogando mais do mesmo.

Vanquish é um jogo curto, mas o enredo no final surpreende, mesmo tendo uma atmosfera bem genérica, hoje em dia eu até entendo porque esse jogo não foi tããão bem aceito pelo público americano.

Não vou dar uma de filho da puta contando o motivo, mas boa parte do final do jogo ajuda à realmente entender como o patriotismo americano COM TODA CERTEZA ficou ofendido com esse jogo.

Pular a cerca com essa armadura é fácil, quero ver sem ela...

Sinceramente, Vanquish é um jogo simples e direto ao ponto, com mais ação do que nunca, mostrando que realmente, quando japonês bota a mão na parada, dificilmente um americano faz melhor. Com toda certeza é o jogo com mais ação que eu já joguei na vida, e olha que normalmente esse tipo de jogo é feito por americanos à muuuuuuuuitos anos e sequer chegam perto disso, no máximo chegam quase.

Acho que daqui uns tempos, vou encarar o Spec Ops - The Line. Afinal de contas, ele é dos poucos do gênero de ação em terceira pessoa com boa história, até mais adulta eu diria.

Até que esse dia chegue, eu fico com Vanquish como favorito dos de ação em terceira pessoa, pelo desenrolar do simples enredo e altíssimo nível de diversão. Eu só não zerei ele de novo, porque eu tenho muita coisa pra jogar ainda, mas confesso que a vontade foi e ainda é grande.

Antes que digam que é um clone de Gears of Wars, ele se parece visualmente sim, mas não é uma cópia descarada, e quem me disse isso é um cara que terminou todos da série. O que é um alívio. E só me deu ainda mais vontade de jogar, por sorte, eu to pra conseguir um Xbox 360 destravado em muito breve. Vamos ver como vai ser.

Se possível, compre, se tiver destravado, baixe. Mas jogue! Deem uma chance ao jogo, julgar um livro pela capa é um dos maiores erros da comunidade gamer atual, afinal de contas, a capa não pode contar o conteúdo...

Enjoy!

21 de março de 2014

Shin Megami Tensei I - Um Incrível Absurdo Criativo!


Pois é... Lembra de Persona?

Muita gente acha que Persona é uma coisa isolada de Shin Megami Tensei, mas na verdade eles fazem parte dessa incrível franquia.

Diferente de Final Fantasy, Shin Megami Tensei tem várias sub-franquias e elas tem suas próprias características, e apesar de tudo eles tem lá seus traços em comuns em todos os jogos.

É como referência, só que sem aquele ar de "credo, isso de novo" que tanto vimos em Final Fantasy! Assunto o qual Dipaula desbravou abertamente nesse lindo post.

Megami Tensei, o nome original dos primeiros jogos acabou gerando Shin Megami Tensei que esse acabou por adotar todo o nome da franquia por ser deveras superior ao seu progenitor e com isso acabou tornando o rumo de muitos jogos da série. Muita coisa nascia nesse jogo, que foi o "primeiro" jogo realmente impactante da série em todos os aspectos.


Pra começar pelo enredo, que é deveras criativo. O que se imagina de um RPG de 1992? Um salva princesa de Dragon Quest ou nada muito diferente disso. Mas não!

Shin Megami Tensei é Shin Megami Tensei, estamoas falando de criatividade.

Isso vai fazer você pensar que sou um fã putinha mas é um engano, o que falei acima será provado em pouco tempo, talvez você concorde, talvez não. Vamos ao que interessa!

Tudo começa quando seu personagem, igualmente sem nome (batizado oficialmente de Kazuya) recebe um e-mail alegando que ele assim como algumas outras pessoas, são pessoas com potencial acima das demais e merecedor do programa de invocação de demônios.

Tudo começa de forma muito confusa, simples e sem muita orientação. E essa falta de orientação é justamente a grande e maior falha do jogo. Com toda certeza!

Mas depois de bater cabeça na parede (se é que você é um gamer de verdade que não usa FAQ's ou simplesmente maluco) e desbravar pouco do enredo, ver alguns acontecimentos entre eles sua mãe morta na sua frente.

Um acontecimento até bem retardado, o cara vê a mãe dele virando demônio, você ataca ela de volta, mata ela e sai por aí como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Isso é BEM idiota. Mas à partir daí que a qualidade começa à aparecer...


Você salva dois personagens que seguirão você até o final de sua jornada, são eles o Law Hero (oficialmente batizado de Yuji) e Chaos Hero (oficialmente chamado de Takeshi).

"Como assim Juninho, que diabos é isso de Heróis do Caos e Lei?"

O jogo é muito variado em 3 caminhos. Sendo eles: Lei, Caos e Neutro!

E isso inclui personagens, demônios e suas ações. Suas ações determinam os finais e são 3 no total.

Com isso, muita coisa no desenrolar do jogo, desde chefes à serem enfrentados ou não, armas que se pega ou não, demônios que te seguem ou não e por aí vai.

Se quiser ver tudo, vai ter que realmente perder sua vida social. Porque além de tudo o jogo é ULTRA casca grossa. Sinceramente, eu vi muito jogo da série mas não me recordo de nada tão absurdamente difícil quanto esse.

Gostei dessa cena, uma das partes nada maniqueístas do jogo.

Honestamente, chega a ser tão demasiadamente frustrante que me fez ficar determinados dias sem joga-lo. É realmente UM SACO ter que depender de muitas vezes puramente sorte do que nível ou estratégia e isso se resume à quase 100% do jogo em tudo que envolve batalhas...

...que por sinal são muitas. Muitas mesmo. MUITAS MESMO PRA CARALHO! PUTA QUE PARIU! NUNCA MAIS RECLAMO DE PERSONA 2!

Eu nunca peguei TANTA batalha em tão pouco tempo. Em um determinado evento eu tive que enfrentar os demônios de uma personagem e eram 30.

TRINTA DEMÔNIOS! ISSO ERA O CHEFE!

Primeiro 8... Depois mais 8... e mais 8. E eu pensei:

"Nossa, agora acabou, vou ver o plot do jogo desenrolar..."

E ela invoca mais 6. Que eram mais difíceis que os outros 24 juntos.

Aff, é bem traumático até! Santa paciência que eu tive que ter.

A igreja me expulsou por ser do Chaos Path HSAUHASHUSAHUSA

Infelizmente, a jogabilidade não colabora, e ela é nada além de péssima, crua e arcaica. Além de confusa, e um mapa que praticamente tem vida própria e como se não bastasse todo o esquema do jogo em termos de dificuldade e exploração estão contra você porque os mapas são labirínticos, confusos e com passagens e entradas mais malucas que a cabeça de um fã de Final Fantasy VIII.

Realmente, é um transtorno, não é aquela coisa difícil e divertida, é simplesmente frustrante.

Mas o enredo base salva. Pena que só o enredo base.

Deve estar estranhando eu usar o termo 'enredo base'. Mas é verdade, o desenrolar da história é confuso, cheio de buracos e situações não concluídas e gera altas incoerências com o decorrer do jogo, porém a ameaça principal, a causa inicial e base que movimenta o enredo ao menos é concluída apesar de uns bons buracos em seu decorrer.

Chega a ser triste, altamente desapontante porque o jogo tem um mega potencial e altamente jogado fora, ainda pretendo jogar o II no SNES assim como esse traduzido por fãs e o III de PS2, que são os que tenho acesso.

O IV pra mim é uma utopia, já que é pra 3DS e eu nem tenho como jogar, mas quando eu comprar um 3DS quem sabe...

Com isso, SMT acaba por ser um jogo que só tem um bom enredo, uma boa ideia e muito mal usada na prática, uma excelente trilha sonora e uma jogabilidade péssima com dificuldade frustrante.

Vai negar o pedido dessa doce garotinha?

Pelo menos, ele tem excelentes bases de enredo e uma delas é a ausência total de maniqueísmo, deixando claro que as pessoas são livres pra fazer suas escolhas e você pode muito bem por exemplo optar por um mundo governado por deus de forma que as pessoas deixam de pensar e agem por conta de um fanatismo cristão ou mesmo um lado que coloca humanos e demônios no mesmo mundo de competição e lei do mais forte...

...ou meramente espancar os dois lados e colocarem os humanos como donos de seus próprios narizes sem interferência de terceiros e sem optar por um dos lados mais extremos.


Chega a ser uma pena um jogo obscuro desses não ter um remake digno e totalmente em inglês pra que os ocidentais também possam aproveitar.

Mas isso dificilmente aconteceria, quem jogou sabe como o Japão retratou os Estados Unidos no jogo e isso DIFICILMENTE permitiria tal acesso de uma versão em inglês à nós, mesmo em tempos atuais.

No fundo, é um jogo que só vale por enredo, eu taquei  muito macete depois de uns 60% do jogo porque não tava dando mais pra jogar normalmente. É realmente uma pena que seja tão desgastante, frustrante e confuso. Apesar de ainda assim ser uma boa ideia.

Mesmo com macetes, a dificuldade continuou exagerada, cheguei a ver um abismo de 20 níveis de um chefe pra outro em um intervalo ridículo de eventos, é muito curto o prazo de treino pra progressão de chefes evoluídos.

Sinceramente, até que lançem um remake digno, não jogo esse jogo NUNCA MAIS. Apesar de seus pontos positivos, os negativos gritam muito mais alto.

Por isso o título. O jogo é um incrível abuso criativo...

10 de março de 2014

Top 5 - Momentos Mais WTF de Final Fantasy

Bom, Final Fantasy não é lá a franquia mais legal dos RPG's... Ao menos pra mim.

E se você acompanha esse blog, provavelmente sabe disso e de todo o meu "amor" por Final Fantasy VIII...

Com tudo isso em mente, vamos à uma postagem descontraída (COF COF) sobre os momentos mais "CARALHO, QUE PORRA É ESSA, O QUE DIABOS TA ROLANDO" da série.

 To falando daqueles momentos que a gente olha e reage assim:

CADÊ O SENTIDO DESSA PORRA?
Entenderam?

Final Fantasy tem vários momentos assim, mas eu separei somente os "melhores" pra poder abordar.

Vamos ver quantos fãs putinhas desmiolados virão nesse blog pra falar o quanto sou hater e me xingar pessoalmente por isso.

Sem mais delongas, sigam-me os bons!

5° Lugar - Primo de Optimus Prime visita Rocket Town - Final Fantasy VII

Quando eu joguei Final Fantasy VII a primeira vez, tudo parecia mágico, e quando joguei a segunda eu ainda não tava devidamente bom no inglês. Mas na terceira eu já era um jogador mais maduro (ria o quanto quiser) e já era um cara com inglês bem foda, com percepção maior, mais detalhista... ou seja, mais "enjoado" tecnicamente.

E eu ainda gosto muito esse jogo, mas essa cena é retardada demais.

Aeris lembrando da cena

Palmer aparece lá em Rocket Town por motivos que agora não me esforçarei pra lembrar, mas é algo ligado ao foguete, isso eu sei. E daí, o cara gordo, sem noção de luta e se muito não estou errado, com uma simples arma e ainda se mostra um cara de coragem mostrando a bunda e dando tapinha no melhor estilo:

"Me pegue, se puder".

Aí você vai lá e da uma olhada e pensa:

"O que eu posso fazer com um cara gordo, com uma pequena arma na mão, me chamando pra porrada desse jeito?"

MAIS DO QUE ÓBVIO VOCÊ QUER SOVAR O CARA E VIRAR ELE DO AVESSO.

Depois da luta, você espera aquele momento que o Cloud como bom personagem badass que é, pegue o cara pelo colarinho do terno, jogue o cara na parede e diga:

"VAMOS LÁ, ACENA ESSE RABO DE NOVO, QUE ESSA ESPADA VAI ENTRAR INTEIRA NO SEU CU".

Mas antes disso, Palmer escuta o avião do Cid, se desvia dele, usa aquilo como oportunidade de fuga e do nada, MAS DO NADA MESMO, aparece o primo distante do Optimus Prime e o arremessa:



Bom, vamos pra próxima, apesar do patético (e merecido) atropelamento, ainda é bem non-sense, puta merda...

4° - Lugar - Presença Indesejável - Final Fantasy IX

Qual o problema DISSO estar no grupo? Sério essa sua pergunta?


Sério, olha pra isso?!?!?!

Tudo relacionado à ela, se torna non-sense, indesejável e totalmente intragável.

E tem gente que acha o/a Quina legal. Um ser hermafrodita que parece um boneco da Vila Sésamo com a língua do Lickitang...

Eu poderia citar aquele travesti azul e gordo da Rainha Brahne ou então do Kuja, ou a inexplicável presença de Necron no final do jogo, sendo jogado do nada...

Mas a pior coisa é a presença desse treco no seu grupo, que não tem sexo definido, não tem carisma, não tem a menor graça e simplesmente toda e qualquer situação com a presença desse troço é no mínimo constrangedora.

Nem tem muito o que falar sobre, vamos pro próximo antes que eu vomite.

3° Lugar - Mães são duronas... Sério? - Final Fantasy XIII

Final Fantasy XIII tem todo o ódio do mundo e mais do que merecido mesmo. Não vou mentir falando que eu joguei, porque ainda não joguei...

...e acho que vou continuar sem jogar, o enredo do XIII consegue ter a base mais idiota que do VIII.

Mas vamos ao que realmente interessa.

Tudo começa com um quebra pau do caralho até que Snow pergunta quem quer ir com ele ajudar.

E uma mãe, que somente tinha seu filho, faz o que toda mãe faria, como podem ver aqui:


Ela faz algo simples que toda mãe faria, ou seja...

...ABANDONA O GAROTO PRA IR PRA UMA GUERRA, DEIXANDO O POBRE GAROTO COM A POSSIBILIDADE DE FICAR SEM MÃE!

Dentro de uma guerra, essas chances são super "baixas" então, valia à pena arriscar. Certo?

E depois, no meio de uma das mil animações bonitas do jogo, Snow se fere, e quando vai tomar o tiro de misericórdia... Ela brota na frente dele tentando fazer uma cena dramática de casal de novela mexicana onde a donzela salva o rapaz inocente.

Exceto pelo fato de que os dois não são um casal, ela nunca viu o cara na vida, e me deixa o filho pra trás pra enfiar na frente da bala que um desconhecido tomaria. Duvida? Dá uma olhada no próximo vídeo, ele é a prova.


Me diz, em qual realidade isso seria possível? De que forma?

Deixando tudo ainda mais retardado, ela repete por duas vezes a frase "moms are tough", ou seja "mães são duronas" como se isso justificasse a atitude irresponsável de abandonar o filho ou o retardamento de salvar um estranho...

...QUE É UMA COISA QUE ELA PODERIA FAZER PELO PRÓPRIO FILHO RECÉM ABANDONADO. PUTA QUE PARIU!

Completando a cena, o cara me despenca de um penhasco gigante, lotado de escombros embaixo e TODO MUNDO MORRE e ele não sofre um mísero arranhão. Sem falar que sequer explica sua sobrevivência.

Acho que esse cabelo loiro esconde um Super Saiyajin. Só pode.

Quem odeia o XIII como podemos notar, tem bastante motivo pra isso viu, motivo é o que num ta faltando. A SquareEnix tentou mais uma vez forçar a barra com coisas pseudo-profundas mas parece que no XIII eles começaram a notar.

Eu já notava desde o VIII... Porque eu sou hipster mesmo.

2° Lugar - Cloud de Nazaré - Final Fantasy VII

Acharam que eu gostar de Final Fantasy VII e não curtir a série salvaria o jogo?

Nada disso! Final Fantasy é um mar de horrores como um todo e nem o melhor da franquia fugiu dessa linha.

Vamos por partes, primeiro testemunhamos a parte legal e linda de Sephiroth fazendo um espetinho de Aeris, confere?


Ok, depois disso. Travamos na porrada com uma das células de Jenova deixada por Sephiroth e vamos ao lago sepultar a "amada" Aeris. Porque um lago é O MELHOR LUGAR pra se deixar o corpo de alguém, mesmo com tanta terra ali do lado pra fazer um túmulo digno...

Com isso, chegamos ao seguinte momento:



Como assim, você não entendeu?

Se você jogou, lembra que o Cloud, ainda em SD... Pega Aeris pelos braços de marinheiro Popeye que tem, carrega ela até O MEIO do lago... E depois ele simplesmente deixa a donzela afundar... E ELA AFUNDA DE UM LUGAR QUE ELE TAMBÉM DEVERIA AFUNDAR... Ele chega "andando" no meio do lago e simplesmente deixa a garota afundar.

E ele, deveria estar afundando? Os pés dele não aparecem quando mostra a cena dela começando a cair. O que nos leva a crer que ele meio que "caminhou" sobre as águas.

É Jesus, essa versão renovada como protagonista de JRPG ficou bem melhor, espero que continue assim na Bíblia.

1° Lugar - Fugitivos da APAE Rindo Loucamente - Final Fantasy X

Sério, alguém que jogou/terminou esse jogo lembra dessa patética cena?

Simplesmente, o grupo fica abatido e DO NADA sai pra deixar Tidus e Yuna juntos, porque todo Final Fantasy precisa de um casal desde Final Fantasy VIII e eu realmente acho o modo que a Square aborda casais (com exceção  de Locke e Celes do VI) na franquia super forçada...



Cloud e Aeris não preciso falar nada, até porque a dondoca bateu as botas no meio do jogo (sagrado seja Sephiroth) e ele ignora a possibilidade de encaixar o LEGO na Tifa (o que é uma pena), Rinoa e Squall nem preciso abrir a boca ou digitar pra isso e Garnet e Zidane apesar de melhor que o casal anterior ainda não é bom o bastante pra convencer...

Mas Tidus e Yuna forçam à todo e qualquer instante... Chega a ser ridículo. Eles conseguem ter o mesmo nível de Squall e Rinoa.

Nessa cena, Tidus fica abatido e Yuna diz que eles deveriam forçar à sorrir e gargalhar que assim as coisas iam melhorar...

... e Tidus faz o que ela manda.

Boa Tidus, sua dignidade foi reduzida (ainda mais) à um cãozinho de Yuna. É quase como ser o Angelo da Rinoa, só que o Angelo ainda é um cachorro de verdade.

Depois disso, Tidus faz força pra rir, Yuna pede pra ele parar mas ela entende que ele quer chamar atenção e decide ajuda-lo na pagação de mico e...

Meu deus, por que? POR QUE?

... ri com ele. Forçando e tudo.

Os dois depois começam a rir de verdade, acho que a vontade de rir superou a vergonha alheia.

Eu ainda não entendo como alguém pode ter aceitado essa ideia como válida, o que diabos esse povo tem na cabeça.

É Tidus, você pode não ser o pior personagem mas é SEM DÚVIDAS o pior protagonista.

Se você gosta do Tidus, merece é ficar ouvindo vendo/ouvindo isso pro resto da vida

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E com isso eu vou encerrando e...

Pera. Não! Acha que acabou?



Quem acompanha esse blog sabe que eu odeio Final Fantasy VIII, então achou que ele estaria de fora desse maravilhosa lista?

Mas é claro que não! Justamente porque Final Fantasy VIII tem o PIOR momento WHAT THE FUCK de toda a série...

Eu poderia fazer um post somente com os momentos dessa abominação que eles chamam de jogo tipo...

... tudo, ou quase tudo pelo menos.

Mas agora, o campeão e mais retardado momento WTF é:

PLOT TWIST MAIS RETARDADO DE TODOS OS TEMPOS - Final Fantasy VIII

Éééé, não tinha lugar mais adequado pra essa colocação, a questão é que esse momento é tão ruim, mas tão ruim, que ele é isoladamente o pior disparado, e ainda deixado bem destacado com letras garrafais ainda maiores que o normal.

Muita ênfase nesse momento, meu povo!

Eu poderia citar o fato do cara que financia a "escola de mercenários" do jogo ser um monstro que vive na base que você ainda acaba tendo que confronta-lo, o fato de Rinoa abandonar sua causa que lutou por anos pra seguir Squall porque sim ou então o resto do jogo que é um amontoado de coisas malucas, incoerentes, sem noção, retardadas e com personagens péssimos.

Assim que o jogador se sente, como se a cara fosse perfurada por tanta idiotice dentro desse "jogo".

Ou mesmo citar Quistis confundir seu amor de irmã com vontade de sexo casual pro lado do Squall... Mas isso seria super ofensivo pra melhor personagem do jogo, ou melhor, pra personagens "menos ruim".

Mas existe UM evento que é disparado o pior de tudo dentro desse jogo. E de toda a série também.

Primeiro de tudo, o grupo se reúne na praia pra conversar sobre tudo e eis que do nada começam as explicações de uma série de eventos...

Vamos por partes.

Primeiro Irvine entra pro grupo no meio do primeiro CD do jogo, e depois é revelado que todos eles se conheciam de longa data, e que todos conviveram juntos por anos... MAS TODOS ESQUECERAM TUDO.

Uai, como assim caralho?

Esqueceram porque os integrantes de Balamb, no caso Quistis, Squall, Selphie e Zell usam GF's (os Summons do jogo, aqui chamados de Guardian Force) enquanto Irvine por ter ido treinar em Galbadia, usava mais armas de fogo e lá não tinha treino com esses seres...

Mas pera, o cara lembra de tudo claramente e chega a citar isso enquanto geral nem se lembra de nada, e todos agem com a maior naturalidade como se esquecer de gente que se conviveu por anos de infância fosse absolutamente... NORMAL?

"Não tem nada disso no jogo" - assim disse o fã putinha


NÃO SAKAGUCHI! NÃO! ISSO NÃO É NORMAL!

WHAT THE FUCK YOU HAVE IN YOUR BRAIN?

Sem falar na total incoerência de Irvine lembrar e não falar, não agir como quem conhece já que se lembra ou mesmo não desconfiar de TODOS os seus conhecidos de infância que estão logo ali na cara dele não falarem nada com ele...  ORA PORRA!

Irvine, o cara que lembra de tudo e não fala nada. Faz sentido...

Ou mesmo depois de lembrados, de agirem ainda como estranhos, se tratarem como estranhos e distantes e nem sequer tentar uma reaproximação ou nada parecido.

É tudo muito de plástico e o mais absurdo é como esse plot twist "desaparece" em poucos instantes quando o jogo volta a novamente focar no romance de Squall e Rinoa. Apesar de que ele a rejeita quase que sempre... O Squall chega a passar uma imagem de gay de tanto que rejeita ela, tá louco!

É um plot twist de merda, num jogo de merda, fundindo os dois, deu um furacão de merda espalhando merda pra todos os lados de forma que todos os ângulos são atingidos com a beleza da cor marrom.

Menções Honrosas

Esquadrão Medieval Kamikaze - Final Fantasy IV

Sinceramente... Final Fantasy IV é difícil de se levado à sério.

Primeiro de tudo, Cecil fica se condenando por ser um Black Knight e com isso vai pra MONTANHA DAS PROVAÇÕES e lá ele reflete a morte da bezerra até que de repente ouve um chamado divino e bingo...

Ele vira Paladino.

Mas pera, ele mudou de classe, ele sentia culpa por SER da classe Cavaleiro Negro ou ele claramente estava possuído pelas forças do tinhoso?

O jogo não explica direito. Então...Ok... Esse é um debate pra outro dia.

Mas o momento mais bizarro é sem dúvidas a sequência de SACRIFÍCIOS DOS HERÓIS DA JUSTIIIIIÇAAAAAA...

Depois de Palom e Porom terem se sacrificado virando estátuas impedindo que uma daquelas paredes clássicas que se movem pra fechar o inimigo dentro... Uma sequencia quase que seguida de "mortes" acontece.

O sacrifício de duas crianças e Cecil com sua pose na foto pra recordação.

Vale citar que eles tentam usar item/magia de despetrificar nos dois mas segundo a lógica do game, não se pode despetrificar quem se petrifica por vontade própria...

Isso NÃO É um bom motivo, Sakaguchi... Sabia disso?

O que era pra ser dramático (e até consegue ser no começo) acaba por ficar apenas bobo... E se as mortes ao menos fossem reais... mas não, geral começa a voltar por motivos que mais parecem que o autor mudou de ideia no meio do caminho.

Eu hein...

Sabin, O Cara MAIS MAROMBA da Franquia - Final Fantasy VI

Sabia que Sabin é praticamente o Zangief dos Final Fantasies?

Tudo porque do nada aparece um trem fantasma como chefe...

E de repente, aparece os comandos de Sabin, aparece lá "Suplex" e você não resiste, a possibilidade de dar um Suplex num trem é irreal, sem sentido, bizarra e macabra.

Mas você não resiste, e bravamente vai lá, executa o comando acreditando que não vai funcionar e de repente...


Juro que esse momento foi mais piada pra mim do que bizarro. É quase uma piada pronta.

Bom, apesar que eu serei chamado de hater de todas as formas possíveis e imagináveis, como fui chamado no post do Final Fantasy VIII (o que não é necessariamente mentira), aceito sugestões pra novos Top's e se possível me esforço pra fazer.

Espero que tenha gostado e que minha casa não seja alvo de ogivas nucleares.

Enjoy!