27 de abril de 2014

Final Fantasy XII - O Odiado Mas... Merecido?


Sabe aquele jogo que você vê todo mundo jogando e não vê a menor graça, mas quando joga se diverte pra caralho?

Esse jogo não é Final Fantasy XII, estou falando de The Legend of Zelda: A Link to the Past, faz pouco tempo que o conheci e adorei.

Mas se acha que vou falar mal do Final Fantasy XII, você errou. Ou melhor...

Quase errou!

Pasmem! Eu gostei desse jogo! *risada maligna de fundo*

Tamanho é o ódio dos fãs da franquia com esse jogo. Mas... merecido? Ao meu ver: NÃO!

Ele é um jogo injustiçado.

"Mas Juninho, você não gosta de Final Fantasy, lógico que você vai curtir o XII, você curte essas porras ocidentalizadas mesmo."

Calma meu jovem, não é assim que a banda toca.

Final Fantasy como eu já cansei de dizer tem enredos totalmente simples em todos os seus jogos e ficam se maquiando pra parecer grandes épicos à tordo e à direito... E isso simplesmente aconteceu em praticamente todos os jogos da série e nem preciso fazer uma lista com isso pra provar o que eu digo.

É uma boa ideia, mas não pra hoje!

Em todo caso, basta lembrar da cena da risada do X e ta tudo certo, acho que um argumento imediato totalmente constrangedor como esse será o bastante pra manter o que digo por agora.

Mas vamos ao foco, Final Fantasy XII.


Quem diria, eu gostar de um jogo desses, eu nunca imaginei!

Por motivos empresariais, Sakaguchi foi demitido da Square e suas ideias foram demitidas junto com ele. O que o meu ver é muito bom, eu não aguentava mais ver os elementos repetidos de seus jogos.

Digam o quanto quiser, a fórmula existe, e o link dela ta bem ali, provando a cada instante tudo que eu e o Dipaula já dissemos, se você gosta, aí é um problema só seu.

Então, seguinte, pegaram boa parte da equipe do Final Fantasy Tactics e misturaram com uma nova, e falaram assim:

"Porra, o Sakaguchi foi demitido, vamos pegar o que restou e vamos deixar eles resolver tudo do jeito que eles querem."

E aí surgiu um bom jogo, maaaaaaaaaaaaaaaaaaaas dá pra sentir a longo prazo o quanto algumas coisas foram "jogadas" ali dentro. Vamos começar com o enredo!

Basicamente, tudo nos mostra uma invasão militar, onde arruína o casamento de princesa Ashe com Rasler, príncipe do reino de Nabradia e com isso selaria a paz entre Dalmasca, reino de Ashe com Nebradia. Porém, durante o casamento de ambos acontece uma invasão do reino de Archadia.

O príncipe morre, o rei é morto e com isso temos um reino politicamente ferrado.

Ashe é dada como suicída. Basch, o cara que matou o rei é anunciado como executado e Archadia se aproveita disso pra poder politicamente tomar controle de Dalmasca alegando que os protegeria.


Ela não é uma coajuvante que rouba a cena, ela É A PROTAGONISTA!

Uma história simples e que não convence de muita coisa inicialmente, mas a proporção dela se torna muito maior depois.


Eis aqui a divisão de mares entre FFXII (assim como VI ou VII) dos demais. Ele não tenta ser o que não é.


A história é simples, com base simples, se desenvolve de maneira totalmente natural e coesa, e nem parece um jogo da série... 

Agora, um pouco de spoiler, porque todo mundo já sabe os enredos de FF mesmo, seja por internet, ou amigos... É uma franquia famosa, não me venha dizer que estraguei a graça...


...

O elenco desse jogo quando olhamos, temos um choque. Todo mundo é sem graça ou tosco. E isso se remete à todos.

Alguns tem mais desenvolvimento que outros, temos uns problemas aqui e ali mas vamos ver tudo que temos disponível.

Ashe - A Princesa Badass




De longe a real protagonista do jogo, há muitos e muitos rumores de dentro da SquareEnix que ela seria a personagem principal, a história eu não diria que gira em torno dela, e sim de Dalmasca, porém ela é a princesa, e ela meio que os representa. Mas Ashe tem um diferencial.

Ela é uma princesa REALMENTE forte. Lembra de Rosa, Celes, Tifa ou mesmo quase qualquer outra mulher de Final Fantasy onde em ALGUM MOMENTO por alguma situação, por mais forte que elas sejam, algo acontece e as fragiliza pro macho fodão aparecer e salva-la pra que assim póssamos levar ele a sério...


Isso defintivamente não acontece com Ashe, ela é uma princesa e guerreira. Quase uma Xena, só que sem metade do carisma. Ashe é uma mulher que defende a restauração de Dalmasca e sua subida ao trono com punhos de ferro, espada em mãos e se possível à base de banhos de sangue! Ela busca alianças com os reinos vizinhos e até mesmo com os que são protegidos por Archadia provando que sua ascenção ao trono seria bom pra todos, tentando assim várias alianças políticas pra derrubar Vayne e seu império archadiano.


Além de tudo, mesmo quando o enredo foge um pouco do foco, ela não foge, se ela ajuda alguém ou faz algo é totalmente focada em arrumar algum tipo de ajuda/informação pra seu reino, mostrando uma mulher realmente determinada. Só acho que ela precisava de um visual mais convincente, mas tudo bem!

E ela tem um amadurecimento incrivelmente bom, inacreditável como ela se desenvolve em níveis que se aproximam ao de Cloud do Final Fantasy VII no qual as coisas fazem ela crescer, de verdade, a proposta simples e ela ser uma princesa guerreira que luta com as próprias mãos pelo reino fazem a credibilidade dela crescer rápido! Realmente, eu fiquei chocado com o crescimento dela na história.

Basch - O Cavaleiro Injustiçado



Basch é um personagem que eu nunca entendi porque TANTO É ODIADO! Se ainda fosse somente pelo visual mega sem graça, eu entenderia. Mas não, ele não merece ser condenado por conta de seu visual totalmente patético.

Basch foi preso e torturado por dois anos, o cara foi injustiçado e carrega o fardo de ter matado o rei. Mesmo que quem tenha feito isso seja seu irmão gêmeo, Gabranth! Ele é um cara que estava no dia errado e na hora errada... Realmente ele precisava de um trevo de quatro folhas naquele dia pra se safar de tudo aquilo.


Mas o cara é muito foda, ele é de longe o melhor cavaleiro que eu já vi em Final Fantasy. E por que?

O cara é honrado, e leva sua horna a sério, ele foi dado como executado por traição de ter matado o próprio rei, mas ele sabe que não tem como provar isso de outra forma a não ser derrubando o império archadiano, salvando a princesa Ashe e com isso a voz dela, a voz de uma líder do reino de Dalmasca, anunciar publicamente sua inocência. Ele cumpre seu dever e não vê limites pra isso! Isso é ter culhões de verdade.

Então ele vai atrás disso, muitos alegam que depois de Ashe ter sido descartada como principal, ele seria o protagonista, boa parte da história gira em torno dele, o cara do bem e que quer provar ser inocente, mas acho que seu impacto por estar disposto a derramar muito sangue (e como está preparado, puta merda) e seu visual nada andrógeno o impediram de protagonizar o jogo...


Fiquei abismado com o fato dele em termos abandonar parte de sua honra e partir pro lado politicamente incorreto pra recuperar não somente o reino de Dalmasca, mas sua dignidade como guerreiro. Parece confuso, mas dentro do jogo funciona perfeitamente, principalmente nos eventos finais.

Balthier - O Cérebro do Grupo


Balthier é um cara maneiro demais da conta, ele foi o meu personagem favorito do jogo por um bom tempo, até Ashe roubar esse lugar...

Visualmente, foi o único que eu curti desde o começo, mas não é só isso que me cativa num personagem e sim sua história.


Balthier é um pirata dos céus e quase o Batman do grupo, o cara que sabe se virar, que tem as melhores soluções na hora do aperto, que bola táticas e faz tudo isso por dinheiro! Ele NUNCA escondeu que no começo se alia à Vaan pra fugir do castelo, depois se une à princesa Ashe e Balthier por mero dinheiro! O cara faz o que faz e deixa bem claro, exige pagamento antecipado, e ta pouco fodendo pro que precisa ser feito pra arrumar uma boa grana.

Basch chega a perguntar ele sobre o motivo de ainda ajudar, e ele diz:

"Dinheiro é a única coisa que eu gosto mais do que solucionar histórias"


Não é literalmente isso, mas é quase. Mas de toda forma, o cara rouba a cena, quando o grupo é preso, adivinha quem os liberta? Balthier!


Ele com as mãos algemadas, pega a lança dos guardas, bate neles, rouba a chave, se liberta e ainda pergunta pro grupo se querem uma mãozinha! 

O cara é foda, e ainda revela umas coisas de seu passado e até tenta corrigir tais problemas durante os eventos finais.

Ele ainda por cima, quando foi preso junto com Vaan, entra numa gaiola e mesmo desarmado ganha de todo mundo na base da porrada. O cara se vira com ou sem armas na maior tranquilidade, mesmo preso ele jamais perdeu a frieza, a mesma frieza que ele manteve quando apontaram uma espada na cabeça dele.

Nervos de aço, seu nome é Balthier.

Fran - A mistura de Elfo com Robin


Honestaente ela é como o Robin do Balthier. Uma vez que ele é praticamente o Batman desse jogo.

Fran é o tipo de personagem que mal fala, só acompanha o fiel amigo Balthier, cujo qual faz dupla há um determinado tempo. Por boa parte do jogo eu a ignorei, ela não tinha a menor relevância pra mim, e não me incomodava em absolutamente nada, justamente por ser totalmente sem sal..

Até eu ver a cena que ela precisa ir pro vilarejo dela e pegar um item que quebrava a barreira de uma floresta. Lá descobrimos que Fran é na verdade uma Viera que saiu da vila, sendo que lá ou se vive como uma Viera dentro da floresta ou se sai de lá e se vira sozinha.

Fran sabia que era a única de sua espécie andando por aí em Ivalice, não é nada comum por lá ver uma pessoa da tribo dela, é uma tribo que tem como hábito viver realmente isolada. Depois de salvar sua irmã que também queria sair, ela ajuda a mesma a voltar pra casa e ela tenta ir junto, mas Fran a impede. Deixando claro que sua irmã não tem a mesma maturidade dela pra enfrentar a solidão de sua espécie e que ela não ta pronta pra encarar isso sozinha. Fran tem culhões pra bancar as próprias ideias com unhas e dentes, mesmo se sentindo sozinha por não ter gente de sua espécie pra lhe fazer companhia.


Vale citar que as Vieras são como os elfos, vivem muito, grandes habilidades com arco e flecha e visão ampliada, altas, só que sem orelhas pontudas e com orelhas de jumento no lugar... A única diferença mesmo é que as Vieras reagem de forma bem incomum quando tem contato com a névoa.

Ela é um Robin Elfo, ou um Elfo Robin. Você decide. Mas ao menos ela tem um background legal.

E não venha me dizer que ela tem participação ativa na história e tudo mais, ela tem é uma bunda redonda parcialmente exibida que deixa os jovens com os hormônios à flor do pê... da pele.

Vaan e Penelo - Os Deslocados


Lembram que eu falei logo acima que algumas coisas parecem ter sido jogadas dentro do jogo e do enredo?

Pois é, esses dois são boa parte disso!

Cada um dos 4 acima tem sua importância, mesmo que Fran tenha menos que os outros 3, ela também tem ligação e participação na história do jogo, enquanto Vaan e Penelo...

...sequer parecem pertencer ao jogo!

É um absurdo, mais um dos rumores que tanto se ouve sobre esse jogo é que ambos foram incluídos pra manter parte da fórmula da franquia viva, Vaan é o protagonista legal e gente boa, o cara que sempre ajuda todos e não é muito diferente de Zidane por ser um bandido bem humorado.

A diferença é que Zidane ainda é levemente engraçado e já é maduro, Vaan além de tudo é bobo, inocente e totalmente inexperiente, mas ele não é aquela coisa forçada do Tidus, ele parece ter sido "jogado" ali dentro.

O mesmo pra Penelo, que é a garota Kawaii e alegre (mesmo que não tanto como Selphie) que ta sempre ali dizendo algo pra motivar. Mas ela mal fala, tal como Vaan, são dois personagens ultra deslocados dentro do enredo.

A importância dos dois dentro da história chega a se aproximar de zero. É incrível como você jogador pode excluir boa parte das falas dos dois das conversas do jogo e vai ver que faz sentido mesmo assim. Se um dos 4 citados acima fossem removidos, poderia perder parte ou todo o sentido. Enquanto Vaan e Penelo são deslocados à pontos inimagináveis. Com direito ao fato do jogo te empurrar situações onde deveriam haver humor com ambos, principalmente com Vaan, que são as piores e mais forçadas possíveis.

Mas nunca chegam próximo do que fazem com Tidus. Ainda bem...

O mais absurdo é que eles não me irritaram, eles só não tem a MENOR importância, e realmente perdem o sentido com poucas horas de jogo e não é de estranhar se você que se liga na história assim como eu jogar com qualquer outro em seus lugares.

Vaan busca realizar o sonho de ser um pirata dos céus mas ao mesmo tempo quer acertar as contas com Basch, que ele acredita ser o assassino. Depois de um tempo, ele descobre que Basch é inocente e fica focado em seguir o grupo e nem sequer lembramos que ele quer ser um pirata do céu. E o pior que ele desiste disso em pouco tempo de jogo sem nenhum motivo aparente.

E Penelo, essa só quer seguir ele. E infelizmente não tem muito além disso. Preferia que não tivesse os dois, ou então que os colocasse dentro de alguma motivação plausível tal como Ashe ou Basch. Mas nem isso o jogo explora. Ao menos eles não ofendem...

...Mentira! Eles ofendem sim. Ofendem a inteligência porque te obrigam a jogar com alguém como se fossem importantes sendo que na verdade se todos os diálogos deles fossem removidos, a história continuaria coerente ou até melhor pela falta de ambos.

Ambos tem o carisma de uma lata de salsichas pra piorar. Eu trocaria os dois por algum dos Garif do jogo NA HORA.

Penelo nem tanto, mas Vaan paga de papagaio de pirata e tenta aparecer de tempos em tempos, chega a ser irritante o quanto tentam te fazer com que leve ele a sério.

Vayne - O Vilão Mais Humano da Série


Eu aposto que muitos vão dizer ou já disseram: "Credo que vilão tosco! Que cabelo ridículo! Que cara de viado!"

Eu concordo que o visual dele nem de longe é dos melhores... Mas nem de longe é dos piores, afinal ele está numa série onde existe Ultimecia, Cloud of Darkness e Kuja...

Mas honestamente, o que eu mais gosto do Vayne é UM fator.

Ele é puramente HUMANO! Ele quer poder, é absolutamente sedento pelo poder, sempre quis e por ser nobre, teve um contato um tanto quanto próximo disso, seu pai é o Imperador e líder de Archadia. Pra poder atingir seus objetivos ele foi ao extremo de matar seus dois irmãos mais velhos e seu pai e só ignora Larsa, o irmão mais novo, por acreditar que ele concorda com seus ideais.

Larsa é um cara muito novo e bem estudado, porém ele acredita que não é necessário uma guerra e tentava de todas as formas montar uma aliança entre os reinos, incluindo Dalmasca e o libertando no processo, deixando Ashe no trono. Porém Vayne não pensa assim, ele quer o poder, e como sabe que os outros povos jamais o entregariam, está disposto a montar uma guerra e trama planos ardilosos à todo instante por isso.

Os irmãos Solidor, personagens muito bons.

Com direito à ser o causador da prisão e tortura de Basch e chegando em Rabanastre, capital de Dalmasca alegando ser seu salvador e protetor, ainda deixando claro que eles estavam desprotegidos, pagando de bonzinho à níveis extremos. Mas ele bem estava disposto a proteger o povo de Dalmasca desde que eles permitissem seu império.

E ele realmente protege o povo dele, o povo que acredita nele. Ele é implacável com seus inimigos mas ainda assim generoso com seus aliados, ele nem chega a matar muito durante o game, somente o pai e dois irmãos mais velhos... Mas uma coisa Vayne faz muito bem!

Ele faz o terror mais obscuro brotar no coração de seus inimigos de forma que até mesmo seu pai, seu irmão Larsa e seus aliados tinham medo dele, mesmo as pessoas com as quais ele era bom sentiam um enorme frio na espinha com sua presença.

Agora, seus inimigos mesmo, principalmente o reino inteiro de Rozzaria, esses sim se borravam de medo. Todos que conheciam Vayne o suficiente e iam contra seus ideais sofriam com a agonia de poder algo acontecer graças à ele.

Só não vou negar que fiquei desapontado de ver ele virando algo próximo do Bane (sim, o vilão bombado do Batman) no final e depois virando aquela coisa ridícula...

Ao menos quando enfrentamos ele normalmente, o cara vem no mano a mano, usando magias e porradas. Ele tem a moral.

Vayne no pouco que aparece durante o jogo tem uma presença forte, de muito impacto e mesmo sem ter feito muito estrago aterrorizava os inimigos com sua mera presença e palavras. Ser vilão não é só o quanto de estrago se pode fazer... É marcar presença, aterrorizar os heróis ou mesmo outros viloes ao seu redor. E isso ele faz muito bem.

Quem me dera se Final Fantasy sempre tivesse um vilão assim.

Continuando...

Os maiores problemas sem sombra de dúvidas são dois!

O gameplay e as músicas. Mas... acalmem-se. Já vou explicar.


A jogabilidade do XII é simplesmente excelente, ela é totalmente programável de forma que se pode jogar somente levando o personagem pra lá e pra cá realizando os eventos de história, e isso é muito bom! Só que eles tiram totalmente a sensação de estar jogando, poderia ser algo programável como Tales of ou Star Ocean mas de forma que suas ações com o personagem escolhido fossem somente suas.

Claro que os Gambits (o nome do sistema) podem ser desativados, mas o jogo não foi feito pra ser jogado dessa forma, sequer o permitiria de forma justa. Esse ponto poderia ter deixado o velho padrão de "andar e bater" como um RPG com elementos de ação normalmente teria, mas ao invés disso optaram por um sistema de batalhas com turnos onde não se entra em batalha aleatória.

Cada cenário que você anda, você chega perto do inimigo e depois de tudo pronto, os personagens sacam suas armas, atacam, defendem, usam magias de ataque ou de cura, usam itens e tudo mais. Tudo é absurdamente permitido e o sistema funciona absolutamente sem falhas, mas a sensação de ainda não estar jogando continua.

Claro que você pode fazer algumas ações por sua conta, mas não tira o fato de deixar TUDO totalmente programável. Como se isso não bastasse, tive um problema ainda maior.

É aí que entra o problema das músicas. Elas são lindas e totalmente bem feitas, orquestradas e tudo mais, mas elas não passam um clima de batalha nem aqui e nem em Ivalice.

E o prêmio de redundância numa história vai para...

O grande problema é elas serem bonitas demais mas sem a atmosfera de uma batalha, não dá pra convencer que tem uma BATALHA ali acontecendo, não convence que você está ali com personagens arriscando a vida enfrentando monstros e matando eles ou correndo algum tipo de risco.

A de chefe ainda passa mas nem é grande coisa, mas fora isso, todas as músicas seguem um mesmíssimo padrão e não existe a menor quebra de ritmo musical pra nada. Se é uma planície, montanha, masmorra, caverna ou floresta, tudo tem um mesmo tipo de música e induz ao sono!

Eu LITERALMENTE dormi jogando esse jogo algumas vezes por isso. Mesmo tendo gostado pra caralho do enredo.

E honestamente, gostei de 3 músicas no jogo inteiro, sendo a que mais curti a de Jahara, a cidade dos Garif.

Nesse jogo inclusive, todos ganharam especiais chamados Quickening. Eles são parte do tamanho deslocamento do jogo e NENHUM deles faz sentido, uma vez que todos podem ter todas as armas e todos usam tudo, aí os especiais são todos igualmente ruins, sem noção e absolutamente sem graça.

Só tem gráfico...

Mas o jogo tem várias coisas positivas.

Primeiramente com uma coisa que a série nunca teve: Desafio!

Não digo de extras, o jogo em si te obriga a treinar, ser cauteloso, trocar de armas com frequência e saber distribuir os pontos na License Board pra que assim tenha técnicas, magias e possibilidades de usar armas e acessários em geral.

Quem jogou até o fim sabe que essas fotos de dondoca da Ashe não fazem sentido.

Como eu disse, você vai ser obrigado a saber programar os Gambits de forma que sempre você se defenda usando algum tipo de status como haste ou protect, que deixe programado pra atacar os inimigos que voam, afinal de contas, espadas só vão pegar, se ele descer perto de você, então o ideal acaba sendo magias... E também programar condições pra itens/magias de cura.

Essa parte estratégica aumenta a dificuldade pra novatos consideravelmente, e é muito positivo uma vez que a série Final Fantasy nunca teve lá muito desafio. Só nos eventos extras mas eu me referia ao padrão do jogo mesmo.

Outro fator é que temos agora um vilão de verdade.

Eu sei claramente o que os outros da série fizeram, sei que Kekfa arruinou a geografia do planeta e que Sephiroth matou um personagem do grupo (se bem que em termos de matar heróis eu ainda prefiro o Freeza matando) fazendo churrasquinho de Cetra... Mas eles não tinham motivações das melhores possíveis.

A do Sephiroth é mais plausível porque ele é um cara alterado em laboratório e acredito que aquela que lhe deus os poderes (Jenova) é sua mãe e faz de tudo pra mante-la viva no planeta. Kekfa em contrapartida não tem um pingo de motivos pra fazer o que faz, ele só passa a perna no Gesthal e depois se funde com os magicites se tornando um deus vivo e detonando boa parte do planeta.

Nessa foto tem um personagem legal e um peso de papel no fundo.

Os dois tiveram seus impactos e gosto MUITO deles, por motivos diferentes claro. Kekfa eu simplesmente gosto porque ele é um vilão "do mal porque sim" que faz estrago pra valer, ele mata, arruina, fode todo mundo e sem muito motivo, isso até me faz gostar dele, mas não da pra encarar isso tudo como profundidade, seria infantil negar a falta de motivos que ele tem.

Assim como Sephiroth, que enlouquece por tudo que acontece ao saber de sua origem, faz aquele estrago por dentro do planeta, sendo necessário o Lifestream e a matéria Holy meio que se fundirem pra impedir o meteoro que ele invocou com as próprias mãos pra poder aniquilar a raça humana deixando assim o planeta todo como um grande jantar pra Jenova...

Mas também não é uma coisa profunda. Confesso que por mais que eu entenda a razão dele, não é profundidade. É simplesmente uma explicação melhor do que o normal, melhor do que outros que assim como Kekfa são "maus porque sim".

Uma bobagem chamada cristal... Sempre presente. Ao menos agora é só um save point.

Por sua vez... Vayne se destaca. O cara é totalmente baseado nos conceitos de uma pessoa normal faria. Qualquer um obcecado por poder no lugar dele teria feito o mesmo, desde que o poder fosse sua prioridade.

Uma vez entendido como o ser humano funciona, como o ser humano é um bicho mesquinho e que tem necessidade de controle, fica fácil simpatizar com Vayne apesar do seu visual péssimo e escroto.

Em contrapartida com Vayne, os dois vilões do jogo que mais aparecem, no caso Dr Cid e Gabranth apresentam inicialmente ideias de uma coisa e se vira pra outra do nada, Dr Cid parece querer algo maior com o choque de poderes dos Nethcites e Gabranth parece ter inveja do irmão pra ter ferrado com ele... Mas na verdade não, Dr Cid só queria virar um deus vivo e falha miseravelmente e eu não contive os risos disso, e Gabranth não era invejoso e sim tinha um motivo maior por trás de tudo isso que fez incluindo sua visão de mundo e não uma mera invejinha, um tremendo personagem desperdiçado.

A abordagem dos irmãos inimigos poderia ser boa... Mas acabou sendo patética.

Entretanto, os dois são ultra mal explorados, eles tem "fim" mas não tem "começo" e "meio". Assim como Reddas, que é outro personagem interessante e se o jogador vê os 3 e não os entende, ninguém pode culpa-los. Porque o jogo não apresenta devidamente os 3 de forma que você os entenda, chegando ao extremo de dar espaço pra uma interpretação por algo que deduzimos e não com base no próprio jogo em si.

O único que foi devidamente explorado dos "vilões" menores acabou sendo Vossler, que traiu o grupo por um motivo maior e tinha uma motivação pessoal convincente, mas fizeram o que? Mataram ele no começo do jogo e deixaram espaço pra vilões piores.

É Square-Enix... Tá difícil acertar a mão em Final Fantasy, que tal deixar a franquia por conta de quem fez Legend of Mana ou Chrono Cross pra ver no que dá? Tenho QUASE certeza que daria mais certo.

Talvez, Final Fantasy XII deveria ter outro nome, eu duvido que ele teria o ódio que tem dos fãs mais puritas, provavelmente o jogariam com outros olhos e apreciariam muito mais o jogo em si, e como vivem dizendo, certas coisas é dar pérolas aos porcos...

E tem mais, SquareEnix depois dele fez o que? Uma linha reta de 60 horas com o nome do décimo terceiro jogo da franquia. Honestamente, os fãs às vezes tem o que merecem mesmo. Square é uma empresa preguiçosa faz tempos e que sabe que vai vender somente pelo nome, e não é necessário muita coisa pra provar isso... E quando ela se esforça de verdade na sua franquia principal ela não tem o devido reconhecimento.


Tanto é que como eu disse, de longe ele tem coisas ruins como o final PÉSSIMO que dá destaque pra quem não merece durante o jogo e nem preciso falar de quem me refiro, se ler pouco acima vai entender, além de alguns elementos jogados do nada como um dos protagonistas ser filho de um dos vilões da forma mais idiota e forçada possível sendo apenas citada em UM diálogo.

Mas ele tem mais coisas boas do que ruins, apesar das músicas induzirem ao coma mortal, como por exemplo uma história que apesar dos passos de tartaruga, se desenvolve muito bem e de forma natural e mais simples que o normal da franquia, porém menos ofensivo. Justamente porque esse jogo não finge ser o que não é como a esmagadora maioria.

Muita coisa parece ter sido ceifada ou mesmo incluída de última hora... Mas além de tudo isso, é um jogo pra encarar sem preconceito.

Principalmente se você conseguir quebrar a barreira da sonolência que o gameplay junto com as músicas podem causar, porque se conseguir, vai ficar cerca de 300 horas jogando pra pegar tudo e posso assegurar, fiz pouca coisa extra e elas não são chatas, a maioria é bem divertida, eu só não animei de pegar tudo pelos motivos que já mencionei. É um jogo completo e com história muito melhor que a maioria da franquia e totalmente massacrado pelos fãs mais alienados da série.

Quando dizem que ele ta errado... Saca só a resposta.

Mas apesar de tudo, e que eu mesmo não me imagino jogando ele uma segunda vez...

Ele é um bom jogo. Definitivamente um bom jogo, muito completo, com um universo muito rico e notavelmente problemático por questões empresarias numa tentativa tosca de manter a fórmula da série viva... O que fez ele perder bastante do que bem poderia ser.

Friamente falando, o que levou ele a ter isso pouco importa, esses problemas existem mas não tiram o mérito desse jogo de ser diferente do resto da franquia pra melhor.

18 de abril de 2014

Threads of Fate


Threads of Fate é um jogo injustamente desconhecido... Mas muito mesmo.

Squaresoft teve sua época de ouro em jogos como Chrono Cross, Legend of Mana ou Xenogears. E são jogos mais do que merecidos de suas devidas famas.

Tá certo que Chrono Cross merecia uma continuação (que foi cancelada, puta que pariu) ou principlmente um jogo da série Mana que lembrasse o Legend.

E não vou citar Final Fantasy, afinal de contas, é um RPG meio que pra "começar" a jogar o gênero, se procurar vai ver coisa melhor por aí, o que nem de longe é remotamente difícil de se encontrar.

Mas... A Square prefere ficar focando em Final Fantasy mesmo em tempos atuais, são mais superficiais, atingem todo mundo... Muito mais lucrativo, nem dá pra culpa-la por agir dessa forma.

 Bom, foda-se. O foco agora é Threads of Fate.

Esse é um jogo que como eu disse, merecia não só uma continuação como toda uma franquia. Por que?

Primeiramente, vou falar como conheci esse jogo.

Um amigo não sei porque trocou um jogo dele de PS1 por outro do mesmo console com um amigo dele, ironicamente na capa estava a estampa do Dragon Ball Z: Ultimate Battle 22.

Sim sim, aquele lixo supremo em forma de jogo. Blergh!

Mas quando o cara foi jogar... Bingo! Era Threads of Fate.

Mint quando se encontra com Mel, cena incrivelmente engraçada.

Anos e anos atrás, eu joguei e joguei mas não sabia inglês e nunca o terminava, ele me atraía mas não o bastante, e conversando o meu amigo postador esporádico aqui, o Dipaula, ele me perguntou se eu conhecia, e eu disse que sim.

Fiquei chocado quando ele me disse que o jogo era digno de um RPG, com profundidade, história boa e não maniqueísta e ainda de quebra com tudo aquilo de foda que o jogo poderia me oferecer. E como eu imagino que 90% de vocês que estão lendo não conhecem esse jogo, vou dizer tudo de fora que ele tem.

Basicamente, a grosso modo é um jogo de Aventura com elementos de Dungeon Crawler, Plataforma e Beat'em Up.Mas no geral, eu diria que é um jogo de aventura e provavelmente o melhor que eu joguei e eu duvido muito que qualquer Zelda seja melhor do que ele por UM motivo.

SUA HISTÓRIA!

ELA É SIMPLESMENTE FANTÁSTICA!!!!!


O conceito base é simples...

Existem pessoas com poderes inacreditavelmente gigantes, os Aeons, eles criaram relíquias pra aumentar seus poderes ou mesmo colocar tudo deles ali, por motivos diferentes cada um criava a sua. Mas apesar de tudo, os Aeons, apesar de extremamente poderosos e dignos dos poderes de uma entidade viva, eles ainda eram mortais.

Tais pessoas buscavam de alguma forma burlar as leis da natureza pra que assim pudesse viver eternamente, pra não se sentirem como se tivesse buscando poder à todo tempo de forma inútil, afinal de contas, era limitado devido à sua existência crucialmente humana.

Com isso, temos um cenário inicial pra um EXCELENTE mundo de fantasia. Onde tudo aqui é muito bem usado. Principalmente com os personagens. Vou apresenta-los em duplas e tudo porque... Porque eu quero. Ora pombas, por qual motivo seria?

Rue e Mint


Mint é uma garota bem incomum, vamos assim dizer... Ela é mimada, birrenta, azarada, traiçoeira, mesquinha, egoísta, sacana, oportunista, comilona, maluca, mal-humorada, estressada, irresponsável e uma excelente atriz.

Sim, atriz. Mas é difícil explicar sem dar spoilers, quando jogar irão entender.

Mint seria a nova rainha mas devido à seu caráter no mínimo questionável ela acabou perdendo o direito e foi passado pra Maya, sua irmã mais nova. Que além de tudo é super poderosa devido ao Book of Cosmos que ela tem.

Além do mais, Mint busca tudo isso num objetivo de conquistar o mundo, mostrando à todos sua superioridade, uma superioridade que só ela enxerga com toda sua visão maluca. Mas apesar de tudo Mint tem um bom coração e meio que não sabe disso, e amadurece muito com o decorrer da história.

Rue por outro lado, é um garoto triste, melancólico, que despertou de um lugar estranho, do nada, sem saber direito suas origens e passa a sair vagando por aí sem entender direito o que acontece.

Depois de tudo, é encontrado por Claire, do qual nutre um sentimento meio que de irmão porque essa cuida dele, o ajuda e sua vida passa a ser ligada junto à dela até que repentinamente ele e ela são atacados por um ser de garra gigante que mata ela e sem entender muito bem o porque, Rue, que não é humano, acaba por sem querer deixando Claire presa dentro cristal que possui em sua testa.

Enquanto a história de Mint é totalmente mais leve e descompromissada, a de Rue é cheia de lutas, dramas e questões maiores envolvidas, tais como vontade, maniqueísmo ou mesmo o fato de Rue pouco se importar pro que pode acontecer com o mundo se ele simplesmente puder salvar sua amada irmã de consideração.

Klaus e Mira


Klaus é o cara que ajudamos no começo do jogo, e com isso podemos ficar na cidade de Corona durante a aventura por conta dele. Afinal de contas, salvamos sua filha de dois babacas...

Com isso, Klaus vai ajudando de pouco a pouco a desenvolver a história de modo que boa parte da importância do desenvolvimento e as coisas que precisamos são devido aos estudos dele. Ele pode ler manuscritos absurdamente antigos e tem uma inteligência e raciocínio fora do comum.

Suas habilidades em combate nem de longe são as melhores, é quase como se ele não as tivesse, e tudo ainda se agrava por seus problemas nas pernas, isso o impede de ir diretamente com Rue ou Mint nas aventuras mas ele cumpre seu papel muito bem como pesquisador do grupo.

Mira por sinal é a esposa dele, ela gosta dele do jeito que ele é, apesar de considerar um abuso as horas que Klaus trabalha, Mira é uma excelente cozinheira e parece uma mulher totalmente comum, até quando são necessárias suas habilidades.

Não vou contar o que acontece, quando jogarem ficarão totalmente surpresos, quem jogou sabe EXATAMENTE do que me refiro e o choque foi muito grande, ao menos pra mim.

Elena e Rod


Elena é sem dúvidas a coisa mais engraçada presente no jogo. O começo nos faz pensar que Mint é mais engraçada, mas o fato é que Mint aparece mais e isso faz com que a gente pense isso, mas Elena não, quando ela aparece, ela simplesmente tira o fôlego da gente de tanto rir.

Existem duas situações das quais me fizeram chorar mas chorar MESMO de tanto rir. Uma delas é bom nem falar, só digo o seguinte... Jogando com Mint, quando enfrentar a "estrela", não vença a luta e deixe a cena rolar. É constrangedor mas absurdamente engraçado e uma das cenas que veremos o lado teatral de Mint.

A outra é com Rue, no qual ela fala com um tom de que vai se declarar e...

Não. Não vou contar. Melhor vocês verem. É totalmente improvável o diálogo dela nessa situação.

Elena também faz outras coisas absurdas e entende tudo da maneira mais idiota possível, como no final de Mint a cena dela e ela explicando sobre "seu novo irmão".

Ela funciona como alívio cômico e é nada mais que a desconsertante mistura da inocência com a burrice. Absurdamente hilária.


Rod é outro, totalmente retardado e engraçado, acredita em coisas como "a força do coração" e tem um cachorro chamado Johnny Wolf.

Ele é totalmente hilário por ser aquela coisa totalmente... eeerrr.... ÚNICA. Mas unicamente retardada assim digamos. E nem por isso menos engraçado.

Ele usa armas malucas, bate de forma maluca (apesar de ser excelente em combate), tem poesias e falas malucas mas no fundo é um viajante, pé rapado, morto de fome e que tem uma nave a qual chama carinhosamente de Pulsar Inferto Typhoon Omega.

Essa nave gera piadas super sinistras durante o jogo, tais como suas falas, mas por trás de tudo isso Rod é simplesmente um cara satisfeito com a vida que leva, ele não se culpa ou briga com ninguém por isso.

Dentro do jogo, Rod aparece mais na campanha de Mint e meio que ensina nas duas à como viver e se aceitar, mas nada disso é dito, as cenas em si que "falam" por ele, deixando claro sua profundidade nas entrelinhas que o jogo mostra. Assim como a inocência/ingenuidade de Elena.

Belle e Duke


Duke e Belle são duas figuraças do jogo! Simplesmente a mistura do sério com o cômico!

Ambos tem funções de serem rivais dos protagonistas. Sendo Belle a rival de Mint e Duke o rival de Rue!

Belle e Mint tem uma rivalidade que vem de antes do jogo começar, 1 ano antes exatamente. Ela é uma maga de 30 anos muito poderosa e páreo duro pra Mint, e sempre tendo piadas envolvendo sua idade. Mas ela não é uma má pessoa, somente busca por poder mas não tem coragem o suficiente pra passar por cima de necessidades maiores. Porém não admite isso de forma alguma, ela mantém a pose de vilã o tempo inteiro. Sem JAMAIS ceder.

Duke por outro lado, é um outro cara que tem a mesma função dela, porém de forma diferente e com Rue. Ele tem poderes dos mais criativos que eu já vi, ele pode ter o poder daquilo que leu recentemente. Não se sabe bem como a mente dele funciona, mas o fato é que depois de perder pra Rue duas vezes ele se auto nomeia como seu eterno rival. Algo como Ryu e Ken mesmo. Diferente de Belle e Mint, os dois admitem uma certa amizade.

Doll Master e Maya


Maya e Doll Master são os dois "vilões" do jogo.

Mas notem que eu usei aspas, na verdade eles tem excelentes motivações pra fazer tudo que fazem, sendo que como o Dipaula mesmo já mostrou, eles são o que definimos como antagonistas, ou sejam, aqueles vilões com uma razão realmente boa o bastante pra fazer tudo que fazem.

Maya carrega consigo uma enorme responsabilidade, da qual Mint não é nem remotamente qualificada pra cumprir, mas só descobrimos isso a longo prazo, e o fato dela ter sido expulsa não é uma inveja gratuita ou coisa do tipo, há uma real razão boa o bastante.

Assim como Doll Master, esse por sinal é o vilão "maior", porém na perspectiva de Mint nem tanto assim, afinal o foco dela é em sua irmã, mas na de Rue ele faz toda a diferença.

Doll Master é um dos bonecos de Valen, que despertou 100 anos atrás, porém ele é um modelo falho e sua única missão e lembranças estavam absolutamente intactos, diante disso e da sua pedra do poder (em sua testa) totalmente sem poderes ele se viu desesperado, sozinho... Mas depois ao invés de se entregar ao desespero ou espera uma ajuda seja ela qual for, ele buscou por poder e se tornou um arquimago extremamente poderosos (sim, extremamente MESMO) que tem poder o bastante pra peitar um Aeon de frente.

Doll Master vai além na arte de roubar a cena por conta de seus 3 subordinados: Trap Master, Mode Master e Psycho Master.


Os 3 diferentes da maioria que vemos nos jogos, não o seguem por ele ser mais forte ou simplesmente por dinheiro/recompensa. Eles ACREDITAM no Doll Master. Não fica totalmente claro, mas o jogo explica nas entrelinhas de forma que entendemos que eles sempre foram inacreditavelmente fortes, mas suas vidas perderam seus respectivos sentidos e objetivos, com isso Doll Master apareceu provando à eles que suas forças poderiam servir à algo maior e recompensador. Ele não é simplesmente MAU e sim visa seus interesses de forma que ele é extremamente generoso com seus aliados.

Tanto é, que todos eles o respeitam de forma a fazer tudo que lhes for possível pros objetivos de seu mestre. Não por recompensas, não por obrigação e sim por total admiração tanto pelas suas motivações, quanto pela sua força de vontade.

Eu aqui deveria ter falado sobre 2 mas falei de 5 por tabela... Mas foda-se, meu blog, minhas regras. A galera já ta familiarizada mesmo.

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Bom, o gameplay do jogo apesar de tudo nem de longe é lááá dos melhores, mas não é dos piores. Ele é absolutamente competente e cumpre bem seu papel apesar de uns bugs aqui e ali.

Tais como de pulos em determinadas situações que falham e me tiraram do sério, além de com Rue o botão forte no ar só poder ser usado no chão, logo se eu pulo e aperto esse botão, ele vai cair no chão primeiro e depois executar o comando, podendo assim irritar e de quebra tem slowdowns mas são raros, esses eu vi em POUQUÍSSIMAS vezes mesmo. Tão raros mas infelizmente existentes. Sorte que nada disso atrapalha o jogo.


O jogo além de tudo é curto, uma cerca de 20 horas de duração, sendo 10 pra cada campanha porééééém... Existe uma grande graça por trás disso tudo!

Os dois jogos são basicamente equilibrados num aspecto que seria, com Rue o jogo é MUITO mais fácil, e compensa isso com uma história absolutamente triste, dramática e totalmente cativante pela sua seriedade, e ele tem poderes de se transformar nos inimigos que tem contato, com isso vários elementos de dungeon crawler são mais presentes na sua campanha.

Com Mint, o jogo é MUITO mais difícil, usar magias com ela é realmente algo complicado em determinadas situações, sem falar que seus jogos tem mais elementos de plataforma mesmo que pouca coisa à mais, mas sua dificuldade de campanha é totalmente quebrada pelo bom humor do jogo em sua campanha, além das maluquices dela, suas trapaças e motivações bizarras.

Isso funcionou como um puta equilíbrio pro game, tornando ele mais dinâmico e altamente satisfatório por vários motivos e entre eles as músicas excentes do jogo que honestamente podem ser facilmente incluídas entre as melhores do PlayStation 1 sem a menor dificuldade.


Além do mais, as cenas do jogo não são de Hideo Kojima mas porra, algumas chegam perto disso. Os ângulos de câmera, as situações, as coisas em cutscenes acontecem de forma natural, bem bolada e totalmente cativante, de forma que fica muito instigante com aquela sensação de "o que vai acontecer agora?" a todo tempo.

Só fico profundamente triste porque o jogo depois de zerado com ambos (e usem um mesmo save, vão por mim) mostra um epílogo que completa o final do jogo, deixando claro que o jogo teria um inacreditavel gancho pra continuação mas simplesmente não vai acontecer....


Provavelmente devido ao baixo sucesso do game, afinal de contas jogos assim infelizmente não costumam atingir todo mundo, seja pelo visual infantil pela falta de um grande nome. O que me irrita é que a Square poderia muito bem sustentar o retorno de um incrível jogo desses mas prefere a todo instante investir em coisas como Final Fantasy que há tempos vive em declínio de qualidade (não que já tivesse começado muito bem né...) ou então patrocinando outros jogos.

Olhem  bem pra esse jogo, ele merece MUITO destaque, ele tem MUITA qualidade seja nos detalhes, nas músicas ou principalmente em sua historia e eu nem falei tudo que poderia e nem citei determinados personagens que só aparecem no meio da aventura pra não comprometer a surpresa do jogador, mas vejam isso! É muita coisa foda num jogo só, ele ainda de quebra tem uma profundidade como eu disse, nas entrelinhas, que muitos jogos grandiosos que são aclamados nem sequer costumam ter. Fico realmente irritado com essa injustiça...

Mas infelizmente, não tem mais jeito, ao que parece Threads of Fate nunca terá a merecida franquia ou muito menos uma continuação. O máximo que você pode é baixar esse jogo desconhecido (ou comprar na PSN) e experimenta-lo. E principalmente ir com calma, apreciar cada detalhe e ver que no fundo, ele poderia ser um grande RPG ou mesmo uma franquia, porque enredo é o que ele mais tem, sem dúvidas o seu ponto forte.

7 de abril de 2014

Final Fantasy VII - O Melhor da Franquia, Porém...


Final Fantasy VII... O lendário Final Fantasy VII!

Faz ANOS que eu quero falar desse jogo mas eu tinha umas coisas que precisava ter mais certeza antes de falar dele.

Primeiro de tudo, esse post vai me servir de teste, pra saber quem REALMENTE lê o blog, vamos ver quem vai entender de verdade minha opinião no final pra me xingar nos comentários ou não!

Mas antes de começar, duas coisas sobre Final Fantasy VII!

A primeira, eu gosto dele, é meu FF favorito de longe, o único que eu posso dizer que gostei MUITO MESMO, eu curti o VI sim, pra caralho inclusive, mas ele é simples demais, apesar de ter uma outra pegada...


O VII não é nada complexo também. Mas eu vou chegar lá.

A segunda é que não aderi à modinha que nasceu de uns anos pra cá em desmerecer esse jogo, ou dizer que o IV, VI ou qualquer outro da série é melhor do que ele. 

Final Fantasy VII de longe é o melhor da série, mas também é um jogo ultra overrated. E provarei o motivo de minhas palavras.

Muita gente confunde meu ódio do VIII e toda aquela tosqueira pelo fato de eu ser fã do VII.

Maaas... Eu não sou fã do VII, eu simplesmente o respeito porque ele é de fato um bom RPG, mesmo que tenha problemas, como qualquer outro!

Acontece, que há MUITO tempo, Final Fantasy, Resident Evil e entre outras grandes franquias vendem pelo nome, somente pelo nome, sendo esses jogos bons ou ruins. Mas diferente de Mario, Resident Evil ou qualquer coisa, o foco deles é gameplay (quer exemplo melhor que Castlevania?!?!!) e não ENREDO!

RPG é ENREDO! Não adianta você me falar que o gameplay é o mais importante, isso até existe e pra isso existem jogos como Toukiden, Monster Hunter e derivados, que são jogos de RPG onde o importante é evoluir e pegar novos equipamentos sem o menor pingo de roteiro, e Final Fantasy NÃO É ISSO!


Final Fantasy tem enredo, o foco dele logicamente é na história, por sorte, a Square, agora SquareEnix, sempre teve uma boa equipe pra montar excelentes gameplays e o povo meio que confunde as coisas.

O grande problema de Final Fantasy é sua fórmula. Mas não a fórmula em si, muitos jogos tem e não ficam chatos, mas em termos de enredo até que fica se não for muito bem usado.

Eu recomendo, que antes de continuar esse post, que leia esse aqui do Dipaula, onde ele retrata os elementos da fórmula.

Os jogos tem sim seus elementos em comum e nem são difíceis de se notar, e com isso acaba que o Final Fanatsy preferido de cada pessoa é justamente o PRIMEIRO que ela joga.

O meu foi o VII e ele é o que eu mais gosto, mas felizmente eu aprendi a separar o carinho que sinto por ele (que não é pequeno) da qualidade dele, que infelizmente não é tão alta assim.

Mas vamos por partes. Certo? Repetindo, se possível, leia o post que eu indiquei antes, vai ajudar muito no entendimento desse.

Gameplay!

O gameplay de Final Fantasy sempre foi um forte da série, desde o começo dos tempos eles sempre reformulavam elementos antigos deixando eles bem melhores ou até MUITO melhores.

Isso foi o ápice da série ao meu ver em Final Fantasy VI, onde duas coisas eram geniais!

Primeiro de tudo, cada personagem era totalmente diferente do outro, assim como no IV, só que com ainda mais identidade, cada personagem tinha uma alma diferente em todos os seus sentidos na hora de jogar.

Limit Breaker, o típico especial com cena dramática que todo bom JRPG merece.

O segundo era o fato de aprender magias equipando os summons, lá se você equipa Ramuh, o Esper de trovão, ele vai te dar Thunder, Thundara e Thundaga (ou seja lá o nome que eles usaram lá, não me lembro mais) e com isso elas ficam pra você depois de aprendidas, basta adquirir AP's com os summons equipados.

É bem legal, funciona muitíssimo bem e aumenta a vida útil do gameplay em si de forma genial. Cada carinha pode ter suas próprias magias ou todas. Você decide!

No VII, o gameplay é seco, e os complementos são à base de matérias, que são parte essencial do jogo, nada nada são habilidades, summons e entre outras coisas armazenadas e tudo isso graças à extração de energia Mako do planeta.

Essas poses pra invocar os summons são sempre legais.

Tudo funciona muito bem, porém, é SUPER cansativo aprender.É um absurdo como do meio do jogo pra frente as matérias demoram duas eternidades e meias pra evoluírem até o Master!

Isso é tão mas tão cansativo que chega a incomodar profundamente. Por sorte você não precisa de tudo no Master pra chegar até o último chefe e detonar ele. Mas se quiser enfrentar os dois desafios extras do jogo, ah meu amigo... você COM CERTEZA vai precisar de no mínimo algumas materias no Master!

Trilha Sonora!

A trilha sonora de Final Fantasy ao meu ver é comum ou ruim.

Comum como nos Final Fantasies III, IV, ou então ruins como X, VIII ou XIII...

Mas a do VII e VI são especialmente boas. Mas não por serem os únicos que eu gostei, calma calma. Abaixem essas foices, machados, tijolos e tortas que são usadas no Passa ou Repassa.

Acontece que as situações de Final Fantasy são situações que teriam em qualquer RPG, certo?

Se você lembra dessa cena, você COM CERTEZA lembra da música que tocou


Fugas,cenas de combate, chefes, últimos chefes e tudo mais funciona tão bem no VII e antes de jogar o VI eu sentia que não era assim em TODOS os outros jogos, como se a OST fosse feita antes do jogo e simplesmente "encaixada". Já no VII e até mesmo hoje em dia eu vejo que no VI também não foram assim, e sim algo mais bem feito, mais de acordo.

Não vou postar link de nada, Final Fantasy é famoso o suficiente pra você ter onde procurar e ver que as cenas de fuga de jogos como Final Fantasy VIII ou X não tem músicas de acordo com as tais cenas pra que nos faça acreditar nelas.

Um exemplo tranquilo além do VII é o IX que tem uma OST muito boa, e as músicas de batalha são boas, dão o clima, a de chefe funciona bem mas ainda assim não incomoda. Basta pegar as músicas do VIII pra ver como são totalmente deslocadas e nem preciso falar da música de batalha do X que é praticamente uma lambada com Sidnel Magal.

https://www.youtube.com/watch?v=dyIw1lVEYdU

Enquanto todo mundo nesse exato momento, canta a música de chefe do Final Fantasy VI e VII com a boca...

E provavelmente lembra da música de chefes, que tocou pela primeira vez nessa luta

Nesse ponto, não posso reclamar desse jogo, apesar que nesse exato momento to jogando o XII que até então tinha sido ignorado por mim, e as músicas do jogo são um dos maiores indutores de coma já criados. Ao menos o enredo é diferente, mas isso é assunto pra outro dia.

Enredo E Seu Desenvolvimento!

Bom, eis aqui o ponto chave de Final Fantasy VII. O seu enredo, ele tem partes dos elementos padrões da série.

Primeiro deles, o protagonista desmemoriado pela segunda vez na franquia, o que não é ruim, porque assim como Terra, eles são coerentes com seus universos, depois vem o IMPÉRIO DO MAAAAAUUUU!

Calma, eu sei que a Shin-ra é uma empresa, mas ela funciona como império.

Meu favorito do grupo... Com um desenvolvimento tão curto, mas que pelo menos é bom...

Mas vejam bem, o fato dela ser uma empresa do mal permitiu a ela abrir um espaço maior do que simplesmente "dominar a força porque sim". Aqui, ela domina pelo capitalismo mesmo, pela extração de energia Mako, que inevitavelmente está matando o planeta, afinal essa Mako é nada menos que Lifestream do planeta convertido como algo semelhante à um combustível.

É aí que entram os personagens do jogo. Todos eles tem uma mesma causa por motivos diferentes. Sejam pra salvar sua cidade, pra evitar a matança do planeta ou confrontos pessoais contra os líderes da Shin-Ra. O que os une além disso é salvar o planeta, que no jogo é um ser vivo. De forma bem literal.

Eu poderia evitar spoiler mas todo mundo já conhece, jogou ou ouviu falar em Final Fantasy VII, então não me venha com a desculpa de eu ter sido um cara babaca que falou parte do enredo.

Seguinte, Cloud, era um soldier da Shin-Ra, ou pelo menos achava que era...

Tais soldados foram modificados em laboratório ficando à base de experimentos e o que mais deu certo foi expor esse soldados à uma certa quantidade de energia Mako. Com isso todos ganhavam olhos azuis e etc... Isso foi desenvolvido em Cloud, de forma que mesmo sendo um soldado padrão que sonhava em ser um soldier, acabou misturando tudo com as lembranças de seu amigo de trabalho e total inspiração, Zack!

Zack, tão mal explorado que até ganhou um jogo próprio. Por sorte, um jogo bom.

Zack era um Soldier classe A, do tipo que todos admiravam e respeitavam e tais eventos como sua morte e outros mais fizeram com que Cloud tivesse uma bagunça em sua cabeça.

Assim como Zack, tinha Sephiroth, que era a elite da Shin-Ra, o soldado mais poderoso de todos e com isso ele também acabou virando experimento nas mãos da empresa maligna. Porém não resistiu e com isso um clone dele foi gerado, esse clone, substituia o original em tudo inclusive lembranças fazendo com que ele nunca soubesse que tinha sido um clone, até o momento que ele descobre isso...

Diferente de Kuja, que quer provar que é um ser vivo e único, mesmo sem ser, Sephiroth sabe de sua condição e a aceita, ele também, sabia que ele não tinha muita coisa de energia Mako exposta em seu corpo e sim células Jenova, tais células deram à ele poderes intermináveis e ele entendeu essa fonte de poder, as células Jenova, como sua mãe e aquela que lhe deu a verdadeira vida.

Depois disso, foi pra onde a Jenova se encontra, em uma parte isolada do planeta do continente gelado e fica lá, com ela, porém já parcialmente fundido ao planeta, de forma que ele mal manda "projeções astrais" ou partes da Jenova com sua mente, ele mal saiu do lugar ao menos durante o decorrer do jogo, porque não é totalmente explicado a quanto tempo ele já tá lá misturando-se lentamente com o lifestream do planeta.

A intenção de Sephiroth era clara, matar os humanos com seus poderes psíquico mesmo que pouco a pouco e isso incluía o nosso grupo, afinal de contas, a mãe dele é um ser alienígena que se alimenta de planetas e ele queria isso pra sua amada mãe, da qual passou a ter um amor quase doentio.

Mesmo sem boca, ele fala bonito.

Ele mataria os humanos deixando o planeta como fonte de alimento SOMENTE de sua mãe, tornando ele assim "mais vivo" por realizar as ambições daquela que o deu a verdadeira (e poderosa) vida. Pra isso até mesmo invoca um cometa do capeta pra colidir com a Terra.

Isso mostra claramente como a história gira em torno de dois personagens centrais, Cloud e Sephiroth, que apesar de muito boa é aí que mora parte do problema.

O grupo em Final Fantasy 8 é totalmente ignorado, somente Squall e Rinoa importam mesmo (tanto é que só os dois aparecem nas animações finais) e aqui é quase isso, a diferença, é que os personagens tem sim, seu desenvolvimento mesmo que em alguns casos muito bons e longos (como Barret ou Yuffie) ou resumidos (como Cid e Red XIII) ou praticamente nulos (Caith Sith e Vincent).

Levando em conta, que com exceção de Cait Sith, eu gosto de todos, mas imagine minha frustração ao jogar depois de adulto e lembrar vendo com meus próprios olhos que o jogo diferente de outros RPG's, dão uma prioridade absurda ao protagonista e antagonista à ponto de não ignorar os seus amigos do grupo mas não dar à eles um devido momento único.

Aeris, uma morte simples e sem muito impacto. Cena mais do que superestimada.

Yuffie ainda tem o seu, assim como Red XIII, Cid, Barret, sejam eles curtos ou longos mas Cait Sith e Vincent praticamente não tem nada. Eles entram pro grupo e pronto! Isso é de fato um problema, apesar de não tão grande como no VIII que ignora o resto do grupo ou X que gira em torno de Tidus, Auron e Yuna e também ignora boa parte do jogo o resto dos membros.

Mostrando que apesar do VII ter o melhor desenvolvimento do personagem principal de toda a série, mas ele só é o melhor porque foca demais nele, e por sorte não esquece os outros mas é como se esquecesse em alguns momentos.

É exatamente por isso que o público geral se divide entre Cloud e Sephiroth, eles são os únicos que tem uma importância gigante na história, os outros até tem, mas é muito menor, como por exemplo Tifa, que é uma das personagens mais icônicas da série e no seu jogo de origem mesmo, ela mal se desenvolve, e ela é totalmente ligada ao Cloud desde criança, não faz sentido ela ter tão pouco desenvolvimento, na verdade ela pela própria lógica do jogo deveria ter ainda mais e ela tem é bem menos.


Não precisa vir aqui falar que o VI é diferente, e que todo mundo é destacado que NÃO! Lá não tem um personagem principal, Kekfa é uma ameaça real, grande e etc, ele é cruel e mal "porque sim" desde o começo (e nem totalmente ruim por isso) e o povo se une, tanto é que Terra, Sabin, Edgar e Cyan tem um excelente desenvolvimento porém Relm, Strago tem um bem breve e os dois extras (Gogo e Umaro) assim como Shadow e Mog tem praticamente zero.

Então... Bora pro próximo ponto!

Visual!

Bom, um motivo de eu citar o visual do jogo... A real é: Final Fantasy antes do VII tinha um visual muito cru, ou viajado demais, prova disso está em IV e VI e nem preciso ir muito longe pra me justificar, e depois do VII eles adotaram o famoso visual da "cara de porcelana" que surgiu na abominação do VIII.

Eu acho que com a geração nova chegando, a Square meio que quis arriscar em tudo, tudo mesmo!

Seja no gameplay, tornando ele mais simples, assim como aconteceu com o IV no Super Nintendo (porque o II de NES era mais elaborado, o sistema de evoluir as características é genial) ou mesmo com personagens mais "secos" e isso ajudou demais.

Os outros tinham um visual muito estranho e não necessariamente ruim em alguns casos, mas em outros piorava muito!

Porra, Square! Qual é o problema desse traço de mangá? Pra que mudar justo isso?!?!

No VII eles tem um visual padrão de mangá, que facilitava a animação de CG's e etc. Tudo isso atinge mais público, mas a realidade é que um visual genérico de mangá é bem melhor que personagens com cara feitas de cera...

O IX nem tanto, por ter uma pegada mais infantil mas todos os jogos da série depois tentaram ser realistas e com essa cara de porcelana, nunca vi problema no visual mais mangá do VII à ponto de isso gerar uma mudança, se perguntar pra muita gente que é fã da própria série, eles vão responder o mesmo, talvez com outras palavras, porque é um JRPG, o povo sabe que é um universo de fantasia, então quanto mais realismo, mesmo que visualmente, atrapalha na quantidade de fantasia dentro do jogo em si.

Um visual genérico pode sim, tirar parte da identidade,mas ajuda no carisma dos personagens, uma vez que isso é um modelo japonês pra animes e mangás e funciona muito bem por aqui, a esmagadora maioria que curte JRPG gosta desse tipo de traço, pra gente ele é mais atraente que uma cara de porcelana. Apesar de genérico como no FF7, ele funciona melhor.

Bom, eu imagino que não seja só por isso, mas acredito fielmente que boa parte da fama do VII acima dos outros seja pelo impacto visual que ele causa.

Olha essa CG com visual de anime, isso sim é foda Square! E não aqueles rostos de porcelana...

Chego a me perguntar, de verdade, se a Square sabia desde então os enredos não seriam totalmente bem construídos e apostou tudo que tinha em gráficos, porque o VIII é lotado de buracos, o IX era pra ser a despedida da série com referências aos clássicos sendo assim um jogo mais "seco".

Tal verdade se aplica aos enredos ridículos do X e X-2, o XII eu ainda to jogando e até curtindo e não posso falar, mas o XIII é outra prova viva de somente gráficos e nada de enredo, e se tratando de um RPG, é totalmente absurdo...

Realmente, o VII foi de longe o mais bem construído, apesar de todos os problemas que ele tem e os fãs mesmo não notam, assim como eu mesmo não notei quando eu joguei pela primeira vez, afinal eu era mais novo, mas como alguns anos fazem realmente bem pra gente....

Conclusão!

Acaba que Final Fantasy VII como eu disse, é tão comum quanto qualquer outro da série, porém muito mais bem usado.

E sim, ele tem problemas, ele não é um jogo perfeito e ainda é isoladamente o melhor de uma franquia, mas ele ao meu ver funciona sozinho mais ou menos como a franquia Resident Evil inteira.

Eu como fã de Resident Evil do 2 em diante, tenho autoridade pra falar, que são jogos comuns, genéricos, e imperfeitos. E o que Resident Evil e Final Fantasy VII tem em comum?

Eu vos digo!

OS PERSONAGENS!

Eles tem um carisma desgraçadamente fora do normal, a gente se apega à eles com uma incrível facilidade.

A história base do VII é a melhor, é ao meu ver tecnicamente indiscutível, pega o tema salvação ambiental e deixa ele bem com a cara de um anime que a gente tá lá jogando...

Um bom enredo com péssimos personagens dificilmente daria certo, assim como bons personagens em um enredo ruim também daria errado. A proposta com um RPG deve ter os dois, e não como Resident Evil (e quase qualquer outro jogo do gênero) onde a atmosfera e enredos são absolutamente clichês e a gente depende dos personagens.

Tais coisas acontecem com jogos como Zelda, Castlevania, Megaman e tantos outros, a gente gosta dos jogos mas o que nos ganha a atenção são os personagens deles ali.

Nem é muito difícil ver buracos como a falta de uma ligação melhor e mais bem construída do Rufus Shin-Ra com o jogo, ele é meio que o primeiro grande vilão e depois perde praticamente toda a pouca importância que tinha.

É legal? Sim! Mas É um problema, é inevitável isso. Eu gosto pra cacete do Rufus e fiquei bem desapontado de não ver uma melhor construção dele de determinado ponto em diante.

Turks... Seu merecido destaque ficou num jogo próprio... Somente no Japão.

Mas por exemplo, depois de anos, se analisarmos a morte de Aeris por exemplo, ela não tem taaaaaanto impacto emocional assim, quem diz que tem provavelmente não viu a morte do Lavitz em The Legend of Dragoon ou de Shinjiro em Persona 3. 

Final Fantasy VII tem exatamente isso, um enredo bom, músicas boas, personagens carismáticos e etc? Sim. Ele tem!

Mas peca no seu desenvolvimento, personagens totalmente ligados ao principal como Tifa ou mesmo Vincent que é secreto deveriam ter uma razão muito maior do que simplesmente estar ali.

E não me venha falar que a Tifa ta ali porque gosta do Cloud que todo mundo sabe disso, mas eu me referia à um motivo maior, mais convincente como a Shana do Legend of Dragoon que tá lá com o Dart mas admite PLENAMENTE que É um peso morto, e que ela se sente mal por isso mas ela não via outra forma de ta ali com o Dart.

Fora os outros eventos dela, mas é disso que eu estou falando. Mas Tifa até mesmo tinha espaço pra ser um casal legal com Cloud sem forçar a barra e nem isso o fizeram.

Sem dúvidas, ela merecia um desenvolvimento melhor.

Francamente FF7 é um jogaço, ele envelheceu muito bem, zerei ele faz pouco tempo e definitivamente ele dificilmente vai perder a graça, ao menos pra mim. Mas já conheci RPG's melhores, enredos melhores e até mesmo personagens melhores. Não vou negar isso pra mim mesmo e fechar minha vista à um passado nostálgico uma vez que dá pra conciliar as duas coisas (razão e emoção de gostar da parada), dentro de vários outros consoles, se você se permitir fugir do mainstream, vai ver que sim, existem ideias melhores.

É uma questão de ver, entender, e aceitar. A menos que você tenha jogado TODOS os jogos de RPG e ainda assim prefira Final Fantasy VII por questões de gosto, mas que entenda que ele não é perfeito, assim como meu RPG favorito (Persona 2) também não é. Até porque, difícil ao extremo ter um jogo perfeito, o que acontece é o endeusamento por parte dos próprios fãs que muitas vezes exageram demais pra imagem de um jogo, seja ela positiva ou negativa...

E só pra concluir, Final Fantasy VII tem também um dos PIORES finais de um JRPG, afinal de contas, uma aventura deve ter começo, meio e fim. O fim não foi conclusivo em NENHUM aspecto, e graças a isso, gerou um jogo meia boca (Dirge of Cerberus) e meramente jogável e um filme que é legal pelas porradas e tem uma história bem "ok" e totalmente indigna de ser uma continuidade da série.

Uhul, salvamos o planeta e... O que acontece depois mesmo? Ah sim. NÃO FOI EXPLICADO!

Final Fantasy VII tem um decorrer muito mas muito bom mesmo e um final PÉSSIMO! Que muitas pessoas com toda certeza reclamariam se fosse em outro RPG, mas não reclamam desse porque é mainstream, porque é famoso e porque é visto como um dos melhores RPG's de todos os tempos.

Mas ninguém fala isso porque é Final Fantasy, e principalmente por ser o VII. Que como eu disse, apesar de ser o melhor da franquia, porém...

...um jogo overrated, com falhas como todos os outros. Não dá pra negar sua importância e impacto na indústria dos games, mas isoladamente falando, ele realmente não é isso tudo. Apenas, o melhor de uma franquia.