30 de julho de 2014

Mass Effect 2 (PS3) - A Evolução!


É, eu recentemente terminei Mass Effect, e assim como fiz com Persona 2 Innocent Sin, corri pra sua continuação.

Literalmente Mass Effect 2 é praticamente um Persona 2 Eternal Punishment, onde temos personagens, história e uma narrativa melhores que seu anterior.

A diferença é que o Innocent Sin é aburdamente foda enquanto o ME1 é só foda e comparado ao IS vai pra fodinha.

Enfim, eu poderia muito bem falar o quanto o jogo é mal portado, mas não preciso já que falei isso do primeiro jogo e quem acompanha minimamente sobre Mass Effect já está careca de saber disso.

Esse é mal portado, tem algumas falhas de áudio mas nem se compara ao port ridículo do primeiro jogo, se comparados é como se o ME2 fosse uma versão até bem portada. 

E eu aqui achando que nunca veria jogos tão mal portados como Sunset Riders do Mega Drive, mas pra que falar de velho oeste se eu posso falar de putarias no espaço.

Ou melhor, aventuras no espaço, eu me expressei mal.

Aviso que o post será longo, Mass Effect 2 tem MUITA coisa e eu me esforcei pra passar tudo sem spoilers e detalhes que pudessem estragar a experiência, então senta, fica à vontade, pega um suquinho e bora ler.

Enfim, houve uma super evolução do primeiro pro segundo jogo.

Caralho, a que nível impressionante chegamos.

Bora começar pelo problema maior do primeiro jogo, o gameplay!

"Foi daqui que pediram uma bomba?"

O que antes era um amontoado de problemas, bugs e demais fatores irritantes como mira subir e descer, poderes funcionarem mal, inventário bagunçado e demais problemas foram todos resolvidos. Mesmo que com alguns custos... Não entendeu? Eu vou chegar lá.

O problema maior, a mira, deslocamento do personagem e demais coisas, totalmente diferentes, agora a câmera durante o tiroteio é mais perto parecida com Resident Evil 4, se antes já era, agora é mais ainda, mais aproximada e permite uma visão maior e melhor do campo de batalha, a mira que antes era uma bosta instável, agora ta bem melhor, centralizada e menos irritante.

Não pensem que os bugs sumiram, é bem comum você passar por um relevo e continuar andando no ar ficando literalmente preso... no ar...?

Isso não faz sentido, eu sei. Mas é bem assim que acontece.


A diferença de uso de poderes do primeiro jogo pro segundo é gigante.

Os poderes agora tem maior poder impacto visual e impressionam bem mais, antes eram pequenos feixes de luz que apareciam na maioria dos poderes os deixando muito parecidos mas não necessariamente feios, mas agora por exemplo, eu continuei jogando de Vanguard, se eu usar Shockwave, uma onda de energia azul atravessará o cenário em forma de linha reta de onde eu mirei, assim como agora temos habilidades de congelamento e aquecimento nas balas.

Eu usava uma skill aplicada nas balas com envenenamento, lembram? Agora eu usei um troço (leia-se: habilidade/skill) que faz os inimigos pegarem fogo ou congelarem, depende do que eu queria usar no momento. Se eu for lá e atirar, quando mais dano ele leva, maior a chance do efeito se ocorrer à ele, principalmente na hora que ta quase morto onde ele congelava, caía e quebrava ou simplesmente pegava fogo até virar cinzas.

Além disso, existem as habilidades que você vai destravando pegando outras, tal como no primeiro jogo mas agora a distribuição de pontos mudou, o que antes era ponto por ponto agora são "níveis".

O nível 1 precisa de 1 ponto, o nível 2 de 2 pontos e por aí vai até chegar no 4.


Ao chegar no level 4, a habilidade pode ser dividida em duas, sendo que é necessário escolher somente uma, ou seja, uma forte e direcionada num inimigo só ou algo que espalhe e acerte todos e alguns casos a habilidade se mantém a mesma do nível 3 só que pra todos os amigos do seu grupo.

Usei isso na Cryo Ammo e porra, você e mais dois aliados congelando geral é bem útil.

Agora os personagens podem usar quase todo tipo de arma, o que te diferencia é a precisão delas,  no 1 era praticamente impossível um Vanguard usar metralhadora, a mira ficava do tamanho da barriga do Jô Soares e você não podia mirar em nada, agora a mira fica só aberta mas sem tamanha precisão, eu não recomendo, se possível, use armas que o seu personagem tem porte, agora no ME2 Vanguards por exemplo podem usar metralhadoras mais simples e eu as uso, tal como Shotguns e Pistolas, mas a quarta arma é geralmente uma mais pesada, seja ela roubada de um alien ou mesmo comprada.

O inventário foi limado, você agora só vê as armas antes ou durante determinadas partes do jogo pra poder trocar e mais nada, isso é um tanto quanto desnecessário, mas é melhor que a bagunça do inventário do 1, que era uma bela duma bosta.

Outra coisa removida foi a exploração nos planetas com o Mako, aquele carrinho sem física. O jogo agora te permite extrair riquezas minerais direto dos planetas e com cerca de 2 minutos no máximo você explora tudo do planeta, extrai o que precisa, e se tiver uma missão de anomalia, você vai lá e resolve, se num tiver, passa pro próximo. Gostei de explorar planetas, mas cansa às vezes, mas eu realmente prefiro algo mais direto assim do que as chatices de side do 1 em termos de exploração.


Outro ponto bem melhorado foram as músicas, que por sinal é parte primordial de um jogo com campanha longa, mas basicamente... Elas são genéricas, mas são boas.

Honestamente, entre ser boa e genérica ou original e sem graça igual do 1, eu fico com a primeira opção, as do 2 combinam tanto quanto as do primeiro mas são menos mornas, menos chatas e etc. Mas ao contrário do 1, que só me marcou em termos musicais bem no final do jogo, coisa das 2 horas finais mesmo, o 2 me marcou em quase tudo, as missões tem músicas de tensão, ação, clima triste na hora certa, é bem aplicada apesar de genérica, então fico com elas.

Vale lembrar que no Mass Effect 2 tem a música de puteiro mais legal do mundo.

Dizem que no 3 melhora TUDO musicalmente, vamos ver se eu consigo viver o suficiente pra verificar.


As dublagens nem preciso falar, padrão BioWare de qualidade, andei vendo que são sempre caprichosos nesse aspecto, se já era bom no 1, no 2 só ficou ainda melhor. Tanto pro Shepard homem e mulher quanto pros outros personagens que tem características de dublagens únicas como Thane ou Mordin.

Interessante mesmo foram as habilidades avançadas das quais você pode escolher apenas uma e usar, se quiser tirar e botar outra, também pode, e até mesmo os pontos gastos na outra será devolvidos e você poderá distribuir novamente, mas os pontos você também pode pagar um determinado valor e redistribuir tudinho.

Agora o gameplay direto ao ponto, na hora do pew pew pew mudou um bocado. Antes todo mundo tinha uma HUD com seu HP e etc, e tinha o chatíssimo sistema de aquecimento de armas porque elas tinham balas infinitas (???). O que eu achei interessante é que o 1 era mais RPG e menos shooter, mas a parte shooter funcionava mal, logo boa parte da experiência poderia ser frustrante caso não fosse Soldier, que era de longe uma classe mega overpower, quase como se o jogo tivesse sido feito pra se jogar comente com essa maldita classe.

E por isso.... Eu sofri... E como sofri. Sofri pra caralho!



No 2 mexeram em tudo isso, agora você tem duas barras, uma vermelha de HP e uma azul por cima dessa vermelha como escudo, tal como no primeiro jogo, porém agora o seu HP volta com o passar do tempo assim como na esmagadora maioria dos FPS' e TPS' genéricos... Sinceramente, eu acho a ideia pior, mas entre ela e o sistema de combate do 1, eu acho que acabo preferindo essa ideia "moderna" e imbecil de regeneração.

Na boa, toda vez que vejo gameplay desse tipo "regenerativo" eu fico pensando se o personagem em questão é um filho bastardo de uma trepada violenta entre Deadpool e Wolverine.

Se sua mente pensou mais de 5 segundos nisso, vai viver com trauma eterno. Já era.

Vale citar, que o que antes eram grandes "fases" (ir no planeta, resolver a quest) agora é a mesma coisa porém de forma um bocado diferente...

Seguinte, o jogo não é mais linear, no começo do 1 dava a entender que não seria mas quem jogou sabem bem como ele depois de poucas horas é uma bruta duma linha reta até o final, e isso não o torna automaticamente ruim uma vez que as sides ficavam na sua cara pra ir quando bem entendesse (tanto é que o normal é finalizar o jogo com level 30 e eu finalizei no 46), no 2 as sides estão no mapa, pra você ir quando quiser, e as quests da história principal também, recrutar os personagens e etc, resolver pequenas missões mesmo da história principal ou sides. A grande sacada é que agora são "missões menores".


Thane e Jack.

Se antes eram poucos lugares com missões grandes, agora são muitas porém menores, no final das contas dá quase no mesmo e só achei melhor porque constantemente quebra o ritmo, porque nem todas são de mero tiroteio, é raro mas dá pra se achar missões com pequenos puzzles, outras pra sobreviver até a chegada de reforços, algumas de recuperar artefatos, e numa das DLC's até mesmo pilotar Hammerhead, uma nave legal e com uma missão bem bacana, parece chato falando assim, mas várias missões com várias quebras de um ritmo único são MUITO melhores pra experiência de pegar e jogar do que simplesmente missões longas e repetitivas como no primeiro, a graça era o enredo mas o gameplay era cansativo ainda mais por ser pouco funcional.

Uma característica mantida foi a de escolhas, ainda bem, é o grande diferencial, porém com alguns ajustes. Se antes era uma ação boa e pacífica, uma neutra e uma boa porém digamos, meio extrema, agora tem uma coisa ainda mais legal do que isso.

Em determinados momentos, haverão situações das quais você pode interferir com ações, sejam elas de Paragon ou Renegade, muitas vezes a situação é algo da qual você literalmente tem de se meter e botar a ordem na coisa. Por exemplo, haverão situações que você pode interferir atirando no cara disparando fogo, ou confortando um amigo na situação de aperto, o botão vai aparecer (L2/LT e R2/RT) e a cena acontece você se metendo ou não, isso foi uma manobra mega foda de aumentar o fator replay, porque olha tudo que pode mudar só com isso? É brilhante!

Being a nice guy of a great motherfucker? That's the question.

Eu pude notar um cuidado forte em trabalhar as partes cansativas do primeiro game, transformando elas em algo mais divertido e nem por isso menos produtivo em termos de seu enredo que já estava com uma pegada maior e melhor, mas já que falamos nele...

Em termos de história o jogo deu uma considerável melhorada, depois dos eventos do 1, um mês depois, Shepard e sua nave procurando vestígios dos Geth quando de repente são atacados pela nave dos Collectors, a nova ameaça do ME2 e nisso a Normandy é completamente explodida, Shepard consegue salvar a todos mas Joker (o piloto legal do jogo) fica com uma doença conhecida como "Síndrome do Capitão" e decide afundar junto com seu "navio". Shepard não permite, meio que a força o salva e acaba explodindo junto com a nave tendo seu corpo vagando no espaço.

Um grupo radical extremista conhecido como Cerberus encontra Shepard, alguns de seus companheiros da nave, e os salve, sendo que Shepard precisava ter seu corpo reconstruído à partir de seu esqueleto, não necessariamente chegando a morrer mas digamos que ela chegou bem perto disso.

"Voltei gente."

Dois anos se passam, com o passar do tempo o corpo de Shepard está quase pronto, o que faltava mesmo era uma cirurgia plástica e um belo botox pra dar uma esticadinha na cara dele/dela pra assim tirar as cicatrizes que ainda faltavam porque o médico no dia bebeu demais e errou na hora do corte com o bisturi.

Antes disso, é a hora de arrumar a cara da Shepard se você fez cagada no primeiro jogo com a sua cara, é muito difícil criar um personagem bonito no jogo anterior, agora você poderia consertar a lenha e trocar de classe. Eu particularmente dei Load no meu save com minha Shepard com cara de fugitiva da APAE e não troquei de classe, permaneci Vanguard.

Com 99% da cara arrumada e o resto totalmente pronta pra entrar em combate, a nave da Cerberus é atacada e você acaba sendo despertada antes da hora e mal abriu os olhos e já tem que se vestir, pegar armas de fogo e brincar de tiro ao alvo.

Nesse curtíssimo tempo você é apresentado à dois personagens, Jacob e Miranda, falo mais deles logo abaixo.

Nisso depois de concluído, você vai até o Illusive Man e tem de descobrir o que diabos são os Collectors, o que querem, e como combate-los, pra isso ele te pede pra recrutar os melhores dos melhores em torno da galáxia pra combater essa nova ameaça e descobrir a ligação deles com os Reapers.

E são muitos viu, se antes no 1 eram 6 personagens, agora são 12. Sua missão é clara e simples, destruir os Collectors numa missão praticamente suicida.

Sim, outro excelente começo de jogo, tanto quanto o primeiro, porém com um clima de mistério/enigma no ar muito maior, mas agora você precisa de uma nova tripulação e é agora que começo a falar dos personagens.

Bora lá!

Sabe aquele jogo que todo mundo é foda? Então. Tá bom, eu sei que Jacob é sem graça...

Os personagens desse jogo são BEM melhores que do primeiro game, ainda que exista aquela diferença do personagem humano ser mais simples que os aliens, os aliens tem conflitos e situações mais interessantes exceto por um dos humanos que se destaca tanto quanto os alienígenas.

Miranda e Jacob são os dois iniciais, Miranda é chata, enjoada, arrogante e etc, mas ela tem um bom motivo pra ser dessa forma, coisa que só será revelada na Missão de Lealdade dela, ela é tipo o Luke do Tales of the Abyss, é necessário detestar ela pra entender o que ela passa. Jacob é um soldado biótico, que questionou a aliança humana e achava os métodos deles muitos ultrapassados e falhos, achando mesmo que só algo mais extremo pode resolver, por isso se uniu à Cerberus.

Mordin, o alien que CRIOU a doença que afetou os Krogan (sim, Wrex, e etc...) onde diminuiu a população porque afetava as fêmeas da espécie matando seus filhotes ao nascimento, entra pro grupo, ele não é só um cientista mas um assassino de sangue frio de sua raça, os Salarian. Garrus está de volta, em sua melhor forma, mais bem humorado, mais divertido e ainda igualmente sério, se antes ele era um cara que estava  no grupo de investigação, depois que Shepard morre, ele dá um rumo na sua vida matando bandidos como hobby.

"Olha pra mim e diga X"

Os Turian definitivamente tem hobbies estranhos.

O cara é foda, ele de longe continuou sendo meu favorito do jogo justamente por ter tido uma evolução em sua personalidade de forma que ele mantivesse a sua ideia do jogo anterior, porém melhorada e com bom senso de humor, agora mais voltado pro sarcasmo.

Wrex infelizmente não volta, mas temos Grunt, que ao meu ver foi um personagem mais interessante, e igualmente foda ao Krogan que participou no primeiro jogo. Grunt é um experimento que o tornou um Super Soldado Krogan. Como se UM KROGAN não fosse uma coisa forte o suficiente... É mais ou menos criar um Batman absurdamente inteligente ou um Superman ainda muito mais forte.

Pera, isso já foi criado... É o Apollo e o Meia Noite, o casal gay do The Authority.... Vai chamar um casal desse de "viadinhos". Eu te desafio.

Essa piada definitivamente pouca gente vai entender ou conhecer. Enfim, continuando.

Dois dos personagens mais legais da série: Tali e Grunt

Voltando ao assunto, quem retorna junto com Garrus ao time dos amigos do 1 é Tali, agora mais séria, porém a ideia dela como personagem se manteve intacta, ela mantém sua peregrinação, aparece no começo do jogo mas depois pede ajuda e volta pra Normandy como sua amiga mesmo que desconfiando da Cerberus, Tali teve uma mudança brusca em sua personalidade a tornando uma personagem ainda melhor.

Jack é a personagem humana que eu falei que se destacava dos demais e tinha um background tão bom quanto dos alienígenas de forma geral, ela é uma mulher linda, careca e toda tatuada, inicialmente um tanto quanto assustadora pela sua personalidade e seu modo absurdamente rude, mas é compressível já que ela na verdade sofreu experimentos da própria Cerberus quando criança pra ter poderes bióticos, só que ela nunca nem concordou com isso, fugiu quando criança e passou a viver uma vida de drogas e sexo até ser pega por um bando de lunáticos de uma seita religiosa que envolve sexo porém no processo a agrediram, drogaram e ainda rasparam sua cabeça, ela matou todos e usa a cabeça raspada como uma forma de não se embelezar pra não ter que passar por tudo aquilo de novo.

Notaram como Jack tem uma pegada maior e melhor que dos outros humanos de toda a série Mass Effect? Jack poderia facilmente estar em Persona... Infelizmente ela é a única humana que tem esse tipo de background, realmente foi a ÚNICA em dois jogos que achei realmente marcante...

Cena de uma das melhores Loyalt Missions do jogo.

Outros dois aliens legais são Samara e Thane, Samara é uma Justicaar, que são basicamente como o próprio jogo descreve, como os monges dos jogos, só troque força física absurda por poderes bióticos absurdos e uma mente absurdamente bem trabalhada e nunca perde o foco, ela procura sua filha pra poder mata-la, o motivo seria spoiler forte e essa filha, Morinth ainda pode entrar no grupo no lugar de Samara, se você for louco o bastante pra fazer isso.

E Thane é um personagem bem diferente, ele é da raça dos Drell, uma raça que tem uma memória muito sinistra e nunca esquecem de detalhes mínimos mesmo que tenham se passado muitos anos, ele é um assassino profissional, que tem uma doença mortal e tenta se redimir matando pessoas perigosas até que chegue a hora de sua morte e também é um personagem um tanto quanto religioso.

Não entenda a religião dele como uma coisa tipicamente cristã, porque não é nem remotamente perto disso.



Legion é outro legal, ele é da raça dos Geth, sim, os inimigos do primeiro jogo... Estranho ter um desses no grupo. Na verdade ele é parte das últimas missões, onde se acha uma nave dos Reapers (a real ameaça dos 3 jogos) e está lá, um Geth com digamos, mais de uma consciência, tanto é que ele se refere a si mesmo como "We" ao invés de "I", os Geth graças ao Legion tem maior detalhamento na sua história e passamos a entender eles BEM melhor, assim como sua raça, e a sua missão de fidelidade é provavelmente a mais complementar de todas por dar uma visão diferente dos inimigos que enfrentamos boa parte dos jogos da série. E de quebra, ele ainda tem um pedaço da N7 Armor da Shepard no peito, sim, da explosão do começo do jogo.

E finalizando temos dois personagens DLC,que são Zaeed, o criador de uma facção criminosa do game mas que no começo não era tão criminosa assim, só meramente extremista, tal como a Cerberus e por último e nem por isso menos carismática temos Kasumi, que é uma personagem MUITO apelona, legal pra caramba e assim como Zaeed, tem nenhuma importância pra história principal, mas pelo menos tem um bom background porém igualmente simples como o dele, ambas boas ideias usadas de forma simplista mesmo que ainda igualmente legal. A missão de Lealdade de ambos é praticamente a única coisa que se tem deles pra entende-los melhor. O que não é necessariamente ruim, já que eles nem fazem diferença pra história.

Entender melhor os Geth me fez gostar pra caralho do Legion.

As Loyalt Mission, no caso, Missão de Fidelidade/Lealdade, são uma excelente parte do game, pra abrir elas é bem simples, basta fazer igual no primeiro game conversando com eles a cada missão, pra eles se abrirem pouco à pouco contigo, a diferença é que no final de tudo eles pedem sua ajuda.

Essas missões são... Digamos... as últimas coisas que cada personagem quer fazer antes de ir com a cara e a coragem pra essa missão que provavelmente os deixaria sem vida, é bem bacana pra conhecer os personagens de dentro pra fora e muita coisa pode mudar, por exemplo eu achei que Jacob melhoraria e ele continuou sem graça (mesmo sendo melhor que os dois humanos do 1) e a missão dele pouco acrescenta, eu detestava Miranda e passei a gostar dela, gostava muito do Mordin mas depois da missão dele deixei de gostar um bocado dele, Grunt pra mim já era pouco melhor que Wrex por ele ter nascido sem a cultura Krogan e ter mais perguntas do que respostas e a missão dele é juntamente se tornar um Krogan legítimo e é muito bacana por sinal... e por aí vai.

Objetivo, enigmático e fumante. Esse é o Illusive Man

Outros personagens do primeiro jogo retornam mesmo que não pra sua nave e não participam do grupo nem do campo de batalha, Liara, Wrex, Kaidan ou Ashley (depende de quem você deixou morrer) e demais que você salvou no primeiro estarão lá no jogo, em algum lugar pra te agradecer pela oportunidade ou te dizer algo interessante. Assim como alguns da nave como a doutora Chakwas ou o piloto Joker, e ainda por conta da história, quase toda a tripulação da nave é nova e bem melhor, dentre eles eu achei absurdamente carismática a Kelly, a assistente da nave, ela te diz quando alguém quer conversar contigo (ou seja, missão de Lealdade, ou algo pra abrir ela), te ajuda nas instruções de várias funções como avisar se tem mensagens e etc.

Não pensem que pelo fato de terem se aprofundado eles são profundos, não, eles tem uma profundidade suficiente pra serem convincentes, muitos deles como Jack ou Mordin se bem trabalhados seriam personagens de destaque gigantesco mas como não era a proposta, acabaram deixando tudo de uma forma muito crível, muito acima da média de jogos normais, onde os personagens tem motivações pequenas ou pobres.

SHORYUKEN!!!!

Entre tudo que já citei, uma coisa que eu fiquei impressionado (por capricho e coragem) é mostrar uma coisa que raros os grupos de RPG tem... que são BRIGAS!

Sim, brigas entre os membros. Claro que verbal, mas sim, brigas. Jack e Miranda por exemplo vão se estranhar em determinadas partes, assim como Jacob e Thane, é bem convincente porque os ideias desses personagens citados por exemplos são bem opostas, e eles acabam se chocando, sendo assim por exemplo ter de agir de forma neutra pra não afetar nenhum dos lados e acabar com isso se fodendo com um dos dois.

Nunca tome partido numa briga de dois amigos, isso tanto pro jogo quanto pra vida real. O estranho que sem querer eu tomei partido numa briga onde envolvia Tali e falei que confiava mais nela por ela ter sido minha amiga no primeiro jogo....

...caralho, fiquei com o filme queimado com ela e o Jacob, com ele por confiar nela e com ela por estar com a Cerberus e agindo de forma tão parcial, com direito a ouvir dela que se eu fizesse algo fora do que eu aparento estar fazendo, ela teria o prazer de botar uma bomba na minha boca e me fazer morrer de novo.


Caralho.... Ainda bem que eu resetei essa ação e dei load, porque puta que pariu né.

De longe como deu pra notar, os personagens são muito mais bem trabalhados, mas só fora de combate, dentro das batalhas eles falam menos que no 1, porém as missões são curtas e fora de batalha os personagens são muito mais aproveitáveis, vários diálogos me fizeram gostar muito mesmo de personagens como Garrus (que continua sendo meu favorito), Thane, Grunt, Mordin eu gostei mas depois desanimei, Miranda eu odiava mas depois entendi ela e passei a gostar, Jacob é um picolé de chuchu de tão sem sal, e achei fascinante personagens que me marcaram como Legion e Jack.

Jack é de longe a ÚNICA humana que eu joguei frequentemente porque diferente dos humanos normais ela não tem um background "normal" ou sem graça e sim um puto dum background foda e bem trabalhado. Mesmo que eu ainda prefira os alienígenas de forma geral, ela me ganhou fácil.

O primeiro jogo, que era um bom jogo apesar de levemente experimental, teve TUDO melhorado, mesmo que seja só 95%, porque ainda não vejo necessidade de remover o inventário, mesmo preferindo isso que a bagunça do seu antecessor e principalmente no gameplay, que por mais que ele tenha melhorado em mais de 10 vezes e eu goste desse tipo de jogabilidade, acho meio absurdo os personagens terem um tanto de Wolverine e Deadpool pra se regenerarem do nada.


Aqui ainda é meramente justificável se você forçar a barra por causa dos apetrechos da armadura, mas honestamente... Não convence. A verdade é que o primeiro jogo era mais RPG do que shooter (mesmo ainda sendo ambos) e eles preferiram tirar as complicações retardadas do 1 como e melhorar a parte de tiro, tornando assim um jogo praticamente 50% tiro e 50% RPG.

Do RPG, temos obviamente a parte de interação com personagens, poderes, distribuição de pontos e diálogos fodas, de shooter temos armas funcionais, um sistema mais preciso, a habilidade de cover melhorada, regeneração e etc. É como se as duas coisas andassem juntas e muito bem assim.

A parte de relacionamentos foi mantida, no 1 só se tem um relacionamento com o personagem que se tiver mais contato e isso se você fizer tudo acontecer, no 2 você pode pular de galho em galho e comer geral...

...ou ser comida, como foi o caso de muitas Shepard femininas.

Eu honestamente não ligo pra isso, é muito bem feito sim mas... Sei lá, não consigo me importar com romances, mas PELO MENOS ele é natural, você constrói ele de pouco a pouco nos diálogos ao invés de algo forçado e jogado garganta abaixo como Final Fantasy adora fazer. E pra justificar isso que eu falei nem preciso falar de Rinoa e Squall ou Tidus e Yuna, né?



No final das contas acaba sendo um produto final incontáveis vezes melhor, seja por história, personagens ou jogabilidade, e mesmo bugado no PS3 ele ainda assim é um jogo bem melhor.

Sobre os DLC's, tem os dois que já citei de personagens, com Zaeed e Kasumi e tem mais alguns como Project Overlord que tem mais missões com a Hammerhead (a nave), algumas missões extras além das já citadas acima, tem duas DLC's que são de extrema importância.

São elas, Lair of the Shadow Broker, que é a DLC da Liara, contando mais sobre sua atual função do jogo e explorando isso ainda mais, divertida pra cacete, e tem um puta dum background, sem falar que esclarece umas coisas sobre Shepard mas melhor que ela só a The Arrival mesmo.

Essa missão pode ser feita antes ou depois da Missão Suicida, e não, NÃO LEIA NADA sobre ela, absolutamente nada, não procure, não veja, não leia, apenas jogue. E só se tiver o jogo e não tiver ela e não tiver acesso mesmo que aí sim veja no YouTube, mas só caso você não tenha acesso algum ou vai levar MUITO SPOILER MESMO.

As duas missões são de extrema importância e a The Arrival ainda de quebra é a ponte que liga ME2 ao ME3, então tenha isso em mente. Eu não li nada sobre e fiquei de queixo caído, porque a DLC da Liara já era foda mas essa se saiu brilhante.

Quanta criatividade esses caras tem. Puta que pariu, muito jogo poderia ter essa noção de criatividade e botar em prática.

"Toma isso em nome do meu café que você derrubou"

A missão final é simplesmente INCRÍVEL, todo mundo diz muito sobre a famosa Suicide Mission não está entre as melhores e mais emocionantes cenas da história dos videogames sem razão.

Jogar a missão suicida é como jogar Silent Hill com fone de ouvido, você pode explicar mas palavras não serão o suficiente. É simplesmente incrível, é uma missão onde você tem que saber exatamente o que fazer e como fazer porque senão personagens vão morrer e se não tiver feito muita coisa antes do jogo, vai dar merda.

A recomendação é simples e clara, faça TUDO antes de "dar início" ao final do jogo, vai dar pra sentir bem claramente quando o final vai começar, então, faça tudo antes, explore bastante os planetas, faça todas as missões de lealdade, pegue todos os upgrades da nave com os membros e nas lojas, faça tudo que tem direito pra ter um final trincado de foda.

Durante a Suicide Mission é necessário tomar atitudes pesadas que podem resultar em mortes, seja MUITO ATENTO com tudo que se passa, as Loyalt Missions vão te mostrar claramente a eficiência de cada personagem e entender elas durante a missão final é a chave do sucesso.



Mass Effect 2 é o tipo de jogo que deu gosto escrever, ler, falar, observar, conhecer, jogar, entender e etc, ele ultrapassou a barreira de um mero jogo normal e se tornou uma experiência absurdamente marcante apesar das poucas falhas do seu sistema e bugs mesmo que pouco frequentes, o enredo é grandioso, te deixa com aquele gosto de quero mais e cada vez que desligava o videogame eu tinha aquela sensação de "eu poderia jogar um pouco mais..." mas como eu tenho vida e trabalho, num dava.

Honestamente, esse jogo é um bom shooter e um bom RPG, acho que até dá pra falar que eu vejo ele como um puta RPG (porque eu priorizo enredo acima de tudo) e se tornou uma experiência absurdamente fantástica, eu jogarei de novo algum dia, porque até o momento foi o melhor jogo da sétima geração que eu joguei de longe, Mass Effect 2 é um RPG americano no nível de muito JRPG e melhor que muitos desses famosos até por um capricho incontestável em todos os seus departamentos.

Mass Effect 2 é basicamente uma evolução gigante, que todos dizem ter retrocedido no terceiro, mas ainda não sei, de toda forma, já ta tudo pronto e com todas as DLC's pra começar a destrinchar pra ver como diabos a saga termina e se o final é tão problemático quanto dizem.

Então, até lá. Eu fui.


Enjoy

16 de julho de 2014

Remastereds... A Moda Preguiçosa da Vez.

Pois é... Você já deve ter ouvido falar em alguns jogos remastereds por aí, correto?

Bom, tempos atrás, no lançamento do PS4, eu fiquei abismado com tudo que eu vi, não graficamente porque gráfico não me impressiona faz muito tempo.

Inicialmente com a chegada da nova geração, fiquei perplexo com o que o Xbox One tentou fazer de implantar DRM (aquelas travas chatas) em jogos que só poderiam ser seus, ou seja, se você tentasse vender os jogos, já era.

Com base nisso, a Sony muito esperta, fez um belo marketing por cima disso e saiu disparado nas vendas do console da oitava geração mesmo tendo praticamente perdido na geração anterior, ela igualou as coisas no final mas por MUITO tempo ela saiu perdendo.

Ok, até aí tudo bem, com isso, a Sony ainda pegou o apoio dos desenvolvedores indie e lançou a ideia de ter muitos indies em sua biblioteca, isso é ótimo, vários jogos excelentes como Hotline Miami saíram um atrás do outro, sem falar em outros como Lone Survivor ou Skullgirls. Todos no PS3 e um caminhão deles no PS4.

Com tanta coisa assim, o que poderia dar errado pra Sony?

Uma ideia muito tosca... Chamada Remastered.

Acontece que em 2012 fomos apresentados à um dos melhores jogos da sétima geração, o reboot de Tomb Raider.

A Lara era muito feia no PS3, claro que ela precisava ter a cara remasterizada

Como eu vi no Alvanista, a seguinte frase:

"O culpado disso é o 720p, que faz muito mal aos olhos."

Ironicamente, claro.

Sinceramente, eu me pergunto, existia MESMO a necessidade de relançar um jogo de 2013 em 2014 com gráficos melhorados?

Me diz, a diferença existe? Sim. Em alguns casos, mas olhem bem esse aqui:


Deu pra ver com a mesma clareza da Lara Croft a diferença ou foi necessário abrir a imagem? E mesmo que desse logo de cara, qual a necessidade de relançar um jogo recém feito com gráficos melhores e olha que nem tão melhores assim como no caso do Dynasty Warriors 8 Xtreme Legends.

Foi aí que a Sony começou a anunciar que The Last of Us teria um remastered... Sim, siiiiiiiim... Você sabe né... Aquele jogo que se não tem o melhor gráfico do PS3, está provavelmente ao lado dos 3 melhores tal como Beyond Two Souls e algum outro que eu não me lembre.

Não, The Last of Us não é um jogo ruim, nem mediano, ele é MUITO acima da média, ele é dos poucos jogos que a gente pode falar que é perfeito da cabeça aos pés, a OST é foda, os personagens são foda, a trama é foda, o desenvolvimento do enredo é foda, a conclusão é foda, a profundidade do jogo é absolutamente marcante e o gráfico é impressionante, mas eu digo impressionante não por ser meramente bonito e sim por ser bem feito, tendo expressões faciais que eu antes só tinha visto tão absurdamente bem feitas em Silent Hill 3, que grita capricho nas faces de seus personagens.



O que acontece é que isso é uma tática suja, sim, SUJA! Pra justificar a falta de exclusivos de peso no console no momento, um remastered sai caro mas dá pra fazer agora, rapidinho, tal como Tomb Raider, e se essa moda pega...

...pera, JÁ PEGOU!!!!

Jogos como DmC: Devil May Cry, e a trilogia Uncharted são os próximos cotados pra isso, e eu te pergunto, são jogos minimamente feios? Não! Não são! Nem de longe, Uncharted: Drake's Fortune eu recém comprei pro PS3 e ele é um jogo de 2007 e ainda é deveras impressionantes, tal capricho dos cenários e personagens é assustador, ele definitivamente NÃO precisa de um remastered.

Eu falei mal da Sony quanto à isso, porque ela ta pegando a esmagadora maioria dos seus jogos e lançando remastereds por conta de falta de jogos AAA, apesar de Tomb Raider e DmC serem multiplataforma, mas Sony já fez com The Last of Us, com uma diferença nem tão grande assim, pretende fazer com Uncharted e já se fala em God of War.

Honestamente... A diferença em The Last of Us nem é tão grande.

God of War no PS3 já tinha "problemas", o 1 e 2 não eram HD e sim esticados, os de PSP mais ainda, tanto é você jogador tem que esticar ele na tela, e ainda assim são jogos bonitos, mesmo os de PSP considerando suas épocas e suas limitações de consoles, e o que virá agora?

God of War 1 e 2 com reais HD, os de PSP refeitos do zero em HD e o III e Ascension em Full HD todos em 60 FPS, como se REALMENTE precisasse....

Xbox One ao menos, ta focando em jogo novo, a conferência deles na E3 foi a mais incrível de todas, a que abordou mais coisas ao invés de só TV como eu e todos imaginavam, afinal de contas, a impressão que eles deram em 2013 era de mais TV e menos jogos, mas eles estão fazendo justamente o contrário, anunciando novos e exclusivos um atrás do outro.

Entre eles Sunset Overdrive, que de longe foi o que mais me surpreendeu em toda a E3.

Tá certo que eles anunciaram Halo Master Chief Collection, mas pensem bem, o 1 foi feito remake 10 anos depois, e o 2 nem mexeram, tal como 3 e 4, e SÓ AGORA, vão relançar um pacote com tudo em homenagem a sei lá quantos anos da série.

"Que gráfico feio e antigo, vamos remasterizar, afinal ele é de 2007 né..."

Antes que me xinguem, eu não sou "sonysta" e nem "caixista", essa guerra de "ista" é uma bobagem e eu tenho um PS3 e um Xbox 360 dentro da minha casa e tô rindo à toa enquanto esse povo briga por conta de "qual exclusivo é melhor", eu particularmente prefiro os da Sony, mas eu jamais pagaria pelo mesmo jogo num prazo de 1 ano pra jogar em outra plataforma só pelo gráfico melhorado...

Bons exemplos de versão em HD são Tales of Symphonia, Devil May Cry HD Trilogy ou Metal Gear Solid: The Legacy, são jogos comemorativos, jogos que construíram um legado e foram relançados praticamente num intervalo gigante, os dois primeiros citados com praticamente 10 anos de um pro outro. E Metal Gear Solid é uma franquia absurdamente sólida (ba dum tss) e essa edição é comemorativa de 25 anos contendo todos os lançamentos desde os de MSX até o MGS4 Guns of Patriots do PS3 de 2008.

Sentiram o peso da diferença?

E tem mais, de todos os jogos HD que eu vi na minha frente, os MGS2 e MGS3 são de LONGE os mais impressionantes que já vi, eles realmente me deram a impressão de um jogo em HD ao invés de algo que foi meramente esticado ou levemente melhorado. Assim como o PeaceWalker que no PSP já assustava de tão bonito e no PS3 está ainda melhor e mais bonito. Isso é capricho!

Counter-Terrorists Wins.

Falando ainda em Metal Gear, usando o polêmico Ground Zeroes como exemplo, ele foi lançado em 2 gerações simultaneamente, e o mesmo acontecerá com The Phantom Pain, ou seja, serão lançados e compra quem quiser pra geração que quiser.

Isso de "ah, você só compra o remastered se quiser" é uma idiotice, porque vai jogar o MESMO jogo com 1 ano de diferença e gráfico melhor, e dessa vez não, você que decide, se você tem 360 e One, e acha que vale a pena pagar uma diferença maior pra ter uma experiência áudio-visual melhor, ok, você tem esse direito, mas se prefere jogar só pelo enredo e pegar a versão mais em conta por isso, ela não será feia, não atrapalhará em nada na sua jogatina, logo você também não será prejudicado.

A diferença existe mas dessa vez é opcional pelo menos.

É disso que eu to falando, jogar o mesmo jogo com 1 ano de diferença, e tem mais, COM PREÇO DE JOGO NOVO! É um absurdo!

Táticas de jogos antigos lançados digitalmente foram uma super moda que deu certo, eu citei e ainda tem outros como Jojo's Bizarre Adventure HD, Resident Evil 4 HD (muito lindo por sinal, nossa mãe), Street Fighter III Third Strike - Online Edition, Strider (remake) e demais jogos dos mais variados estilos, foram relançados em HD, com filtro bonito e modo online, porém por módicos e camaradas 15 ou 20 doletas, ou seja, jogos digitais, são jogos bons, lançados à um tempo considerável, com um belo remake/remastered e num preço justo.

Os caras querem empurrar tais jogos que são do ano passado ou com intervalo de tempo absurdamente minúsculo com o mesmo preço, e eu ainda vejo gente falando que paga. E não é só por ser físico, o digital ta custando o mesmo preço do jogo quando lançado digitalmente ano passado.

Seria essa a geração reciclagem? Porque não há a menor necessidade de relançar jogos assim com o mesmo preço. Por que não um jogo antigo totalmente feito do zero? Ou então por que não retrocompatibilidade?

Amplie a imagem, esse é o tipo de diferença que gostamos num remastered.

É mais fácil estuprar os fãs, os compradores, ou seja, todos nós que compramos e alavancamos depois de muito tempo a indústria gamer, se colaborarmos com isso, estaremos dando um passo pra trás, regredindo o que demoramos tempos pra construir. Eu mesmo só pago jogos originais do meu PS3, o resto é desbloqueado, não nego, mas já gastei muito no PS3 e não me arrependo, e se eu pudesse ter tudo original, obviamente eu teria, mas videogame no Brasil já é artigo de luxo faz anos e não é novidade pra ninguém.

E ironicamente, muita gente que é sonysta e caixista, ficava (e ainda fica) metendo pau falando que os jogos do Mario são todos iguais, que Zelda nunca muda (o que é uma mentira, 5 minutos de cada jogo é mais do que suficiente pra ver suas diferenças...) acha o máximo jogar o mesmo jogo do ano passado, que só tem gráfico melhor, e ele é a mesma coisa do ano passado. ATÉ O PREÇO É O MESMO DO ANO PASSADO!

Olha que gênios.

Não são modelos exemplares de inteligência?

O problema maior, é justamente isso, o povo apoia a mudança gráfica e não entende que por trás disso existe só uma manobra suja de vendas. Tá certo que uma empresa quer é vender e se é legal não é "sujo", mas eu uso o termo porque poderiam ter vários recursos pra respeitar aqueles que os acompanham faz tempos.

Se querem The Last of Us, fizessem um Game of the Year pro PS3 e mandassem ver numa versão digital pra Vita ou PS4 ou ambos. O ideal é que essa mudança gráfica pra justificar um jogo novo com o mesmo valor é absurdo.

Beyond Two Souls... Ainda não teve seu anúncio de Remastered, MAS ELE PRECISA? Já é quase um filme...

O Vita no começo era um PS3 de bolso, demoraram anos pra perceber que estavam indo pro caminho errado e agora começam a se alavancar com jogos bem típicos do público que joga em portátil como mais RPG's e jogos de aventura e o mesmo vale pro Wii U, que começou como uma ideia horrenda de disputar com smartphones e coisas do tipo mas agora vem subindo rapidamente no mercado à custa de jogos exclusivos e NOVOS, totalmente NOVOS.

Bayonetta 2, Mario Kart 8, Super Luigi Bros U e demais jogos tem sido excelentes motivos pra se comprar um Wii U além de jogos multiplataforma já lançados como Ninja Gaiden 3 Razor's Edge ou Deus EX Human Revolution - Director's Cut.

Isso que as empresas vem adotando é marketing, e o que a Sony tem feito só é ainda pior, porque agora que tem o console mais poderoso do momento, abusa de PREGUIÇA pra fazer jogos novos e se aproveita de jogos "antigos" de um ano pra poder tentar arrecadar mais lucros alegando que o motivo é que 50% das pessoas que tem um PS4 vieram de um console que não era PS3 na anterior...

...mas ao meu ver... isso é um modo de chamar a todos os consumidores de burros e fúteis, por comprar o mesmo jogo por gráficos melhores ou leves adicionais como DLC's multiplayer ou UMA DLC de história como no caso do The Last of Us alegando que isso é o suficiente, mas na verdade só estão dizendo a todo instante o quanto as pessoas estão dispostas a pagar pelo mesmo jogo duas vezes ou pagar por um jogo "refeito" num console novo sendo que se o console é novo, os jogos não deveriam ser novos também?

Sony e demais empresas envolvidas estão é merecendo o selo Capcom de qualidade... Isso sim.

2 de julho de 2014

Mass Effect (PS3) - Aquele Jogo Mega Foda e Mal Portado.


Pois é minha gente...

Muitos anos atrás, eu li o Blog do Amer e vi o post sobre Mass Effect e fiquei morrendo de vontade de jogar. Como sou fascinado por jogos de luta e por ter um controle muito melhor, minha escolha acabou sendo o PS3...

Quando eu o comprei a primeira coisa que eu lamentei foi:

"Caralho, tem Mass Effect 2 e 3 mas não tem o 1, meu PC não roda... E agora? Quem poderá me defender?"

Mais do que naturalmente tocou aquela músiquinha do "pam pam pam pam" e você imaginou exatamente isso:


Não mintam pra mim, eu sei que foi exatamente isso.

Logo após a sessão de vidência... Aqui estou eu curtindo devaneios aleatórios sobre Mass Effect.

Felizmente anunciaram o Mass Effect Trilogy, e eu depois de muito procurar acabei comprando, ainda no final de 2012, mas e a falta de tempo suficiente pra pegar pra jogar? Fui jogando muitas outras coisas, vi e entendi o motivo que todos odeiam o terceiro jogo mas eu não aguentava mais, eu precisava me virar pra jogar.

E foi assim que tudo começou. Eu não tolerei e independente da falta de tempo eu comecei ele. 

Mas enfim, quem me salvou dessa terrível possibilidade de não jogar esse incrível jogaço foi o estúdio Edge Of Reality. Mas digamos que isso é só bom pelo fato de termos a oportunidade de jogar... porque na prática não é bem assim.

Acontece que o jogo é bom mas o port é MUUUUUUITO porco.

Mas vamos com calma. Eu já chego lá.


Primeiramente, vamos falar do enredo. Afinal de contas, é um RPG americano mas ainda é um RPG. Certo?

Basicamente, você controla Shepard. Um herói que você escolhe o passado, podendo ser um cara que sempre teve tesão em uniformes militares, um dramático que perdeu os pais no processo ou que sempre foi bandido e se aliou ao exército da Aliança dos Humanos pra poder chutar mais traseiros. Também pode alterar a personalidade indo do nice guy até o mais filho da puta impiedoso de todos os tempos e também sua classe, sendo assim, a possibilidade de ser um soldado (armas de fogo e PEW PEW PEW adoidado), engenheiro (hacker que pode pegar mais informações e usa menos armas pesadas) e biótipos (que são os que usam poderes telecinéticos e etc...) ou então mais 3 classes que mistura duas das três principais já citadas.

Porém, pegando uma classe mista não será um fodão em nenhuma delas, somente terá algumas habilidades de ambas.


Eu particularmente fui de Vanguard, que é a mistura do Soldado com o Adept. Ou seja, eu usava armas de pequeno e médio porte e tinha de quebra algumas habilidades de biótipo.

E por último você pode escolher se seu Shepard será XX ou XY.

Se não entendeu, volte pras aulas de biologia, aposto que se não tivesse matado essas aulas saberia essas definições.

Com isso o jogo se inicia.

Durante uma missão de resgate, Shepard e mais dois aliados vão salvar uma soldado da Aliança Humana que está em perigo, um Spectre vai na frente, e assim que você cai lá com dois amigos um deles morre. Depois vamos andando e bingo, encontramos Ashley!

Com isso no grupo já temos Ashley e Kaidan, os dois únicos humanos do seu esquadrão e guarde bem esses nomes.

Avançando pouco mais, descobrimos um "farol" e que o Spectre que foi na frente foi morto por outro Spectre, Saren. Esse sem muito falar sai na frente e vamos atrás dele. Chegando à um "farol", que é um artefato de tecnologia alienígena que passa várias visões pra Shepard das quais nada faz sentido e UAU... Temos um belo dum começo.

Com isso, Shepard vai até o concelho intergalático e ninguém leva o que eles dizem à sério, afinal os humanos são de pouquíssima confiança nesse mundo e depois de Shepard se tornar um Spectre provando que Saren é o grande vilão tudo se inicia de verdade. É um início longo mesmo. Mas isso não foi nem de longe um mero spoiler sobre o jogo, a aventura se engrandece é à partir de agora.


Porém... Eu não vou contar! Ahá, pegadinha do Malandro!

Um fator interessante é que o restante da personalidade do/da Shepard é moldado ao longo do jogo com decisões que variam de Paragon ou Renegade, o primeiro é o típico cara bom, nice guy e derivados e a segunda é uma pessoa ruim ou digamos, com visão egoísta o bastante pra se colocar em primeiro lugar.

Mas não é só isso, vários amigos vão te ajudar durante a jornada.

Durante o desenrolar de tudo, mais 4 personagens entram pra seu grupo.

Pra quem não sabe, Mass Effect é daqueles jogos onde a aventura é digamos, muito foda e épica mas o foco está centralizado em seus personagens, por sorte, o vilão Saren é excelente mas o foco maior ta no seu esquadrão.

Não achei screen shot da versão do PS3, então vai do 360 mesmo.

Ashley e Kaidan, os já citados, são humanos comuns, eu não joguei com eles nenhuma vez mas aprofundei com eles muita coisa, e sinceramente... Eles são bem meh. Mas não são toscos nem nada, e sim comparado aos que os outros 4 podem oferecer, eles são até mesmo vazios, mas a Ashley é tosca sozinha. Essa não tem salvação.

Os 4 aliens são Wrex, um Krogan muito daora que tem uma raça já condenada e com isso passamos a conhecer e entender eles um pouco melhor, Garrus, um Turian muito foda, que tem uma personalidade simples do tipo que quer ajudar a limpar o nome da sua raça, que infelizmente Saren e alguns outros fizeram o favor de sujar, Tali, uma Quarian fascinada por tecnologia, que está no processo de peregrinação pra seu amadurecimento pessoal e Liara, uma Asari linda que salvamos durante o game, muito sábia e que nos acompanha em busca de algumas respostas e que todos os jogadores tem um inexplicável tesão por ela.

O jogo te permite a cada missão abrir novos diálogos com todos da nave, não necessariamente com os que você joga, por isso não é necessário jogar com todos pra entender à respeito deles, é aquele típico jogo onde dá a entender que quem vai contigo faz uma coisa e os outros fazem outras dentro da mesma missão. Entendem?

Eu particularmente joguei as missões principais com Garrus e Wrex e as side missions com Liara e Tali.

Meu grupo principal. Simplesmente os mais fodas do grupo.

Agora, o motivo dos dois humanos serem sem graça é...

Kaidan quer nome, ser conhecido por ter feito algo grande e contribuir pro nome da raça humana. E a Ashley só quer provar "superioridade" humana, ela tem um FORTÍSSIMO preconceito contra todo e qualquer ser que não seja humano... Justo num universo onde a diversidade é o ponto forte me vem ela com preconceito... Tosca do caralho! Ao menos eu pude puni-la da melhor maneira possível.

Agora... Não pensem que é um jogo perfeito.

Porque isso é raro. E Mass Effect não escapou da sina de cair em minhas reclamações.

Fazer o que é... é a vida. A ordem natural das coisas é nascer, crescer, ser reclamada pelo Juninho, eu ter razão, e depois ser divulgada em um blog.

Pois é. Agora que entenderam como tudo funciona, vamos adiante.

Eu não sei quanto ao Xbox 360 e ao PC, mas dizem que o gameplay é absolutamente normal nos dois. Apesar de simples, é um gameplay funcional. Mas e no PS3?



Lembra que eu falei que a Edge Of Reality nos permitiu ter acesso ao jogo e a única coisa boa é poder joga-lo em termos de oportunidade, porque na prática não era tão bom assim... Então.

Basicamente, o jogo no PS3 tem bugs violentos e amadores, dos quais com certeza alguém que fez o Duke Nukem Forever poderia realmente se sentir homenageado em determinados aspectos.

Shepard pode mirar e atirar mas no PS3 alguns bugs bizarríssimos acontecem como simplesmente você apertar o botão de mirar e não mirar, ou o de atirar e não atirar. Não pensem que foi meu controle porque eu tenho dois e aconteceu o mesmo problema.

Outro bug alienígena (ba dum tss) foi o fato de simplesmente eu tomar um tiro e a mira de Shepard SUBIR do nada, ou descer. Acontecia mais frequente o de subir, e eu realmente não entendi até agora como isso é possível. Não faz o menor sentido.

Entre outros bugs, temos o carro que nos permitem a exploração. O nome dele é Mako e sua física aplicada nos planetas é péssima, se você jogar, vai ver que os controles dele são horríveis e tem mais, ele pode subir montanhas super íngremes sem a menor dificuldade e em muitos casos onde é necessário conflito direto usando ele, o dano dele é ridiculamente baixo, o de seus inimigos que tem turrets ou mesmo alguns monstros mais fortes chamados de Colossus é absurdamente maior, mas quase sempre existe um relevo onde você atira neles sem que eles te acertem em nenhum aspecto. Tornando as batalhas meio que uma busca de um lugar onde você "burle" o jogo, essa parte foi a única que eu achei com Level Design realmente mal feito.

E o povo gosta tanto desse carrinho, que fizeram centenas de piadinhas como essa:


Esse Mako garante muitas risadas. Eu posso assegurar.

Agora sobre os gráficos.

No PC e 360 são muito bonitos, e infelizmente no PS3 não são nem de longe tão bonitos quanto... Se duvidam, confiram isso aqui:


Nem precisa de muito esforço pra ver a diferença, e se ampliar a foto fica ainda mais evidente porque as expressões faciais no 360 ficam inacreditavelmente melhores enquanto no PS3 temos um efeito "liso". E bem feio!

Outro problema é o bug dos gráficos durante algumas cutscenes, do nada os personagens SOMEM e temos apenas um diálogo com a delícia de uma visão que nos mostra a sala, um quarto ou qualquer lugar, sem ninguém.

Tais bugs aconteceram com frequência até consideravelmente alta, cerca de umas 5 pra 10 vezes num jogo que mal tive 28 horas de campanha pra terminar. E pra piorar tudo vem uma OST que beira o tedioso por ser totalmente inapropriada pra um jogo que apesar de ser um RPG tem como base a jogatina de um jogo de ação. Então... Né?

Outro problema grave foi as side-quests, muitas delas se aproveitam de um determinado local que exploramos no jogo e o repete em MUITAS VEZES.

Simplicidade e drama, assim defino Garrus e Wrex.

Basicamente, você explora planetas, que tem sempre as mesmas coisas, uns minérios e partes de naves ou coisas do tipo que praticamente só aumentam o seu dinheiro e enriquecem de forma totalmente desnecessária o universo do game e em cada um deles tem uma base com inimigos que devemos invadir e matar todos. Um recurso extra pra ganhar experiência e nada mais.

Porém... Todas elas em termos de enredo foram muitíssimo bem feitas, e nenhuma delas é de necessidade pro enredo principal, o que me motivou a ir nesses lugares foi exatamente ver que plot se desenvolveria em cada planeta, mas infelizmente o feeling da exploração era sempre o mesmo: explorar, coletar, achar a base, matar todos e voltar pra Normandy (nave do jogo).

O que mudava era o final dessa parte explorativa justamente pelo enredo, então 95% de TODAS as side-quests são exatamente a mesma merda. Isso cansava e combinado com uma OST que beira o coma foi um saco.

O que posso falar além de tudo isso é que a DLC "Bring From The Sky" é muito foda, um primor de bem feita, com desafio elevado porém no limite (uma vez que saiba usar os relevos mal feitos a seu favor, fica bem fácil) mas tem uma história interessante, um drama bem legal rolando e dizem que a garota que tem maior destaque nessa missão volta no 2.

Infelizmente, só essa DLC vem na versão em disco do Trilogy ou mesmo na versão digital do game, e é a segunda DLC do game, a primeira chamada de "Pinnacle Station" só saiu nos PC's e no Xbox 360 porque o jogo tava tão mal portado no final de tudo que há rumores que o DLC "não encaixava" com o jogo, e bugava tudo. Então depois de algumas tentativas deram o segundo DLC de graça pra compensar a falta desse primeiro, que originalmente também deveria estar no disco.

Pois é...



Agora retomando sobre a OST... o problema dela é que é meio "sem vida", e não necessariamente RUIM. Ela tem a pegada necessária pra ter a identidade de uma história de ficção sci-fi mas ela ao mesmo tempo não tem aquela identidade como em Star Wars que a gente bate o ouvido e entende o recado da situação.

O foda é que dá sono, é meio deslocado, são conversas longas e muita coisa temos de pensar pra responder, tudo isso associado à uma OST quase morta apesar de bem feita não colabora em absolutamente nada pra situação a não ser aquela sensação de tédio mesmo que o enredo e as escolhas sejam o ápice da fodeza.

Ah sim, vale citar que a OST fica boa no final do jogo, se ver que a OST ta muitíssimo melhor, é porque chegou no ato final. Dica preciosa e gratuita.

Outra dica, sempre equipe algum status adicional na sua arma, o jogo te permite um sistema de levíssimas alterações nas armas de forma que você pode por exemplo botar elementos que dão envenenamento nos inimigos logo de cara (foi a que eu mais usei, usei do começo ao fim na verdade) além de aumentar o dano propriamente dito. Minha pistola dava veneno e tinha dano ridiculamente alto enquanto minha shotgun tinha dano igualmente venenoso e ignorando defesa.


Mas vai ser meio tenso de se organizar, o inventário desse jogo é absurdamente bagunçado quando se trata de armas e elementos que temos disponíveis pra status adicionais das armas...

Concluindo, temos um jogo fantástico, um jogo experimental mais do que notavelmente e com vários problemas principalmente na sua versão final portada pro PS3, todos que jogaram no PC e X360 garantem que não tiveram muitos problemas, só alguns mais típicos como carregamento de texturas em alguns casos mas nada sério. Enquanto no PS3 quase tudo é um problema.

Mas independente disso, as sides chatas e a OST morta não é culpa do PS3 e sim do jogo, porém vale MUITÍSSIMO à pena pra todos que tem "medo" de experimentar o modelo americano de RPG ou então pra quem aprecia uma boa história de ficção científica.

O meu maior problema MESMO com o jogo é ele te "FORÇAR" a ser Paragon, pra quem não entendeu, é o seguinte, uma decisão de mesmo peso Paragon te dá mais pontos pra ser totalmente Paragon durante o enredo do que Renegade, ou seja, você é necessário ser MUITO ruim mesmo pra conseguir ser full Renegade, porque o jogo te empurra beneficiando com MUITO MAIS PONTOS pra Paragon.

Pra provar o que digo, numa determinada situação com Wrex, o fato de ajudar ele te dá 29 pontos de Paragon, ser neutro dá nada (olha a merda...), ajudar dando uma dura nele te dá aproximadamente 15 pontos de Renegade ou ser totalmente Renegade (não vou contar como) pode te dar míseros 9 pontos de Renegade.

Escolhendo quais habilidades usar, basta um botão e tudo para até que você decida.

Apesar dos bugs bizarros, esse tipo de conduta do jogo empurrando você a ser uma coisa "boa" porque é do bem é um saco, eu acho que pra um jogo de escolhas, elas devem ter mesmo peso e serem igualmente justas para com o jogador, há quem defenda dizendo que isso é pra forçar o jogador a tentar uma segunda vez a ir pro lado Renegade justamente porque as consequências desse caminho são mais drásticas mas...

...foda-se. Se for assim, mais negócio me botar num caminho linear na primeira jogada e depois abrir o outro oras! Nem faz tanto sentido assim uma vez que a escolha é livre. Assim como as escolhas neutras darem praticamente nada de ponto também serem um saco de ter de tolerar.

Mas apesar de tudo... posso dizer que é um jogo fantástico somente por seu enredo, e por ter culhões o bastante pra botar no jogo a possibilidade de relacionamentos homossexuais quebrando tabus e abordando de forma madura e sutil tais elementos, como eu que joguei com uma Shepard ruiva gatona que de uns pegas na Liara antes da etapa final do game.


Se você aprecia um puta enredo, com diálogos bem feitos e inteligentes, vá em frente, jogue Mass Effect uma vez, duas, ou até mil. Porque vale à pena apesar de tudo. Principalmente com o passar de cada missão os diálogos que vão abrindo com cada personagem é muito bem bolado, motivador  e são tão fodas, que eu me diverti muito mais conversando com a tripulação da nave (principalmente com a galera do grupo) do que fazendo as side-boring-quests do game.

Absurdo o nível das dublagens do game, contrataram uma puta equipe pra isso e não existe nenhum personagem que eu possa dizer que é mal dublado ou tenha algum problema de interpretação. Todos cumprem essa função com maestria. O que é bem raro.

É um jogo de escolhas, e você deveria escolher jogar ele o quanto antes, com tempo, pra apreciar cada detalhe de seu riquíssimo universo, mesmo que ele em alguns casos tenha detalhes desnecessários porém interessantes pra complemento.

Lembrando que seu save pode ser importado pro 2, e depois pro 3 e toda escolha sua tem um peso importante na continuação da aventura, e minha Shepard ruivona terá de lidar com isso em muitíssimo breve.

E se você acha que eu não sou macho porque jogo com uma versão feminina de Shepard, o máximo que posso dizer é foda-se porque ela pegou a Liara e você não.


Otário!


Enjoy!