31 de agosto de 2014

Mass Effect 3 (PS3) - Entre O Amor E O Ódio


Caramba, esse título me lembra uma música da minha banda favorita.

Mas... pois é, terminado Mass Effect 2, agora comecei o 3. Acredito que esse post será tão longo ou maior que do 2, pega um pacote de Ruffles e um suco aí.

Não, Ruffles tem pouco demais, pega qualquer coisa pra comer ou uns 5 pacotes de Ruffles, aí sim. Na dúvida, troque por Doritos porque Doritos é amor demais da conta.

Mas.... esse jogo é polêmico por criar piadas como essa:


Mas isso é uma piada com o final do jogo, porque o começo já tá bem errado...

Antes de mais nada, quero deixar bem claro que a EA é uma FILHA DA PUTA mas não pelo final, isso eu xingo depois.

E sim, por como eu já disse, terem vendido parte da história no ME2, Lair of the Shadow Broker e The Arrival.

A primeira citada é de Liara, a gente jogando entende mesmo que superficialmente sobre o que ela é e se tornou mas não mostra como, então já fica uma dúvida, e mesmo que isso seja ruim, você pode até dizer que é fácil "deduzir" sobre o que rolou, mas não é tanto porque vários diálogos ligados à Liara (ou se tiver ela no grupo) citarão coisas de Shadow Broker e você não entenderá nada... E pra piorar... Tem a The Arrival não, essa é primordial pro entendimento do começo do terceiro jogo da série.

Sem ela, o jogo já começa com um tremendo buraco de forma que não entendemos nada:

"Como assim, to aqui a meses, sem contato com a Cerberus e tão me acusando de ter feito isso?"

Isso é o feeling de um jogador de ME3 que não teve contato com The Arrival.

Se a EA pode foder muito bem com o rabo de todos nós que amamos Mass Effect, claro que ela não faria isso só uma vez, ME2 assim como o ME1 eram jogos completos, tais DLC's já eram um mero complemento pro segundo jogo mas usar isso como base na introdução do terceiro jogo é simplesmente ridículo, muita gente odiou a introdução do jogo por coisas como essa mas tem um outro problema que eu vou citar logo abaixo depois de uma coisa que quero esclarecer.

Antes de mais nada, eu vou falar nem do enredo e nem do gameplay, nem mesmo das músicas e sim da parte mais problemática de toda a história da trilogia Mass Effect.

O desenvolvimento do terceiro jogo...

Casey Hudson, o cara que foi cagado pela EA.

Casey Hudson, produtor da série, havia "marketado" (a palavra não existe mas todos usam, então foda-se) tudo que haveria no terceiro jogo de acordo com o desenvolvimento original, mas tivemos um problema... Mass Effect 2 vendeu demais. Principalmente fora dos PC's. Com isso e DLC's de história vendidas separadamente, o lucro da EA não poderia ser maior e tiveram a "brilhante" ideia de transformar o jogo em uma coisa focada em Multiplayer Online. Com isso houve uma simplificação da história e me digam QUAL O MALDITO PROBLEMA DE TER QUE MEXER NA HISTÓRIA PRA FAZER O MULTIPLAYER?

Eu acho que tenho a resposta.

Na verdade... Acredito, que o ÚNICO "problema" que me é visto como lógico se chama investimento.

O investimento que seria dado à única coisa realmente incrível de Mass Effect, ou seja, seu grandioso enredo com base em conquistas, decisões, responsabilidades e consequências foi provavelmente voltado à melhorias de gameplay, servidores online, modos de jogo multiplayer e etc. Havendo assim uma necessidade de simplificação da história do game.

Dizem que a BioWare vendeu a alma pra esse diabo da foto.

Com isso, a história teve de ser retrabalhada em alguns bons pontos, mas isso não a estragou, não totalmente...

Tais problemas misturado ao final problemático do jogo, mancharam o nome de Hudson que saiu da BioWare logo após ME3 ter sido lançado e meio que ele falou algumas coisas do enredo.

O enredo originalmente teria uma mirabolância danada, sendo os Reapers como uma espécie de povo desesperado que precisa de ser ajudado mas ninguém os ajudava por serem fortes demais e ainda que incapazes de se virar sozinhos nesse aspecto, ao ter os pedidos de ajudas negados, tais medidas desesperadas seriam tomadas, incluindo a aniquilação de povos mais inteligentes (quem jogou sabe exatamente do que to falando) na busca por algo que fosse de uma ajuda pra eles, durante tudo isso, desenvolveriam um soldado que tinha uma "missão" que seria de salva-los.

Adivinha quem seria esse soldado? Se você respondeu *NOME* Shepard. Acertou. Acertou em cheio.


A missão de Shepard seria inconscientemente buscar uma solução pro problema de seus criadores, lembrando que no 1 você é orientado pelo artefato Prothean no final a NÃO AJUDAR nunca os Reapers e não questiona-los, nem mesmo tentar entende-los e provavelmente tudo isso mudaria de acordo com o fato que você morre no segundo jogo e é totalmente reconstruído, suas memórias voltam normalmente mas poderia sim haver um processo que JUSTAMENTE ALI você poderia mudar no decorrer dele e do terceiro jogo. Até mesmo Harbringer fala no final do 2:

"Humanos, vocês não mudaram nada, a salvação está a caminho."

Essa salvação não é clara, não fica definitivamente exposta de quem ou o que seria salvos, era justamente pra você pensar o óbvio e ter um choque de realidade no final de tudo porque haveria um plot twist genial que te deixaria com a boca aberta e o cu na mão.

Além do mais, não deixou claro se o final do jogo seria com base em suas ações de suma maioria Paragon ou Renegade, ou seja, um final Paragon com base no que você, jogador, decidiu e o mesmo pra Renegade ou então se cada uma das opções daria 3 variações sendo assim um total de 6 finais.

Ele até mesmo diz, que "finais convencionais" de jogos da BioWare como A, B ou C não seriam usados da mesma forma, que seria uma visão diferente dos jogos que já tínhamos jogado.

Palavras do próprio Hudson:

"As Mass Effect 3 in the end of the planned trilogy, the developers are not constrained by the necessity of allowing the story to diverge, yet also continue into the next chapter. This will result in a story that diverges into WILDLY DIFFERENT conclusions based on player's actions in the first two chapters"

O que me faz pensar que ou haveriam 3 finais pra cada caminho ou cada caminho teria um desfecho completamente diferente do outro usando puramente suas ações. Ou seja, salvou isso, acontece aquilo, não salvou, acontece outra coisa, e etc.

Caso pense que estou de mimimi, não, não estou, eu comprei o Trilogy do PS3 e comprei todas as DLC's do ME2 e ME3, naturalmente eu vou ter uma visão bem mais positiva do jogo que quem jogou ele totalmente "pelado", agora vamos ver como ficou essa nova base de enredo.

Porém, essa simplificação exigiu uma nova visão, e ela é a seguinte:

Poucos meses após os eventos de ME2, ou seja, 3 anos após os eventos do 1 e os eventos que sequenciaram no 2, Shepard está na Aliança Humana e isso já é meio que um problema.

Por que?

Se você concordou com Illusive Man e queria ajudar ele sendo Renegade... Ja era.

Você, jogador, não jogou o 1 ao lado da Aliança e o 2 ao lado da Cerberus mesmo contra a própria vontade? Ao meu ver, ficou bem claro, que se eu fosse Paragon no 2, significaria que eu faria o que é certo, de forma pacífica, indo totalmente contra os princípios extremistas da Cerberus e indo à favor da Aliança Humana, enquanto ser Renegade seria ser bom e fazer a coisa certa porém ao ritmo de crueldade e todos os tipos de atrocidades necessárias justamente por um bem maior, abraçando ainda mais a causa da Cerberus que me fariam eventualmente me distanciar das causas da Aliança.

Entendem isso? O fato de no 3 eu COMEÇAR na Aliança humana, sem a menor escolha disso e sem uma consequência do caminho maior que eu segui no jogo anterior, querendo ou não é um "problema".

Usei aspas porque é relativo, muitas pessoas acham que isso é parte do fluxo da história e eu não. Eu vejo totalmente como uma forma preguiçosa ou mal feita que foi afetada por causa do desenvolvimento do jogo e seu projeto inicial alterado pra algo menos complexo.

Não necessariamente ruim, eu não disse isso.

Mas pensem comigo, se a Cerberus me reconstruiu e eu abracei a causa, por que não continuar ao lado deles? Porque não ter um ponto de partida desde o começo ao lado deles?

Eu vi isso como uma incrível "parte cortada" da narrativa, poxa vida, eu desde o começo pude escolher tanta coisa e o 2 inteiro é uma "escolha" sobre qual lado se aliar, eu fiquei MUITO triste por isso.

Retomando, eu estou na Aliança, indo responder por umas coisas que aconteceram em The Arrival e de repente...

~A WILD FUCKING INVASION APPEARS!~


Porra, muito louco, os Reapers chegaram, foderam com tudo e simplesmente com poucos momentos de jogo a Terra se encontra ferrada, fudida e lascada, totalmente pega de surpresa por ninguém ter levado fé no aviso do "farol" (beacon) que Shepard teve no começo do primeiro jogo e a Terra está totalmente enfraquecida e Anderson, líder da aliança dos humanos envia Shepard numa missão de buscar reforços.

A grande e total maior graça por conta desse terceiro e último capítulo dessa saga é ajudar seus velhos e novos amigos à encontrar saídas pra seus problemas em suas respectivas terras natais e com isso levar o que restar dos sobreviventes pra Terra. Isso é uma sacada muito mas MUITO FODA!

Pena que mal usada em determinados aspectos. Mas eu chego lá.

O gameplay teve consideráveis melhorias, afinal de contas, a tentativa da EA era justamente essa, manter um foco em multiplayer. Desnecessário pra cacete. Mas aconteceu.

Agora podemos fazer tudo que já fazíamos no 2 mas temos esquiva, sim, dodge, literalmente cambalhotas e corridas mais fluídas pro seu/sua Shepard.

Boa parte do jogo se manteve parecido com o 2, com leves melhorias no modo geral, agora ao invés de 4 armas, podemos ter 5, duas pesadas nas costas e três no coldre, a mira ta muito mais rápida e é até meio difícil de se acostumar, mesmo porque eu vim de 2 jogos onde a mira era algo mais "travado", mas não ruim, acontece que no 3 é sensível demais, mas é uma leve questão de costume, com 2 ou 3 horas eu já tava gritando HEAAAAAAADSHOT loucamente.

O cover ficou estranho, apesar de melhorado, ele é sensível demais e não precisa mais apertar o botão de cover pra sair dele como no 1 e 2, e como eu já tava recém adaptado, demorei pouco pra me acostumar, além de acidentalmente pular as plataformas e etc.

O problema do cover é quando ele simplesmente para de responder naturalmente, há MUITA mas MUITA gente que reclama disso, é bem natural botar pra cima e Shepard não andar ou ir pro lado, e botar pro lado e ele sair do cover, é muito bizarro, tentaram automatizar o cover, e até deu certo porque funciona bem mas só funciona quando quer mesmo. Do nada o cover pode se tornar uma maratona de bugs.

Comigo mesmo, bugou uma ou duas vezes mas quando bugou foi muito bem bugado viu. Puta merda!


Uma coisa legal que continua são os upgrades de poderes que se mantiveram da mesma forma do 2, você vai abrindo e ramificando, sendo que em determinados níveis de poder você pode ramificar podendo escolher apenas um, e as alterações nas balas do ME1 também voltaram no 3.

Você pode atribuir novamente status nas balas de cada arma de forma diferenciada, podendo se adaptar melhor pra cada situação. Mas definitivamente a mudança que mais me agradou foi da health bar.

Lembra que eu falei que o HP regenerava de graça demais no 2? Então, é isso, no 3 só seu escudo regenera, no 1 nem isso, era tudo manual, era até bom mas infelizmente todo o resto colaborava pra ser uma campanha à beira do frustrante por ter um gameplay nada funcional, enquanto no 2 era de graça demais.

No 3, somente o escudo regenerando deixando a barra vermelha do HP intacta aumenta o uso de Mid-Gel de forma que acaba atribuindo mais desafio e maior estratégia no uso dos já citados itens de cura. Mas ele mantém a mesma função do 2 de ressuscitar seus amigos na hora do aperto, regenerando seu escudo automaticamente e botando seu HP no máximo, porém o uso deles agora exige mais cuidado.


E agora também, se o amigo cai, você pode ir lá levantar ele, não faz diferença pra mim, não ter de forma funcional ou ter funcionando bem, não fede nem cheira. E como funciona bem, acaba sendo bem-vindo.

Uma das coisas que virou um "problema" pra muitos foi o fato de ter perdido ainda mais elementos de RPG de forma geral passando mais feeling de um shooter que o normal, o 1 era um shooter mal feito com RPG, o 2 era metade RPG e metade shooter, o 3 é mais shooter e até justificaram isso como a guerra contra os Reapers do jogo ser o motivo disso, sendo que na verdade só passa isso porque o gameplay tem um refinamento que um shooter focado em pew pew pew teria.

Sinceramente... ser uma guerra não justifica o motivo de gameplay com mais feeling de shooter, isso foi feito pro multiplayer que é o que a EA queria vender aproveitando a marca Mass Effect se consagrando.

Até golpes físicos que antes tinham pra se usar em situações de aperto, agora tem pequenos combos e se segurar o botão de bater vai ter um golpe concentrado pra mandar o inimigo longe. Muita coisa foi alterada pra ficar cada vez mais similar à um shooter comum.

Poderiam muito bem deixar determinadas coisas do gameplay só no online mas não, preferiram enfiar garganta abaixo dos jogadores causando um imenso desgaste em missões que agora não são longas e legais como do 1 ou mais curtas como no 2 e sim missões enormes no 3 com um desafio maior.

Esse desafio é até bom, mas...

...é um desafio com base no número de inimigos você enfrenta, nem na missão final do 2 você enfrenta tanto inimigo como em MUITAS missões do 3, mas o mais absurdo é que essa dificuldade é SOMENTE baseada em número de inimigos porque em muitos casos a IA do jogo simplesmente desliga.


Mas quando ela fica normal, é um aperto danado, principalmente no começo do jogo, é uma espécie de modo "kill kill kill" que a IA tem e é sufocante você e mais dois personagens enfrentando HORDAS (literalmente) em situações que até mesmo te obriga a fazer missões  como "clear the area" ou esperar por reforços e foi exatamente por isso que aconteceram milhões de piadas chamando Mass Effect 3 de Gears of Wars 3.

Por muitas e muitas e muitas vezes eu andava, via um cara dando cover, ele olhava pra mim e não reagia, cheguei a ficar parado na frente de um e absolutamente nada aconteceu. Enquanto eu não atirei nele, ele não reagiu ou me entendeu como inimigo.

Isso contribuiu pra uma melhora de gameplay no geral MAS.. perdeu AINDA MAIS o feeling de se estar jogando um RPG, mas se no 2 era meio a meio, poderiam manter agora no 3, mas com mais elementos de RPG se perdendo, cada vez mais Mass Effect 3 se aproximava de quase qualquer shooter em terceira pessoa, só que bugado. Houveram severas reclamações já no 2 por ter menos "cara de RPG" que o 1 e o 3 só distanciou esse público ainda mais e aproximou um público novo focado em shooter e multiplayer que pouco se importava com a história.

Querem a prova? Ou melhor... Mais uma.

O que antes no 1 e 2 podíamos fazer com a barra de Paragon/Renegade no 3 ela serve pra tão pouca coisa que é quase inútil, determinados personagens sempre morrem e não é o problema eles morrerem e sim os que você pode salvar.

Sabe por que? Porque o que salva um personagem que é possível de se salvar como Grunt ou Jacob é simplesmente ter a missão de fidelidade deles do 2 e eles sobreviverem na missão suicida. Enquanto Miranda por exemplo, se quiser salvar ela vai ter que fazer uma série de coisas por fora do jogo, a ideia nem é ruim, mas tá vendo a utilidade da sua barra de Paragon/Renegade? Ela simplesmente sumiu. Não pra tudo, mas em vista dos dois primeiros é como se ela perdesse 80% da importância.


A prova disso é que o jogo agora tem três modos, um onde é mais próximo de um RPG mas que basicamente só diminui a dificuldade, um modo normal que é o que você vai ver no modo padrão do jogo e um modo totalmente automático, que a dificuldade é maior e as escolhas e conversas são todas passadas automaticamente com escolhas ligadas no modo RANDOM!

Isso é muito mas MUITO absurdo. Tanto é que você inicialmente tinha que pegar War Assets no jogo. War Assets é o que te ajuda na sua EMS que é a Effective Military Strenght. Ou seja, a barra que mostra quanto em números você tem de aliados.

Agora, no começo do jogo, quando lançado, se quisesse War Assets você tinha que ficar jogando online pra coletar eles, e depois atualizaram pra virar a ÚNICA coisa de exploração dos planetas. O único motivo de se explorar planetas é justamente os War Assets que você coleta depois atualizar o jogo.

Aí você pensa que ignorar os War Assets e a EMS pode dar em nada. Mas é justamente ISSO que determina o final.

Com 5 mil pontos (agora atualizado é bem fácil) você simplesmente vai lá e tem o direito de ver os 4 finais.

"Uai e tudo que eu escolhi?"

No final não serve pra nada. Mas isso só piora, aguarde e confira.

Afinal, os problemas não param por aí.

O  mais bizarro é que automatizaram tanta coisa como as portas que tinham "códigos" pra abrir no 1 e 2 (no 1 por QTE e no 2 usando dispositivos de eletrônica) e agora era basicamente só esperar que a porta abria sozinha, Shepard faz tudo pra você... Eu não vi a MENOR necessidade disso, mas colocaram. O jogo é entupido de coisas simples e pequenas porém problemáticas e se estende até coisas bem maiores que citarei logo mais.

Ashley, a racista mais gostosa da aliança humana voltou. Se você deixou ela viva, claro.

O gráfico... Ah meu deus, outro problema.

"Ah Juninho, você é um chato"

O que eu posso fazer se eu pago original pelo produto e ele não é tão competente quando deveria? Pois é.

O gráfico do jogo é bem porco não por ser feio (até porque, feio não é) e sim por MUITAS carregadas de texturas ao longo do jogo, um tom mais escuro que eu realmente não sei de onde veio e principalmente por ter pegado uma engine pronta (Unreal Engine 3) e polido ela tão pouco de forma que o lindo 3D do jogo anterior não é mais tão bonito assim no terceiro jogo...

Basta conferir a diferença no nível de acabamento da armadura do Shepard pra ter uma breve noção do que digo.

Sem falar nas cutscenes com quedas de frame no PS3 que mais parece que o jogo ta rodando de 15 a 30 FPS ao invés de 60 como no Xbox 360 e PC. Mas segundo relatos, mesmo com muito menor frequência, tais problemas também aconteceu nas demais plataformas.

O gráfico escureceu do 2 pro 3 (???) e como essa Shepard parece com a minha o.O

Como eu já sei que vão falar que eu to exagerando, deixo aqui um link que mostra tudo. Nem é necessário assistir mais de 30 ou 40 segundos pra ver a queda de frames...

E provavelmente alguém vai falar que no PC não tem quedas (o que é bem normal), então peguei a mesma cena no 360. Confiram aqui.

A diferença é grande como deu pra notar... Sério, investiram TANTO assim à ponto de quase tudo sair prejudicado?

Ao menos as músicas melhoraram tipo... PRA CARALHO!

Sério, é o único provável ponto onde a série somente evoluiu nos 3 jogos, as músicas chatinhas do 1 e as genéricas do 2 meio que se fundiram, as do 3 meio que pega um pouco de cada uma e meio que a fusão das duas coisas gerou uma OST fuderosamente foda. É DE LONGE a melhor da série, é quase que sem discussão, apesar de em alguns eventos usar músicas do 1 e 2 (que são poucos eventos, muito poucos) as do 3 de longe se mostram superiores por encaixar com 100% de perfeição em todos os momentos do jogo.

A evolução é tão mas tão grande, que se possível jogar com fone, jogue. Porque vai valer à pena. E confesso que em muitas missões mais chatas a OST me fazia continuar jogando e jogando e jogando. Porque é bonita, bem feita, agressiva, triste, mas tudo na medida certa. Dá gosto ouvir essas músicas, dá gosto falar delas.

Pena que o enredo do jogo não dá tanto gosto assim com tantos bugs e problemas.

E agora sim, os problemas maiores que eu prometi, da história.

Começando pelos personagens. Onde houve um absurdo nível de queda de qualidade e de carisma nos envolvidos.


Inicialmente temos Ashley ou Kaidan, onde um dos dois sobrevive e se você for do tipo que não atura os humanos, ainda pode matar o sobrevivente dos dois em poucas horas de jogo. Meu Kaidan sobreviveu, amadureceu, então poupei a vida dele e dei uma chance pra ver se ele deixava de ser o picolé de chuchu do primeiro jogo pra ser algo mais e sim, valeu à pena.

O mesmo pra Ashley, se você foi americano o bastante pra deixar ela viva. Sinceramente TODOS os gameplays que eu vejo com a Ashley são de americanos, tá mais que na cara que foi um personagem criado pra eles, ela é chata, egoísta, racista e nojenta, e mesmo amadurecida e tendo um motivo, ainda não justifica tamanha prepotência e arrogância vindo dela. Eu não a suporto então ela morreu e bem morrido pra mim. Mas tive que dar uma pesquisada né?

Depois temos Liara, a Shadow Broker, que infelizmente sem jogar a DLC do 2 você dificilmente entenderá o que se passou com ela à menos que corra pra uma wiki da vida ler tudo sobre esses eventos. Mas Liara voltou mais madura, mais interessante, mais inteligente e ainda mais carismática. Nos dois primeiros jogos eu fiz minha Shepard namorar com ela, esses romances são algo que eu realmente não me importo mas aconteceu o evento e eu simplesmente só permiti e deixei rolar.

Depois temos James Vega, o segundo melhor humano da saga Mass Effect perdendo somente pra gatíssima Jack. Vega tem um drama bem interessante, um sofrimento um tanto quanto profundo e não é muito difícil simpatizar com ele e seu sotaque espanhol. Mas infelizmente ele ainda é um humano e como de costume continua sem graça perto dos aliens.

Quem voltou também foi Tali, que se suicidou no meu jogo... Acontece que nesse jogo fica ainda mais forte a guerra dos Quarian contra os Geth e fica muito fácil entender (ainda melhor) como os Geth são injustiçados e eu não fiquei do lado dos Quarian, isso ao lado de uma escolha minha fez com que eles fossem quase dizimados e com isso somada á liberação dos Geth que eu permiti, ela acaba por se matar.

Ela dá uma de Gesse Howard e se joga de um precipício... Patético...

Foi nesse jogo que eu entendi de forma digamos... Bem viva como a mente dos Quarian funciona, e isso é através de Tali, que volta ainda em sua peregrinação, e ela não melhorou muito do 2 pro 3, continua praticamente a mesma coisa. Então ela continua legal.

EDI agora está no grupo, sim, a inteligência artificial do jogo usando um corpo de robô, até faz sentido a explicação e tudo mas não adianta, o carisma dela é enquanto nave, dentro do grupo acaba não sendo lá grande coisa mas ela continua carismática como sempre, e os diálogos com ela são quase sempre legais, principalmente agora que pinta um clima dela com o Joker, o piloto mais legal da galáxia.

Meu time fixo em Mass Effect 3 - The best turian and the last prothean

E novamente, melhor e mais foda do que nunca GARRUS VAKARIAN! Garrus se manteve como meu favorito e membro fixo no meu time de novo, se ele era foda no 1 como quase Batman usando seus dotes investigativos e seu sarcasmo no 2, agora no 3 ele volta praticamente como Jade Curtiss do Tales of the Abyss, líder de um pelotão de seu planeta, mas que não gosta da parte burocrática e nem "certinha" de um militar, ele quando pode, abandona tudo pra ajudar Shepard mais uma vez, porque limites é pros fracos, Garrus gosta é da ação sem compromisso que só a Normandy poderia lhe proporcionar.

E através de uma DLC paga temos Javik, um prothean (sim, daquela raça extinta... ou melhor "extinta") e sinceramente a DLC dele é chatinha, difícil (como todas as DLC's...) e que tem um background forçadíssimo no meu humilde ponto de vista mas Javik por si só é um acréscimo gigante pra série como um todo porque ele tem como parte de seus poderes, tocar e saber tudo que aconteceu com cada personagem.

Isso ajuda pra conhecer ainda mais as culturas e o universo de Mass Effect. Ele usa isso no decorrer da história se usa-lo em seu grupo mas por ter sido de uma raça ultra dominante, a mais foda do universo, Javik é MUITO arrogante, mas digamos que ele "pode" ser assim. Ele só não entende totalmente que sua raça caiu e meio que diz coisas como se ela ainda existisse, mas ao decorrer do jogo ele vai baixando a guarda e ficando um personagem ainda melhor do que já era quando entra no jogo.

Por motivos como esse Javik e Garrus foram praticamente fixos em toda a minha campanha, esporadicamente jogava com os outros pra dar uma leve variada mas no geral eu joguei com os dois.

Mas apesar da queda de qualidade do grupo em relação ao 2, o grupo em si é muito foda, pena que caiu PRA CARALHO o nível, uma vez ainda que como seria a guerra, a EA e a BioWare anunciaram que TODOS os sobreviventes estariam no jogo ao seu lado, mas isso acontece de uma forma um tanto quanto broxante...

Pegue a Terra de volta. Do jeito que Marcus Fenix nos ensinou.

Inicialmente, tem o que eu falei acima do começo na base da Aliança, mesmo se eu tivesse sido um cara que aprova as ações da Cerberus, notavelmente ignorando já uma possível escolha do jogo anterior.

E o final, vou deixar pro final. Of course.

Mas lembra que eu falei o jogo tinha uma sacada foda de recrutar personagens ajudando eles nas suas possíveis invasões e etc.

Então, é uma ideia genial, você por exemplo TEM que fazer uma missão opcional entre um evento e outro, senão o envolvido naquele incidente pode morrer, afinal é uma guerra, é uma invasão e tempo é o que você menos tem.

Com isso você vai eventualmente encontrar seja pelo fluxo normal de jogo ou side quests, velhos companheiros como Wrex, Jacob, Miranda, Legion, personagens de demais DLC's e que você salvou nos jogos anteriores e etc.

As partes do fluxo da história são brilhantes, são muito mas MUITO fodas e Mordin por exemplo tem um desfecho emocionante mas o problema ta nos que não são obrigatórios...

Kai Leng, um cara que vai te dar MUITOS motivos pra odiá-lo.

Meu save do jogo simplesmente BUGOU em uma coisa. Muitos personagens vão te mandar um email falando que precisa de ajuda, ou seja, recebeu VÁ E FAÇA a missão, as missões principais (chamadas de Priority) podem esperar, mas essas sides não. Se você demorar a fazer o jogo vai entender como se tivesse deixado o personagem e sua missão de lado e ele pode morrer... Ou melhor. Ele VAI morrer.

Mas.... Thane, Jack e alguns outros personagens eu simplesmente não vi porque não recebi email deles, a missão deles não apareceu pra mim em NENHUM aspecto, algumas missões aparecem conversando com personagens ou ouvindo conversas de outros, é bem legal mas isso quando o jogo não buga.

Por conta disso, Thane não me mandou email, ele sobreviveu no meu save do 2 na missão suicida e ele era leal a mim. Ele DEVERIA aparecer numa determinada parte e simplesmente isso não aconteceu.

Vi relatos de pessoas dando load no mesmo save por várias e várias vezes até o danado aparecer mas porra, que tipo de jogo é esse que eu pago original, atualizo bonitinho e tenho de ficar repetindo eventos pra ver se uma hora o jogo simplesmente entende que o personagem DEVERIA ESTAR LÁ!!!

ISSO É RIDÍCULO! É PORCO! É MAL FEITO PRA CARALHO!

Thane não me enviou o email do hospital com nome trocado pra eu ir verificar, ele não apareceu numa missão que Kai Leng deveria mata-lo e eu não vi seu funeral, eu não vi nada dele durante o jogo inteiro. Foi um bug incomum que simplesmente tive o desprazer de desfrutar no meu save e confesso. Isso naquele instante matou boa parte da minha vontade de jogar na hora.

Thane foi parar no mural dos mortos, sem eu nem saber como ele morreu. O resto dos personagens nem sei como ficou porque fiquei tão mas tão triste, que só finalizei logo e nem procurei saber direito. De tão desapontado com o fluxo da história naquele ponto.

Anderson deixa a barriga de lado e mostra seu lado de estrategista veterano. Muito foda inclusive.

Agora vamos usar como base as missões que acontecem entre as missões de prioridade. Ou seja, as que os personagens envolvidos podem morrer.

Sabe o que me irrita nisso tudo? Além de algumas no meu jogo terem bugados e nem sequer terem sido citadas?

Seguinte, existem side-quests nos planetas que você explora que são literalmente IDÊNTICAS à essas. Só que essas podem esperar, as outras não.

"Ah Juninho, as que os personagens morrem são de personagens que eram do seu grupo?"

Mas tem missões assim com personagens do seu grupo como Grunt e Samara onde há esse necessidade de urgência e possibilidade  de mortes e sabe o que muda nessas missões? Nada!

Elas tem o mesmo conceito usado de formas diferentes. E isso se pelo menos o jogo não bugasse, ainda tava bom. Mas existe a possibilidade do jogo bugar e se você quiser vai ter que meramente contar com a sorte. E como sorte e Juninho nunca andam juntos...

Outro fator DE BOSTA é o seguinte, vou dar um mísero spoiler... Se Legion sobreviver, ele simplesmente vai participar de uma missão crucial do game, mas... se você vender ele pra Cerberus no 2 ou deixar ele por algum motivo morrer na Sucide Mission do 2, o que acontece no fluxo da história no 3?

Nada. Eles simplesmente colocaram outro Geth no lugar dele, só que sem carisma algum. Não é como na própria missão dos Krogan onde se ninguém salvar os Krogan (ou seja, se Mordin e Maelon morrerem no 2) eles NÃO se salvam.

E isso é frequente no jogo inteiro, se querem botar consequências, que colocassem consequências de peso, que mostrasse pra gente que o que jogamos e escolhemos teve SIM muito significado seja de forma positiva ou negativa.

Mas pensa que é só isso? Calma. Ainda tem o final que é ainda pior.

Mas não antes de falar das DLC's.


"Javik vai dar merda no final do jogo"

From Ashes, é a DLC do Javik, que eu disse acima, que força uma barra tremenda pra ter um prothean vivo mas no geral acaba sendo uma DLC incrível porque acrescenta ao universo do jogo um personagem que sabe tudo de todos, isso revela determinados aspectos que a gente não sabia e acaba que mesmo de uma forma arrogante, nos apresentando os demais fatores culturais de cada raça de uma forma diferente do padrão e sem auxílio de um Codex.

Omega é a DLC da Aria, lembra dela no 2? Então. O puteiro espacial foi tomado e você vai recuperar ele no braço! Com Aria no seu grupo! Confesso que achei meio chata também essa DLC mas da metade em diante ela ganha um ritmo muito mas MUITO bom e tem um desfecho muito irado. Também valeu à pena.

Leviathan era pra ser uma DLC que explica um dos buracos do jogo, que é sobre os Reapers, lembra que eu falei que originalmente seriam uma raça desesperada pra se salvar usando métodos extremos? E isso foi removido certo? Com isso eles são a "ordem" da galáxia mas que no fundo só são os caras do mau porque sim e pronto. Essa DLC explica um pouco melhor mas não justifica suas ações. Ela é boa e provavelmente a melhor DLC porque explica a origem dos Mass Relays, alguns detalhes dos reapers mas não justifica o que deveria justificar.

E tem Citadel, que é uma DLC divertida, que reúne muita gente pra uma missão e depois pra festa. Não é canônico e nem nada demais e eu nem imagino essa DLC fazendo falta pra alguém. Mas é com certeza MUITO divertida apesar do final boss ser MUUUUUUUUUITO difícil e relativamente bugado. No meu save eu tive que baixar a dificuldade porque eu caía na batalha já morrendo totalmente de graça. Ou seja, outra batalha mal feita...

Leviathan... E sua marca das cavernas. Muito foda

Mas a festa é logo em seguida do chefe, você pode fazer na hora ou depois de zerar o jogo. Assim que eu zerei fiquei TÃO desapontado com o final que nem me dei o trabalho de fazer a festa. 

E além das 4 DLC's tem o Extended Cut, que é a DLC gratuita pra "corrigir" o final de bosta da série. Que no final só deixa a merda um pouco menos fedorenta e não resolve porra nenhuma.

Além do mais ele acrescenta o final "nothing" ao jogo, do qual você não faz nada e deixa tudo se escafeder... E acaba sendo um final redundante porque um jogo de escolhas onde você não escolhe nada numa parte tão crucial como o final acaba sendo bem imbecil.

Não pense que o final é o motivo maior de hate do jogo, muita mas MUITA gente já fez posts como esse, que eu recomendo se já tiver jogado e souber inglês, o cara explica muito bem os motivos de tamanho ódio ao jogo.

Outro motivo é o fato de Illusive Man ser simplesmente o cara mal e pronto, tudo que você fez como Renegade no 2 e se você apoiou a Cerberus, tudo cai por terra. É simplesmente a forma de justificar o fato de que no começo você não pode ser à favor dele e de sua causa. Então o jogo faz o que? Elimina ele e Anderson, ou seja, os dois pilares de Paragon e Renegade do jogo te entregando uma situação pronta e mal feita. É aí que começa o problema do final.

Eu sei que você gostaria que Shepard estivesse aí...

A justificativa pra Illusive Man no 3 ser o cara do mal me quebrou as pernas, porque destoou totalmente do cara com objetivos que eu vi no 2. Isso ao meu ver foi a tacada preguiçosa da EA/BioWare pra eliminar toda a sua possibilidade de um questionamento sobre tudo que fiz no 2 como Renegade e uma possível luta ao lado deles.

Mas isso é só o começo dos problemas do final. Que é simplesmente uma merda porque jogam um personagem no seu colo, que não te explica nada e ainda diz na sua cara sobre quem fez tudo aquilo:

"YOU DO NOT KNOW AND I DON'T HAVE TIME TO EXPLAIN"


PORRA BIOWARE! PORRA EA!!!!

Aceitar isso por si só já é ruim e ainda me dão 3 finais de merda que não mudam nada e mal tem um efeito de mudança de cor numa explosão? Sério?

Nada contra quem realmente gostou e entendeu mas ao meu ver 99% das pessoas que engoliram esse final não entenderam o quanto ele é tosco e preguiçoso. O Extended Cut resolve parcialmente o problema mas não muda o fato de que me tiraram do foco, me jogaram um personagem do nada e concluíram a história com base nisso.

Porque o que muda com o Extended Cut é justamente o que acontece depois da explosão. Se antes era a explosão e pronto, agora é a explosão, algumas ilustrações com uma narrativa diferente pra cada uma de suas escolhas e mais nada. Ou seja, o problema maior não é a parte cinematográfica que mal muda e temos 3 finais com 3 cores diferentes numa explosão. O problema é outra coisa.

A série em 2 jogos e 90% do terceiro te causam um nível de exigência gigantesco e o problema não é a ausência de um final feliz, não é a possibilidade de todos sobreviverem. É uma guerra, então é natural que haja, mortes, perdas, sacrifícios, e demais coisas.

Mas não justifica 3 finais igualmente parecidos, o que as pessoas querem não é uma tragédia forçada em 3 situações ou um final feliz e perfeito. O que queríamos eram variações.

O problema do final não é só isso. O problema maior sem sombra de dúvidas está no StarChild chegar do nada, te aplicar uma lógica inquestionável, Shepard aceitar tudo aquilo na maior naturalidade e simplesmente concluir a trama com base nisso.

E tão grande quanto o StarChild é 3 finais prontos pra TODO MUNDO ignorando TUDO, absolutamente TUDO que você tanto lutou pra proteger e construiu, se salvou a rainha Rachni ou não, se deu liberdade pros Geth ou não, se salvou Ashley ou Kaidan, se você no final do 2 entrega a base Collector pro Illusive Man ou não. Tudo isso não faz A MENOR FUCKING DIFERENÇA! É ISSO QUE IRRITOU A TODOS!

É ISSO QUE ME IRRITOU! E É ISSO QUE VAI IRRITAR AS GERAÇÕES FUTURAS QUE JOGAREM MASS EFFECT!

Querem um final onde haja total variação, pra que sendo assim, finais diferentes gerem discussões por gostos e não um ódio profundo por 3 finalizações de merda.

Que geraram muitas piadas como essa:


O que faltou é um pouquinho de boa vontade, de amor ao que faz na hora de produzir esse jogo.

Se eu gostei? Sim. Apesar de tudo sim, mas escrevi esse post com muita tristeza, seja por conta dos bugs e perdas que tive como na storyline do Thane, dos glitches, do final horroroso, dos elementos mais que jogados e das suas escolhas perderem boa parte do peso ao decorrer de vários jogos.

Quer outra porqueira? Muita gente queria ver o rosto da Tali no ME1 e ME2 e no 3 como foi um jogo vetado, corrido, feito de forma porca, pegaram uma imagem totalmente aleatória do Google Imagens e aconteceu isso:


A Tali existia antes do jogo existir. Uau. Que criatividade...

Sabe qual é o nome disso? Eu digo à todos: PREGUIÇA! P-R-E-G-U-I-Ç-A!

Joguei Mass Effect 1, 2 e 3 em seguida, torcendo pra que tudo que eu li e vi do 3 fosse mero exagero. Que fosse mero extremismo, mas não é. Infelizmente ele é um bom jogo com problemas tão mas tão graves que sim, de certa forma afetam a experiência mais que emocionante que foi jogar. Confesso que não consigo odiar o jogo ainda, mesmo com tantos problemas, mas eu consigo compreender totalmente quem odeia esse jogo.

Tanto é que joguei Mass Effect Jokes no google imagens e as zuações com os dois primeiros jogos são de coisas naturais e brincadeiras até saudáveis enquanto as do 3 são 90% ofensivas... E esse é um dos raros casos, onde a maioria tem toda razão.

Se vale à pena? Sim. Até vale, mas o ideal é jogar com a consciência de que apesar de um bom jogo, ele é um gigantesco passo pra trás em vários aspectos com uma das piores finalizações das história dos games.

Não sei se é o pior final de todos os jogos que eu já joguei, afinal de contas ainda existe Final Fantasy VIII pra isso. Mas com toda certeza é um dos piores sem sombra de dúvidas.


Mass Effect 3 é um bom jogo, um ótimo shooter, mas um péssimo RPG, um péssimo Mass Effect, uma péssima continuação com o final que provocou a maior revolta dos fãs NO MUNDO até hoje. Podem pesquisar, isso é verdade. A quantidade de pessoas decepcionadas ultrapassa todo e qualquer limite normal de um jogo com final aberto ou vago.

E na boa, mais do que merecido todo esse ódio. É um dos poucos casos onde a maioria tem total razão, porque o que a EA fez com Mass Effect foi simplesmente esculhambar com toda a experiência de vários jogadores que diferente de mim, não imaginavam como seria esse desfecho.

Mais bizarro que tudo isso gerou um ódio tão grande que inúmeros fãs fizeram milhões de MOD's com finais alternativos, e o que mais me chamou atenção foi justamente um deles que trocava o StarChild por uma inteligência virtual Prothean. O cara fez o que? Usou a mesma situação dos finais (ou seja, três cores na explosão e um final que rejeita tudo) mas com muito mais sentido e que se eu jogasse aquela versão, ficaria satisfeito.

Pois é, um cara em casa fez melhor que uma empresa grande. Que vergonha hein?

Observação: Antes que diga sobre extremismo e o fato de terem mudado ME3 no rumo original pro rumo que já conhecemos, saibam de um simples fator.

Somente 10% da equipe original do ME1 e ME2 estava envolvida em ME3.

Isso justifica muita coisa.

10 de agosto de 2014

Verdades Sobre Resident Evil



Resident Evil... Resident Evil... A polêmica franquia que nasceu em 1996 num período onde o único survival horror existente estava nos PC's - ou seja Alone in the Dark, e mal dava pra ter acesso ao jogo, e ainda por cima todos reclamavam dizendo que tinha uma péssima jogabilidade e outros demais problemas.

Aí veio Resident Evil e revolucionou tudo, criou uma legião de fãs sólida e depois eles se mostraram totalmente rebeldes quando a franquia virou ação no 4 e 5... Mas a pergunta é uma só:

Faz sentido?

A nostalgia REALMENTE pode trair e vou mostrar algumas coisas que provam que no fundo, a franquia não mudou taaaaaanto assim... Esse post aqui vai funcionar mais ou menos como a Fórmula Final Fantasy.

Antes que digam que odeio Resident Evil. Não, eu gosto e muito da franquia, mas não concordo com uma pá de coisas ditas sobre a série pelos mais extremistas.

O por que de tudo isso? Só lendo pra crer.

E vamos torcer pra no final eu não seja muito xingado, e não sofra de nenhum ataque que me infecte com o T-Vírus.

Puzzles Patéticos

Meu Deus, o que farei? Já sei. Ligarei pro CAPITÃO ÓBVIO.

Ok, vamos começar pelo elemento que mais se perdeu dentro da franquia: Os puzzles.

Ou melhor "puzzles". Porque usei as aspas? Porque puzzle é o que te faz pensar, teoricamente falando, o que temos em Resident Evil 1 por exemplo são bons puzzles, aqueles sim.

Do 2 pra frente, muita gente aceita numa boa, mas não, aquilo NÃO é puzzle, eu diria que é uma mera quebra de ritmo pra shooters, porque é isso que eles realmente são. E não necessariamente digo que é uma coisa ruim porque eu gosto deles.

Mas a verdade é que... a presença deles simplesmente do 2 em diante não faz a menor diferença, são patéticos de fáceis, não é muito difícil se resolver os puzzles do RE2 ou RE3 por exemplo só com tentativa e erro, isso definitivamente não pode ter o nome de puzzle, se querem bons exemplos basta andar fora da franquia da Capcom e verá um monte deles, como belo exemplo o enigma do piano do Silent Hill e dentro da franquia temos praticamente qualquer puzzle do RE1.

Ainda que ser atacado pelos corvos ao errar não faça sentido... Esse é um puzzle de respeito.

Você pode falar que o 2 e 3 tem "puzzles mais fáceis" e de certa forma não estará errado, mas pensa comigo, um puzzle, como eu disse acima, é o que te faz pensar, existe um enigma e você precisa PENSAR pra resolver e não usar tentativa e erro pra achar uma solução.

Não que tentativa e erro seja uma alternativa ruim pra se resolver algo, mas foge da própria lógica do termo puzzle.

Tanto é que no 2 eu não vi nenhum difícil e no 3 o único que eu achei desafiador é aquele do final do jogo, do medidor de água porque o resto deu pra passar batido. 


Enredo Clichê... E RUIM

Vamos combinar que o enredo de Resident Evil nunca foi dos melhores...

Sério, qual é a maior fama da Capcom? Criar jogos típicos de Arcade, quando eu digo Arcade não é necessariamente da máquina de fliperama e sim bons jogos com bons gameplays sem muito background. Isso acontece nas duas maiores franquias dela que são de longe Resident Evil e Street Fighter.

Basta pensar o quão vago é a história de TODOS os jogos dessa série, é simplesmente ridículo se for levado minimamente a sério.

O 1 é a mansão "mal assombrada" (não há literalidade nisso viu, por favor...), só faltou a risada de bruxa na entrada pra ficar mais clichê. O 2 é a cidade tomada por zumbis, coisa beeeeee típica também, o 3 é um pouco antes do 2 com a mesma cidade tomada por zumbis mas dessa vez com a heroína fodona intocável.

Mansão... Zumbis... Pessoas presas. Acho que eu NUNCA VI nada parecido antes.

E por mais que eu prefira os jogos do 4 em diante, os enredos deles são ainda piores. Principalmente do 4 que é tão mas TÃO imbecil que durante uma cena do jogo eu quase tive um colapso nervoso de tanto rir.

O 5 também é uma bosta de enredo com direito à uma cena final ridícula de Chris dizer pra Wesker que seu plano é digno de um vilão de quadrinhos... E o 6 por mais que eu adore o jogo tem um enredo igualmente bobo, clichê e retardado. Eu até costumo dizer que o 6 só tem pouco mais de enredo porque tem quatro campanhas entrelaçadas então ele é menos vago, e nem Revelations escapa, mas o Revelations ao menos tem começo, meio e fim (eu digo fim de forma que há conclusão da "história" e você vê o que aconteceu com cada personagem) mas como a história também é ruim, eu diria pouco menos ruim mas ainda ruim, então no fundo não muda muita coisa...

A cena que eu quase morri de rir do 4 foi essa:


Se não entendeu onde está a piada, você precisa de ajuda. Procure um médico.

E um ponto muito ruim da série são seus finais, a maioria deles é "vamos pra casa" sem mostrar muita conclusão de nada. Tá certo que o enredo do jogo é simples e não permite muita coisa mas Revelations tem a mesma pegada e ao menos conclui a trama.

Isso definitivamente mostra o quão pouco a Capcom se preocupa com o enredo dessa série, à ponto de nem se preocupar em montar uma conclusão decente. Qual a diferença desse tipo de conclusão com os típicos finais de Arcade?


Exploração Limitada Faz Tanta Falta Assim?

Vamos por partes, guarda essa faca de açougueiro e vamos com calma, muita calma.

Nos primórdios do PS1 o jogo era 3D, com gráficos renderizados, ou seja, nem tudo do cenário era 3D tornando em partes limitada a quantidade de cenários com itens a serem achados, balas e tudo mais.

No fundo no fundo, acaba sendo limitado, e insisto, se querem uma exploração boa nesse ponto basta pegar quase qualquer jogo 3D daquela época que ERA totalmente 3D (*COF COF* SILENT HILL *COF COF* DINO CRISIS *COF COF* TOMB RAIDER *COF COF* ) então vai ver a total diferença.

Me lembro claramente de ter por exemplo, várias situações onde haviam 3 portas, duas abertas e uma fechada, você pega a chave ali perto e é bem óbvio que só falta a porta trancada pra você usar a chave. Querendo ou não é uma exploração? Certo?

Tradução da legenda: "Abre a única porta fechada até agora".

Sim. Claro que é. Mas é limitada. Porque fica óbvio demais e isso NÃO é uma coisa ruim, mas os fãs tanto dizem sobre a falta dela em jogos posteriores como se os antigos tivessem o melhor sistema de exploração do mundo e NÃO era. O 4 mesmo tem pouco disso, bem pouco eu diria, porque por muito pouco ele não é uma total linha reta como todos os jogos que vieram depois dele.

O jogo que eu achei bem bolada a exploração foi justamente o Revelations, e ele é bem dividido, muito purista ainda odeia ele por ter uma câmera em terceira pessoa (ou primeira no 3DS) mas não é nada grande coisa, ele só tem a ideia dos primeiros usada de uma forma pouco diferente e em 3 dimensões...

O que eu acho melhor nos antigos era o fato de não ter uma linearidade, mas não adianta muita coisa quando a exploração é totalmente pobre, e acaba não fazendo tanta diferença assim.


Medo? Só Se For do Mr X.

Sim, exatamente. Resident Evil nunca foi TERROR e sim survival horror, ou seja, o horror voltado pra sobrevivência, mas dentro todos os monstros, criaturas e demais coisas do jogo, o ÚNICO monstro que me deu um pouco de tensão foi esse danado aqui:


Um cara de 2 metros, com uma roupa tampando quase todo seu corpo, num rosto sem expressão e que vem devagar atrás dos seus inimigos no maior estilo Michael Myers, engraçado como ele provoca real aflição e sem abusar de coisas bobas como tentáculos e demais bobagens que monstros como Nemesis usam.

Mas você provavelmente se perguntou porque eu digo que só o Mr X dá um medinho, uma leve aflição funcional (que era pra ter em todos mas...) e eu te digo, a resposta é bem simples:

Com ele o combate NÃO existe até o final do jogo (no segundo disco, claro) é ver e fugir, correr. E ele vem andando tranquilamente... Como se você não fosse nada, isso é de certa forma, uma manobra bem legal de causar um desconforto, uma pequena aflição porque você pode descarregar duas metralhadoras giratórias nele e ele NÃO VAI CAIR. O combate simplesmente não existe. Isso, exatamente ISSO tornam ele tão legal.

O que me assusta no Nemesis são esses dentes que ele não escova desde 1999

Enquanto Nemesis você pode fugir ou lutar e se decidir lutar você pode enfiar uma granada na boca dele e mandar aquele Tatsumaki Senpuu Kyakuu gostoso nele que ele vai se foder.

Vamos ver quantos entenderão essa piada com a Jill...

Isso é tão verdade, que Jill empurra ele do alto de uma torre e faz ceninha de piedade.

Unstanak do RE6 dá pra ver que é uma mistura entre Mr. X e Nemesis, e até funciona bem, ele tem a parte de fuga porém ao mesmo tempo abusa de elementos como sair correndo feito louco atrás de Jake e Sherry te obrigando a fugir em determinado pontos se esconder. Ele se assemelha à Nemesis no modo como foge e ao Mr X por ser um tanto quanto mais sóbrio se comparado à demais monstros da série.

Mas não tem o mesmo impacto do bizarro e estranho Mr X.


Terror B Não É Terror

Há um pequeno erro nesse título de "B", antigamente um filme B era um filme com investimento mais barato que dividia a sessão com um filme A, ou seja, um filme com investimento alto e notavelmente com ingressos mais caros.

O termo eventualmente se deturpou e virou algo como "tenta ser e não é", é como um filme de comédia que não te faz rir ou um filme de ação que te faz dormir.

Resident Evil é mais ou menos isso, pra mim ele nunca tentou ser terror, eu sempre me diverti pelo gameplay e personagens porque enredo e temática são os mais batidos possíveis e depois de ver Shinji Mikami, criador da série, falar sobre The Evil Within algumas coisas como:

"Vamos resgatar o horror que se perdeu em franquias como Resident Evil"

Boa Mikami, com uma cena de "terror" dessas não sei como Resident Evil não virou filme... Não, pera.

Eu realmente comecei a ter dó do cara, ele TENTOU MESMO fazer terror. E falhou. Miseravelmente.

Porque ninguém com mais de 10 anos leva a sério um "terror" que tem como base monstros de laboratório que usam tentáculos pra matar, ou cães que pulam de janelas e nem mesmo situações de "perigo" nos quais você é um SOLDADO (ou o mais próximo disso) que tem de se virar naquela situação de "perigo".

UAU, um soldado que sabe se virar no perigo da infecção...

Definitivamente, não. Isso é Terror B. Com toda a glória possível, e terror B não é terror.

É uma tentativa falha de ser, o único jogo com um belíssimo potencial pra isso é o RE2 onde há uma situação de perigo, com muitos inimigos e etc, mas forma que os dois personagens caíram de para-quedas. Leon tava no primeiro dia de serviço, Claire procurava seu irmão e ninguém imaginou que tudo aquilo estaria daquele jeito, diferente de todos os outros onde eles vão até a situação de perigo.

Esse é o motivo pelo qual tanta gente ama o RE2 e eu compreendo claramente, afinal é onde tem mais perigo propriamente dito.


Mas infelizmente, o enredo da série é bobo, não se leva a sério mesmo quando tem potencial como o já citado acima ou Revelations.

Tão verdade, que como eu poderia levar tais falas com um mínimo de seriedade?!?!

RE1: "Você quase virou um sanduíche de Jill"

RE2: "Não atire em mim, sou humano" (voz de síndrome de down)

RE4: "Você sabe Leon, nós somos americanos" - E o Leon fala como se fizesse sentido... WHAT THE FUCK?

RE5: "Ei Wesker, e você vai nos julgar? Você tirou essa ideia de alguma história em quadrinhos?"

Ok, já que vimos falas típicas de "terror", bora pro próximo tópico.


A Franquia Virou Ação no 4? Será?

Vamos pensar friamente. No maior estilo Mr Freeze.

O 1 era um jogo onde havia escassez de balas, um número considerável de inimigos (era pouco, muito pouco, mas em vista do número de balas...) então havia um lugar fechado no qual os personagens passavam boa parte do tempo trancados e tudo mais. De fato, por mais clichê que seja a mansão com pessoas presas dentro, a mecânica e tudo mais colaboravam claramente pra ser um jogo legítimo de sobrevivência, ou seja, como tem monstros, acaba por ser Survival Horror, o mais puro e legítimo possível.

Até aí, tudo certo.

No 2, foram inseridos mais monstros, uma atmosfera mais urbana porém manteve parte do espírito, havia boa parte daquele lance de sobrevivência mas agora você poderia se muito bem entendesse lidar com boa parte dos monstros (se for muito bom, pode acabar com todos), essa possibilidade de matar mais e mais, mesmo que de certa forma sutil, é o que? Um elemento de ação. Mas não total. O que o torna um jogo de Survival Horror por sua essência maior ser sobreviver em meio à tudo aquilo passando por puzzles e etc.

"O LIXO DO RE4 TEM AÇÃO DEMAIS, ATÉ TEM BARRIL DE GASOLINA PRA ATIRAR E EXPLODIR"

No 3... Os puzzles ficaram mais patéticos de fáceis que os do 2 já haviam ficado em relação ao 1. Alguns dos "desafios" do RE3 era abrir um galpão com pé de cabra, queimar uma corda, a caixa de música... Fala sério. Mas... Qual era a grande e maior diferença do RE3 pros dois anteriores?

O volume de inimigos, que eram em hordas, o número de balas que DESDE O COMEÇO era MUITO grande, a quantidade de armas pesadas, e o simples fato de que você poderia fazer sem muito esforço uma matança generalizada.

Isso é ruim? Não. A mecânica era ainda a mais usada por jogos de survival horror, como RE3 também era um dessa mesma época acaba por ser considerado por muitos como tal, mas como eu trabalhei em bancas de revistas (na verdade ainda trabalho, minha família tem monopólio municipal nisso) eu me lembro claramente de RE2 ter sido anunciado em revistas como Ação Games com título de SURVIVAL e RE3 como AÇÃO.

Se for pensar direitinho, não é necessário ter uma mecânica de survival horror pra ser survival horror, tal como não precisa ser um jogo inteiramente realista e 3D pra ser terror e a prova disso é o Lone Survivor, sim, aquele fanmade 2D.

Dino Crisis 2 e Paraside Eve 2 eram jogos de ação. Resident Evil 3 não era muito diferente, o fato de ter um ser cheio de tentáculos correndo atrás da Jill e cachorros pulando de janelas impedem ele de ser TOTALMENTE ação, mas não tira o fato que Jill tem muita mas muita bala MESMO, esquivava, dava cambalhota e vendia Jequiti nas horas vagas.

Rapaz, como a mocinha indefesa do 1 evoluiu, quase uma super heroína.

Pensa bem, RE3 e RE4 são absurdamente parecidos nesse ponto, o que muda mesmo neles é exatamente a mecânica usada em suas épocas. Claro que há diferenças mas são bem pequenas no feeling e eu vi muita gente que gostava do RE1 e 2 torcer o nariz com tanta força que viraria do avesso quando o 3 foi lançado...

"RE4 E RE5 TEM INIMIGOS DEMAIS, NOS ANTIGOS NÃO ERA ASSIM"

Com tudo isso em mente, Code Veronica veio com tudo, era difícil, sobreviver com Claire era absurdamente tenso, tinha puzzles que pareciam ter sido feitos por pessoas com uso de alucinógenos e tinha bem a cara do primeiro jogo com leves elementos do segundo.

E aconteceu o que? Rejeitado. Justamente tudo que reclamaram que havia em excesso no 3, foi simplesmente rejeitado em Code Veronica.

Tudo isso ligado à uma desnecessária exclusividade, obrigaram o próximo jogo da franquia a ser algo mais ação, tal como o RE3 tinha sido. E foi exatamente isso que aconteceu.

Quer outro elemento perdido no 3. Lembra quando se achava uma chave no 1 ou 2? Você tinha que fazer o que? Examina-las. Entender em qual porta usar mas não bastava chegar e clicar, você TINHA que analisar justamente porque era o meio que o jogo tinha pra te "avisar" que não bastava sair pegando tudo feito um maluco, e sim que havia uma necessidade de ter mais atenção com os itens achados.

E isso só foi limado no 3. Onde pegava a chave e ia direto abrindo tudo. Pode parecer bobo mas é um elemento sutil de exploração a menos.

O 4 só aumentou ainda mais uma ação já existente no 3, os puzzles que todo mundo reclama que mal tem no 4, já mal haviam no 3. A ação de Resident Evil nasceu no terceiro jogo da franquia.

Tá vendo como a nostalgia pode ser traiçoeira?


Personagens

Eis aqui o ponto mais alto da série, tal como quase todo jogo da Capcom, os personagens tiveram uma excelente art design e são altamente carismáticos mesmo tendo o background digno de um personagem de shounen.

Ou até mais rasos... Tipo... Qualquer um.

A grande verdade por trás do sucesso absoluto de Resident Evil ao longo dos anos é o carisma que a esmagadora maioria dos seus personagens transmite como Chris, Jill, Claire ou Leon. São excelentes exemplos que até mesmo não ofuscaram tais novatos como Sheva, Parker ou mesmo Jake e Piers do polêmico RE6. E isso se amplia aos vilões como Wesker, Ada Wong e William Birkin.

Capcom sempre foi muito mestra nesse aspecto e não é difícil usar exemplos como Captain Commando, Phoenix Wright, Street Fighter e demais outros jogos onde a esmagadora maioria eram focados em absoluto gameplay. Afinal de contas, ela é conhecida por ter sido aquela que revolucionou os arcades e de certa forma continua fazendo jogos bem próximos disso até hoje.

Olha que quantidade bacana de personagem daora.

Não, eles não são personagens ruins por serem rasos, é exatamente o contrário, eles são bons até demais pra personagens tão rasos, normalmente não teria nada demais neles mas eles tem o carisma necessário pra fazer uma franquia vender.

Afinal de contas, em termos de Survival Horror tanto na época quanto hoje já temos jogos melhores, e não precisa achar que o mesmo não se aplica à hoje com jogos de ação da franquia porque é ainda mais fácil.

O que torna os jogos de Resident Evil de forma geral bons são em boa porcentagem pelos personagens. Porque se formos realmente severos, a lista de jogos melhores é BEM grande. Independente do quão revolucionário ele foi pra sua época seja no 1 pela sobrevivência ou no 4 por ter influenciado boa parte dos jogos de ação.


Finalizando...

Parabéns se você leu até aqui cuidadosamente. Eu realmente agradeço por isso, afinal de contas Resident Evil costuma ter uma legião de fãs com absurdo nível de extremismo tal como os fãs de Final Fantasy.

Mas... Quero que saibam que não questionei gostos e sim lógica. Nada além disso.

Eu nunca disse que não gosto da série, eu gosto é até demais e esse post é só pra mostrar que nem tudo que dizem sobre tais mudanças é necessariamente justo.

Muitas dessas afirmações como "ser terror e não ser mais" ou "virar ação do 4 em diante" são um abuso porque simplesmente forçam uma barra tremenda, principalmente por mudanças ocorridas logo após o primeiro jogo da franquia, e isso é o que?

"Estilo policial? Sai fora, prefiro o estilo Matrix. Mais estilo"

Nostalgia. É a nostalgia traindo você e suas boas lembranças, fazendo com que vejam o jogo como adultos de uma forma que o enxergaram quando crianças ou adolescentes. O papo de "foi terror pra época" simplesmente não funciona, porque Metal Gear Solid 1 é uma experiência cinemática num jogo de ação tanto lá na época quanto hoje em dia. Aspectos como esse são atemporais e não é o caso de Resident Evil se tratando de algo voltado ao terror.

Se impressionar com o fato de algo ser possível num jogo (como zumbis, situações de perigo, etc) é diferente de realmente de sentir medo propriamente dito, porque o máximo que o RE antigo proporciona são sustos mas qualquer coisa pode assustar.

Lembrando aquilo que todo mundo já sabe, havia uma banda chamada Biohazard na época e isso não permitia que o jogo fosse lançado com esse nome no ocidente, eles tiveram que mudar pra não ter que pagar direitos autorais pelo nome.

Então essa desculpa de "ah, mas o foco antes era mansão e etc" simplesmente não existe porque o tema do jogo é justamente infecção de armas biológicas, sejam em proporções pequenas ou grandes, então eles não estão andando muito fora da linha desde o começo. O foco do jogo está justamente nas armas biológicas, no combate à elas, então... Qual o problema? Se o problema aumentar ou diminuir de proporção... A lógica inicial ainda estaria sendo respeitada.

Se querem saber o que acho da franquia? Acho ela excelente em seus dois aspectos mas acho que já deu praticamente tudo que tinha que dar, acho que é hora de encerrar porque já tem jogos demais de sobrevivência e de ação, então é hora de repaginar, renovar, claro que eu compraria um novo, mas tudo que fica longo demais, tende a cansar seja de uma forma ou de outra.

Em breve, em 2029

E só pra constar, Shinji Mikami foi tão azarado que mesmo tendo feito Resident Evil 1, o mais importante jogo criado por ele pra indústria dos games é justamente o Resident Evil 4. Por ter revolucionado o modelo de jogos de ação que viriam depois dele, e sabe o que é ainda mais irônico?

Ele fala mal do 5 como se tivesse muita diferente dele pro 4... E sabe o mais irônico ainda? Ele fez Vanquish que é um jogo com AINDA MAIS AÇÃO que o Resident Evil 5 tanto criticado por ele.

Definitivamente... Não dá pra levar esse cara a sério, tanto quanto a franquia igualmente não permite.

Afinal de contas Resident Evil como terror é um bom filme de comédia.