19 de julho de 2015

10 Motivos pra Jogar (Até Sangrar) Hotline Miami



Hotline Miami é dos indies que mais sacudiram o mundo por aí, diferente de muito jogo violento AAA, a violência de Hotline Miami choca, dá gosto e por algum motivo me deixou tão satisfeito que comecei a andar armado com facas e usar as portas contra meus inimigos.

Mas deixando meu lado psicopata de lado, agora quero deixar a minha recomendação sobre Hotline Miami, por que caralhos você deveria jogar ele, mesmo que pirata (apesar que o ideal seria o original pelo incentivo) pra conhecer essa delícia sangrenta dos mundinho eletrônico.

Agora, sem muita firula, vamos lá pro derramamento de sangue.

Fácil de platinar/conquistar

Bom, troféus são algo que eu realmente dispenso, não compro jogo por ser fácil ou difícil de platinar, acho isso uma terrível bobagem em 99% dos casos mas devo admitir que os troféus/conquistas de Hotline Miami são do tipo que dão gosto.

Não existe burocracias intermináveis como fazer jorrar sangue em cada mísero quadrado do jogo, nada disso, são conquistas simples e diretas, divertidas e que qualquer jogador normal faria caso gostasse pra caralho do jogo.

Do tipo: "Vou limpar essa área e fazer rank A", mas aí entra a parte boa do jogo...

Desafio recompensador 

O desafio!!!!!!!!

Hotline Miami é conhecido vastamente por ser um jogo bizarramente difícil, com poucos checkpoints e faz os casuais chorarem sangue de ódio. Você vai passar por inúmeras partes das quais vai morrer com um, no mais tardar, DOIS tiros. E isso se forem de uma arma mais leve e de muito longe, porque a chance de morrer assim que abre uma sala é gigante, estratégias devem ser montadas mas reflexos não podem ser ignorados.

É uma aula de como manter um jogador jogando muito tempo, meio que afeta o orgulho dele, tal como Dark Souls, Ninja Gaiden e alguns outros, é muito comum pensar:

"Não, não foi agora, mas na próxima vai, com certeza vai".

Principalmente nos chefes, vish, como você sofrerá.


Mecânicas do caralho

Não adianta nada o jogo ser difícil como Dark Souls se tem mecânicas de Yaiba Ninja Gaiden Z e falhas técnicas que te matam por causa do jogo, em NENHUM momento eu vi as mecânicas extremamente divertidas do jogo minimamente falharem, o sistema é bom, é rápido, empolga e é inacreditavelmente polido.

As armas tem números de bala, as armas brancas podem ser arremessadas, ao abrir a porta você pode usar ela como vantagem pra bater nos caras do outro lado e etc.

Tudo funciona bem, tem suas letrinhas espalhadas por todo o jogo formando uma frase que libera o verdadeiro final e por aí vai.  E ainda tem algo que pode te segurar por muito tempo.

Se acha que é só andar e atirar, engano seu, vai ter um cado a mais que isso, e as máscaras que alteram o gameplay só deixam tudo ainda melhor.

Trilha Sonora ESPETACULAR

Que é a bendita trilha sonora do jogo, que é ridiculamente foda. Se existe algo em Hotline Miami que chocou meio mundo e é unanimidade na qualidade é sua trilha sonora.

Ela é exemplar, simplesmente extraordinária e pega vários gêneros musicais antigos e de certa forma os "atualiza", a fórmula com isso ta perfeita pro sucesso, músicas de new wave, jazz e algumas coisas das quais não saberia identificar brotam do nada com um incrível carisma carregado em notas musicas e prendeu a minha pessoa de forma assustadora.

Joguei por horas e horas e horas e mesmo quando eu ficava PUTO com o jogo e uma parte da qual eu falhava muito, uma coisa me motivava, que era a trilha sonora, algo similar a jogar as missões chatas do Mass Effect 3.


Porque violência é sempre bom.

Sim, a pergunta mais comum do jogo é:

"Do you like hurting other people?"

Muita gente respondeu:

"YES! I DO".

Violência é sempre bom, e no caso de Hotline Miami mesmo pra um jogo 2D, ele é meio chocante, ali você mata com tiros, facas, pés de cabra ao estilo Coringa, explosões e até mesmo joga o cara pro chão e pisa na cabeça até a morte, ou pode golpear  com armas e etc.

É sempre muito gratificante pegar aquele flho da puta que te matou nas suas 98731297312873 tentativas e surrar ele com aquele gostinho de "morre viado do inferno".

É o típico jogo que PROVAVELMENTE vai chocar sua mãe, irmã mais nova, tia, sobrinha e até mesmo talvez seu pai se for muito conservador, mas vai arrancar um sorriso daquele seu tio sacana que visita nos finais de semana pra filar o almoço.

Tudo que é bom dura pouco

Sim, Hotline Miami é curto, tal como muitos jogos atuais, a diferença é que ele tem mais conteúdo mecanicamente falando que a maioria, então acaba sendo mais satisfatório mesmo sendo tão linha reta quanto qualquer outro jogo de ação atual.

Por sorte, a duração dele não é ofensivamente curta como Toren (que não é ruim) que beira as duas horas de campanha, aqui vamos derramar sangue por média de 6 a 7 horas e talvez 8 se você for tão ruim quanto eu.

"Ah, mas se é curto igual aos outros por que eu jogaria esse?"

Porque a conquista de se terminar ele tem muito mais sabor, o que tem mais graça? Terminar um Call of Duty qualquer que regenera seu HP, te dá mil balas a cada tropeço que você  dá no cenário ou um jogo do qual tudo é contado, tem de saber usar e morrer é quase tão comum quanto Dark Souls?

Pense a respeito.



Existe uma sequência

Nem tudo que é bom vende muito, a prova disso são as vendas baixas de muitos jogos obscuros por aí, ou mesmo de alguns famosos que por algum motivo ficaram com filme queimado por causa de um jogo anterior ou coisa parecida.

Com Hotline foi o contrário, por algum motivo, ele ganhou um destaque fora do comum, chamou a atenção da mídia, que o abraçou com unhas e dentes e deu um abraço tão forte que poderia ser aquela sua avó gorda te apertando.

Com isso, vendeu pra caralho, os devs ficaram com o cu cheio da grana e sorrisos de satisfação e isso gerou uma sequência da qual ainda não joguei pra falar se é boa ou ruim. Mas o fato de existir, prova que vendeu significantemente bem e que essa parcela aprovou o primeiro jogo com todo louvor possível, seja pela OST, pelo desafio ou pelo level design. Ou como no meu caso, pelo conjunto da obra.

A história é supervalorizada mas merece um destaquezinho

Na verdade eu achei a história muito meh, não é metade do que dizem, e o final é legal mas não é aqueeeela coisa que tanta gente fala, dá pra ver que HM é muito mais focado nas mecânicas e imersão do jogador com o jogo pela atmosfera e músicas do que pela narrativa em si.

Ela tem seus pontos interessantes? Sim, mas ao meu ver não a usaram direito e acabou sendo um diferente ok e não essa Coca-Cola toda que geral vive falando.

Mas por que ela valeria um destaque se ela é meh?

Bom, muita coisa em HM acontece de forma bizarra, algumas vezes recebemos telefonemas de gente que não deveria ter ligado, vimos algumas pessoas falando de forma ilógica e incoerente e sugere uma porção de coisas na sua mente até que você entenda verdadeiramente o que diabos aconteceu.

Talvez o 2 conserte isso, só digo isso com base na minha experiência com esse jogo em questão.

 
Hotline Miami é um indie de muita moral

Os indies ao meu ver são como uma força da natureza, você ignora agora mas em algum momento vai ter que se dedicar a eles. Eles são a salvação do mercado ao meu ver em boa parte dos casos quando penso num "futuro gamer" pra indústria.

Jogos cada vez mais marrom e cinza, e sem graça, repetindo e reciclando franquias e ideias com frequências tão absurdas quanto as reprises de A Lagoa Azul.

Os indies vem inovando, sem uma publisher mostrando qual caminho devem seguir, com isso eles tem mais liberdade e vira e mexe encontramos coisas com inovações sejam elas visuais ou mesmo mecânicas, boa parte dos jogos mais criativos do mercado tem sido indies.

Como prova viva temos Freedom Planet que é um Sonic melhorado, Rocket League que é a única maneira divertida de se jogar futebol, Shovel Knight que ressuscitou assombrosamente os platformers, Skullgirls com suas maluquices carismáticas e dentro do Brasil ainda temos boas ideias como "A Lenda do Herói".

Hotline Miami trouxe o velho molde de jogos de ação 2D vistos de cima como GTA's antigos, misturando uma aventura linear com aquela mecânica antiga porém polida e com uma incrível imersão pelas músicas. Além de claro, a violência gratuita como porta-voz  do jogo.

Décimo motivo e não menos importante: eu indico fortemente

Todos sabem, aqueles que já acompanham o blog, o quanto eu sou fervorosamente chato.

Não sou de pagar pau pra qualquer jogo, o que eu falei de bem de jogos como Mass Effect 2, Tales of the Abyss ou algum outro do qual não me lembro é tão raro quanto alguma coisa boa pro povo vindo do governo. Então se eu indico o bagulho é louco.

Então, se apesar da história num ser tudo isso e do desafio que de vez em quando beira o ilógico de tão alto e te faz passar limitações incríveis e quase se sentir um Super Sayajin por raros motivos errados, ele é um baita jogo, merece a fama e a continuação que tem, e de fato, merece ser prestigiado, mesmo um original do jogo que nem é de longe algo que possa ser chamado de caro.

Afinal de contas, quantos jogos de 10 horinhas de duração você pagou sei lá... 100 ou 150 reais? Por que não pagar pouco menos de 20 por esse ou quase 40 pelo segundo?

....

 O décimo motivo foi meio bosta, né? Não, isso não é falta de ideias pra uma décima razão pra qual jogar, é só o meu ego...

....claro, meu ego.