28 de novembro de 2012

Motivos Para Jogar Street Fighter III

SAAAAALVE CAMBADA!

Andei relativamente sumido, muitas coias rolando mas enfim, isso é um blog de muitos assuntos e não um divã para desabafo.

Cheguei fervendo mesmo, pulando com os dois pés e tudo!

Enfim, eu vim aqui pra agradecer todos os leitores do blog, por que cerca de três meses atrás atingi 100 mil visitas.

E de repente, com 3 meses estou com mais de 160 mil.

Sinceramente, fiquei muito empolgado ao ver que tudo isso se deve à um blog simples, sem nenhuma intenção financeira de arrecadar lucros com visitas, eu posto aqui sempre que posso e gosto disso. Não existe nada que pague um comentário elogiando ou fazendo um comentário crítico construtivo!

Mas em todo caso, eu vim aqui pra falar de uma das franquias que melhor entendo.


STREET FIGHTER!

Of Course!

Eu já falei bastante da série por aqui, em especial na postagem sobre meus personagens favoritos e como os americanos ferraram as frases do jogo.

Enfim.

Basicamente, Street Fighter teve seu auge no segundo jogo da série, uma popularidade bem alta na série Alpha e agora no IV ultrapassa horizontes com suas mil versões e seus jogadores sem vida social que perdem toda a adolescência fazendo trials e jogando online com combos que te fazem perder a vontade de jogar.

Pois é, a vida é cruel mesmo.

Mas tem uma coisa que me desagrada bastante.

O terceiro jogo da série é visto de forma excluída pelos próprios fãs da série e por fãs de jogos de luta de modo geral ele é bem aceito como todos os outros jogos de luta bons.

Mas Street Fighter III não se limita ao "bom", ele é inexplicávelmente foda!

Bom... inexplicável não né, caralho!

FOCO JUNINHO, FOCO!

Se fosse inexplicável essa postagem teria a mesma utilidade do Select na sua manete.

Agora vamos ao que interessa!



Novos ares, novos personagens!


A Capcom prometeu um novo ar pra série e fez isso com maestria.

O problema é que nem todos aceitaram isso numa boa pela falta de personagens clássicos.

Falando sério, existem coisas que me tiram do sério com facilidade e uma delas é "não tem os clássicos" ou "não é como o modelo clássico".

Honestamente, a comunidade gamer precisa aprender a ver as coisas como são, e se o jogo tenta do início ao fim ser novo e não repetir uma fórmula, ao menos não gostem pelo que é e não simplesmente diga que é falta de clássicos.

E a Capcom ainda foi bem generosa, por que inicialmente não teria nem Ryu e nem Ken!

Pra todos que não sabem dessa informação, Street Fighter III inicialmente só teria UM personagem clássico.

E quem seria ? SAKURA!

Ela e Sean seriam aprendizes de Ryu e Ken, Sakura como prodígio do mascote da série e Sean como forte personagem aprendiz do campeão americano.


E sim, Sean não seria a vergonha que é hoje! Eu achei a ideia incrível e a removeram por que ?

"Por que não tem Ryu e Ken, sou fã putinha mesmo, mimimimimimimimimi".

Triste viu, a ideia inicial é melhor que a atual e eu fico triste só de lembrar. E pior ainda, a Capcom fez tudo nos novos pra lembrar os antigos... como por exemplo.

Remy não tem golpes de Charlie e Guile atoa, Necro não solta choques e estica braços atoa, Dudley não luta boxe atoa e Alex não é um wrestler atoa também.

Mesmo que de formas diferente, a Capcom pensou na putice dos fãs e fez personagens minimamente inspirados neles.

E a galera nem percebe ou finge que não percebe.



Novidade é sempre bom, mesmo em personagens!


Sei que esse tópico deveria estar no acima, mas a questão é...

Falar dos personagens que não fazem referências aos clássicos.

Honestamente, Twelve é estranho sim, Q também, e Oro dispensa comentários.

Isso sem contar o tamanho teor de testosterona de Makoto!

Mas cada um tem um sistema novo, diferente, e igualmente eficaz.

Mas francamente, dá um trabalho jogar com os novos, principalmente com uma Ibuki da vida, que é a ninja mais trabalhosa de se jogar da face da Terra.

Depois de Kagemaru. É claro!

Voltando ao assunto... e digo mais, mesmo que eu não goste de todos os personagens, é divertidíssimo jogar com eles, é diferente e não te dá o mesmo trabalho que um El Fuerte daria no SFIV!

A menos que você escolha o Oro... claro!

Mas mesmo assim, é interessante a tentativa de domina-los.

Afinal de contas, jogar com Ryu e Ken a vida inteira jamais vai te trazer o mesmo repeito que traria se você jogasse decentemente com Necro ou Oro!

Principalmente o Oro, digo e repito! Que trabalho pra se zerar o jogo com ele, puta que pariu! Apesar de sem dúvidas ser um dos mais apelões, eu posso afirmar que ele é o mais difícil do jogo inteiro de se dominar!

E tenho dito!



As músicas são diferentes mas são legais!


Um jogo novo em tudo... não era brincadeira quando a Capcom disse isso!

Bom, cenários diferentes do que estamos acostumados a ver, músicas diferentes, ambientes e personagens diferentes.

Tudo mesmo.

Mas as músicas! Bom, elas funcionam dentro do jogo com sua devida qualidade.

Não quero defender elas falando que são o tipo de música que você deveria comprar a OST original ou ficar ouvindo no seu celular.

Mas de fato elas funcionam bem pro jogo em questão.

E sinceramente, gosto muito de uma delas que é a Jazzy 99', música tema de Alex e Ken, muito mas muito legal mesmo, e vocês podem conferir a versão original aqui e a arrange aqui.

E como disse, esse fator não vou falar demais, afinal de contas não vejo motivos pra defender a trilha sonora desse jogo com tanto afinco.



Gameplay Alucinante


Francamente, o maior motivo pra se jogar um jogo de luta é sempre o divertimento da pancadaria.

Ao menos em 90% dos casos, tenho amigos que jogam pra ver final e etc. Coisa que eu também gosto mas confesso que eu me preocupo com isso em segundo plano.

Jogo de luta tem que ter jogabilidade EXCELENTE.

É uma necessidade do gênero, assim como jogos de esportes precisam de física realista pra se identificar com o que ta sendo feito.

E é nesse fator onde Street Fighter III se supera.

Na verdade, o III e o IV são igualmente os melhores se tratando de gameplay por motivos diferentes.

De forma técnica, abordando os dois jogos, o IV permite por ser mais lento, mais precisão e mais calma nos comandos, tornando ele mais fácil e simples, o que é excelente pra jogadores casuais e novatos, enquanto o III é muito mais difícil de se jogar, principalmente por causa do Parry! E por antes da luta começar é necessário escolher um dos 3 Super Arts, que vão definir parte da estratégia do jogador.

E pra quem não sabe, Parry é um comando que anula o golpe do oponente seja projétil ou golpe físico TOTALMENTE.

Porém, o tempo pra se usar o comando é algo absurdo e coisas que somente alienígenas disfarçados conseguiriam.

Localizaram um na Terra por sinal, o nome dele é Daigo Umehara.


Ele se diz humano e mora no Japão. Que japonês é inteligente e superior em games de luta não é novidade.

MAS PARRY EM TODOS OS HITS DO SENRETSU KYAKUU DA CHUN-LI É COISA DE ALIEN.

Não adianta tentar me convencer, pra mim Daigo sempre será um alienígena!



Fator Desafio


Falando em dificuldade, esse jogo tem um fator desafio muito bom.

A realidade é que Street Fighter III é o mais complexo da série, tornando as lutas muitas vezes muito mecânicas, o que não é sempre ruim.

O bom, é que mesmo um jogador que não fica horas e dias e meses fazendo combos não necessariamente tem vantagens contra um que sabe o tempo exato de cada golpe e coisa e os anula com parry ou meramente batendo nos momentos exatos.

Tornando o jogo MUITO equilibrado!

E terminar o jogo com todos os personagens no nível médio, padrão, exige um pouco mais de maldade e de domínio dos personagens que um jogo de luta comum.

Os oponentes tem uma dificuldade às vezes meio frustrante, usam parry a todo instante e é necessário uma dose extra de palavrões e tentativas pra se vence-los.

Sem contar Gill, que aberrações à parte é o chefe mais apelão de toda a franquia.

O cara é uma desgraça universal de tosco visualmente e sua cueca nos faz sentir repulsa de sua existência.

Sem contar no fato de ter duas cores, e isso é ruim! Principalmente por se tratar de Street Fighter onde todos os lutadores eram sóbrios.

E o fato de ter duas cores só piora quando se descobre que o lado vermelho solta fogo e o azul solta gelo.

Mas com um Necro aqui, um Oro ali, um Urien lá, você pode pensar que ele é pouco além dos personagens desse jogo.

MAS NÃO, ESSA PORRA É UMA ABERRAÇÃO!!!!!

E além de visutalmente ofensivo, ele é um puta apelão e tem um maldito Super Art automático que faz ele rescussitar...

Diabos o carreguem, trouxeram um chefe da SNK pra Capcom.



Personagens Igualmente Carismáticos


Olha, eu já falei dos personagens duas vezes. Eu sei!

Mas existe algo que eu queria realçar.

Esse "chororô" de falta de personagens clássicos, ofusca as pessoas e fazem com que elas não notem personagens tão carismáticos quantos os antigos.

E exemplo disso temos de sobra.

Remy, um lutador melancólico que viu o pai abandonando a família e tudo mais pra viver a sensação de lutar todos os dias.

Dudley que apesar da história ridícula de buscar o Jaguar que era de seu pai após recuperar sua vida de rico, é muito legal, campeão Inglês e rival de Balrog em SFIV.

Elena, que é a versão feminina (e menos sorridente) de DeeJay, que é a princesa de sua tribo e luta por mera diversão e através de combates faz novos amigos e etc. Olhe pro sorrisão da garota, tem como não se apaixonar por ela ?

Os irmãos gêmeos Lee, Yun e Yang, que são dois lutadores que suponha-se que sejam sobrinhos de Lee (do primeiro Street Fighter) e são bem carismáticos também por principalmente serem TOTALMENTE diferentes.

Enquanto Yun é mais brincalhão e Yang mais sério e vive tirando seus oponentes derrotados.

E Alex, que é um wrestler que é o principal desse jogo (aposto que pensou que era o Ryu de novo), que busca vingança em Gill por aleijar seu mentor. Apesar do próprio dizer à Alex que ele venceu justamente. E honestamente, me faz gostar dele, por que esse lago vingativo "sem razão" do Alex, mostra um lado bem humano nele, coisa que muitos de nós faríamos ou pensaríamos.

Mas esses são meros exemplos, da minha opinião pessoal. Muita gente gosta de muitos dos outros personagens, eu só citei os que tem mais carisma e etc.

O restante cabe da opinião pessoal de cada um mesmo!



Capricho Visual


Olha, sinceramente. Pode parecer exagero.

Mas não me recordo de um jogo 2D com TANTO capricho visual como esse!

Enquanto os jogos da sua época tinha 30 quadros de animação. Street Fighter III já tinha 60.

E olha, que detalhamento eles tiveram.

O personagem quando perde pode ficar caído de várias formas, se levantar de outras, de acordo com a situação.

É absurdamente detalhado a movimentação dos cabelos, roupas e etc. Tudo impressiona.

Caso tenham dúvidas, escolham QUALQUER personagem e deixem eles parados após o começo da luta, verão a fluidez de seus movimentos, roupas, cabelos e tudo mais. É tudo muito lindo de se observar!

Os cenários eram mais bonitos no Street Fighter III: New Generation e Second Impact, mas a versão definitiva Third Strike por mais que tenham cenários com nível de qualidade menor, ainda assim impressiona com detalhismo e cores.

Se caso ainda não prestou atenção, merece uma super surra de motoserras!

E vale citar que quando passaram o jogo pra versão de PS3 e Xbox 360, o jogo foi praticamente refeito pra se adequar aos padrões HD sem ficar pixelado.



Fácil Acesso e Vida Útil Prolongada


Depois de lançado, a versão do Arcade foi portada somente ao DreamCast, único console da época que poderia suportar tamanho poder da placa CPS-III de forma que tudo fosse mantido intacto.

Somente anos mais tarde, sairia a versão de PS2 e Xbox.

Onde a do PS2 era boa e tudo mas não chegava perto, por que a Sony estava preocupada demais criando um console pra 3D ignorando o 2D e Xbox rodava lisinho.

Mas ainda assim, o mesmo jogo de sempre, com Arcade, Versus, Options e Foda-se!

Nada mais que essas quatro opções que a Capcom dava aos jogadores casuais de consoles!

Até que foi anunciado Street Fighter III: Third Strike - Online Edition!

Milhões soltaram fogos e comemoravam loucamente, achando que teriam o jogo em seus respctivos PlayStation 3 e Xbox 360 e tristes pensando que seriam um jogo "sem nada extra".

Afinal de contas, o passado da Capcom quanto a isso é mais macabro que a ficha do José Dirceu.

E eis que no lançamento a surpresa atingiu a todos.

O jogo ta cheio de modos extras, tutoriais, trials e etc.

Sem contar os Challengers que são difíceis porém legais de fazer.

E os trials do SFIII são tão desumanos quanto os do IV, mas só de ter já aumenta e muito a vida útil do jogo.


Conclusão:

De modo geral, o jogo é ótimo, mas tem pontos fracos, apesar de um deles ser a falta de personagens clássicos, acho extremo demais as pessoas deixarem de jogar exatamente por isso, deveriam dar uma chance aos novos de se mostrarem eficientes e quem sabe gostar tanto deles quanto de algum dos antigos.

Sem contar a dificuldade alta que como já falei acima, só é ponto positivo pra jogadores hardcore, o que é uma minoria, a maioria joga pra se divertir e acaba perdendo o clímax do jogo por conta de fatores como esse.

Os trials só de estar lá são um ponto positivo mas a dificuldade fora do comum torna eles negativo. É estranho como um mesmo fator pode ser bom e ruim simultaneamente.

E com tudo isso, concluímos que Street Fighter III é um excepcional jogo apesar de seus problemas ora normais e ora irritantes.

Mas uma coisa todos concordamos.

Gill é um tosco e precisa aprender a se vestir, sem contar que ter duas cores não é algo legal.

E eis a arte de alguém que desconheço mas que transmite exatamente o que fãs como eu sentimos.


Meus sinceros agradecimentos ao criador da imagem, que em sua genialidade teve inspiração pra algo tão brilhante!

12 de novembro de 2012

Wintersun - Time I


Salve galera, quanto tempo não falo de metal por aqui certo ?

Ultimamente esse blog tem sido muito focado em jogos, ainda mais de uns meses pra cá e eu preciso voltar à formula original do "Humor, Animes, Metal e Games"...

Então, uma parte de cada vez.

Apesar de que animes ta foda de colocar aqui, qualquer coisa indico um velho que já vi.


Mas enfim, vim aqui falar de um dos melhores trabalhos de 2012.

Senão o melhor!

Mas mesmo que não seja "O" melhor, ao menos duas coisas ele é, a primeira é que certamente é dos melhores, e a segunda é que é COM CERTEZA o mais inspirado, mais autêntico e convence claramente por isso.

Primeiro uma aula de história...


Wintersun é a banda que Jari Mäenpää criou enquanto ainda estava no Ensiferum, e decidiu sair pra dar continuidade à seu trabalho de forma individual.

Praticamente criava tudo e passava pros integrantes, por isso que mesmo sendo uma banda e acabo considrando Wintersun uma "one-man band". Por esse simples fato, algo parecido com Opeth nesse aspecto!

Wintersun, nome curioso por sinal, que significa sol de inverno tem todo um significado para Jari.

Que Winter, representa o lado melancólico e frio da magia finlândesa enquanto o Sun, representa o universo, as estrelas de modo geral, algo muito bem representado em suas letras.

E com isso o álbum com nome da banda foi lançado em 2004.

Apesar de muito competente, era somente uma mistura de Death Melódico com pegada Folk, dando uma diferenciada e só, o álbum é muito bom, mas não carrega toda uma identidade com ele.

E com isso em 2006 tivemos o anúncio de "Time".

Em meio a muitos atrasos e anúncios e cancelamos, tivemos anuncio pra começo de 2007, fim de 2007, começo de 2008, fim de 2008 e isso até 2010 quando o single Time saiu.

A música era diferente, mais autêntica mas não chamava tanta atenção assim.

E eis que anunciaram que Time estava concluído.

Expectativas atrás de expectativas pra ouvir um álbum que era aguardado por 6 anos.

Me vem a trollada do Jari com Time I, ou seja, o II já ta vindo em 2013...

Imagino eu que pra recuperar parte da grana que ele gastou nesse meio tempo. Então é tolerável, mas o motivo maior de ser tolerável é a INCRÍVEL qualidade desse álbum.

Começando pela LINDÍSSIMA abertura do álbum com "When Time Fades Away"... abertura meio longa, mas são 4 minutos bem bonitos...

E nisso, vem a melhor música do álbum sem sombra de dúvidas, "Sons of Winter and Stars", dividida em quatro grandes momentos, em 13 minutos perfeitos do começo ao fim. Muito linda, muito pesada, emocionante, extremamente bem estruturada e altamente viciante. Não é puxada de saco, essa música é uma das melhores músicas que já ouvi em minha vida mesmo!

O refrão é um dos mais bonitos que já vi, e todo metafórico. Absolutamente maravilhoso!

Depois da porrada, vem a calmaria, como sempre. E com isso vem a pesada porém mais melódica  "Land of Snow and Sorrow".

Com arranjos dignos de prog rock, que te levam a qualquer lugar menos a sua realidade presente. Ela é nada além de uma passagem tranquila do disco, linda demais por sinal. Ouvir ela com atenção é primordial por que de impacto ela pode soar sem graça perto da primeira do disco.

Depois de tudo, mais uma intro, "Darkness and Frost" e na sequência a faixa título do álbum. Time!

Praticamente a segunda melhor do disco. Sendo que essa música carrega o título do álbum. Honestamente, adorei a letra e o refrão dessa música. Suas passagens calmas e misturadas com as harmoniosas são delirantes.

Apesar de que o álbum só tem praticamente 3 músicas, duas delas são de altíssimo nível e a mais calma é muito foda mas não é inferior em qualidade.

Simplesmente, muito inspirado esse álbum. Como eu falei acima, se não for o melhor de 2012 é sem dúvidas o mais inspirado!

E aqui deixo minha super indicação a esse incrível trabalho do Jari Mäenpää. Que apesar de diferente do primeiro álbum agora carrega muito mais identidade musical misturando Death Melódico, Folk e Metal Progressivo e espero muito que o Time II seja tão competente quanto. E eu COM CERTEZA falarei dele por aqui.

Espero que gostem do álbum, por que essa banda não é muito famosa e eu gostaria muito de divulgar o trabalho desse finlandês genial!


Nota: 10

Tracklist:

1. "When Time Fades Away"
2. "Sons of Winter and Stars"
       I. "Rain of Stars"
       II. "Surrounded by Darkness"
       III. "Journey Inside a Dream"
       IV. "Sons of Winter and Stars"

3. "Land of Snow and Sorrow"
4. "Darkness and Frost"
5. "Time"

7 de novembro de 2012

Resident Evil 5


Salve cambada, desculpem a demora...

Mas eu avisei que poderia demorar a postar mesmo, então tá valendo.

Enfim, resolvi abordar um dos dois jogos que me motivaram a comprar o meu console da atual geração.

O primeiro e maior motivo sem dúvidas foi Super Street Fighter IV: Arcade Edition, fã de Street Fighter há anos como sou, não poderia ficar sem jogar esse em minha residência.

E o outro foi Resident Evil 5. Sem sombra de dúvidas.

Não devo ter contado como comecei a gostar da série, acho que na última postagem sobre minha Análise Pessoal da Demo de Resident Evil 6 eu contei.

Um dia de tédio, muitos jogos de PS2 pra jogar e eu lá, sem nada pra jogar, e peguei um dos jogos que vieram no meu console que comprei de um amigo e eu não tinha nem sequer pegado pra jogar.

Era Resident Evil 4. Muito bom por sinal, mas decidi falar do 5 primeiro por que pretendo compra-lo em HD na PSN antes.

Mas, de toda forma, foi um jogo muito bom, divertido. Mas não me faria ser fã da série ou coisa do tipo.

E depois do 5 isso mudou, em todos os aspectos.


Primeiro que Chris era um personagem MUITO mais carismático do que Leon, com mais atitude e mais autêntico em sua personalidade, enquanto Leon tem que fazer o papel de "sangue frio" a cada instante por ser um cachorrinho do governo.

Uma fator decisivo também foi o fato de ter mudado o foco do 4 em diante pra ação, mesmo que esse ainda mantenha leve clima de suspense, o 5 elimina tudo isso transformando ele num jogo de ação. Total ação!

E outro é o fato de o sistema de duplas ter sido mantido, porém ao invés de salvar alguém como no 4 se tinha uma ajudante. Que apesar de semi-retardada em alguns momentos é de extrema ajuda, a inteligência aritificial do parceiro em RE5 é realmente muito boa.

No meu ponto de vista uma melhoria, podem me xingar a vontade os fãs putinhas da série clássica de survival horror, eu joguei quase todos e odiei bastante. Não vou falar bem de algo que eu não gosto, é apenas uma opinião.

E sim, acho todos os antigos uma grande desgraça universal.

Mas continuando...

A história do jogo, bom...


Eis um problema na série. Pra mim pelo menos, a simplicidade dos acontecimentos e dos motivos de cada personagem não justifica o tamanho de coisas que acontece... é tudo muito vago.

Resident Evil nunca teve histórias mirabolantes, o seu foco assim como Street Fighter sempre foi a jogabilidade.

Que apesar de eu odiar os antigos revolucionou sua época. O mesmo com Street Fighter... não é atoa que são as duas maiores cartas da Capcom.

O enredo é bem simples, começa com Chris sendo enviado a África pra unir forças com a membro do BSAA de lá, Sheva Alomar.


Ele como membro da BSAA (Bioterrorism Security Assesment Alliance), foi ordenado a investigar e resolver o problema do contrabandista de bio-armas Ricardo Irving.

E sem contar o aparecimento dos majini's, os infectados da série assim como os ganados no 4. E não mais zumbis como a série clássica tinha.

Com os dois membros se tornando amigos ao decorrer do jogo, e uma equipe africana sendo dizimada, Chris abandona a missão depois que descobre seu foco, Albert Wesker, e vai atrás dele, mas Sheva não concorda com sua decisão de lobo solitário e acaba acompanhando.

O jogo descreve superficialmente o que houve com Jill, e por que de Chris ser perplexo quanto a isso, com direito a querer ir sozinho contra Wesker...

E isso é a história do jogo até acabar, e revelar as ambições de Wesker e etc...


Como eu falei, o jogo não tem lá uma história marcante. Tem um motivo pras coisas acontecerem, o que é bem diferente, assim como todos os jogos anteriores.

Honestamente, o foco está totalmente no gameplay. na personalidade de Chris e sua interação com Sheva.

E basicamente nisso, não que seja ruim, mas é muito melhor ver Chris em ação do que Leon.

Por que ao contrário de Leon que fica sendo ajudado por uma chinesa gostosa que espera ansiosamente pelo momento que o loiro vai virar um homenzinho e possa realizar sua tara de ter filhos loiros de olhos puxados, Chris vai direto ao ponto e bota pra quebrar.


Afinal de contas, cada vez que o Chris salva o mundo, mas antes disso o mundo precisa se certificar de que vai suportar a pressão feita por Chris.

Por que o que custa pra um cara que faz ISSO destruir o mundo ?

Sem contar que o jogo é lotado de troféus/conquistas a serem alcançados e muitos desses objetivos são dos mais simples até os mais desgastantes.

Santa dificuldade. Puta que pariu!


Mas apesar de tudo divertido, com exceção da busca pelas placas da BSAA que estão infernalmente escondidas durante o jogo.

O jogo em si já compensaria por si só, mas ainda temos os DLC's né...

Afinal de contas, é a Capcom. Claro...

São 4 no total, dois de roupas de personagens e coisas envolvidos ao modo Mercenaries Reunion e 2 modos de jogo.

Esses dois modos novos são a grande graça dos DLC, mas vamos por partes.

Primeiro de tudo, essa parte da postagem tem um pouco de spoilers, não digam que não avisei...

O primeiro DLC envolvido é "Lost in Nightmares", lembra que falei da parte de Chris ser conturbado pela perda de Jill e é louco pra se vingar de Wesker e que o jogo em si conta muito superficialmente.


Pois bem, eis o jogo que conta a missão dos dois na mansão do criador dos vírus e nela jogando com Chris e Jill temos como chefe Albert Wesker.

Mas o grande diferencial desse modo em relação ao jogo é o modo como ele é aplicado.


Esse modo é totalmente voltado ao Survival Horror, mesmo que com jogabilidade de ação, com direito a poucas balas, puzzles (mesmo que muito simples), pequenos enigmas, uma mansão envolvida e uma parte em especial na qual se passa MUITO aperto.

Esse é o presente da Capcom pros fãs da série de modo geral, uma grande referência aos 3 primeiros jogos da série.

Particularmente não gostei muito. Jogando sozinho foi bem chato pra mim, que não curto a série clássica, mas depois jogando com um amigo funcionou melhor... eu achei bacana jogando com dois jogadores.

E o outro DLC foi Desperate Escape que conta como foi a fuga de Jill com o capitão Josh Stone.


Depois de Jill controlada por Wesker ser derrotada por Chris durante a campanha principal, ele vai atrás de Wesker e ela foge com Josh.

Mostrando o caminho percorrido até a chegada do helicóptero, e nesse processo tem que bater, atirar, massacrar e destroçar bastantes majini's.


E é bem apertado, é uma parte ainda mais ação que o jogo inteiro, é bem apertado mesmo em algumas partes, chega a estressar ver 4 majinis com motossera na sua cola, te deixando bem apavorado.

E essa fuga encaixa no final do game, pois é Jill que entrega as bazucas pra Chris e Sheva finalizarem de vez com o vilão do jogo...

Vale citar que eu li todas as histórias e pelo que dá a entender, Wesker estava envolvido em quase tudo desde o primeiro Resident Evil. Os fãs da série inteira provavelmente gostaram bastante disso.


Por que é bem contada essa parte, e muito bacana por sinal.

Mas a grande coisa é que esse jogo tem vida útil GIGANTESCA.

Por um motivo simples...

Depois de terminada a campanha em todos os níveis de dificuldade, assim como seus DLC's, o jogo conta com o modo que mais vai te fazer gastar tempo no jogo.

THE MERCENARIES!

Realmente, um divertimento a parte. É muito gostoso de jogar e quando se der conta terá perdido horas e horas nessa porra.


Sem contar o Mercenaries Reunion que conta com personagens clássicos e fases mais difíceis.

Vale muitíssimo a pena, esse modo surgiu no 3 e foi alterado no 4. Mas no 4 ele era chato, ruim de lidar, e um pouco lento em alguns casos, sem contar que as armas de cada personagem não davam tanta liberdade ao jogador.

E no 5 eles mexeram nisso de forma positiva, alteraram praticamente tudo, virando um incrível mata-mata de majini's.

Sendo seu objetivo matar 150 em cada fase, e tudo isso envolvendo combos e aumento de tempo de duração da dase. É muito bacana a jogatina nesse modo, por que envolve certa maldade do jogador. É necessário mais do que simplesmente saber jogar e sim toda uma estratégia envolvida pra vencer esse modo de forma bruta.


E tudo isso gerando pontos assim como o modo campanha que ajuda na liberação de personagens pro modo Versus (Online), compra de armas infinitas e etc.

Basicamente, se gosta de jogo de ação com elementos viajados, e nenhuma dose de realismo. Encontrou o jogo correto.

Vale citar que a versão Gold Edition é mais compensadora, por já ter sido lançada com todos os DLC's incluídos.

Mas pra Xbox 360 se for destravado não vale tanto a pena, por que ela vem com a senha dos downloads, enquanto a versão do PS3 vem com TUDO no disco.


Tudo vai depender da condição de cada um mesmo.

E bom, os leitores do Lugar de Nerd que me acompanham a muito tempo, sabem que não ligo pra gráficos, mas eu achei o desse jogo muito foda, caprichado nos cenários africanos, paisagens bonitas e etc.

O jogo de modo geral conta com gráficos lindos, gameplay viciante, dublagem de qualidade e fantástico e trilha sonora altamente competente.

Me digam depois o que acharam das músicas temas da batalha contra Jill e da batalha contra Wesker.

Enfim, apesar da campanha relativamente curta, os DLC's e o modo The Mercenaries salvam o jogo de uma possível monotonia.

Vale muito a pena explorar cada aspecto do jogo, é realmente diversão adoidado.

Altamente recomendado pra sua coleção de originais ou mesmo a título de curiosidade como um jogo de ação para os fãs do gênero.

23 de setembro de 2012

Análise Pessoal da Demo de Resident Evil 6

 

Salve salve galera.


Andei meio sumido, mas é por uma boa causa, é que ando meio desgastado com trabalho e tento jogar bastante de uns tempos pra cá. Pena que nem sempre existe possibilidade para tal feito.

Enfim, o que se passa é que depois de comprar um PS3 e mante-lo bloqueado.

Mas não por causa desse discurso politicamente correto de antipirataria e mimimi.

A realidade é que eu não ganho o bastante pra sustentar um console original, mas o PS3 tem vantagens como jogar online e pra quem gosta de jogos de luta isso é ótimo.

Afinal de contas, poucos amigos meus gostam disso e eu não vou jogar esse tipo de jogo só pra ver final a vida inteira.

Mas com isso vieram muitas vantagens, entre elas o recurso da PSN de download de demos, e eu tive a incrível chance de jogar a demo do Resident Evil  6.


E simplesmente foi fantástico. Santificada seja a Capcom.

Primeiramente, o jogo é uma notável evolução do seu anterior.

Diga-se de passagem que a meu ver a série evoluiu muito, e eu acho que os primeiros jogos dela foram um grande amontoado de fezes e no Resident Evil 4 a série começou a melhorar, passando pelo 5 que é uma grande evolução à seu anterior.

E agora tem um jogo que de tão incrível as palavras não encontraram adjetivos o bastante pra ele.

Simplesmente tudo nele está melhor. Tudo mesmo, gráfico, jogabilidade, trilha sonora e provávelmente história também.

Apesar de que não me ligo muito em gráficos, eu dou muito mais importância ao gameplay, mas o gráfico tá lindo e caprichado mas não acredito ser um dos melhores do ano, honestamente.

Mas sem dúvidas a melhor parte é sem dúvidas a presença de três campanhas individuais.


Pra quem gostava de zumbis e coisas mais clássicas da série como a busca por chaves, lugares escuros e elementos de sobrevivência assim como era presente nos primeiros da série. Zumbis estavam sumidos a um bom tempo dando lugares a pessoas infectadas. De fato, são zumbis de volta, como a Capcom também prometeu.

Isso se encontra na campanha de Leon e Helena, como prometido pela Capcom antes dos trailers e da demo do jogo. Porém adaptado ao novo sistema que é totalmente voltado pra ação ao invés de totalmente sobrevivência. Somente elementos foram adicionados, entre eles a falta de balas pra quantidade de inimigos absurda presente.


E pra quem gostava do jogo do quinto jogo da série, complemente voltado pra ação, como é o meu caso, com muitos inimigos, muitas balas, fases um tanto quanto lineares e com zumbis e mostros gigantes, infectados e tudo mais.

A campanha do Chris faz bem esse papel, ele e Piers são os personagens desse arco e que promete ter MUITO mais ação no jogo que seu anterior.

Muito mais mesmo.


E Jake Muller e Sherry Birkin são a grande novidade, pela volta de Sherry e principalmente por Jake, o filho de Albert Wesker. O jogo dele será a grande novidade pelo fato de ter mais energia vital que os outros protagonistas, habilidade de regeneração e recursos de pancadaria literal e uma dificuldade fora do normal.

Sério, dá pra passar muito aperto no jogo do Jake mesmo se adaptando aos novos comandos.

E falando neles, os novos recursos durante o jogo é que agora tem um botão que serve só pra bater e finalizar os inimigos deitados, agora o modo de usar ervas para se curar no inventário é diferente, é como se você jogasse a erva pro cinto ou qualquer coisa do tipo, e na hora de curar (apertando um botão somente pra isso, no PS3 o R2) o personagem coloca a cápsula (feita da erva, claro) na mão e joga guela abaixo, o personagem tem uma barra de cansaço que serve pra usar o botão de bater, e correr.

Correr nesse jogo ficou muito foda, vale a pena conferir. E a nova mira que é similar a de jogos de tiros comum (mas ainda podemos usar a laser, basta alterar as opções no menu).

E o modo cooperativo foi mantido de forma intacta. E se houve alterações a demo não mostrou.

Uma que eu não sei a reação da grande maioria que foi rolar no chão e se jogar. Agora podemos correr, se jogar, rolar e meter tiro a doidado. Achei muito bacana.


Mas sem dúvidas a grande novidade foi andar e atirar.

Olha, pra ser sincero, eu nunca senti falta disso, acho que se não houvesse não faria a MENOR diferença, mas eu gostei pra ser sincero, foi muito bem feito mesmo. Funciona fluentemente.

Uma coisa que eu notei foi a dificuldade dos inimigos, bem maior agora. Por que no 4 e 5 você andava, parava e atirava, e pra equilibrar isso, os inimigos faziam exatamente isso, paravam em sua frente, e depois atacavam... mas agora com o jogo TOTALMENTE em ação e com recursos de andar e atirar...

Os zumbis não tem piedade. Eles chegam te batendo mesmo, mas ao menos na demo às vezes eles ficavam simplesmente parados... com direito a passar por cima ou do lado deles. E nada de reação.

Eu torço pra que seja um bug da demo, por que adorei o fato dos inimigos chegarem espancando sem medo de ser feliz.

Detalhes do roteiro sequer foram anunciados, muito pouca coisa acontece na demo de forma que possamos entender algo, mas o trailer mostrava um confronto entre Chris e Leon por causa da Ada Wong.

O por que disso também não foi revelado.


Como eu disse. Nada mesmo.

Mas Resident Evil nunca teve lá suas histórias marcantes mesmo, o foco sempre foi gameplay, mas esse jogo eu deposito minha expectativa de ter um roteiro bem trabalhado pelo simples fato de ter 3 campanhas interligadas e em determinado momento uma dupla se encontra com a outra durante o jogo.

Porém esperar roteiro da Capcom é tão útil quanto acreditar no caráter de políticos brasileiros.

Então, após o lançamento, como eu não aguentarei uma possível atualização QUE COM CERTEZA VIRÁ mesmo, acabarei comprando o jogo em seu lançamento e foda-se o mundo.

Depois disso faço review aqui no blog. É claro.


E eu imagino o quanto os fãs clássicos da série deve estar esperniando cada vez mais, pelo fato de que cada jogo que se passa Resident Evil se torna mais ação e menos Survival Horror, mas ao menos esse jogo ainda tem certas dosagens que pode agradar os mais flexíveis ao menos.

E eu não sei vocês, mas a possibilidade de jogar com Leon e Chris no mesmo jogo é uma puta dádiva dos ninjas.

E EU QUERO MUITO ISSO!!!!!

30 de agosto de 2012

Versão Americana: A Tragédia Feita em Street Fighter II

Enfim, depois de um tempinho sem nada pra postar, um especial inteiro de Megaman X e uma postagem feita por um amigo...

AQUI ESTOU!!!

*Aplausos*


Aproveitando que exatamente hoje é aniversário de 25 anos da melhor franquia de jogos de luta de todos os tempos, venho aqui fazer uma postagem diferente.


É sobre um "problema" encontrado nas versões americanas da franquia de jogos de luta que mais amo nesse mundo.

Sim, Street Fighter, e pra variar, é o II.

E toda vez que falamos de jogos japoneses que caíram nas mãos dos americanos temos a seguinte reação:


Não pra pra pensar diferente do Guile quando lembramos de estragos feitos pelos descendentes do tio Sam, o que mais me irrita é que não basta apenas traduzir.

ELES SEMPRE ALTERAM, E ISSO É UMA BOSTA!

Por que não deixar a porra do jogo do jeito que foi feita, se for pra xingar, que xinguemos quem produziu o jogo e não os malditos tradutores ocidentais.

Mas voltando à Street Fighter...

Primeiramente, quero falar que eu considero todas as versões de Street Fighter II um jogo de luta bom, claro.

Mas nada além disso....

Já devo ter falado em alguma postagem e com meus amigos eu já falei mutias vezes, mas a questão é:

SE DEPENDESSE DE STREET FIGHTER II EU JAMAIS SERIA FÃ DA SÉRIE.

E por que ??? Ora pombas.

Por que é um jogo simples. Ele é foda eu sei e tudo mas ainda assim muito simples e seco. Sem muitos personagens e por mais que as suas milhões de atualizações tenham evoluído ainda vejo como um jogo simples.

Mas vamos ao problema em questão...

As frases do Street Fighter II são muito TOSCAS, quando se joga o jogo americano, até mesmo eu e meus amigos (incluindo o Dipaula, que fez a postagem sobre os antagonistas marcantes dos games) vivíamos rindo por que nós acreditávamos que Street Fighter só aprofundou, mesmo que (muito) pouco, seus personagens na série Alpha e só manteve isso no III e no IV, mesmo que não tão bem usado. Mas manteve.

Mas eis a surpresa. Um amigo me mandou um link que tinha as frases do jogo japonês traduzido.

E acreditem... as frases não eram retardadas e completamente sem sentido.

Na verdade, algumas eram boas até demais pras suas épocas.

As americanas são tão ruins, que chegamos a pensar que os personagens são retardados...

Querem uma prova ? Pois bem, irei dar a vocês bons motivos pra concordarem comigo.

Começando com o amigo que na foto acima estava decepcionado:


Guile: "Are you man enough to fight me?"

Que traduzindo...

"Você é homem/macho o bastante pra lutar comigo?"

Sério mesmo... quem liga pro quão macho um cara que acabou de perder pode ser... ele poderia ser o mais macho de todos os tempos, isso é frase pra início de luta e não final... apesar de imbecil, no começo da luta ela poderia funcionar.

E agora pegamos uma oriental traduzida...

Guile: "Battle is a heartless thing. But I couldn’t lose just for that."

E traduzindo temos...

"Batalha é uma coisa impiedosa. Mas eu não poderia perder somente por isso"

Sentiram a diferença ?

Notavelmente, temos um cara melancólico que luta por vingança do seu amigo (Charlie/Nash), e  só sentimos isso pela primeira vez jogando com ele em Alpha 3 e depois no IV. Mas essa ideia é bem antiga.


E também temos outro exemplo MUITO clássico. E estou falando do mascote da série.


Ryu:"You must defeat my dragon punch to stand a chance!"

A tradução é:

"Você deve derrotar meu punho do dragão pra ter uma chance"

Olha, essa frase por mais doente que seja, foi até melhorada, por que a primeira lançada tinha "Sheng Long" no lugar de "Dragon Punch" e isso estragaria a frase ainda mais... mas em Alpha 2 e 3 entendemos a pequena profundidade de Ryu como lutador que luta por gostar e não pra vencer...

E então na versão japonesa do SFII temos essa como prova do início de sua ideia como lutador.

Saquem só a diferença.

"There are guys stronger than even I out in the world. You ought to toss that poor self-esteem."

E a tradução:

"Existem caras mais fortes que eu no mundo lá fora. Você deve superar essa sua baixa autoestima"

Apesar de não gostar muito do Ryu, eu simpatizo com sua ideia de lutar por gostar, e não por vitórias, e isso é claramente notável, ele mostra ao vencer que perder não é motivo de vergonha e sim de aprendizado.


Outro problama notável, foi com Chun-Li.


Vejamos:

Chun Li: "I'm the strongest woman in the world!"

E ao traduzir:

"Eu sou a mulher mais forte do mundo!"

Confesso que não gosto dessa frase, e acho ela idiota, mas a que originou essa é...

"Don’t take me lightly just because I’m a woman! It’s a shame, really, but I’m the best martial artist in the world!"

E quando traduzimos...

"Não pegue leve comigo por que sou uma mulher. É uma pena, realmente, mas eu sou a melhor artista marcial do mundo"

Ela não separa e nem fica falando coisas como "mulher mais forte". E sim que é a mais forte, ela não se divide em subcategorias. Ela diz ser a mais forte e pronto.

Isso mostra o quanto americanos vulgarizam a imagem feminina, transformando ela numa "exceção"... tentando mostrar que ela é forte e mesmo somente entre as mulheres.


Agora outro que foi terrivelmente prejudicado foi Blanka, e vejamos.


Blanka:"Seeing you in action is a joke!"

Traduzindo:

"Ver você em ação é uma piada..."

Olha só, vamos questionar isso. Primiro por ser a ÚNICA frase de Blanka em SFII...

E pra piorar tudo é uma BEM IDIOTA.

Não só por ser algo totalmente seco e sem sal mas sim por ser um cara da floresta, sem qualquer orientação falando isso, pense comigo... ele viveu na floresta. Só o fato dele FALAR já é absurdo. Imagina compreender de fato que ele entenda que a pessoa é uma vergonha como lutador ou não.

Aposto que entre as (poucas) palavras do pequeno dicionário de Blanka, aposto que "vergonha" e "piada" não estão incluídos...

Tudo bem que estamos questionando um jogo de luta onde o gameplay é mais importante que tudo, mas por favor, se o personagem tem um contexto, que ao menos ele o respeite.

E quando vemos as frases japoneses... vemos algo super legal assim:

"I let you cut my flesh so I can sever your bones. This is the law of the jungle!"

Tradução:

"Eu deixei você cortar minha carne para que eu possa dilacerar seus ossos. Essa é a lei da selva!"

Tá vendo... a diferença é óbvia. Ele não ridicularizou o perdedor, mas simplesmente mostrou o contexto no qual ele vive, que é de um cara da floresta...

E frases desse tipo no Blanka só seriam usados em Alpha 3 e SFIV... Mas elas já tinham esse princípio no SFII, que os americanos carinhosamente nos fizeram o favor de tirar.

Oh vida cruel...

E querem saber se tem mais arrombamentos anais feitos com os personagens ?????

Claro que sim... Afinal de contas, estragar pouco é bobagem.


Vejamos o que fizeram com Ken... um dos meus personagens favoritos por sinal.


Ken:"Attack me if you dare... I will crush you."

E quando traduzimos temos algo como:

"Me ataque se ousar... Eu irei esmagar você."

Se você parar pra pensar não é uma frase ruim... mas quando entendemos o propósito do personagem fica difícil ascimilar essa frase à Ken.

Principalmente levando em conta que ele é o "bobão" do jogo, o cara que faz piadas e sacaneia mesmo. E diga-se de passagem, com os conhecimentos atuais do que é Street Fighter, essa frase se encaixaria perfeitamente em M. Bison.

E quando pegamos uma de Ken japonesa olhe o que temos.

"Hey, hey, that’s still too fast to lose!!"

E vejamos a tradução:

"Ei, ei, ainda é muito cedo pra perder!!"

Tá vendo... Nunca pensei em dizer isso mas naquela época o Terry como "americano piadista" era a melhor opção.

E não me xinguem, eu gosto do Terry.

Fica complicado dar credibilidade à americanos depois disso, e pensar que eles mesmo estragaram um estereótipo feito com base neles...


Agora vamos à um dos mais prejudicados, que é o Vega.


Vega:"Handsome fighters never lose a battle."

Traduzindo:

"Lutadores belos nunca perdem batalhas."

Falando sério, por mais narcisista que ele seja...

Só isso não basta, é muito imbecil essa simples fala. Deveria haver ao menos um pouco mais de estilo...

Estilo ? Ah sim, deixa eu pegar uma frase japonesa dele.

"Victory itself is beautiful. Being torn by me is only natural!!"

E quando traduzimos temos:

"A vitória em si é bela. Ser rasgado por mim é simplesmente natural"

A diferença é tão sinistra que a primeira impressão da frase americana é de um cara que no mínimo frustrado e se esconde se achando o bonitão, enquanto na japonesa entendemos de primeira o contexto de "pessoa narcisista".

E certamente do quão habilidoso Vega pode ser, ainda mais como ninja que é.

O mesmo ocorrido de Ryu e Blanka, e todos os outros, a personalidade de Vega só fica REALMENTE clara do Alpha 3 em diante, e em alguns casos no Alpha 2.


Conluindo...

Isso mostra a prepotência dos americanos em alterar roteiros e personalidade dos personagens acreditando que existe uma espécie de "padrão" pras coisas.

E é frustrante jogar o Street Fighter II e todos os personagens na versão americana serem arrogantes e provocadores. E outro fator, é que os americanos colocaram duas frases pra cada um, sendo que a segunda demora pra aparecer e alguns personagens como Blanka só ganharam uma...

E todas são uma merda, nenhuma delas te transmite a ideia do personagem.

Mas dá certo alívio saber que desde World Warriors, passando por Champion Edition e The New Challengers, todos os personagens já tinham uma média de 4 a 5 frases e sua grandiosa maioria era completamente compreensível com a personalidade do personagem.

Dê uma olhada nessa capa horrível. Adivinhe se ela é oriental ou ocidental ?

E quando pensamos no que os americanos fizeram com Street Fighter removendo sua personalidade presente nos primeiros jogos da série era ruim...

Os fãs de série puderam testemunhar o nível de destruição dos brasileiros.

Principalmente quando me lembro que pegaram isso:


E transformaram nisso:

...

...

...

Pois é, de repente a falta de personalidade parece uma coisa melhor. Dá pra perder a fé na humanidade facilmente depois de uma dessa...

Mas é sempre uma merda ver como os americanos estragam um jogo...

E isso é irritante, por que não somente jogos de luta e suas frases de vitória assim como RPG's, jogos de ação, e muitos outros foram prejudicados.

Mas olha, RPG's são os mais sofridos... por que são jogos onde jogabilidade e história devem caminhar lado a lado.

E poucos exemplos como Final Fantasy IV e VI que no Super Nintendo tinha uma tradução de merda, Secret Of Mana também que todos os japoneses apontam dedos e dão gargalhadas daqueles que jogam a versão ocidental, e principalmente Revelations: Persona.

Afinal de contas, esse foi especialmente castigado, onde a história mudou até mesmo a localização dos eventos, personagens, personalidade...

E essa capa que o Sagat parece que comeu lanche do Bob's estragado. Feita por quem mesmo ?

Isso quando também não alteram a dificuldade do jogo, normalmente aumentando ela, por considerarem americanos "melhores jogadores", alegando claramente que eles estão níveis acima de jogadores de outros países.

O melhor exemplo disso é Streets Of Rage 3 de Mega Drive que é frustrantemente difícil, enquanto Bare Knucle III (a versão original japonesa) tem lá sua dificuldade mas não é aquele jogo que te desanima pela dificuldade. E Street Fighter como sempre também recebeu esse "presentinho" dos americanos.

Mas isso é assunto pra outro dia...

Zangief ao ler as frases dos amigos e descobrir que elas em japonês tem sentido.

E todas as frases traduzidas das versões de Street Fighter II japonesas foram tiradas nesse site.

Basta clicar no link pra ver o site com todas já traduzidas pro inglês.

O que me entristece nesse aspecto é que toda vez que jogo um jogo em inglês, eu fico com pé atrás ainda mais se a história em algum aspecto não fizer sentido...

Mas fazer o que, no ocidente essa semente foi plantada. O jeito é lidar com isso...